PPGCB - Mestrado em Ciências Biológicas
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Navegando PPGCB - Mestrado em Ciências Biológicas por Autor "Almeida, Gilmara Celli Maia de"
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Dissertação Caracterização fenotípica e molecular da resistência antimicrobiana em Acinetobacter sp: ênfase aos β-lactâmicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-05-14) Lopes, Maria Carolina Soares; Melo, Maria Celeste Nunes de; ; http://lattes.cnpq.br/0580551464788795; ; http://lattes.cnpq.br/4214776419683163; Motta Neto, Renato; ; http://lattes.cnpq.br/6909091962347443; Almeida, Gilmara Celli Maia de; ; http://lattes.cnpq.br/5694096571543495As Infecções Hospitalares (IH) se constituem na principal causa de morbidade e mortalidade em pacientes hospitalizados. Relatos de isolamentos de Acinetobacter multirresistentes a partir de espécimes clínicos obtidos de pacientes internados bem como do ambiente hospitalar são cada vez mais frequentes. Assim, esse projeto tem como objetivo caracterizar fenotipica e molecularmente, isolados de Acinetobacter spp. quanto à susceptibilidade aos antimicrobianos. Os isolados de Acinetobacter foram coletados em quatro hospitais localizados na cidade do Natal-RN, no período de 2013 a 2014. A identificação dos isolados foi realizada através de provas laboratoriais convencionais, através do sistema MALDI-TOF e através da pesquisa do gene blaOXA51. A susceptibilidade aos antimicrobianos foi avaliada pela metodologia de disco-difusão. Para a droga tigeciclina, a concentração inibitória mínima (CIM) foi determinada através do E-test . Além disso, foram realizados testes de triagem para as enzimas AmpC, ESBL e Carbapanemases e pesquisa dos genes para as carbapenemases (IMP-1, VIM-1, NDM-1, KPC-2, OXA-23,OXA-24,OXA-58,OXA-143), através da técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Não houve 100% de concordância entre os resultados obtidos pelas técnicas utilizadas para a identificação dos isolados. 90% e 81,8% das amostras foram identificadas como A.baumannii pelos testes convencionais e MALDI-TOF, respectivamente e a positividade do blaOXA51 aconteceu em 97,1% das amostras . No ambiente hospitalar, os locais mais contaminados por essa espécie foi a bancada de procedimentos e o piso. A maioria (58,2%) das cepas de Acinetobacter apresentaram resistência à três ou mais classes de antibióticos. A positividade no teste para detecção de AmpC foi de 5,8%, no Teste de Hodge foi de 61,1% e para o teste de detecção de Metallo-β-lactamase foi de 78,5%. Nenhuma amostra se mostrou produtora de ESBL. Os genes mais encontrados, além do blaOXA51 foram o blaOXA23 e blaOXA143. A média da prevalência de Acinetobacter nos hospitais estudados foi de 7,6% em amostra clínicas e de 12,8% nas amostras do ambiente hospitalar, a sazonalidade foi demonstrada e vários fatores relacionados com a multirresistência foram estatisticamente relevantes. O elevado número de Acinetobacter multirresistente aos antimicrobianos, isolados a partir de pacientes e sobretudo das superfícies inanimadas dos hospitais é preocupante. Esse cenário pode comprometer tanto os tratamentos empíricos de pacientes em estado grave quanto às estratégias de controle de infecção hospitalar.Dissertação Emergência de enterococcus sp. resistentes à vancomicina na cidade do Natal-RN(2019-02-22) Oliveira, Emília Sousa de; Melo, Maria Celeste Nunes de; ; ; Andrade, Vânia Sousa; ; Almeida, Gilmara Celli Maia de;Surtos e dispersões clonais do gênero Enterococcus resistente à vancomicina (ERV) vêm ocasionando um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. No Brasil, diversos estudos já reportaram esse cenário por ERV, sendo a maioria ocasionado pelas espécies Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium. O objetivo desse estudo foi caracterizar, a nível molecular, isolados de ERV de pacientes oriundos de diferentes hospitais de Natal/RN. Foram analisados 62 isolados de cultura de vigilância e de outros espécimes clínicos de ERV de 51 pacientes de 7 hospitais, no período de dois anos (2015-2016). Os isolados foram identificados a nível de espécie por primers específicos sodA e ddl pela técnica de Reação de Cadeia em Polimerase (PCR). A susceptibilidade aos antibióticos foi avaliada por disco-difusão, fita contendo antibiótico (vancomicina) em gradiente e diluição em ágar (teicoplanina) (EUCAST, 2018; CLSI, 2018). As pesquisas para