UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA EFEITO DO MÉTODO PILATES NO DESEMPENHO MUSCULAR E NO EQUILÍBRIO CORPORAL DE MULHERES IDOSAS: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO ANDRÉA DE CARVALHO GOMES NATAL – RN 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA EFEITO DO MÉTODO PILATES NO DESEMPENHO MUSCULAR E NO EQUILÍBRIO CORPORAL DE MULHERES IDOSAS: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO ANDRÉA DE CARVALHO GOMES Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Programa de pós- graduação em Fisioterapia, para a obtenção do título de Mestre em Fisioterapia. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Oliveira Guerra Co-orientador: Prof. Dr. Álvaro C. C. Maciel NATAL – RN 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA Coordenador do Programa de Pós-graduação em Fisioterapia: Prof. Dr. Jamilson Simões Brasileiro iii UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA EFEITO DO MÉTODO PILATES NO DESEMPENHO MUSCULAR E NO EQUILÍBRIO CORPORAL DE MULHERES IDOSAS: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Ricardo Oliveira Guerra - Presidente - UFRN Prof. Dr. Wouber Hérickson de Brito Vieira - UFRN Prof. Dra. Juliana Maria Gazzola - UNIBAN Aprovada em _____/____/____ iv Dedicatória Aos meus pais, Pedro e Regina, que ao longo de minha vida sempre estiveram presentes e nos momentos mais difíceis me alegraram com palavras de carinho, amor, sabedoria, apoio e incentivo. v Agradecimentos A Deus, motivo pelo qual estou hoje aqui realizando mais esse sonho muito importante em minha vida. Aos meus pais, Pedro e Regina, pela compreensão nos momentos em que tudo parecia difícil, pelo carinho e pelas palavras de amor e apoio ao longo de toda minha vida, sempre me dando força e acreditando na minha vitória. Aos meus irmãos, Pedro e Camila, pelo apoio, carinho e paciência em todos os momentos desta caminhada. Aos meus familiares e amigos que sempre estiveram ao meu lado e torceram pelo meu sucesso. Ao meu orientador, professor Ricardo Oliveira Guerra, que teve grande importância nesta fase da minha formação, pelos ensinamentos, dedicação e disponibilidade durante esses dois anos. Ao professor Álvaro Campos Cavalcanti Maciel, que teve participação importante como co-orientador desta pesquisa, me ajudando sempre que precisei. Aos membros da banca examinadora, professora Dra. Juliana Maria Gazzola e professor Dr. Wober Hérickson de Brito Vieira, pelas contribuições dadas a este trabalho. A Aline Cavalcanti, que se tornou uma companheira nessa caminhada, suportando meus momentos de estresse, sendo acima de tudo, uma grande amiga nas horas boas e ruins. A Ricardo Fonseca, que se mostrou um grande amigo, sempre disponível nos momentos em que precisei. As alunas do curso de fisioterapia, Camila, Tainá, Thayse e Nathália, pela colaboração durante a realização desta pesquisa. Aos todos os funcionários do Departamento de Fisioterapia. A todas as idosas que foram de fundamental importância para que esse trabalho pudesse ser realizado. vi SUMÁRIO Dedicatória...................................................................................................... v Agradecimentos............................................................................................. vi Lista de Abreviaturas..................................................................................... viii Lista de Tabelas............................................................................................. ix Lista de Figuras............................................................................................. x Resumo.......................................................................................................... xi Abstract........................................................................................................... xii 1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 01 2 MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................. 08 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................... 20 3.1 Anexação do Artigo........................................................................................ 21 4 CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................ 41 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................. 43 6 ANEXOS......................................................................................................... 49 Apêndices vii Lista de Abreviaturas ADM Amplitude de Movimento AVD Atividade de Vida Diária CEP Comitê de Ética em Pesquisa CG Centro de Gravidade EEB Escala de Equilíbrio de Berg EVA Espuma Vinílica Acetinada FES-I Falls Efficacy Scale – International FES- I – Brasil Escala de Eficácia de Quedas Internacional Brasil GC Grupo Controle GE Grupo Experimental mCTSIB modified Clinical Test of Sensory Interaction on Balance MEEM Mini Exame do Estado Mental PRoFaNE Prevention of Falls Network Europe ReBEC Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos RVO Reflexo Vestíbulo-ocular SNC Sistema Nervoso Central SOT Sensory Organization Test STS Sit to Stand TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TUGT Timed Up and Go Test TW Tandem Walk UnATI Universidade Aberta para a Terceira Idade UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte UnP Universidade Potiguar viii Lista de Tabelas Tabela 1: Características clínicas e demográficas das mulheres idosas saudáveis participantes dos grupos experimental e controle na avaliação antes da intervenção com o Método Pilates. Tabela 2: Variáveis relativas ao desempenho muscular, avaliadas por meio do teste isocinético concêntrico de extensores e flexores de joelho do membro inferior dominante das idosas saudáveis participantes dos grupos experimental e controle, antes e após a intervenção com o Método Pilates. Tabela 3: Variáveis relativas ao equilíbrio estático, avaliado por meio do mCTSIB, das mulheres idosas saudáveis participantes dos grupos experimental e controle antes e após a intervenção com o Método Pilates. Tabela 4: Variáveis relativas ao equilíbrio dinâmico, avaliadas por meio do TW e STS, das mulheres idosas saudáveis participantes do estudo antes e após a intervenção com o Método Pilates. ix Lista de Figuras Figura 1: Dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro ®. Figura 2: Balance Master System ®. Figura 3: modified Clinical Test of Sensory Interaction on Balance (mCTSIB). Figura 4: Sit to Stand (STS). Figura 5: Tandem Walk (TW). x Resumo Contextualização: O Método Pilates é uma modalidade de exercício físico que vem crescendo nas últimas décadas, porém poucas pesquisas foram conduzidas com indivíduos idosos e pouco se sabe sobre seus benefícios nesta população. Objetivo: Avaliar o efeito de um programa de exercícios de Pilates em solo no desempenho muscular e no equilíbrio postural de mulheres idosas. Materiais e Método: Trata-se de um ensaio clínico controlado randomizado que avaliou o desempenho muscular (dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro®) e o equilíbrio postural (Balance Master System ® ) de 33 mulheres na faixa etária de 65 a 80 anos. O grupo experimental (GE) participou de um programa de 12 semanas de exercícios de Pilates em solo com duas sessões semanais. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro – Wilk e adotou-se o p valor < 0,05 para nível de significância. Resultados: Não houve diferenças entre os grupos após o treinamento. Porém, as idosas do GE apresentaram aumento nos valores de potência média extensora e flexora a 60°/s após o treinamento (de 32,19W para 37,04W e de 14,48W para 17,56W, respectivamente). Conclusão: O programa de exercícios proposto não foi efetivo no trabalho total e na potência média dos músculos flexores e extensores de joelho, bem como no equilíbrio estático e dinâmico das participantes. Artigo registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos sob o número RBR – 969prp. PALAVRAS- CHAVE: Envelhecimento; Mulheres, Exercício; Força Muscular; Equilíbrio Postural. xi Abstract Background: The Pilates Method is a modality of exercise that has been growing in recent decades, but few researches has been conducted with elderly and little is known about its benefits in this population. Objective: To evaluate the effect of a program of Mat Pilates exercises in muscle performance and postural balance in elderly women. Materials and Method: This is a randomized controlled trial that evaluated the muscle performance (isokinetic dynamometer Biodex System 3 Pro®) and postural balance (Balance Master System®) of 33 women aged 65-80 years. The experimental group (EG) participated of a 12-week program of Mat Pilates exercises with two weekly sessions. Data normality was verified by the Shapiro - Wilk test and were adopted p value < 0.05 as significance level. Results: There were no differences between groups after training. However, the EG showed an increase in the values of extension and flexion average power to 60 ° / s after training (32.19 W to 37.04 W and 14.48 W to 17.56 W, respectively). Conclusion: The proposed exercise program was not effective in the total work and average power of flexor and extensor of the knee, as well as static and dynamic balance of participants. Article registered in the Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos under the number RBR - 969prp. KEY WORDS: Aging, Women, Exercise, Muscle Strength, Postural Balance. xii 1 INTRODUÇÃO 1.1 O Envelhecimento Humano e alterações fisiológicas do controle postural O envelhecimento causa uma série de modificações fisiológicas inevitáveis sobre os sistemas sensoriais (visual, vestibular e somato-sensorial), nervoso e musculoesquelético, que afetam o controle postural e podem gerar déficits de equilíbrio e alterações na marcha, predispondo o idoso a quedas e limitações funcionais 1, 2. O controle postural pode ser definido como sendo o processo pelo qual o SNC gera padrões de atividade muscular necessários para regular a relação entre o centro de massa e a base de suporte. Tal controle possui dois objetivos comportamentais: o equilíbrio postural e a orientação postural 3, 4. O equilíbrio postural está relacionado ao controle da relação entre as forças externas e as internas. Este controle se faz necessário, pois as forças externas e internas agem acelerando o corpo e fazendo com que seu alinhamento seja alterado, afastando-o da posição desejada ou de maior estabilidade. Desta forma, o equilíbrio corporal é alcançado quando todas as forças que agem sobre o corpo estão controladas, permitindo que este permaneça em uma posição desejada (equilíbrio estático) ou que se mova de maneira controlada (equilíbrio dinâmico) 4. Já orientação postural está relacionada ao posicionamento e alinhamento dos segmentos corporais uns em relação aos outros e em relação ao ambiente. Este posicionamento e alinhamento são alcançados por meio de ações coordenadas dos vários grupos musculares responsáveis pela manutenção da relação estabelecida entre os segmentos corporais ou do corpo como um todo com o ambiente 4. O controle postural é resultado da interação complexa e dinâmica entre os sistemas sensoriais, SNC e sistema musculoesquelético que atuam juntos para controlar a posição do corpo no espaço3. O sistema visual fornece referências sobre a posição e o movimento da cabeça com relação aos objetos ao redor 5. Com a idade, a acuidade visual, a sensibilidade ao contraste e a percepção de profundidade se deterioram. O sistema vestibular fornece ao SNC informações estáticas e dinâmicas sobre a posição e o movimento da cabeça em relação à gravidade, gerando movimentos compensatórios dos olhos e respostas posturais durante os movimentos da cabeça. O envelhecimento causa mudanças no RVO, fazendo com que o idoso perca a habilidade de fixar o olhar ao mover a cabeça. Já o sistema somato-sensorial informa ao SNC a posição dos segmentos corporais uns em relação aos outros, bem 02 como