Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Enfermagem por Autor "09304984459"
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Tese Terapias medicamentosas para manejo da dor em pacientes amputados: revisão sistemática e metanálise de rede(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-17) Leal, Nahadja Tahaynara Barros; Dantas, Daniele Vieira; 00800897471; Duarte, Fernando Hiago Da Silva; 09304984459; Araujo, Gabriela De Sousa Martins Melo De; 05671050405; Ribeiro, Katia Regina Barros; 00859376494; Silva, Mariana Pereira Da; 06070389425Introdução: a dor é a manifestação clínica mais prevalente após a ocorrência de amputações, cerca de 70% dos amputados experimentam algum tipo de dor e, mesmo em baixa intensidade, provoca sofrimento, modificando a vida de alguma maneira. Não há consenso na literatura científica sobre a forma mais adequada de manejar esse evento, existindo inúmeras terapias medicamentosas promissoras. A análise das evidências é importante para apoiar as escolhas terapêuticas seguras para o paciente e fomentar a prática de enfermagem baseada em evidências científicas. Tendo em vista que a dimensão filosófica permeia todo o cuidado de enfermagem, a elaboração deste estudo está alinhada com algumas ideias contidas na obra Crítica da Razão Pura, do filósofo Immanuel Kant. Objetivo: avaliar a eficácia e segurança do uso de terapias medicamentosas para o manejo da dor em pacientes amputados. Metodologia: trata-se de visão geral de uma revisão sistemática e metanálise de rede, conduzida de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses for Network Meta-Analyses (PRISMA-NMA) e registrada na base de dados do International prospective register of systematic reviews (PROSPERO) (CRD42024500600). A busca foi realizada em setembro de 2024, por dois pesquisadores, de maneira independente e simultânea, nas bases de dados: Cochrane Library, Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences (LILACS), National Library of Medicine and National Institutes of Health (PUBMED), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Science Direct, Web of Science, Elsevier's Scopus (SCOPUS), CINAHL e Google Scholar. Identificaram-se 2.352 textos. Incluíram-se, no estudo, todas as Revisões Sistemáticas Cochrane (CSRs) e Revisões Sistemáticas não Cochrane (não CSRs) com ou sem metanálise, que descreveram a população de idade igual ou superior a 18 anos, com uso terapias farmacológicas para manejo da dor em pacientes submetidos a cirurgias de amputação. Não houve restrição temporal para seleção, nem quanto ao idioma das publicações, e os textos duplicados foram excluídos utilizando o Rayyan®. Resultados: incluíram-se 17 revisões sistemáticas para análise. Com população principalmente do sexo masculino, idades entre 19 e 92 anos, com amputações de extremidades e presença de Dor Residual (DR) ou Dor do Membro Fantasma (DMF), a avaliação da dor foi feita por variadas escalas. Para análise da qualidade metodológica, utilizou-se Do Assessment of Multiple Systematic Reviews (AMSTAR 2), os estudos foram considerados conforme a confiança geral como: “moderada”, 7 (41,2%); “criticamente baixa”, 7 (41,2%); e “baixas”, 3 (17,7%). Foram filtrados para a metanálise de rede sete revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados, as análises foram conduzidas utilizando o pacote netmeta, por meio do software R ®. Dois desfechos foram analisados para metanálise e elaboração dos diagramas de rede e sub-redes: DR e DMF. As terapias contidas nas três sub-redes criadas não obtiveram significância estatística para as comparações diretas e indiretas. Na primeira sub-rede, para dor do membro fantasma, as terapias com maior probabilidade de ter melhor resultado foi a estimulação magnética transcraniana (p-score 0.6949), seguida da memantina (p-score 0.5309) e, na segunda sub-rede para DMF, a terapia do espelho (p-escore 0.6058) e a estimulação elétrica nervosa transcutânea (0.5916). A terceira sub-rede foi elaborada para dor residual e a gabapentina obteve a primeira posição do ranking. Conclusão: diante dos resultados e das limitações, aceita-se a hipótese de que as terapias medicamentosas não apresentam evidências científicas suficientes para garantir a eficácia e segurança do uso para manejo da dor em pacientes adultos amputados, em comparação com a administração de placebos e/ou outras terapias.