os determinantes da resistência à vancomicina (vanA/vanB) e da virulência (cylA/asa1/gelE/esp) foram analisadas pela PCR. A relação clonal foi observada pela técnica de Eletroforese em Campo Pulsado (PFGE) e isolados representativos dos principais clones foram também avaliados pela técnica de Tipagem por Sequenciamento de Multilocus (MLST). Sessenta e um isolados foram identificados como Enterococcus faecalis e somente um como Enterococcus faecium. A resistência à vancomicina, ciprofloxacina, tetraciclina e eritromicina foram observados em todos os isolados, e 98,4% foram resistentes à teicoplanina. A CIM para vancomicina e para a teicoplanina observada foi de 16 até ≥ 256 µg/ml e 4 até 64µg/L, respectivamente. Ademais, 88,7% (n=55) e 40,3% (n=25) dos isolados também foram resistentes à gentamicina e estreptomicina, respectivamente. Nenhum isolado foi resistente à linezolida ou ao cloranfenicol. Somente o E. faecium foi resistente à ampicilina. Todos os isolados apresentaram o gene vanA. A ocorrência dos fatores de virulência para E. faecalis incluiu gelE (98,4%; n=60), asa1 (100%; n=61), cylA (16,4%; n=10) e esp (9,8%; n=6). Dois perfis PFGE foram identificados: clone A (50,8%; n=31) e clone B (49,18%; n=30). Os MLST dos isolados representantes foram tipados como ST525 e ST6. Os dois perfis clonais foram co-circulantes nos hospitais pesquisados durante o período do estudo. Essa pesquisa destacou uma alta taxa de colonização de pacientes por E. faecalis resistente à vancomicina com operon vanA e uma disseminação silenciosa de dois clones previamente associados a infecções humanas no Brasil (ST525) e no mundo (ST6). Embora a emergência do ERV em Natal permaneça sem esclarecimento, a disseminação inter-hospitalar durante um longo período de tempo destaca a necessidade de medidas preventivas que possam conter esse cenário de potencial epidemia de infecções por ERV.Dissertação Perfil de resistência de cepas de pseudomonas aeruginosa em três centros de saúde do Estado do RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-12) Castro, Jenielly de Noronha Ferreira de; Motta Neto, Renato; ; http://lattes.cnpq.br/6909091962347443; ; http://lattes.cnpq.br/4357187902075718; Melo, Maria Celeste Nunes de; ; http://lattes.cnpq.br/0580551464788795; Almeida, Gilmara Celli Maia de; ; http://lattes.cnpq.br/5694096571543495O crescente aumento da resistência aos antimicrobianos em Pseudomonas aeruginosa é um exemplo notável de como as bactérias podem manter e expressar novas informações genéticas que conferem resistência a uma ou várias drogas. No presente estudo avaliou-se a susceptibilidade aos antimicrobianos em isolados de P. aeruginosa em três grandes centros de referência do Estado do Rio Grande do Norte: Laboratório Dr. Almino Fernandes (LACEN-RN), Laboratório de Análises Clínicas do HUOL e Laboratório de Análise Clínicas do Hospital Giselda Trigueiro (HGT). Os isolados foram obtidos entre janeiro de 2013 e junho de 2014, onde 113 cepas foram isoladas de diversas amostras clínicas por demanda espontânea. A espécie de P. aeruginosa foi identificada inicialmente nos laboratórios de origem e confirmada, através de testes fenotípicos, no Laboratório de Micobactérias (LABMIC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN. A determinação da susceptibilidade deu-se através do Teste de Disco Difusão. Após determinação do perfil de resistência, as amostras foram submetidas à avaliação fenotípica confirmatória. Do total de 113 isolados 67,2% (n = 76) apresentaram perfil de resistência a, pelo menos, uma classe de antimicrobianos. Todas as cepas de P. aeruginosa foram susceptíveis a Polimixina B. As maiores taxas de resistência foram verificadas frente à Ofloxacina (57,5%), ciprofloxacina (55,7%), Norfloxacina (55,7%), ticarcilina-ácido clavulânico (43,3%), ceftazidima (41,5%), Meropenem (39,8%), Aztreonam e Cefepime (38,9%). A frequência de resistência foi menor frente à imipenem (36,2%), tobramicina (36,2%), piperacilina-tazobactam (36,2%) e amicacina (28,3%). Das 113 cepas estudadas, 46 (40,7%) apresentaram resultados fenotípicos positivos para produção de β-Lactamases do tipo AmpC. 50 (44%) apresentaram resistência a, pelo menos, um dos carbapenêmicos avaliados, e estas foram submetidas ao teste de detecção fenotípica para produção de Metallo Beta Lactamase - MβL. Das 50 amostras com resistência a carbapenêmicos, 21 (42%) apresentaram teste fenotípico positivo para produção de