a posição e movimentação do corpo no espaço em relação à superfície de suporte, sendo obtida por meio dos proprioceptores articulares e musculares e mecanoceptores. Alterações proprioceptivas são comuns ao processo natural do envelhecimento 3. O SNC conecta as informações advindas dos sistemas sensoriais para enviar os impulsos nervosos ao sistema musculoesquelético. O processo de envelhecimento causa as seguintes alterações neste sistema: redução na velocidade de transmissão do impulso nos neurônios sensoriais e motores; perda significativa de neurônios, dendritos e redução no número de ramificações que prejudicam a comunicação entre as células nervosas; diminuição do metabolismo e da perfusão cerebral; e, alteração do metabolismo dos neurotransmissores. A redução na velocidade de transmissão do impulso nervoso pelas vias aferentes e eferentes pode afetar o controle postural principalmente em situações de perturbação do equilíbrio. Além disso, há o aumento do tempo necessário para o processamento da informação e início da resposta motora 4. O sistema musculoesquelético tem como função gerar atividade muscular apropriada para a busca e/ou manutenção do equilíbrio e orientação corporais desejados. O avançar da idade, provoca perda significativa da força e da massa muscular que pode estar relacionada à redução dos níveis de atividade física. O número total de fibras musculares diminui (sarcopenia) e ocorre atrofia predominante das fibras musculares tipo II, responsáveis pelo desenvolvimento da força. A sarcopenia ocorre aparentemente pela redução da área transversal do músculo. Porém, não está totalmente explicado se existe hipotrofia generalizada ou hipoplasia seletiva e degeneração das fibras tipo II associadas à perda seletiva de terminais nervosos, gerando menor produção de força e potência 6. Outras causas de perda de força muscular incluem a deterioração das estruturas da placa motora, redução da capacidade de excitação e contração, redução da capacidade de recrutamento de fibras, tempo de contração e relaxamento prolongados e velocidade de contração máxima diminuída. Os tendões se tornam mais rígidos, o que compromete a produção de força, afetando o tempo necessário para desacelerar a massa corpórea, fator importante na prevenção de quedas. A perda de potência é maior que a perda de força, devido à diminuição seletiva das fibras do tipo II, e sua redução está relacionada ao declínio da velocidade de contração dos músculos 7. 03 Além da redução nos níveis de força, os idosos apresentam redução na elasticidade do tecido conectivo muscular. A diminuição da capacidade elástica do músculo, associada às mudanças estruturais e funcionais das articulações sinoviais, provocam a redução da flexibilidade e, consequentemente, a diminuição da amplitude de movimento (ADM) 4. Desta forma, os idosos apresentam redução da capacidade de controle postural, pois as alterações estruturais e funcionais nos sistemas sensoriais, no SNC e no sistema musculoesquelético reduzem a habilidade para controlar os movimentos corporais, inclusive os movimentos corretivos necessários quando o centro de gravidade é deslocado por uma força externa 1. Este aumento na instabilidade postural, que ocorre com o envelhecimento, contribui significativamente para a grande incidência de quedas em idosos 8,9. As quedas são tratadas como fator de grande relevância epidemiológica, social e econômica em todo o mundo, pois é o tipo mais comum de acidente em idosos. Suas complicações lideram as causas de morte em pessoas acima de 65 anos e promove deficiência física, psicológica e social, uma vez que gera dependência e redução das AVDs e da confiança, alterando o estilo de vida desses idosos. As quedas envolvem diversos fatores, extrínsecos e intrínsecos, como iluminação inadequada, pisos escorregadios, doenças neurológicas e hipotensão postural, mas a principal causa é o déficit de equilíbrio postural 10. 1.2 O Método Pilates como modalidade de exercício físico Pesquisas prévias mostraram que prática regular de exercícios físicos envolvendo atividades de força, de flexibilidade e de equilíbrio, bem como a combinação destas realizada individualmente ou em grupo, é um fator favorável a saúde, pois reduz o risco potencial de doenças, melhora a capacidade cardiovascular e locomotora, melhora a capacidade funcional, promove melhores condições de vida aos idosos e fornece estímulos que vão proporcionar ao indivíduo idoso melhor capacidade de manutenção do controle postural1, 10. Uma modalidade de exercício físico que vem crescendo nas últimas décadas é o Método Pilates, idealizado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates (1880 – 1967) durante a Primeira Guerra Mundial 11 e inicialmente praticada quase que exclusivamente por atletas e dançarinos. Tal abordagem tornou-se 04 internacionalmente reconhecida na década de 80 e ganhou popularidade no campo da reabilitação e do fitness nos anos 90 12. O método consiste em exercícios físicos cuja característica principal é o trabalho resistido e o alongamento dinâmico, realizados respeitando seis princípios: controle, precisão, centralização, fluidez de movimento, concentração e respiração. Além disso, visa o reforço dos músculos localizados no centro do corpo (abdominais, paravertebrais, glúteos e músculos do assoalho pélvico), denominados de centro de força (powerhouse) pelo criador do método. Ele associou o aprimoramento do desempenho motor, da estabilidade corporal e da postura ao fortalecimento e melhora da flexibilidade muscular. Desta forma, os benefícios do método Pilates incluem a melhora da força, da flexibilidade, da postura e de habilidades motoras 13. O Pilates é geralmente subdividido em dois grandes grupos de exercícios: solo e aparelhos, que podem se desenvolvidos em aulas privadas ou pequenos grupos 14. O trabalho em solo se baseia nos exercícios realizados no chão com a possível adição de acessórios como bolas, rolos, faixas elásticas e anel flex. Tais exercícios possuem caráter educativo, ou seja, enfatizam o aprendizado da respiração e do centro de força 15 e não exigem tanto em termos de supervisão, sendo mais acessíveis e podendo ser ensinados a grupos maiores 14. Já o trabalho em aparelhos é realizado nas máquinas desenvolvidas pelo próprio Joseph Pilates que são: reformer, trapézio (cadillac), cadeira, unidade de parede e barril. Os exercícios realizados nos aparelhos envolvem uma larga possibilidade de movimentos realizados de forma rítmica e controlada, associados à respiração e a correção da postura 15. O Método Pilates é uma modalidade de exercício físico inovadora com efeitos positivos na autonomia funcional, no controle da dor, na flexibilidade, na força muscular e nas habilidades motoras 13. Estudos mostraram forte evidência no uso deste método na melhora da flexibilidade e do equilíbrio dinâmico, moderada evidência na melhora da resistência muscular 16 e pobre evidência na melhora da composição corporal 17. Entretanto, há escassez de ensaios clínicos randomizados publicados, baixa qualidade do método na maioria dos estudos desenvolvidos, falta de follow-up e qualificação inconsistente dos instrutores 16, 17. Além disso, poucas pesquisas foram conduzidas com indivíduos idosos e pouco se sabe sobre seus benefícios nesta população. A escassez de estudos que relacionem este método com a prevenção e o tratamento das desordens geriátricas 05 faz com que se tornem necessárias pesquisas que associem esta modalidade de exercício físico com temas de interesse em geriatria e gerontologia. 1.1 Justificativa Nas últimas décadas, a população brasileira vem envelhecendo de forma acelerada e em condições socioeconômicas e culturais desfavoráveis. Este fato passa a ter extrema relevância para área da reabilitação, pois a associação do envelhecimento fisiológico com as doenças crônicas não transmissíveis, prevalentes nos idosos, os torna vulnerável à deterioração físico-funcional com consequente perda de autonomia e independência. O processo de envelhecimento gera uma série de alterações sensoriais, motoras e do sistema nervoso central que irão comprometer a habilidade do idoso em manter o equilíbrio corporal, principalmente quando confrontado com perturbações impostas pelas necessidades funcionais e ao dividir a atenção entre tarefas. O declínio na função sensorial, motora e de integração é identificado como o maior fator intrínseco que contribui para a queda. A queda se destaca por suas consequências que vão além das fraturas e risco de morte, mas também o medo de cair, a restrição de atividades, o declínio na saúde e o aumento do risco de institucionalização, gerando prejuízos físicos e psicológicos e aumento com os gastos em saúde. Portanto, é de grande importância a adoção de medidas que visem da promoção à reabilitação da saúde dessa faixa etária em constante crescimento. Pesquisas prévias têm mostrado que exercícios de flexibilidade, força e treino de equilíbrio, bem como a combinação destas atividades melhoram o desempenho muscular, o equilíbrio corporal e a capacidade funcional, reduzindo o risco de quedas dos idosos. Além disso, sabe-se que programas de prevenção através de orientações e reabilitação por meio de treinamento físico desempenham um papel importante na manutenção e na restauração da capacidade física dos idosos. Apesar de vários estudos mostrando o impacto positivo da prática regular de exercícios físicos na saúde dos idosos, trabalhos que investiguem os efeitos do Método Pilates nessa população são escassos, principalmente se tratando de temas como desempenho muscular e equilíbrio corporal. Desta forma, a realização desta pesquisa permitiu a obtenção de informações importantes para os profissionais da 06 área e para a população estudada, proporcionando fundamentação científica para embasar práticas de abordagem e intervenção em todos os níveis de atenção à saúde do idoso. 1.4 Hipóteses - H0: O programa de exercícios de Pilates em solo não interfere no desempenho muscular e no equilíbrio corporal de mulheres idosas. - H1: O programa de exercícios de Pilates em solo interfere no desempenho muscular e no equilíbrio corporal de mulheres idosas. 1.5 Objetivos Objetivo Geral - Avaliar os efeitos de um programa de exercícios de Pilates em solo no desempenho muscular e no equilíbrio corporal de mulheres idosas. Objetivos Específicos - Avaliar os efeitos de um programa de exercícios de Pilates em solo no trabalho total e na potência média dos músculos flexores e extensores de joelho em mulheres idosas. - Avaliar os efeitos de um programa de exercícios de Pilates em solo no equilíbrio estático e dinâmico em mulheres idosas. 07 2 MATERIAIS E MÉTODOS 08 2.1 Delineamento da pesquisa Trata-se de uma pesquisa de caráter experimental do tipo ensaio clínico controlado randomizado. 2.2 Locais da pesquisa A pesquisa foi realizada em dois locais distintos: A primeira etapa da avaliação e a intervenção foram realizadas na Universidade Aberta para a Terceira Idade (UnATI) da Universidade Potiguar (UnP) situada na Avenida Floriano Peixoto, s/n, setor térreo, na cidade de Natal (RN). Já a segunda etapa da avaliação foi feita no Laboratório de Análise da Performance Neuromuscular do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) localizado na Avenida Senador Salgado Filho, s/n, Lagoa Nova, Natal (RN). 2.3 População e amostra A população do estudo foi composta por 45 mulheres idosas com idade entre 65 e 80 anos, devidamente matriculadas na UnATI da UnP e que participaram de um ciclo de palestras abordando temas sobre o envelhecimento humano oferecido na universidade. A amostra foi composta por 33 idosas na faixa etária de 65 e 80 anos, consideradas saudáveis de acordo com os critérios de Ramos 18 e que se interessaram em participar do estudo. 