Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/22030
Título: Vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis no contexto universitário
Autor(es): Gil, Maria Angélica Aires
Orientador: Torres, Tatiana de Lucena
Palavras-chave: IST;Vulnerabilidade em saúde;índrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS);Prevenção de doenças
Data do documento: 30-Mai-2016
Referência: GIL, Maria Angélica Aires. Vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis no contexto universitário. 2016. 87f. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão de Processos Institucionais) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
Resumo: A incidência de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) ainda é muito alta no Brasil, especialmente à infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), o que tem mobilizado governo e comunidade científica para o controle dessas infecções, pois se trata de um grave problema de saúde pública. Estudos demonstram que no Brasil a clamídia é a IST mais incidente e que a AIDS e a sífilis são de notificação compulsória desde 1986. O objetivo é analisar o conhecimento, atitudes e comportamentos da comunidade universitária relacionados às IST, para subsidiar a implantação de um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Com abordagem quantitativa, delineamento descritivo transversal, do tipo levantamento de dados com amostragem estratificada proporcional, totalizando 305 questionários autoaplicados, composto por 258 discentes, 8 docentes e 39 técnicos-administrativos. Os participantes apresentaram o seguinte perfil: maioria de mulheres, jovens e adultos, com ensino médio completo, solteiros e católicos. Os resultados demonstram que os participantes possuem um bom conhecimento sobre IST/HIV/AIDS, independentemente da escolaridade, havendo associações estatísticas significativas entre tal conhecimento e escolaridade apenas para alguns itens, inferindo-se que o nível mínimo de escolaridade apresentado pelos participantes foi suficiente para a difusão da informação e do conhecimento. No que diz respeito aos comportamentos relacionados à saúde sexual, 84,3% dos participantes eram ativos sexualmente, e destes, 15,3% já mantiveram relações sexuais com pessoas do mesmo sexo. A primeira relação sexual ocorreu em média aos 16 anos para homens e aos 19 anos para mulheres. Verificou-se ainda que, independentemente da situação conjugal, a maioria (82,6%) não utilizava preservativo com os parceiros fixos. Quando o parceiro era ocasional, o uso do preservativo foi mais relatado (36,4%). No entanto, 33,8% das pessoas relatam não usar preservativo e ainda 14,1% não souberam ou não quiseram informar. Houve associação significativa entre usar preservativo com parceiros ocasionais e a situação conjugal, pois 18,9% dos participantes casados e 12,6% com união estável, afirmaram ter usado preservativo, mas, 17,5% e 12,6% destes, não utilizaram. Praticamente metade dos participantes nunca realizou o teste de detecção do HIV. A partir de 25 anos, as pessoas passam a fazer o teste. No entanto, depois dos 50 anos, há uma inversão, e tal como os jovens entre 16 e 25 anos, novamente há uma divisão entre os que fazem e os que nunca fizeram o teste. A respeito da atitude frente à infecção do HIV e da AIDS, 80% dos participantes revelaram que possuem medo de se relacionar com pessoas soropositivas, e essa variável não se associou estatisticamente com nenhuma característica demográfica (sexo, idade, escolaridade, religião) ou laboral (vínculo institucional), nos permitindo inferir que se trata de algo compartilhado pelos participantes. Os respondentes não vinculam a infecção pelo HIV a grupos de risco como dependentes químicos e profissionais do sexo ou promiscuidade, revelando que sabem que a infecção se relaciona com comportamentos de risco. Conclui-se que, embora a comunidade universitária participante tenha conhecimento sobre IST/HIV/AIDS, os comportamentos e atitudes não são consonantes com os mesmos, evidenciando vulnerabilidade.
Abstract: The incidence of Sexually Transmitted Infections (STI) is still very high in Brazil, especially infection with Human Immunodeficiency Virus (HIV), which has mobilized government and scientific community to control these infections because it is a serious issue for the public’s health. Studies show that in Brazil chlamydia is the most frequent STI and AIDS and syphilis are notifiable since 1986. The objective is to analyze the knowledge, attitudes and behaviors of the university community related to STIs, to support the establishment of a Centre counseling and Testing (CTA) at the Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN). With a quantitative approach, cross-sectional design, the kind data collection with proportional stratified sampling, totaling 305 self-administered questionnaires, composed of 258 students, 8 teachers and 39 administrative technicians. Participants presented the following profile: most women, youth and adults with high school education, single and Catholics. The results show that participants have a good knowledge of STI / HIV / AIDS, regardless of education, with significant statistical associations between such knowledge and education only for some items, inferring that the minimum level of education presented by the participants was enough to the dissemination of information and knowledge. With regard to behaviors related to sexual health, 84.3% of participants were sexually active, and of these, 15.3% have had sex with people of the same sex. The first sexual intercourse occurred on average at 16 years for men and 19 years for women. It was also found that regardless of the marital status, the majority (82.6%) didn´t use condom with fixed partners. When the partner was casual, condom use was most often reported (36.4%). However, 33.8% of people reported not using condoms and even 14.1% did not know or would not tell. There was a significant association between condom use with casual partners and marital status, as 18.9% of married participants and 12.6% with stable, said they used a condom, but 17.5% and 12.6% of those didn´t use. Nearly half of the participants never held an HIV detection test. From 25 years, people start to take the test. However, after 50 years, there is a reversal, and as young people between 16 and 25, again there is a division between those who do and those who have never been tested. Regarding the attitude to HIV infection and AIDS, 80% of participants revealed that have fear to relate to people living with HIV, and this variable was not statistically associated with any demographic characteristics (sex, age, education, religion) or labor (institutional link), allowing us to infer that it is something shared by the participants. Respondents do not bind the HIV infection risk groups such as drug addicts and sex workers or promiscuity, revealing that they know the infection is related to risk behaviors. We conclude that, although the participating university community has knowledge about STI/ HIV / AIDS, behaviors and attitudes are not in line with the same, showing vulnerability.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22030
Aparece nas coleções:PPGGPI - Mestrado Profissional em Gestão de Processos Institucionais

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
MariaAngelicaAiresGil_DISSERT.pdf1,6 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.