Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/17816
Título: Estudo da descelularização tecidual na produção de arcabouços biológicos para enxertos
Autor(es): Osório Junior, Haroldo Abuana
Orientador: Silva, José Sandro Pereira da
Palavras-chave: Engenharia Tecidual. Osso. Matriz Extracelular;Tissue Engineering. Bone. Extracellular Matrix
Data do documento: 1-Mar-2013
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: OSÓRIO JUNIOR, Haroldo Abuana. Estudo da descelularização tecidual na produção de arcabouços biológicos para enxertos. 2013. 64 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2013.
Resumo: A regeneração de defeitos ósseos com perda de substância permanece um desafio terapêutico na área médica. É consenso ser o osso autógeno, o material mais adequado para esta finalidade, porém há limitações até para o seu uso, especialmente a quantidade insuficiente no próprio doador. Pesquisas de engenharia tecidual evidenciam que os componentes da matriz extracelular (MEC) são geralmente conservados entre as diferentes espécies sendo bem toleradas, mesmo em receptores xenógenos. Assim, diversos estudos têm sido realizados na busca por um arcabouço substituto do osso autógeno através da técnica de descelularização. Para a obtenção destes arcabouços, os tecidos devem passar por um processo de remoção celular, que cause mínimos efeitos adversos na composição, atividade biológica e integridade mecânica na matriz extracelular remanescente. Entretanto, há controvérsias acerca do melhor protocolo de descelularização, já que cada um desses tratamentos interfere de maneira diferente na composição bioquímica, ultraestrutura e comportamento mecânico da matriz extracelular, afetando o tipo de resposta imunológica ao material. Ademais o baixo arsenal de pesquisas envolvendo a descelularização de tecidos ósseos representa mais um obstáculo à chegada de um consenso protocolar. O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência dos métodos de descelularização na produção de arcabouços biológicos a partir de órgãos ósseos de camundongos, visando sua utilização para enxertia. Trata-se de um estudo laboratorial, sequenciado em duas etapas distintas. Na primeira fase foram avaliadas 12 hemi-calvárias de camundongos, divididas em três grupos (n=4) e submetidas a três diferentes protocolos de descelularização (SDS [Grupo I], Tripsina [Grupo II], Triton X-100 [Grupo III]). Buscou-se identificar aquele que promove a mais eficiente remoção celular, simultaneamente a melhor preservação estrutural da MEC óssea. Para tanto, foi realizada análise quantitativa do número de células remanescentes e análise descritiva dos arcabouços, possibilitadas por microscopia. Na segunda etapa, foi realizado um estudo in vitro para avaliar a adesão de células mesenquimais da medula óssea de camundongos, cultivadas sobre arcabouços previamente descelularizados. Através da contagem manual de células nos arcabouços, verificou-se total remoção celular no Grupo II, remoção praticamente completa no Grupo I, e permanência de células e remanescentes no Grupo III. Os achados permitiram observar diferença significativa apenas entre os Grupos II e III (p=0,042). Melhor manutenção da estrutura colágena foi obtida com o Triton X-100, ao passo que a descelularização com Tripsina foi responsável pelas maiores alterações estruturais nos arcabouços. Após o cultivo, a adesão de células mesenquimais só foi observada nas calvárias descelularizadas com Tripsina. Devido ao potencial de remoção total das células e à capacidade de permitir a adesão destas, o protocolo baseado no uso da Tripsina (Grupo II) foi considerado o mais adequado para uso em experimentos futuros, que envolvam enxertia de arcabouços ósseos descelularizados
Abstract: The regeneration of bone defects with loss of substance remains as a therapeutic challenge in the medical field. There are basically four types of grafts: autologous, allogenic, xenogenic and isogenic. It is a consensus that autologous bone is the most suitable material for this purpose, but there are limitations to its use, especially the insufficient amount in the donor. Surveys show that the components of the extracellular matrix (ECM) are generally conserved between different species and are well tolerated even in xenogenic recipient. Thus, several studies have been conducted in the search for a replacement for autogenous bone scaffold using the technique of decellularization. To obtain these scaffolds, tissue must undergo a process of cell removal that causes minimal adverse effects on the composition, biological activity and mechanical integrity of the remaining extracellular matrix. There is not, however, a conformity among researchers about the best protocol for decellularization, since each of these treatments interfere differently in biochemical composition, ultrastructure and mechanical properties of the extracellular matrix, affecting the type of immune response to the material. Further down the arsenal of research involving decellularization bone tissue represents another obstacle to the arrival of a consensus protocol. The present study aimed to evaluate the influence of decellularization methods in the production of biological scaffolds from skeletal organs of mice, for their use for grafting. This was a laboratory study, sequenced in two distinct stages. In the first phase 12 mice hemi-calvariae were evaluated, divided into three groups (n = 4) and submitted to three different decellularization protocols (SDS [group I], trypsin [Group II], Triton X-100 [Group III]). We tried to identify the one that promotes most efficient cell removal, simultaneously to the best structural preservation of the bone extracellular matrix. Therefore, we performed quantitative analysis of the number of remaining cells and descriptive analysis of the scaffolds, made possible by microscopy. In the second stage, a study was conducted to evaluate the in vitro adhesion of mice bone marrow mesenchymal cells, cultured on these scaffolds, previously decellularized. Through manual counting of cells on scaffolds there was a complete cell removal in Group II, Group I showed a practically complete cell removal, and Group III displayed cell remains. The findings allowed us to observe a significant difference only between Groups II and III (p = 0.042). Better maintenance of the collagen structure was obtained with Triton X-100, whereas the decellularization with Trypsin was responsible for the major structural changes in the scaffolds. After culture, the adhesion of mesenchymal cells was only observed in specimens deccelularized with Trypsin. Due to the potential for total removal of cells and the ability to allow adherence of these, the protocol based on the use of Trypsin (Group II) was considered the most suitable for use in future experiments involving bone grafting decellularized scaffolds
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/17816
Aparece nas coleções:PPGSCOL - Mestrado em Saúde Coletiva

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
HaroldoAOJ_DISSERT.pdf2,17 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.