2.4 Critérios de elegibilidade Os critérios de inclusão foram: A) indivíduos do sexo feminino com idade de 65 a 80 anos; B) sem alterações neurológicas e musculoesqueléticas que impossibilitassem a realização dos exercícios; C) sem doenças metabólicas ou cardíacas descompensadas; D) sem utilizar de dispositivos de auxílio à marcha; E) sem risco de quedas avaliado pela Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) e pelo Timed Up and Go Test (TUGT); e, F) com estado cognitivo compatível com a escolaridade avaliado pelo Mini Exame do Estado Mental (MEEM). 09 Como critérios de exclusão foram considerados: A) recusa em dar continuidade aos procedimentos da pesquisa; e, B) falta sem justificativa em 10% do treinamento, ou seja, duas sessões. Para as faltas justificadas houve a possibilidade de reposição. 2.5 Aspectos éticos da pesquisa Antes de sua execução, esta pesquisa foi submetida à avaliação e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UFRN com parecer n° 040/2011 (Anexo 1). Foi respeitada a autonomia e a garantia do anonimato das participantes, assegurando a privacidade quanto à confidencialidade dos dados, de acordo com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde e a Declaração de Helsinki para pesquisas com humanos. Todas as voluntárias assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice A) antes de serem admitidas na pesquisa. O estudo foi registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC) tendo como identificador primário RBR – 969prp. 2.6 Instrumentos e equipamentos de avaliação 2.6.1 Mini Exame do Estado Mental (MEEM) O MEEM é um teste utilizado para rastreio de demências e outras desordens cognitivas, que avalia orientação, concentração, memória, cálculo, linguagem e praxia, com pontuação variando de 0 a 30. É considerado um bom instrumento, quando aplicado em indivíduos com uma boa escolaridade e para evitar os efeitos da escolaridade, faz-se o ajuste com pontos de corte de acordo com os anos de estudo 19. Neste estudo, o MEEM foi utilizado como critério de inclusão, sendo adotados os seguintes pontos de corte: 20 pontos para analfabetos, 25 pontos para quatro anos de escolaridade, 26 pontos para cinco a oito anos de escolaridade, 28 pontos para nove a onze anos de escolaridade e 29 pontos para mais de onze anos de escolaridade 20. 10 2.6.2 Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) A EEB é um instrumento rápido de ser aplicado e que avalia o desempenho em 14 tarefas mais frequentemente envolvidas na realização das AVDs. A pontuação máxima que pode ser alcançada é de 56 pontos, e cada item possui uma escala de cinco alternativas, que variam de 0 a 4 pontos 21. Esta escala foi desenvolvida para acompanhar a perda de equilíbrio e avaliar o potencial para quedas em idosos da comunidade, hospitais e instituições de longa permanência 22. Neste estudo, a escala foi utilizada como critério de inclusão, sendo considerado risco de quedas a pontuação ≤ 45 pontos. Para a aplicação da EEB foram necessários: um cronômetro digital, uma fita métrica, uma plataforma de 20 centímetros de altura, uma cadeira de 45 centímetros de altura com apoio para braços e costas e uma cadeira de 45 centímetros de altura com apoio para costas, porém sem apoio para braços. 2.6.3 Timed Up and Go Test (TUGT) O TUGT é utilizado com o objetivo de avaliar a mobilidade funcional de idosos que vivem na comunidade. Para realizá-lo, é dada orientação verbal para o idoso levantar-se de uma cadeira, realizar uma caminhada de três metros da forma mais rápida e segura possível, retornar e sentar na mesma cadeira. O tempo para realização da tarefa é cronometrado, tendo forte correlação com o equilíbrio funcional e sendo utilizado para mensurar o risco de quedas em idosos 23. Neste estudo, o teste foi utilizado como critério de inclusão, considerando-se risco aumentado de quedas quando o mesmo foi realizado em tempo superior a 13,5 segundos de acordo com os critérios de Shumway - Cook et al. 23. Para a realização do TUGT foi utilizado um cronômetro digital e duas cadeiras, uma com apoio para braços e costas e outra sem apoio para braços, dispostas uma em frente à outra a uma distância de três metros entre elas. 2.6.4 Escala de Eficácia de Quedas Internacional Brasil (FES- I - BRASIL) A FES-I-BRASIL é uma versão adaptada e validada por Camargos et al. 24, fundamentada em excelentes propriedades psicométricas para a população 11 brasileira a partir da Falls Efficacy Scale – International (FES-I), uma versão modificada da FES realizada por uma organização européia denominada Prevention of Falls Network Europe (PRoFaNE) que existe há dois anos e possui 25 parceiros. A FES-I-BRASIL avalia o medo de cair em 16 atividades diárias distintas, cujos valores variam de 16 pontos para os indivíduos sem qualquer preocupação em cair a 64 pontos para os indivíduos com preocupação extrema 25, 26. 2.6.5 Dinamometria Isocinética Para a avaliação do desempenho muscular dos extensores e flexores de joelho foi utilizado o dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro® (Biodex Biomedical System Inc, Shirley, NY, USA), que é um equipamento eletromecânico controlado por um microcomputador que permite avaliar quantitativamente parâmetros físicos da função muscular como torque, trabalho, potência e resistência. 27 e tem sido aceito como “padrão ouro” na avaliação do desempenho muscular 28. Figura 1 – Dinamômetro Isocinético Biodex System 3 Pro® Durante a avaliação, as idosas adequadamente vestidas, foram posicionadas sentadas, utilizando cintos no tronco, pélvis e coxa a fim de estabilizar os segmentos corporais e evitar, ao máximo, movimentos compensatórios durante a realização dos 12 testes 29. O eixo de rotação do dinamômetro foi alinhado com o epicôndilo femoral lateral, o encosto de cadeira em uma inclinação de 85° e a unidade de resistência colocada cerca de dois centímetros acima do maléolo medial. Santos et al. 28 afirmaram que ao medir o desempenho muscular em velocidades angulares mais baixas (60°/s) e com um menor número de repetições por segundo (cinco repetições), avalia-se a força muscular. Já em velocidades mais elevadas (180°/s) e com um número maior de repetições por segundo (15 repetições), avalia-se a resistência muscular. Como o foco deste estudo foi avaliar a força muscular, a avaliação isocinética foi realizada através da medida de cinco repetições do esforço máximo na velocidade angular de 60°/s. A força muscular dos músculos extensores e flexores de joelho do membro inferior dominante foi medida através da variável trabalho máximo produzido pelos extensores e flexores de joelho, no modo concêntrico, normalizado pelo peso corporal das participantes. Procedimentos de normalização são necessários para comparar indivíduos com massas corporais diferentes. Além disso, a variável potência média foi usada para avaliar possíveis mudanças 30, 31. As participantes foram familiarizadas com o equipamento e os procedimentos realizando três repetições do movimento antes da execução do teste. Durante toda a avaliação, as idosas receberam estímulos verbais dos examinadores para realizarem o movimento com a máxima força e o mais rápido possível 30, 31. Todo o procedimento foi realizado com correção da gravidade, conforme instruções do fabricante. 2.6.6 Balance Master System® O Balance Master System® (NeuroCom International, Inc.: NeuroCom® Balance Manager Systems & Products, USA) foi desenvolvido para investigar condições neurológicas, ortopédicas e outras que afetam o equilíbrio postural e a postura. O equipamento consiste em duas plataformas de força dispostas lado a lado com transdutores de força ligados a um computador capaz de detectar a oscilação do centro de gravidade (CG) durante diferentes tarefas. O CG é determinado pela média das forças exercidas na vertical e horizontal através de ambos os pés. O programa de software do equipamento utiliza esses dados para calcular o grau de oscilação do sujeito durante uma caminhada ou ao levantar-se, a 13 distribuição de peso em ambos os pés e o quanto de força é utilizado para ultrapassar um obstáculo 32. Figura 2 – Balance Master System® e acessórios http://resourcesonbalance.com/neurocom/products/BalanceMaster.aspx Dentre os teste que podem ser realizados no Balance Master System®, foram escolhidos o modified Clinical Test of Sensory Interaction on Balance (mCTSIB) para avaliar a integração sensorial, já para a avaliação do equilíbrio dinâmico foram utilizados o Sit to Stand (STS) e o Tandem Walk (TW), sendo executadas três repetições de cada um do testes e analisada as médias das repetições. Figura 3 – modified Clinical Test of Sensory Interaction on Balance (mCTSIB) http://resourcesonbalance.com/neurocom/products/BalanceMaster.aspx 14 O mCTSIB é uma derivação simplificada do Sensory Organization Test (SOT). Embora o conjunto dos dados possa documentar a presença de disfunção sensorial, não pode fornecer informações do comprometimento específico de um sistema sensorial individual. As informações fornecidas são projetadas para ajudar a avaliar a necessidade de mais testes em pacientes com queixas relacionadas ao equilíbrio e para estabelecer bases objetivas para o planejamento do tratamento. A versão modificada do CTSIB original elimina a "cúpula" e acrescenta a análise informatizada, com o objetivo de controlar o equilíbrio funcional do paciente para quantificar a velocidade de oscilação postural durante quatro condições sensoriais: 1) Olhos abertos em superfície firme; 2) Olhos fechados em superfície firme; 3) Olhos abertos em superfície instável (espuma); 4) Olhos fechados superfície instável (espuma). Estas quatro condições são projetadas para simular condições visuais e de superfície de apoio freqüentemente encontradas nas atividades de vida diárias. Para a maioria dos pacientes portadores de desequilíbrio, o mCTSIB é o reflexo do seu problema de equilíbrio e fornece as informações necessárias para apoiar novas avaliações, bem como para documentar progresso em um programa de reabilitação. Figura 4 – Sit to Stand (STS) http://resourcesonbalance.com/neurocom/products/BalanceMaster.aspx O STS quantifica a habilidade do paciente para passar da posição sentada para a posição de pé. Os principais componentes desta tarefa incluem o deslocamento para frente do CG do corpo a partir da posição inicial (sobre o assento) para sobre a base de apoio (pés), seguida pela extensão do corpo para a 15 posição ereta em pé, mantendo CG centralizado. Os parâmetros medidos são: tempo de transferência de peso, índice de subida (força exercida ao levantar-se), velocidade de oscilação durante a fase de subida e simetria esquerda / direita da força de subida. O STS é influenciado pelo sistema musculoesquelético e por fatores relacionados ao equilíbrio. O controle preciso da posição do CG é fundamental para controlar o movimento de ascensão, bem como a manutenção da estabilidade postural. Se o CG não é movido suficientemente para frente ou se é movido muito à frente, o paciente pode cair no assento ou para a frente. Durante a tarefa, a estabilidade lateral depende da distribuição simétrica de forças entre as duas pernas e o movimento de ascensão depende da fora e resistência de membros inferiores e tronco e da ADM. Figura 5 – Tandem Walk (TW) http://resourcesonbalance.com/neurocom/products/BalanceMaster.aspx O TW quantifica as características da marcha a medida que o paciente cominha de uma extremidade a outra das plataformas de força. Os parâmetros medidos são: velocidade, largura do passo e velocidade de oscilação no ponto final. A marcha em Tandem é uma atividade de alta demanada que requer um controle cuidadoso do movimento do CG e reestabelecimentos sucessivos de uma base de apoio sntável e estreita. Comparado a marcha normal, a marcha em Tandem tende a ser mais específica para avaliar as deficiências que afetam o equilíbrio. Os pacientes com problemas da controle do CG tentam compensar 16 aumentando a largura do passo a ampliando a base de suporte para realizar o balanceio com maior facilidade. 