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Título: A invenção da Terra da Luz: história, literatura e paisagem (1875-1914)
Autor(es): Mendes, André Gustavo Barbosa da Paz
Orientador: Albuquerque Júnior, Durval Muniz de
Palavras-chave: História regional;Literatura cearense;Espaço paisagístico;Histoire régionale;Littérature du Ceará;Espace dans le paysage
Data do documento: 29-Ago-2008
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: MENDES, André Gustavo Barbosa da Paz. A invenção da Terra da Luz: história, literatura e paisagem (1875-1914). 2008. 182 f. Dissertação (Mestrado em História e Espaços) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2008.
Resumo: Este trabalho é um estudo de caso que analisa a construção literária da paisagem sertaneja cearense entre fins do século XIX e início do século XX. Para tanto, algumas obras ícones da produção literária do Ceará foram selecionadas, como os seguintes textos: O sertanejo (1875), de José Martiniano de Alencar; Os retirantes (1879), de José Carlos do Patrocínio; A fome (1890), de Rodolfo Marcos Teófilo; Luzia-Homem (1903), de Domingos Olímpio Braga Cavalcanti; Terra de sol: natureza e costumes do Norte (1912), de Gustavo Dodt Barroso e, por último, Aves de arribação (1914), de Antônio Sales. Essas obras além de tomarem a natureza como personagem, representam três momentos da produção literária cearense: romântica, realista e naturalista. A invenção da Terra da Luz está relacionada à idéia de uma literatura que dá ênfase na paisagem diurna do sertão do Ceará, elaborada por meio desses homens de letras em seus discursos sublimes, belos e materiais emergidos de suas relações com o mundo natural. Para realizar tal empreendimento, as idéias de Edmund Burke e Gaston Bachelard se constituíram em balizas do estudo. A partir desses autores é possível pensar que a descrição, o devaneio e a imaginação andam lado a lado na fala desses literatos ao construírem um espaço simbólico específico: o sertão cearense. Dessa maneira, certos temas se tornaram cânones na forma de pensar, representar e imaginar o espaço sertanejo do Ceará. Assim, a paisagem é muito mais do que a contemplação, uma vez que ela é ligada também ao devaneio poético, à memória e a imaginação. Daí a invenção da paisagem, pois esses literatos não concebem e nem tem acesso a paisagem puramente natural porque as suas percepções e sensibilidades sobre o mundo sertanejo foram construídas historicamente, isto é, em um dado tempo e espaço
Abstract: Ce travail est un étude de cas qui analyse la construction litéraire du paysage du « Sertão» du Ceará entre la fin du siècle XIX et le début du siècle XX. Pour cela, quelques oeuvre simbole de la production litéraire du Ceará ont été sélectionnés, comme les textes qui suivent: O sertanejo (1875), de José Martiniano de Alencar; Os retirantes (1879), de José Carlos do Patrocínio; A fome (1890), de Rodolfo Marcos Teófilo; Luzia-Homem (1903), de Domingos Olímpio Braga Cavalcanti; Terra de sol: natureza e costumes do Norte (1912), de Gustavo Dodt Barroso et finalement, Aves de arribação (1914), de Antônio Sales. Ces oeuvres non seulement prend la nature comme personage, elles représentent aussi trois moments de la production litéraire du Ceará : romantique, réaliste et naturaliste. A invenção da Terra da Luz se rapporte à l idée d une littérature qui fait remarquer le paysage diurne du Sertão du Ceará, élaborée par ces hommes des lettres dans ses discours formidables, beaux et des matériaux qui viennent de ses rapports avec le monde naturel. Pour réaliser une tel entreprise, les idées de Edmund Burke et Gaston Bachelard se sont constitués en référence de cet étude. Et cette réflexion sur la description, la rêverie et l imagination marchent côte-à-côte au discours de ces littéreurs qui ont construits un espace simbolique spécifique : le sertão du Ceará. Comme ça, quelques thèmes deviennent canonique à la forme de penser, représenter et imaginer l espace du sertão du Ceará. De cette manière, le paysage est beaucoup plus que la contemplation, une fois qu elle est liée aussi à la rêverie poétique, à la mémoire et l imagination. C est de là l invention du paysage, car ces littéreurs n ont pas l accès au paysage purement naturel parce que ses perceptions et sensibilitées sur le monde du sertão ont été historiquement, c est-à-dire, dans un certain temps et espace
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/16925
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