metallo-β-lactamase a partir do teste de bloqueio enzimático, sendo presuntivamente consideradas produtoras de MβL. A partir dos dados obtidos, concluímos que a identificação precoce de patógenos e a análise da resistência de microrganismos aos antimicrobianos constituem importante ferramenta para auxiliar os clínicos no tratamento de infecções. Dessa forma, conhecer o perfil de susceptibilidade aos antibióticos de P. aeruginosa pode nortear a escolha de terapia empírica.Dissertação Susceptibilidade aos antibióticos e aos biocidas clorexidina e cloreto de benzalcônio em isolados clínicos de Acinetobacter baumannii(2019-02-28) Évora, Bruna Helena Silva Rendall; Melo, Maria Celeste Nunes de; ; ; Fernandes, José Veríssimo; ; Almeida, Gilmara Celli Maia de;A espécie bacteriana Acinetobacter baumannii se destaca não somente como um dos principais patógenos envolvidos em infecções relacionadas a saúde (IRAS) em pacientes hospitalizados, particularmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), mas também pela grande capacidade de aquisição de mecanismos de resistência aos antimicrobianos. Recentemente, a redução da susceptibilidade aos biocidas como antissépticos e desinfetantes vem sendo relatado em muitas espécies, incluindo em A. baumannii. Assim, objetivo dessa pesquisa foi determinar o perfil de susceptibilidade aos antibióticos e aos biocidas clorexidina e cloreto de benzalcônio de cepas de A. baumannii provenientes de amostras clínicas de hospitais gerais da cidade de Natal, Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. As amostras foram coletadas entre Março de 2013 a Março de 2014. Foram identificadas através de provas bioquímicas convencionais e confirmadas pela pesquisa do gene blaOXA-51 e pelo sistema MALDI-TOF e, estocadas em freezer a -20°C no Laboratório de Bacteriologia Médica da UFRN. Essa pesquisa foi realizada com 135 cepas de A. baumannii, as quais foram avaliadas quanto à susceptibilidade aos antibióticos comumente utilizados na prática clínica, pelo método de disco difusão (Kirby-Bauer) e quanto a resistência aos carbapenêmicos pelo teste do sinergismo disco duplo contendo EDTA (ácido etilenodiaminotetracético). A susceptibilidade aos biocidas foi avaliada pela determinação da concentração inibitória mínima, utilizando o método de microdiluição em caldo, segundo recomendações do CLSI. Além disso, foi aplicada a técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR) para a detecção de genes que codificam as carbapenemases IMP-1, VIM-1, NDM-1, OXA-23, -24, -58, -143 e as bombas de efluxo QacE, AdeB e AdeJ. Foi observado um perfil de multirresistência (MDR) aos antibióticos em 70,37% (95/135) dos isolados e 44,21% (42/95) destes, foram extensivamente resistentes (XDR) ao apresentarem resistência a todos os antibióticos, com exceção à tigeciclina, cuja resistência foi observada em apenas um isolado. A resistência aos carbapenêmicos foi observada em 71,85% (97/135). Setenta e sete isolados foram positivos para a produção de metalobetalactamases (MBLs) no qual apenas as enzimas NDM-1 e IMP-1 foram detectadas em 15,85% e 2,06% desses isolados, respectivamente. Os genes blaOXA-23 e blaOXA-143 foram os mais prevalentes, representando 90% e 28% dos isolados, respectivamente. Quanto a avaliação da susceptibilidade aos biocidas, 19,25% (26/135) dos isolados apresentaram susceptibilidade reduzida a clorexidina e 40% (54/135) ao cloreto de benzalcônio. A presença dos genes para as bombas de efluxo AdeB e AdeJ foram positivas na maioria dos isolados correspondendo a 115 (85,19%) e 129 (95,85%), respectivamente, mas estatisticamente não mostraram associação significativa com a tolerância aos biocidas testados (p<0,05). Enquanto que a presença do gene qacEmostrou relação significativa (p=0,0006) com a susceptibilidade reduzido a clorexidina, estando presente em 46,15% (12/26) dos isolados tolerantes a esse composto. Outra associação significativa foi observada entre a susceptibilidade reduzida ao cloreto de benzalcônio com o perfil de multirresistência dos isolados. As cepas de A. baumannii com um perfil de alta resistência compromete enormemente o tratamento de infecções por esse micro-organismo, assim como limita de forma importante os agentes utilizados no processo de higienização e desinfeção hospitalar. Deve haver, portanto, uma vigilância permanente quanto a transmissão cruzada em ambientes hospitalares e buscar o uso de biocidas mais eficazes.