2.7 Instrumentos de treinamento O programa de exercícios elaborado (Apêndice B) foi baseado no livro Pilates’ return to life through contrology 33. Para a execução dos exercícios foram utilizadas bolas de 65 centímetros de diâmetro, caneleiras de 0,5Kg e 1,0 Kg e halteres de 0,5Kg e 1,0Kg, faixas elásticas de resistência forte, magic cicle, rolos e colchonetes em espuma vinílica acetinada (EVA). 2.8 Procedimentos Após a aprovação do projeto pelo CEP da UFRN, deu-se início aos procedimentos experimentais. Inicialmente, realizou-se um treinamento com os pesquisadores envolvidos com a finalidade de adequar os procedimentos da pesquisa. Em seguida, foi feita a divulgação da pesquisa para as idosas através da entrega de panfletos com o intuito de convidá-las a assistir um ciclo de palestras e participar da pesquisa. As palestras contaram com a participação de um médico geriatra, uma nutricionista e duas fisioterapeutas. O objetivo fundamental do plano educacional foi fazer com que as idosas compreendessem o processo de envelhecimento, a importância e os benefícios de uma alimentação saudável e da prática de exercício físico, bem como, os cuidados para evitar quedas. Ao final do ciclo de palestras, que teve duração de aproximadamente 4 horas, as idosas foram informadas sobre os objetivos e procedimentos do estudo e as que tiveram interesse em participar da pesquisa, assinaram uma lista de contatos. O agendamento da avaliação foi feito através de contato telefônico. Todas as idosas assinaram voluntariamente o TCLE e, em seguida, foram submetidas à primeira etapa da avaliação (Apêndice C), realizada na UnATI da UnP, na qual foram coletados os dados de identificação e sócio-demográficos, os diagnósticos clínicos, o MEEM, a EEB, o TUGT e a FES – I Brasil. Àquelas idosas que praticavam 17 algum tipo de exercício físico, excetuando-se a caminhada, foi solicitado a interrupção da prática regular do mesmo durante o período da pesquisa. Após a primeira etapa da avaliação, as idosas foram alocadas aleatoriamente, pelos planos de randomização de números 20216 e 17220 obtidos pelo http://www.randomization.com, no Grupo Controle (GC) ou no Grupo Experimental (GE). A segunda etapa da avaliação (Apêndice D) que foi realizada no Departamento de Fisioterapia da UFRN, constou da avaliação do equilíbrio estático por meio do mCTSIB e dinâmico por meio do TW e do STS realizados no Balance Master System ® e do teste isocinético concêntrico de flexores e extensores de joelho realizado no dinamômetro isocinético Biodex®. As idosas que faltaram à segunda etapa de avaliação, sem justificativa, foram excluídas da amostra. O GC foi composto por 17 idosas, que receberam cartilhas educativas com temas relacionados ao processo de envelhecimento, a importância e os benefícios da alimentação saudável e da prática de exercício físico, bem como, os cuidados para evitar quedas. O GE, composto por 16 idosas, além de receber as cartilhas, foi submetido a um programa de exercícios de Pilates em solo envolvendo alongamento, fortalecimento e equilíbrio aplicado por um fisioterapeuta que não estava envolvido com a avaliação das participantes. O programa foi executado em grupos de no máximo três idosas durante uma hora, duas vezes na semana por três meses, totalizando 24 sessões. Antes e após cada sessão, foi avaliada a frequência cardíaca através da palpação do pulso radial durante um minuto e a pressão arterial com tensiômetro da marca Missouri® e estetoscópio a marca BD®. Ao término dos três meses, as participantes foram submetidas à reavaliação utilizando os mesmos equipamentos utilizados na segunda etapa de avaliação, a fim de realizar um estudo comparativo dos resultados. 2.9 Análise estatística A descrição da amostra foi realizada por meio de medidas de tendência central (média) e dispersão (desvio padrão) para as variáveis sócio - demográficas e clínicas. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro - Wilk. A comparação intergrupos foi realizada através do teste t de Student. Para todos os 18 testes utilizou-se um p valor < 0,05 para nível de significância e intervalos de confiança de 95%. Todos os procedimentos estatísticos foram realizados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 17.0 para Windows. 19 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 20 Neste capítulo, os resultados e a discussão desta dissertação serão apresentados no formato de artigo intitulado Efeito do método Pilates no desempenho muscular e no equilíbrio corporal de idosas: ensaio clínico controlado randomizado, cuja submissão será realizada no periódico Revista Brasileira de Fisioterapia. Neste sentido, a versão apresentada nesta dissertação em português, será posteriormente adaptada as normas do citado periódico. a) EFEITO DO MÉTODO PILATES NO DESEMPENHO MUSCULAR E NO EQUILÍBRIO POSTURAL DE MULHERES IDOSAS: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO/ EFFECT OF THE PILATES METHOD IN THE MUSCULAR PERFORMANCE AND POSTURAL BALANCE OF ELDERLY WOMEN: A RANDOMIZED CONTROLLED CLINICAL TRIAL. b) ANDRÉA DE CARVALHO GOMES1, ÁLVARO CAMPOS CAVALCANTI MACIEL 2, ALINE MEDEIROS CAVALCANTI DA FÔNSECA 3, RICARDO OLIVEIRA GUERRA 4. 1 Mestranda em Fisioterapia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil. 2 Professor do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil. 3 Mestranda em Fisioterapia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil. 4 Doutor em Ciências da Atividade Física e Saúde pela Universidade de Granada, Professor do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil. c) Autor para correspondência: Andréa de Carvalho Gomes Endereço: Rua Maxaranguape, n° 550 – Residencial América – Apto 603. Bairro: Tirol. CEP: 59020-160 – Natal, RN, Brasil. Telefone: (84) 3222 - 5081 / (84) 9135 – 2645. Email: fisioterapeuta_andrea@yahoo.com.br. d) Efeito do Método Pilates em mulheres idosas/ Effect of Pilates in elderly women. e) PALAVRAS - CHAVE: Envelhecimento, Mulheres, Exercício, Força Muscular, Equilíbrio Postural/ KEY WORDS: Aging, Women, Exercise, Muscle Strength, Postural Balance. 21 Resumo Contextualização: O Método Pilates é uma modalidade de exercício físico que vem crescendo nas últimas décadas, porém poucas pesquisas foram conduzidas com indivíduos idosos e pouco se sabe sobre seus benefícios nesta população. Objetivo: Avaliar o efeito de um programa de exercícios de Pilates em solo no desempenho muscular e no equilíbrio postural de mulheres idosas. Materiais e Método: Trata-se de um ensaio clínico controlado randomizado que avaliou o desempenho muscular (dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro®) e o equilíbrio postural (Balance Master System ® ) de 33 mulheres na faixa etária de 65 a 80 anos. O grupo experimental (GE) participou de um programa de 12 semanas de exercícios de Pilates em solo com duas sessões semanais. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro – Wilk e adotou-se o p valor < 0,05 para nível de significância. Resultados: Não houve diferenças entre os grupos após o treinamento. Porém, as idosas do GE apresentaram aumento nos valores de potência média extensora e flexora a 60°/s após o treinamento (de 32,19W para 37,04W e de 14,48W para 17,56W, respectivamente). Conclusão: O programa de exercícios proposto não foi efetivo no trabalho total e na potência média dos músculos flexores e extensores de joelho, bem como no equilíbrio estático e dinâmico das participantes. Artigo registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos sob o número RBR – 969prp. Abstract Background: The Pilates Method is a modality of exercise that has been growing in recent decades, but few researches has been conducted with elderly and little is known about its benefits in this population. Objective: To evaluate the effect of a program of Mat Pilates exercises in muscle performance and postural balance in elderly women. Materials and Method: This is a randomized controlled trial that evaluated the muscle performance (isokinetic dynamometer Biodex System 3 Pro®) and postural balance (Balance Master System®) of 33 women aged 65-80 years. The experimental group (EG) participated of a 12-week program of Mat Pilates exercises with two weekly sessions. Data normality was verified by the Shapiro - Wilk test and 22 were adopted p value < 0.05 as significance level. Results: There were no differences between groups after training. However, the EG showed an increase in the values of extension and flexion average power to 60 ° / s after training (32.19 W to 37.04 W and 14.48 W to 17.56 W, respectively). Conclusion: The proposed exercise program was not effective in the total work and average power of flexor and extensor of the knee, as well as static and dynamic balance of participants. Article registered in the Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos under the number RBR - 969prp. 23 Introdução O controle postural pode ser definido como sendo o processo pelo qual o sistema nervoso central gera padrões de atividade muscular necessários para regular a relação entre o centro de massa e a base de suporte 1 Tal controle resulta da interação complexa e dinâmica entre os sistemas sensorial, nervoso e musculoesquelético que atuam juntos para controlar a posição do corpo no espaço 2. O envelhecimento causa uma série de modificações fisiológicas inevitáveis sobre os sistemas sensorial, nervoso e musculoesquelético, que afetam o controle postural e podem gerar déficits de equilíbrio e alterações na marcha, predispondo o idoso a quedas e limitações funcionais 3,4. Este aumento na instabilidade postural, que ocorre com o envelhecimento, contribui significativamente para a grande incidência de quedas em idosos 5,6. Pesquisas prévias mostraram que prática regular de exercícios físicos envolvendo atividades de força, flexibilidade e equilíbrio, bem como a combinação destas realizada individualmente ou em grupo, é um fator favorável a saúde, pois reduz o risco de quedas, melhora a capacidade cardiovascular e locomotora, melhora a capacidade funcional, promove melhores condições de vida aos idosos e fornece estímulos que vão proporcionar ao indivíduo idoso melhor capacidade de manutenção do controle postural 3, 7. Uma modalidade de exercício físico que vem crescendo nas últimas décadas é o Método Pilates, idealizado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates (1880 – 1967) durante a Primeira Guerra Mundial 8 e inicialmente praticada quase que exclusivamente por atletas e dançarinos. Tal abordagem tornou-se internacionalmente reconhecida na década de 80 e ganhou popularidade no campo da reabilitação e do fitness nos anos 909. Alguns estudos apontam o Método Pilates como uma modalidade de exercício físico inovadora com efeitos positivos na autonomia funcional, controle da dor, melhora da flexibilidade e da força muscular, bem como das habilidades motoras10. Apesar do aumento da popularidade do método Pilates nas últimas décadas, poucas pesquisas foram conduzidas com indivíduos idosos e pouco se sabe sobre seus benefícios nesta população. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito de um programa de exercícios de Pilates em solo no desempenho muscular e no equilíbrio postural de mulheres idosas. 