Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/16712
Título: Efeitos da adição de carga no treino de marcha na esteira em indivíduos com Doença de Parkinson: ensaio clínico controlado randomizado
Autor(es): Trigueiro, Larissa Coutinho de Lucena
Orientador: Lindquist, Ana Raquel Rodrigues
Palavras-chave: Marcha;Doença de Parkinson;Reabilitação;Assistência paliativa;Gait;Rehabilitation;Paliative care
Data do documento: 16-Dez-2011
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: TRIGUEIRO, Larissa Coutinho de Lucena. Efeitos da adição de carga no treino de marcha na esteira em indivíduos com Doença de Parkinson: ensaio clínico controlado randomizado. 2011. 94 f. Dissertação (Mestrado em Movimento e Saúde) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2011.
Resumo: Introdução: As desordens da marcha em indivíduos com doença de Parkinson (DP) representa um dos sintomas motores mais incapacitantes. Dentre as abordagens terapêuticas empregadas, na tentativa de aperfeiçoar a função motora, principalmente o padrão de marcha, destaca-se o treino de marcha na esteira associado à adição de carga. Todavia, poucos são os achados que elucidam os benefícios oriundos de tal prática. Objetivo: Verificar os efeitos da adição de carga no treino de marcha na esteira em indivíduos com DP. Materiais e Métodos: Trata-se de um ensaio clínico, controlado, randomizado e cego, realizado com uma amostra de 27 indivíduos com DP (18 homens e 9 mulheres), distribuídos aleatoriamente, em três condições: treino de marcha na esteira (n=9), treino de marcha na esteira com adição de 5% de carga (n=9) e treino de marcha na esteira com adição de 10% de carga (n=9). Todos os voluntários foram avaliados, estando na fase on do medicamento antiparkinsoniano, quanto aos dados demográficos, clínicos e antropométricos (formulário de identificação), nível de incapacidade física (escala de Hoehn e Yahr modificada), função cognitiva (mini-exame do estado mental), estado clínico-funcional em relação aos domínios atividade de vida diária e exame motor (Unified Parkinson s Disease Rating Scale UPDRS) e a análise cinemática da marcha foi realizada por meio do sistema Qualisys Motion Capture System®. O protocolo de intervenção consistiu num período de 4 semanas consecutivas de treino, sendo 3 sessões semanais, com duração de 30 minutos cada. A análise dos dados foi realizada por meio do software Statistical Package for Social Sciences® (SPSS) 17.0, adotando-se nível de significância de 5%. Resultados: A idade dos voluntários variou entre 41 e 75 anos (62,26 ± 9,07) e o tempo de diagnóstico clínico da DP entre 2 e 9 anos (4,56 ± 2,42). Houve diminuição do escore quanto ao domínio exame motor (p=0,005), apenas no treino com adição de 5% de carga. Quanto às variáveis espaço-temporais não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos (p>0,120); entretanto, o treino com adição de 5% de carga apresentou as seguintes alterações: aumento no comprimento da passada (p=0,028), no comprimento do passo (p=0,006), no tempo de balanço do membro mais afetado (p=0,006) e redução no tempo de apoio, do membro referido (p=0,007). Em relação às variáveis angulares foram verificadas diferenças significativas, entre os grupos submetidos ao treino apenas na esteira e com adição de 5% de carga, no ângulo do tornozelo no contato inicial (p=0,019), na flexão plantar no toe-off (p=0,003) e na máxima dorsiflexão no balanço (p=0,005). Enquanto que, dentro dos grupos, houve redução na amplitude de movimento do tornozelo (p=0,048), no treino apenas na esteira. Conclusão: O treino de marcha na esteira com adição de 5% de carga demonstrou ser uma condição experimental superior às demais, por ter proporcionado ganhos em uma maior quantidade de variáveis (espaço-temporais e angulares da marcha) e na função motora, tornando-se uma terapia capaz de beneficiar efetivamente a marcha de indivíduos com DP
Abstract: Introduction: The intrinsic gait disorders in individuals with Parkinson's disease (PD) are one of the most disabling motor symptoms. Among the therapeutic approaches used in attempts to improve the motor function, especially the gait pattern of individuals, stands out the treadmill gait training associated with the addition of load. However, there are few findings that elucidate the benefits arising from such practice. Objective: To assess the effects of adding load on the treadmill gait training in individuals with PD. Material and Methods: A controlled, randomized and blinded clinical trial, was performed with a sample of 27 individuals (18 men and 9 women) with PD, randomly assigned to three experimental conditions, namely: treadmill gait training (n=9), treadmill gait training associated with addition of 5% load (n=9) and treadmill gait training associated with addition of 10% load (n=9). All volunteers were assessed, during phase on of Parkinson's medication, regarding to demographic, clinical and anthropometric (identification form) data, level of disability (Hoehn and Yahr Modified Scale), cognitive function (Mini Mental State Examination), clinical functional - in those areas activity of daily living and motor examination (Unified Parkinson's Disease Rating Scale - UPDRS) and gait cinematic analysis was performed through Qualisys Motion Capture System®. The intervention protocol consisted of gait training in a period of 4 consecutive weeks, with three weekly sessions, lasting 30 minutes each. The post-intervention assessment occurred the next day after the last training session, which was performed cinematic analysis of gait and the UPDRS. Data analysis was performed using the software Statistical Package for Social Sciences® (SPSS) 17.0. Results: The age of volunteers ranged from 41 to 75 years old (62,26 ± 9,07) and the time of clinical diagnosis of PD between 2 to 9 years (4,56 ± 2,42). There was a reduction regarding the score from motor exam domain (p=0,005), only when training with the addition of a 5% load. As for the space-time variables there was no significant difference between groups (p>0,120); however, the training with addition of 5% load presented the following changes: increase in stride length (p=0,028), in step length (p=0,006), in time balance of the most affected member (p=0,006) and reduction in support time of the referred member (p=0,007). Regarding angular variables significant differences between groups submitted to treadmill gait training without addition load and with 5% of load were observed in angle of the ankle at initial contact (p=0,019), in plantar flexion at toe-off (p=0,003) and in the maximum dorsiflexion in swing (p=0,005). While within groups, there was a reduction in amplitude of motion of the ankle (p=0,048), the only workout on the treadmill. Conclusion: The treadmill gait training with addition of 5% load proved to be a better experimental condition than the others because it provided greater gains in a number of variables (space-time and angular gait) and in the motion function, becoming a therapy capable of effectively improving the progress of individuals with PD
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/16712
Aparece nas coleções:PPGFS - Mestrado em Fisioterapia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
LarissaCLT_DISSERT.pdf1,85 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.