24 Materiais e Método Tratou-se de uma pesquisa de caráter experimental do tipo ensaio clínico paralelo controlado randomizado aberto com dois braços. A realização deste estudo obedeceu aos princípios éticos para a realização de pesquisa envolvendo seres humanos, de acordo com a Resolução 196/96 do CNS - MS, recebendo aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal (RN), Brasil (protocolo n° 040/2011). Todas as voluntárias leram, receberam explicações e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) antes de serem admitidas na pesquisa. Amostra A população do estudo foi composta por 45 mulheres idosas devidamente matriculadas em uma Universidade Aberta para a Terceira Idade (UnATI) na cidade de Natal (RN) e que participaram de um ciclo de palestras abordando temas relacionados ao processo de envelhecimento. A amostra foi composta por 33 idosas na faixa etária de 65 a 80 anos e saudáveis de acordo com os critérios estabelecidos por Ramos (2003)11. Todas as participantes atenderam aos seguintes critérios de inclusão: A) indivíduos do gênero feminino com idade de 65 a 80 anos; B) sem alterações neurológicas e músculo - esqueléticas que impossibilitassem a realização dos exercícios; C) não uso de dispositivos de auxílio à marcha para locomoção; D) Sem risco de quedas avaliados pela Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) 12 e pelo Timed Up and Go Test (TUGT)13; e, E) com estado cognitivo compatível com a escolaridade avaliado pelo Mini Exame do Estado Mental (MEEM) 14. Como critérios de exclusão foram considerados: A) recusa em dar continuidade aos procedimentos da pesquisa; e, B) falta sem justificativa em 10% do treinamento, ou seja, duas sessões. Para as faltas justificadas houve a possibilidade de reposição. 25 Instrumentos e equipamentos de avaliação  Escala de Eficácia de Quedas Internacional (FES- I) (versão brasileira): é uma versão adaptada e validada para a população brasileira a partir da Falls Efficacy Scale – International (FES-I). A FES-I-BRASIL avalia o medo de cair em 16 atividades diárias distintas, cujos valores variam de 16 pontos para os indivíduos sem qualquer preocupação em cair a 64 pontos para os indivíduos com preocupação extrema 15, 16, 17.  Dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro® (Biodex Biomedical System Inc, Shirley, NY, USA): Equipamento aceito como “padrão ouro” na avaliação do desempenho muscular. Para avaliar a força muscular dos extensores e flexores de joelho do membro inferior dominante realizou-se o teste isocinético concêntrico através da medida de 5 repetições do esforço máximo na velocidade angular de 60°/s 18. Todos os cuidados e ações do protocolo de avaliação sugeridos pelo fabricante, como posicionamento, calibração, familiarização, incentivo verbal vigoroso e correção da gravidade, foram realizados.  Balance Master System® (NeuroCom International, Inc.: NeuroCom® Balance Manager Systems & Products, USA): O equipamento consiste em duas plataformas de força dispostas lado a lado com transdutores de força ligados a um computador capaz de detectar a oscilação do centro de gravidade (CG) durante diferentes tarefas 19. Foram realizados o modified Clinical Test of Sensory Interaction on Balance (mCTSIB), Sit to Stand Test (STS) e o Tandem Walk (TW), sendo executados de acordo com as instruções do fabricante, repetidos três vezes e a média dos resultados foi considerada.  mCTSIB: Este teste tem como objetivo de controlar o equilíbrio funcional do paciente para quantificar a velocidade de oscilação postural durante quatro condições sensoriais: olhos abertos em superfície estável; olhos fechados em superfície estável; olhos abertos em superfície instável; e, olhos fechados em superfície instável. Estas quatro condições são projetadas para simular condições visuais e de superfície de apoio freqüentemente encontradas nas atividades de vida diárias 20.  STS: Este teste quantifica a habilidade do paciente para passar da posição sentado para a posição de pé. Os parâmetros medidos são: tempo de 26 transferência de peso, índice de subida, velocidade de oscilação durante a fase de subida e simetria esquerda / direita da força de subida. A tarefa é influenciada pelo sistema músculo-esquelético e por fatores relacionados ao equilíbrio19.  TW: Este teste quantifica as características da marcha a medida que o paciente caminha de uma extremidade a outra das plataformas de força. Os parâmetros medidos são velocidade, largura do passo e velocidade de oscilação no ponto final 21. Instrumentos de treinamento O programa de exercícios foi elaborado baseado no livro Pilates’ return to life through contrology 22. Para a realização dos exercícios foram utilizadas bolas de 65 centímetros de diâmetro, caneleiras e halteres de 0,5Kg e 1,0 Kg, faixas elásticas de resistência forte, magic cicle, rolos e colchonetes em espuma vinílica acetinada. Procedimentos Inicialmente, foi realizado um treinamento com os pesquisadores envolvidos no estudo com a finalidade de adequar todos os procedimentos da pesquisa antes de iniciá-la. Dois pesquisadores ficaram responsáveis pela realização das avaliações e outro pesquisador, que não tinha acesso aos resultados das avaliações, ficou responsável pelo treinamento. A pesquisa foi divulgada em uma UnATI na cidade de Natal (RN), através de um ciclo de palestras com geriatra, nutricionista e fisioterapeuta, no qual participaram 45 mulheres idosas com idade de 65 a 80 anos. O objetivo fundamental deste ciclo foi tratar de temas relacionados ao processo de envelhecimento. Ao final das palestras, as idosas foram informadas sobre os objetivos e procedimentos do estudo e 33 delas tiveram interesse em participar da pesquisa e assinaram uma lista de contatos. O agendamento da avaliação foi feito através de contato telefônico. Após leitura, esclarecimentos e assinatura do TCLE as idosas foram submetidas à primeira etapa da avaliação realizada na UnATI, na qual foram aplicados o MEEM, a EEB, o TUGT e a FES – I Brasil. Àquelas idosas que 27 praticavam algum tipo de exercício físico, excetuando-se a caminhada, foi solicitado a interrupção da prática durante o período da pesquisa. Após a primeira etapa da avaliação, as idosas foram alocadas aleatoriamente, pelo plano de randomização obtido no http://www.randomization.com, no Grupo Controle (GC) ou no Grupo Experimental (GE). A segunda etapa da avaliação, que foi realizada no Laboratório de Análise da Performance Neuromuscular do Departamento de Fisioterapia da UFRN, constou da avaliação do desempenho muscular por meio do teste isocinético concêntrico de flexores e extensores de joelho do membro inferior dominante realizado no dinamômetro isocinético Biodex ® e do equilíbrio estático através do mCTSIB e dinâmico através do TW e do STS realizados no Balance Master System® . As idosas que faltaram à segunda etapa de avaliação, sem justificativa, foram excluídas da amostra. O GC foi composto por 17 idosas, que receberam cartilhas educativas com temas relacionados ao processo de envelhecimento, a importância e os benefícios da alimentação saudável e da prática de exercício físico, bem como, os cuidados para evitar quedas. O GE, composto por 16 idosas, além de receber as cartilhas, foi submetido a um programa de exercícios de Pilates em solo envolvendo alongamento, fortalecimento e equilíbrio aplicado por um fisioterapeuta. O programa foi executado em grupos de no máximo três idosas durante uma hora, duas vezes na semana por três meses, totalizando 24 sessões. Antes e após cada sessão, foi avaliado o pulso através da palpação do pulso radial durante um minuto e a pressão arterial com tensiômetro da marca Missouri® e estetoscópio a marca BD®. Ao término dos três meses, as participantes foram submetidas à reavaliação utilizando os mesmos equipamentos utilizados na segunda etapa de avaliação, a fim de realizar um estudo comparativo dos resultados. Análise estatística A descrição da amostra foi realizada por meio de medidas de tendência central (média) e dispersão (desvio padrão) para as variáveis sócio-demográficas e clínicas. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro - Wilk. A comparação entre os grupos foi realizada através do teste t de Student. Para todos 28 os testes utilizou-se um p valor < 0,05 para nível de significância e intervalos de confiança de 95%. Todos os procedimentos estatísticos foram realizados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 17.0 para Windows. Resultados A amostra do presente estudo foi composta por 33 mulheres idosas saudáveis e sem risco de quedas, sendo 16 participantes alocadas de forma aleatória no grupo experimental e 17 participantes no grupo controle. As características clínicas e demográficas de cada grupo estão dispostas na tabela 1. Os resultados verificados na avaliação pré-intervenção mostram que os grupos eram homogêneos. Das 33 idosas avaliadas inicialmente, 30 idosas compareceram a segunda etapa da avaliação, sendo 14 do grupo experimental e 16 do grupo controle. Durante os três meses de treinamento, duas participantes do grupo experimental foram excluídas da amostra por faltas não justificadas e três desistiram de dar continuidade ao treinamento. Já no grupo controle, três idosas não compareceram a reavaliação. Como mostra a tabela 2, houve diferença significativa entre os grupos antes da intervenção para a variável potência média dos flexores de joelho do membro inferior dominante. Para as demais variáveis, os grupos apresentaram-se homogêneos. Após o treinamento, não houve diferença significativa entre os grupos. Porém, as idosas do GE apresentaram aumento nos valores de potência média extensora e flexora a 60°/s ao compararmos este grupo antes e após a intervenção. Com relação ao equilíbrio estático, avaliado através da velocidade de oscilação do centro de gravidade nas quatro situações impostas pelo mCTSIB, observou-se que antes do treinamento os grupos experimental e controle eram semelhantes e após o treinamento não houve diferenças entre os grupos (Tabela 3). A tabela 4 apresenta as médias das variáveis de equilíbrio dinâmico, avaliadas pelo TW e STS, antes e após o treinamento. Observou-se que antes da intervenção o grupo experimental e o grupo controle eram similares e essas semelhanças entre os grupos se mantiveram após o treinamento. 29 Discussão Nas últimas décadas, o método Pilates tem sido amplamente divulgado e aplicado na manutenção de habilidades motoras, bem como na terapia de processos álgicos10, 23, 24. A indicação do método como recurso terapêutico e a carência de ensaios clínicos bem delineados que comprovem sua eficácia e efetividade, tem levado os profissionais da saúde, em especial fisioterapeutas e educadores físicos, a questionar a validade científica de seus benefícios. Desta forma, objetivo geral deste estudo foi verificar se o programa de exercícios de Pilates em solo proposto seria capaz de melhorar o desempenho muscular dos flexores e extensores do joelho, bem como o equilíbrio estático e dinâmico de mulheres idosas. Além disso, esta pesquisa se propôs a testar um programa de baixo custo e viável na prática clínica. Uma vez que, os exercícios realizados em solo podem ser vistos como opção eficiente e viável de tratamento, pois são mais acessíveis quanto ao local de aplicação e não exigem tanto em termos de supervisão, podendo ser ensinados a grupos maiores, o que gera menos gastos quando comparados aos realizados em aparelhos 24. Atualmente, existe um grande interesse nos potenciais benefícios do método Pilates nas disfunções originadas do processo de envelhecimento humano 25. Este interesse se reveste de importância devido à influência dos exercícios físicos sobre aspectos funcionais, especialmente, no desempenho muscular e no equilíbrio postural, importantes tópicos relacionados à autonomia e à independência funcional dos idosos. Com relação aos efeitos do método Pilates no desempenho muscular, as pesquisas demonstram evidência moderada no incremento da resistência em grupos musculares específicos como os abdominais, os posteriores da coluna 24, 26, 27, 28, dos membros superiores e da região pélvica 29. Os estudos também apontam fortes evidências na melhora da flexibilidade 9, 26, 30 e do equilíbrio dinâmico em indivíduos saudáveis 23. Entretanto, os resultados deste estudo não demonstraram diferenças significativas entre os grupos avaliados após o treinamento. O ganho de força muscular após programa de exercícios de Pilates em saudáveis ainda é contestado 24. Pois, apesar de aumentar a resistência, o método não se mostra tão eficaz quanto o treinamento de força convencional. No entanto, evidências demonstram que os exercícios de Pilates podem elevar os níveis de força 30 quando aplicados em idosos 31. Apesar de não ter havido diferença significativa entre os grupos após o treinamento, os resultados observados antes e após a intervenção no GE suportam a hipótese que o método Pilates possa ser eficaz no incremento da força muscular em idosos, ressaltando-se a necessidade de observar a duração e tipo de exercícios realizados. Um estudo utilizando um programa de treinamento convencional, de alta e baixa velocidade, observou ganhos de força entre a terceira e quarta semanas de treino e ganhos de potência entre a sétima e oitava semanas 32. Nesta pesquisa, o programa de exercícios não teve características específicas visando o ganho de força ou de potência isoladamente e as participantes foram avaliadas apenas antes do início e após as 12 semanas de intervenção, o que pode ter contribuído para a não observância do ganho de força, mais observado no início do treinamento. Além disso, pode-se considerar como limitação do estudo o fato de que o desempenho muscular não foi avaliado em velocidades mais elevadas que são utilizadas para verificar mudanças na potência muscular, que são mais observadas nas fases tardias do treinamento. O Método Pilates visa o reforço do centro de força, também conhecido como powerhouse, composto pelos abdominais, paravertebrais, glúteos e músculos do assoalho pélvico 33. O fortalecimento destes músculos, especialmente dos estabilizadores profundos, proporcionam estabilidade posterior para a coluna vertebral, que se contrapondo a ação da gravidade, gera resistência para a manutenção da posição ortostática. Além disso, a prática do método respeitando os princípios da concentração, precisão e controle oferece constante estimulação proprioceptiva, importante para a manutenção do equilíbrio estático10. Entretanto, a literatura pesquisada mostra resultados contraditórios no que diz respeito a melhoras no equilíbrio estático após o treinamento com este método. Os resultados deste estudo mostraram que o protocolo de treinamento não foi capaz de melhorar as variáveis de equilíbrio estático avaliadas nas voluntárias, corroborando com o estudo realizado por Koulbec 30 e opondo-se aos resultados encontrados por Rodrigues et al. 10. No presente estudo, não se observou diferenças significativas no equilíbrio dinâmico, avaliado por meio do TW, entre os grupos após os três meses de intervenção. Este resultado difere da literatura presente 23, 31. No entanto, é importante salientar que os indivíduos idosos normalmente apresentam um 31 desempenho fraco neste teste 34, levando-nos a crer que ele não tenha sido sensível o suficiente para detectar melhora no equilíbrio dinâmico das participantes. Nesta pesquisa, também não se observou diferenças significativas no equilíbrio dinâmico, avaliado por meio do STS, entre os grupos após as 12 semanas de treinamento, contrapondo-se aos resultados encontrados por Johnson et al. 23 e Irez et al. 31 . Porém, o GE apresentou aumento no índice de subida (força exercida ao levantar-se) após a intervenção. Este fato pode se explicado, pois o ato de levantar exige flexibilidade, equilíbrio e coordenação, bem como força da musculatura dos membros inferiores e dos estabilizadores da coluna. O Método Pilates, ao trabalhar os músculos do centro de força proporciona sua estabilização, que é de grande importância para que os músculos distais se movam forte e eficientemente 33, fato imprescindível para o ato de levantar-se, o que pode justificar o resultado encontrado. A literatura mostra que programas de Pilates a partir de oito semanas duração, duas vezes na semana durante 60 minutos já são suficientes para gerar adaptação na força muscular 31, no equilíbrio estático 10 e no equilíbrio dinâmico 23. Entretanto, a intervenção sugerida nesta pesquisa não produziu modificações nas variáveis avaliadas. Isto pode está relacionado ao fato de que as participantes desta pesquisa apresentaram desempenhos elevados na avaliação pré-intervenção, o que pode ser considerado um viés de seleção. O processo de aleatorização na alocação e formação dos grupos constitui um aspecto importante a ser considerado no desenvolvimento deste estudo, uma vez que garante a validade interna dos resultados e atende os protocolos internacionais de ensaios clínicos, permitindo a extrapolação de dados para outras populações semelhantes. No entanto, o número reduzido de voluntárias que concluíram o estudo pode ser considerado uma limitação, uma vez que ocorreu perda 35,7% no GE e 18,7% no GC. Outro aspecto a ser considerado foi que apenas os músculos flexores e extensores de joelho foram avaliados, deixando-se de lado outros grupos musculares importantes diretamente associados às estratégias de equilíbrio do controle postural e que sofrem perdas durante o processo de envelhecimento, tais como: dorsiflexores, flexores plantar, adutores de quadril, abdutores de quadril e abdominais. 32 Desta forma, sugere-se que novos estudos sejam realizados contemplando amostras maiores, incluindo indivíduos do sexo masculino, avaliando-se outros grupos musculares relacionados ao equilíbrio postural e incluindo a avaliação isocinética com velocidades mais elevadas para verificar mudanças na potência muscular. Além disso, devido à diversidade do processo de envelhecimento, recomenda-se a realização de estudos com programas de exercícios baseados nas características individuais de cada idoso, para assim maximizar os seus efeitos. Conclusão O programa de exercícios de Pilates em solo proposto não foi efetivo no trabalho total e na potência média dos músculos flexores e extensores de joelho, bem como no equilíbrio estático e dinâmico das mulheres idosas avaliadas. Referências 1. Toledo DR, Barela JA. Diferenças sensoriais e motoras entre jovens e idosos: contribuição somatossensorial no controle postural. Rev Bras Fisioter. 2010; 14(3): 267 – 75. 2. Faria JC, Machala CC, Dias RC, Dias JMD. Importância do treinamento de força na reabilitação da função muscular, equilíbrio e mobilidade de idosos. Acta Fisiátrica. 2003; 10(3). 3. Nitz JC, Choy NL. The efficacy of a specific balance-strategy training program for preventing falls among older people: a pilot randomized controlled trial. Age Ageing. 2004; 33 (1): 52 – 58. 4. Rojas VG, Lancino EE, Silva CV, López MC, Arcos JF. Impacto del entrenamiento del balance através de realidad virtual em uma población de adultos majores. Int J Morphol. 2010; 28 (1): 303 – 08. 5. 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Características Total (n = 33) GE (n = 16) GC (n = 17) p valor Idade (anos) Média (DP) 70,88 (4,32) 72,13 (4,38) 69,71 (4,05) 0,11 Peso (Kg) Média (DP) 63,29 (11,02) 60,21 (13,04) 66,18 (8,06) 0,12 Altura (cm) Média (DP) 153,65 (5,48) 153,31 (6,86) 153,97 (3,97) 0,74 Escolaridade (anos) Média (DP) 10,94 (5,22) 10,81 (6,67) 11,06 (3,57) 0,89 MEEM (pontos) Média (DP) 28,03 (1,15) 27,88 (1,02) 28,18 (1,28) 0,46 EEB (pontos) Média (DP) 53,15 (2,48) 53,06 (2,88) 53,24 (2,13) 0,84 TUGT(s) Média (DP) 8,43 (1,44) 8,39 (1,45) 8,46 (1,48) 0,90 FES- I Brasil (pontos) Média (DP) 25,64 (7,87) 25,56 (7,57) 25,71 (8,38) 0,95 GE = grupo experimental; GC = grupo controle; n =amostra; DP = Desvio Padrão; MEEM = Mini Exame do Estado Mental; EEB = Escala de Equilíbrio de Berg; TUGT = Timed Up and Go Test; FES-I Brasil = Escala de Eficácia de Quedas Internacional Brasil. * p < 0,05 (Teste t de Student). 37 Tabela 2 – Variáveis relativas ao desempenho muscular, avaliadas por meio do teste isocinético concêntrico de extensores e flexores de joelho do membro inferior dominante das idosas saudáveis participantes dos grupos experimental e controle, antes e após a intervenção com o Método Pilates. Variáveis Pré-intervenção Pós- intervenção Total (n = 30) GE (n = 14) GC (n = 16) p valor Total (n = 22) GE (n = 09) GC (n = 13) p valor Trabalho extensor % (DP) 103,89 (32,25) 100,91 (38,11) 106,50 (27,13) 0,64 114,79 (38,15) 114,03 (41,48) 115,31 (37,40) 0,94 Trabalho flexor % (DP) 58,77 (24,23) 49,92 (25,71) 66,51 (20,62) 0,06 67,78 (25,95) 61,34 (25,41) 72,25 (26,38) 0,34 Potência extensora W (DP) 35,81 (10,68) 32,19 (12,94) 38,98 (7,25) 0,09 38,04 (11,35) 37,04 (10,35) 38,73 (12,36) 0,74 Potência flexora W (DP) 18,40 (7,75) 14,48 (7,60) 21,82 (6,26) 0, 007* 20,13 (7,63) 17,56 (7,04) 21,90 (7,77) 0,19 GE = grupo experimental; GC = grupo controle; n =amostra; DP = desvio padrão. * p < 0,05 (Teste t de Student). 38 Tabela 3 – Variáveis relativas ao equilíbrio estático, avaliado por meio do mCTSIB, das mulheres idosas saudáveis participantes dos grupos experimental e controle antes e após a intervenção com o Método Pilates. Variáveis Pré-intervenção Pós- intervenção Total (n = 30) GE (n = 14) GC (n = 16) p valor Total (n = 22) GE (n = 09) GC (n = 13) p valor VOOASF °/s (DP) 0,17 (0,11) 0,16 (0,12) 0,19 (0,10) 0,53 0,20 (0,12) 0,19 (0,06) 0,21 (0,15) 0,79 VOOFSF °/s (DP) 0,22 (0,10) 0,22 (0,11) 0,22 (0,10) 0,92 0,23 (0,14) 0,21 (0,08) 0,25 (0,17) 0,54 VOOASI °/s (DP) 0,90 (0,23) 0,90 (0,21) 0,89 (0,24) 0,96 0,80 (0,21) 0,74 (0,23) 0,85 (0,19) 0,27 VOOFSI °/s (DP) 1,63 (0,37) 1,64 (0,38) 1,63 (0,38) 0,90 1,46 (0,36) 1,54 (0,33) 1,40 (0,39) 0,39 GE = grupo experimental; GC = grupo controle; n =amostra; DP = desvio padrão; mCTSIB = modified Clinical Test of Sensory Interaction on Balance; VOOASF = velocidade de oscilação com olhos abertos e superfície firme; VOOFSF = velocidade de oscilação com olhos fechados e superfície firme; VOOASI = velocidade de oscilação com olhos abertos e superfície instável; VOOFSI = velocidade de oscilação com olhos fechados e superfície instável. * p < 0,05 (Teste t de Student). 39 Tabela 4 – Variáveis relativas ao equilíbrio dinâmico, avaliadas por meio do TW e STS, das mulheres idosas saudáveis participantes do estudo antes e após a intervenção com o Método Pilates. Variáveis Pré-intervenção Pós- intervenção Total (n = 30) GE (n = 14) GC (n = 16) p valor Total (n = 22) GE (n = 09) GC (n = 13) p valor V, cm/s (DP) 13,22 (3,69) 13,22 (3,33) 13,22 (4,08) 0,99 13,28 (4,47) 12,66 (4,76) 13,72 (4,40) 0,59 L, cm (DP) 8,37 (2,02) 7,94 (1,53) 8,75 (2,35) 0,26 7,91 (2,58) 7,48 (3,37) 8,22 (1,97) 0,52 OF, °/s (DP) 6,41 (1,05) 6,27 (1,15) 6,53 (0,99) 0,52 5,90 (1,06) 6,23 (0,64) 5,67 (1,24) 0,23 TP, s (DP) 0,46 (0,20) 0,51 (0,24) 0,42 (0,17) 0,27 0,42 (0,23) 0,48 (0,33) 0,39 (0,14) 0,46 VO, °/s (DP) 3,41 (1,06) 3,20 (1,26) 3,60 (0,84) 0,32 3,58 (1,22) 3,43 (1,18) 3,67 (1,29) 0,66 ÍS, % do peso corporal (DP) 9,83 (3,47) 9,83 (3,44) 9,83 (3,60) 1,00 9,75 (2,55) 10,40 (2,77) 9,30 (2,39) 0,33 GE = grupo experimental; GC = grupo controle; n =amostra; DP = desvio padrão; TW = Tandem Walk, STS = Sit to Stand; V = velocidade; L = largura; OF = oscilação final; TP = tempo de subida; VO = velocidade de oscilação; IS = índice de subida. * p < 0,05 (Teste t de Student). 40 5 CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES GERAIS 41 O programa de exercícios de Pilates em solo proposto não foi efetivo no trabalho total e na potência média dos músculos flexores e extensores de joelho, bem como no equilíbrio estático e dinâmico das mulheres idosas avaliadas. Desta forma, sugere-se que novos estudos sejam realizados contemplando amostras maiores, incluindo indivíduos do sexo masculino, avaliando-se outros grupos musculares relacionados ao equilíbrio postural e incluindo a avaliação isocinética com velocidades mais elevadas para verificar mudanças na potência muscular. Além disso, devido à diversidade do processo de envelhecimento, recomenda-se a realização de estudos com programas de exercícios baseados nas características individuais de cada idoso, para assim maximizar os seus efeitos. 42 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43 1. NITZ, J. C; CHOY, N. L. The efficacy of a specific balance-strategy training program for preventing falls among older people: a pilot randomized controlled trial. Age and Ageing. v. 33, n. 1, p. 52 – 58, 2004. 2. ROJAS, V. G; LANCINO, E. E; SILVA, C. V; LÓPEZ, M. C; ARCOS, J. F. Impacto del entrenamiento del balance através de realidad virtual em uma población de adultos majores. 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Miami: Pilates Method Alliance; 2005. 48 6 ANEXOS 49 ANEXO 1 – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 50 51 APÊNDICES APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TÍTULO DA PESQUISA: EFEITO DO MÉTODO PILATES NO DESEMPENHO MUSCULAR E NO EQUILÍBRIO CORPORAL DE IDOSAS: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO. INVESTIGADORES: Mda. Andréa de Carvalho Gomes Prof. Dr. Ricardo Oliveira Guerra OBJETIVOS DO ESTUDO: A senhora está sendo convidada a participar, voluntariamente, de uma pesquisa que tem como objetivo avaliar o efeito de um programa de exercícios de Pilates em solo no desempenho muscular e no equilíbrio corporal das participantes. PROCEDIMENTOS: Será feita uma avaliação clínica, que constará de duas etapas. Na primeira etapa, realizada na Universidade Aberta para Terceira Idade (UnATI), será preenchida uma ficha de avaliação com: dados de identificação e sócio- demográficos, diagnósticos clínicos e alguns questionários e testes físicos específicos. Já na segunda etapa, realizada no Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), serão utilizados equipamentos específicos para avaliar o desempenho muscular e o equilíbrio corporal. Após as avaliações, a senhora participará de um programa educativo que acontecerá mensalmente, através da entrega de cartilhas informativas sobre o equilíbrio corporal na terceira idade, o risco de quedas e como evitá-las, os fatores associados às quedas, o medo de cair e o estado nutricional, podendo (grupo experimental) ou não (grupo controle) ser sorteada para participar de um programa de exercícios de Pilates em solo com exercícios de alongamento, fortalecimento e equilíbrio, duas vezes por semana durante 01 hora, no período de 12 semanas, totalizando 24 sessões, que será realizado na própria UnATI. Àquelas que não forem sorteadas, assegura-se os mesmos benefícios se seguidas todas as orientações presentes nas cartilhas e demonstradas nas palestras. E, após a reavaliação, as idosas que fizerem parte do grupo controle e tenham interesse poderão o programa de exercícios de Pilates em solo. Caso a senhora falte duas sessões de treinamento sem justificativa, será excluída da pesquisa. Se a falta for justificada, terá direito a reposição. Se a senhora pratica algum tipo de exercício físico, exceto caminhada, terá que suspender a prática de tal exercício durante o período de três meses de realização da pesquisa. Todas deverão participar da pesquisa por livre e espontânea vontade, pois não receberão pagamento para isto. E qualquer participante poderá, a qualquer momento, desistir de participar da pesquisa. RISCOS: Os riscos são mínimos, pois todos os procedimentos de avaliação e exercícios que serão realizados não possuem natureza invasiva, ou seja, não serão realizados testes que envolvam corte, penetração de instrumentos e coletas de sangue. E, em caso de dano a participante, a mesma será indenizada. BENEFÍCIOS: Nesta pesquisa, todas as participantes participarão de um ciclo de palestras com médico, nutricionista e fisioterapeutas e receberão mensalmente orientações através cartilhas sobre o equilíbrio corporal na terceira idade, o risco de quedas e como evitá-las, os fatores associados às quedas, o medo de cair e estado nutricional. Porém, apenas uma parte destas participará do programa de exercícios de Pilates em solo. CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Os resultados da pesquisa serão divulgados sem a identificação dos indivíduos e serão cumpridas as exigências da Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que trata sobre a bioética. QUEM CONTACTAR EM CASO DE DÚVIDA: Se você tiver alguma dúvida sobre este estudo ou algum problema relacionado à pesquisa, deverá entrar em contato com a investigadora do estudo, Andréa de Carvalho Gomes, no endereço Rua Maxaranguape, número: 550 - Apto: 603. Bairro: Tirol, Natal / RN, telefone (84) 3222-5081 / 9135-2645; e-mail: fisioterapeuta_andrea@yahoo.com.br. Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN no endereço Praça do Campus, Campus Universitário, CP 1666 – Natal / RN, CEP: 59078 – 970 ou pelo telefone (84) 3215 – 3135. Não assine e nem date este formulário a menos que você tenha tido a oportunidade de esclarecer suas dúvidas e tenha recebido respostas satisfatórias a todas as suas perguntas. CONSENTIMENTO INFORMADO: Li e entendi as informações acima. Perguntei e discuti os detalhes do estudo com uma pessoa da equipe de pesquisa. Concordo em participar deste estudo baseado nas informações fornecidas. Entendo que receberei uma cópia assinada e datada deste termo de consentimento. Participante da Pesquisa: Nome:__________________________________________________________ Data: ________/ _______/_________ Assinatura_________________________________________ Pesquisador Responsável: Nome: Andréa de Carvalho Gomes Endereço: Rua Maxaranguape, 550 – Apto: 603. Bairro: Tirol Telefone: (84) 3222- 5081/ (84) 9135-2645 E-mail: fisioterapeuta_andrea@yahoo.com.br Assinatura:______________________________________________________ Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte: Endereço: Praça do Campus, Campus Universitário, CP 1666 – Natal / RN CEP: 59078-970 Telefone: (84) 3215 – 3135 E-mail: cepufrn@reitoria.ufrn.br APÊNDICE B – PROGRAMA DE EXERCÍCIOS  Primeira e segunda semanas: Parte Exercícios Séries e repetições Aquecimento e Estabilização Aprender a respirar 5 minutos Arm Arcs (mobilização dos ombros) 1 série de 4 repetições Bent Knee Fallout (estabilizadores pélvicos) Arcs Femur (estabilizadores pélvicos) The Hundred (o cem preparatório) Alongamento Side to side (de um lado para outro) 1 série de 30 segundos Open the book (abrindo o livro) Spine stretch (alongamento da coluna) Spine twist (torção da coluna) Mobilização da coluna Bridge on the shoulder (ponte) 1 série de 10 repetições Fortalecimento Single leg circle (círculo com uma perna) 1 série de 10 repetições Side kick (chutes laterais) Swan dive (cisne preparatório) One leg kick (chute com uma perna preparatório) Relaxamento Trabalho de percepção dos grupos musculares trabalhados e respiração diafragmática e costal  Terceira e quarta semanas: Parte Exercícios Séries e repetições Aquecimento e Estabilização Aprender a respirar 5 minutos Arm Arcs (mobilização dos ombros) 1 série de 4 repetições Bent Knee Fallout (estabilizadores pélvicos) Arcs Femur (estabilizadores pélvicos) The Hundred (o cem – nível 1) Alongamento Spine stretch (alongamento da coluna) 1 série de 30 segundos Spine twist (torção da coluna) Mermaid (sereia adaptada) Mobilização da coluna Bridge on the shoulder (ponte com o flex) 1 série de 10 repetições Fortalecimento Single leg circle (círculo com uma perna) 1 série de 10 repetições Side kick (chutes laterais MI de apoio em extensão) Swan dive (cisne com extensão total de MMSS) One leg kick (chute com uma perna preparatório) Swimming (nadando preparatório) Quadruped (quadrúpede – Cavalo) Relaxamento Trabalho de percepção dos grupos musculares trabalhados e respiração diafragmática e costal  Quinta e sexta semanas: Parte Exercícios Séries e repetições Aquecimento e Estabilização Aprender a respirar 5 minutos Arm Arcs (mobilização dos ombros) 1 série de 4 repetições Bent Knee Fallout (estabilizadores pélvicos) Arcs Femur (estabilizadores pélvicos) The Hundred (o cem – nível 1) Alongamento Spine stretch (alongamento da coluna) 1 série de 30 segundos Spine twist (torção da coluna) Mermaid (sereia adaptada) Mobilização da coluna Bridge on the shoulder (ponte + halteres MMSS) 1 série de 10 repetições Fortalecimento Double leg circle (círculo com duas pernas + faixa) 1 série de 10 repetições Side kick (chutes laterais + caneleiras) Swan dive (cisne com extensão de MMSS) One leg kick (chute com uma perna preparatório com caneleira) Double leg kick (chute com duas pernas preparatório com caneleira) Swimming (nadando) Quadruped (quadrúpede com alternância de MMSS/II) Relaxamento Trabalho de percepção dos grupos musculares trabalhados e respiração diafragmática e costal  Sétima e oitava semanas: Parte Exercícios Séries e repetições Aquecimento e Estabilização Aprender a respirar 5 minutos Arm Arcs (mobilização dos ombros) 1 série de 4 repetições Bent Knee Fallout (estabilizadores pélvicos) Arcs Femur (estabilizadores pélvicos) The Hundred (o cem nível 1) Alongamento Spine stretch (alongamento da coluna) 1 série de 30 segundos Spine twist (torção da coluna) Mermaid (sereia adaptada) Mobilização da coluna Bridge on the shoulder (ponte com elevação de MMII) 1 série de 10 repetições Fortalecimento Extensão de MMII com faixa elástica 1 série de 10 repetições Estabilização de tronco com dissociação de MMSS/II Side kick (chutes laterais + caneleiras com apoio de antebraço) Double leg kick (chute com 2 pernas com caneleira) Swimming (nadando com halteres e caneleiras) Quadruped (quadrúpede com alternância de MMSS/II + caneleiras) Relaxamento Trabalho de percepção dos grupos musculares trabalhados e respiração diafragmática e costal  Nona e décima semanas: Parte Exercícios Séries e repetições Aquecimento e Estabilização Aprender a respirar 5 minutos Arm Arcs (mobilização dos ombros) 1 série de 4 repetições Bent Knee Fallout (estabilizadores pélvicos) Arcs Femur (estabilizadores pélvicos) The Hundred (o cem nível 1) Alongamento Spine stretch (alongamento da coluna) 1 série de 30 segundos Spine twist (torção da coluna) Mermaid (sereia adaptada) Mobilização da coluna Bridge on the shoulder (ponte deitada no rolo) 1 série de 10 repetições Fortalecimento Estabilização de tronco com dissociação de MMSS/II deitada no rolo 1 série de 10 repetições Swan dive (cisne com rolo) Quadruped (quadrúpede com MMSS apoiado no rolo) Side kick (chutes laterais em pé apoiando com o rolo) Half squat (agachamento assistido com o rolo) Relaxamento Trabalho de percepção dos grupos musculares trabalhados e respiração diafragmática e costal  Décima primeira e décima segunda semanas: Parte Exercícios Séries e repetições Aquecimento e Estabilização Aprender a respirar 5 minutos Arm Arcs (mobilização dos ombros) 1 série de 4 repetições Bent Knee Fallout (estabilizadores pélvicos) Arcs Femur (estabilizadores pélvicos) The Hundred (o cem nível 1) Alongamento Spine stretch (alongamento da coluna) 1 série de 30 segundos Spine twist (torção da coluna) Mermaid (sereia adaptada) Mobilização da coluna Bridge on the shoulder (ponte com pés apoiados na bola) 1 série de 10 repetições Fortalecimento Bridge on the shoulder (ponte com pés apoiados no rolo) 1 série de 10 repetições Estabilização de tronco com dissociação de MMSS/II deitada no rolo Swan dive (cisne com rolo) Quadruped (quadrúpede com MMII apoiado no rolo) Side kick (chutes laterais em pé apoiando com o rolo) Half squat (agachamento com bola) Push up (prancha na bola) Relaxamento Trabalho de percepção dos grupos musculares trabalhados e respiração diafragmática e costal APÊNDICE C - PRIMEIRA ETAPA DA AVALIAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PRIMEIRA ETAPA DA AVALIAÇÃO 1. IDENTIFICAÇÃO Nome:____________________________________________________________________________ Data de nascimento: ____/____/_____ Idade: ____anos Peso: _______kg Altura: ______cm Endereço:_________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Telefone:__________________________________________CPF:___________________________ Estado Civil: □ Casada □ Solteira □ Divorciada □ Viúva □ Outros Escolaridade: ______________ anos Profissão: __________________________________________ Diagnósticos:______________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Pratica atividade física?□ Não □Sim Qual? ______________________________________________ Já teve a menopausa? □ Não - Faz reposição hormonal? □Não □Sim □ Sim - Fez reposição hormonal? □Não □Sim Quanto tempo? ____________ 2. MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (Folstein, 1975) A. Orientação Em que dia estamos? ( ) Ano ( ) Hora ( ) Mês ( ) Dia ( ) Dia da Semana Onde nós estamos? ( ) Estado ( ) Cidade ( ) Bairro ( ) Local ( ) Andar B. Memória Imediata Repita as palavras: (1 segundo para dizer cada uma, depois pergunte ao idoso todas as três). ( ) Caneca ( ) Tijolo ( ) Tapete C. Atenção e Cálculo O Senhor (a) faz cálculos? (1) Sim (2)Não - Se a resposta for positiva pergunte: Se de 100 reais forem tirados 7, quanto resta? E se tirarmos mais 7 reais, quanto resta? (total de 5 subtrações). - Se a resposta for não, peça-lhe para soletrar a palavra “mundo” de trás para diante. ( ) 93 ou O ( )86 ou D ( ) 79 ou N ( )72 ou U ( )65 ou M D. Memória de Evocação Repita as palavras que disse há pouco: ( ) __________________ ( ) __________________ ( ) __________________ E. Linguagem Mostre um relógio de pulso e pergunte lhe: O que é isto? Repita com o lápis. ( ) Relógio ( ) Lápis Repita o seguinte: ( ) “NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ”. Siga uma ordem de três estágios: - “Tome um papel com sua mão direita” ( ) - “Dobre-o ao meio” ( ) - “Ponha-o no chão ( ) Leia e excute o seguinte (cartão): “FECHE OS OLHOS” ( ) Escreva uma frase ( ) _________________________________________ Copie este desenho ( ) TOTAL __________ PONTOS Indivíduo N°: 3. ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG (Berg, 1992) 1. De sentado para de pé: Instrução: Por favor, levante-se e tente não usar suas mãos como apoio. Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar. (4) consegue ficar de pé, sem ajuda das mãos e estabiliza-se sozinho. (3) fica de pé sozinho usando a ajuda das mãos. (2) fica de pé usando as mãos após inúmeras tentativas. (1) necessita de ajuda mínima para ficar de pé ou estabilizar-se. 2. De pé sem apoio: Instrução: Fique de pé por dois minutos sem segurar-se. Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar. (4) Fica de pé com segurança por dois minutos. (3) Fica de pé por dois minutos com supervisão. (2) Fica de pé por 30 segundos sem apoio. (1) Faz inúmeras tentativas para ficar de pé por 30 segundos sem apoio. (0) Incapaz de ficar 30 seg. de pé sem apoio. OBS.: Se o indivíduo é capaz de ficar de pé por 2 minutos com segurança, pontue a categoria máxima para sentado sem apoio. Siga para mudança de posição de pé para sentado. 3. Sentado sem o apoio dos pés no chão: Instruções: Sentar-se com os braços cruzados por 2 min. Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar. (4) senta-se com segurança e firmeza por 2 min. (3) senta-se por 2 min. Sob supervisão. (2) senta-se por 30 seg. (1) senta-se por 10 seg. (0) incapaz de sentar-se por 10 seg sem apoio. 4. De pé para sentado: Instrução: Por favor, sente-se. Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar: (4) Senta-se com segurança com o uso mínimo das mãos. (3) Controla a descida com o uso das mãos. (2) Usa a parte posterior da perna contra a cadeira para controlar a descida. (1) Senta-se independentemente, mas desce de forma descontrolada. (0) necessita de ajuda para sentar-se. 5. Transferências: Instruções: Por favor, vá da cadeira para a cama e de volta para a cadeira novamente. Em uma direção, um assento com descanso de braço e na outra direção um assento sem descanso de braço. Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar. (4) Transfere-se cuidadosamente, apenas com uso mínimo das mãos. (3) Transfere-se cuidadosamente e necessita do uso das mãos. (2) Transfere-se com pistas verbais e /ou supervisão. (1) necessita de uma pessoa para ajuda. (0) Necessita de duas pessoas para ajuda ou supervisão para segurança. 6. Em pé, sem apoio e olhos fechados: Instruções: Feche seus olhos e fique imóvel por 10 seg. Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar. (4) Fica de pé por 10 seg. com segurança. (3) Fica de pé por 10 seg. com supervisão. (2) Fica de pé por 3 seg. (1) Incapaz de ficar em pé por 3 segundos, mas se mantém imóvel. (0) Necessita de ajuda para evitar queda. 7. De pé sem apoio com os pés juntos: Instruções: Coloque os seus pés unidos e mantenha-se de pé sem se apoiar. Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar. (4) Coloca os pés unidos independentemente e fica 1 min. Com segurança. (3) Coloca os pés unidos independentemente e fica 1 min. Com supervisão. (2) Coloca os pés unidos independentemente, mas incapaz de mantê-los por 30 seg. (1) Necessita de ajuda para chegar à posição, mas capaz de mantê-la por 15 seg. com pés unidos. (0) Necessita de ajuda para chegar à posição e incapaz de mantê-la por 15 seg. Os itens seguintes serão realizados enquanto o indivíduo estiver de pé sem apoio. 8. Alcançar à frente com os braços estendidos: Instruções: Eleve seus braços com abertura de 90. Alongue seus dedos e vá a frente o máximo que conseguir. (O examinador deverá colocar uma régua no final das pontas dos dedos quando os braços estão a 90. Os dedos não deverão tocar a régua enquanto estiver alcançando à frente. A medida tomada é a distância à frente que os dedos alcançam quando o indivíduo está no seu máximo de inclinação à frente). Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar. (4) Alcança à frente com segurança > 10 polegadas (25,4 cm). (3) Alcança à frente com segurança > 5 polegadas (12,7 cm). (2) Alcança à frente com segurança > 2 polegadas (5,08 cm). (1) Alcança à frente, mas necessita de supervisão. (0) Necessita de ajuda para evitar queda. necessita de um ajuda mínima. 9. Pegar um objeto do chão: Instrução: Pegue este sapato ou chinelo que está em frente dos seus pés. Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar. (4) Pega o sapato com facilidade e segurança (3) Pega o sapato, mas necessita de supervisão. (2) Incapaz de pegar o sapato, mas alcança 1-2 polegadas (2,54-5,05 cm) do sapato e mantém o equilíbrio independentemente. (1) Incapaz de pegar e necessita de supervisão enquanto está tentando. (0) Incapaz de tentar / necessita de supervisão para evitar queda. 10. Virando-se para olhar para trás/ sobre ombros direito e esquerdo: Instruções: Vire-se para olhar para trás sobre o ombro esquerdo. Repita agora para o direito. Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar. (4) Olha para trás dos dois lados com boa transferência de peso. (3) Olha para trás por somente um lado, o outro lado mostra uma menor transferência de peso. (2) Vira-se para o lado somente, mas mantém o equilíbrio. (1) Necessita de supervisão quando se vira. (0) Necessita de supervisão para evitar queda. 11. Virar 360: Instruções: Virem-se completamente ao redor si mesmo fazendo um círculo completo. Pausa. Agora se vire num círculo completo para a outra direção. Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar. (4) Vira 360 com segurança em menos que 4 seg. para cada lado. (3) Vira 360 com segurança para somente um lado em menos de 4 seg. (2) Vira 360 com segurança, mas lentamente. (1) Necessita de supervisão próxima ou dicas verbais. (0) Necessita de ajuda enquanto está virando. Transferência Dinâmica de peso enquanto está de pé e sem apoio. 12. Tocando um banquinho: Instruções: Coloque cada pé, alternadamente, sobre o banquinho. Continue até que cada pé tenha tocado o banquinho por 4 vezes. Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar. (4) Capaz de ficar, independentemente, e com segurança e completar 8 toques em 20 seg. (3) Capaz de ficar, independentemente, e completar 8 toques em mais de 20 seg. (2) Capaz de completar 4 toques sem ajuda e com supervisão. (1) Capaz de completar mais que 2 toques e (0) Necessita de ajuda para evitar queda/ incapaz de tentar. 13. Permanecer de pé sem apoio com um pé a frente: Instrução: (demonstre ao sujeito) Coloque um pé diretamente a frente do outro. Se sentir que não pode posicionar seu pé diretamente a frente do outro, tente dar um passo adiante, longe o suficiente para que o calcanhar do pé da frente fique em frente dos dedos do outro pé. Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar. (4) capaz de posicionar o pé bem a frente independentemente e permanecer por 30 segundos. (3) capaz de posicionar o pé adiante do outro independentemente e permanecer por 30 segundos. (2) capaz de dar um pequeno passo independentemente e permanecer por 30 segundos. (1) precisa de ajuda para dar o passo, mas pode permanecer por 15 segundos. (0) perde o equilíbrio quando dá um passo ou fica de pé. 14. Ficar sobre uma perna: Instrução: fique de pé sobre uma só perna o máximo de tempo que conseguir sem se segurar. Graduação: Favor marcar a menor categoria que se aplicar. (4) capaz de elevar a perna independentemente e permanecer por mais do que 10 segundos. (3) capaz de elevar a perna independentemente e permanecer de 5 – 10 seg. (2) capaz de elevar a perna independentemente e permanecer por um período maior ou igual a 3 seg. (1) tenta levantar a perna; incapaz de manter 3 segundos, mas continua de pé independentemente. (0) incapaz de tentar ou precisa de assistência para prevenir uma queda. ESCORE TOTAL: _________/ 56 pontos. PONTO DE CORTE: 45 pontos ou menos. 4. TIMED UP & GO TEST (TUGT) (Podsiadlo & Richardson, 1991) Instrução: Sujeito sentado em uma cadeira sem braços, com as costas apoiadas, usando seus calçados usuais e seu dispositivo de auxílio à marcha. Após o comando “vá”, deve se levantar da cadeira e andar um percurso linear de 3 m, com passos seguros, retornar em direção à cadeira e sentar-se novamente. TEMPO GASTO NA TAREFA: ________ segundos. 5. ESCALA DE EFICÁCIA DE QUEDAS – BRASIL (FES-I-BRASIL) Instrução: Agora nós gostaríamos de fazer algumas perguntas sobre qual é sua preocupação a respeito da possibilidade de cair. Por favor, responda imaginando como você normalmente faz a atividade. Se você atualmente não faz a atividade (por ex. alguém vai às compras para você), responda de maneira a mostrar como você se sentiria em relação a quedas se você tivesse que fazer essa atividade. Para cada uma das seguintes atividades, por favor, marque o quadradinho que mais se aproxima de sua opinião sobre o quão preocupado você fica com a possibilidade de cair, se você fizesse esta atividade. Atividades Nenhum pouco preocupado Um pouco Preocupado Muito preocupado Extremamente preocupado 1 Limpando a casa (ex.: passar, pano, aspirar ou tirar poeira). 1 2 3 4 2 Vestindo ou tirando a roupa. 1 2 3 4 3 Preparando refeições simples. 1 2 3 4 4 Tomando banho. 1 2 3 4 5 Indo as compras. 1 2 3 4 6 Sentando ou levantando de uma cadeira. 1 2 3 4 7 Subindo ou descendo escadas. 1 2 3 4 8 Caminhando pela vizinhança. 1 2 3 4 9 Pegando algo acima da cabeça ou no chão. 1 2 3 4 10 Ir atender ao telefone antes que pare de tocar. 1 2 3 4 11 Andando sobre superfície escorregadia (ex.: chão molhado). 1 2 3 4 12 Visitando um amigo ou parente. 1 2 3 4 13 Andando em lugares cheio de gente. 1 2 3 4 14 Caminhando sobre superfície irregular (ex.: com pedras, esburacada). 1 2 3 4 15 Subindo ou descendo ladeira. 1 2 3 4 16 Indo a uma atividade social (ex.: ato religioso, reunião de família, encontro no clube). 1 2 3 4 PONTUAÇÃO: 16 pontos (mínimo medo) e 64 pontos (máximo medo). APÊNDICE D - SEGUNDA ETAPA DA AVALIAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO - II 1. IDENTIFICAÇÃO Nome:___________________________________________Idade:_______anos 2. Balance Master System ® Equilíbrio Estático - Teste: mCTSIB Alinhamento do COG T1 T2 T3 Veloc. Oscilação T1 T2 T3 Firme/olhos abertos Firme/olhos ab Firme/olhos fechados Firme/olhos fec Instável/olhos abertos Instável/olhos ab Instável/olhos fechados Instável/olhos fec Equilíbrio Dinâmico - Teste: Tandem Walk T1 T2 T3 Velocidade Largura do passo Oscilação final Equilíbrio Dinâmico - Teste: Sit to Stand T1 T2 T3 Transferência de peso Velocidade de oscilação do COG Simetria do peso Índice de subida 3. Dinamometria Isocinética: Teste Trabalho normalizado pelo peso corporal Potência Média Isocinético Extensão Flexão