PPGCS - Doutorado em Ciências Sociais
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Navegando PPGCS - Doutorado em Ciências Sociais por Autor "Almeida, Maria da Conceição Xavier de"
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Tese Clara Nunes como obra de arte: a epistemologia das ciências humanas a partir da cultura musical(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-03-22) Silva, Leilane Assunção da; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; ; http://lattes.cnpq.br/9092484602596927; Ferreira, Brasília Carlos; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787912U6; Mendes, Iran Abreu; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704236U8; Petraglia, Izabel Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/6460862782566101; Oliveira, Josineide Silveira de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796363D5; Lopes Júnior, Orivaldo Pimentel; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767289H0A tese tem como matriz maior a reorganização da ciência que se edifica a partir de meados do século passado e tem como horizonte a religação entre cultura científica e cultura humanística, bem como o diálogo entre ciência, arte e literatura. Essa via de regeneração epistemológica do paradigma científico incorpora a linguagem poética à análise sociológica e faz emergir uma narrativa complexa, aberta e transdisciplinar. Para empreender esse exercício temos como interlocutores pensadores como Nietzsche, Lévi-Strauss, Edgar Morin e Bruno Latour, para citar alguns, e como referência de análise o conjunto da produção artística de um dos ícones da música brasileira, Clara Nunes. Problematiza-se aqui, por meio da discografia, das letras das músicas e de fragmentos da biografia da cantora, a construção social de um personagem que politizou a cultura, potencializou a consciência mestiça do imaginário popular e ultrapassou as narrativas excessivamente prosaicas da cultura acadêmico-científica. O argumento central da tese reconhece em Clara Nunes um Sujeito Híbrido, como de resto é o que se espera do intelectual politicamente engajado no século 21Tese Das palavras à vida: o prazer em Max Weber(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-03-19) Miranda, Paulo Henrique Façanha de; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://lattes.cnpq.br/9961862139964562; ; http://lattes.cnpq.br/9890288658527621; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/2568499843473943; Germano, José Willington; ; http://lattes.cnpq.br/9070289595467890; Mendonça, Kátia Marly Leite; ; http://lattes.cnpq.br/5325063796266136; Nogueira, Maria Aparecida Lopes; ; http://lattes.cnpq.br/9113655075370877A tese tem por objetivo discutir a temática do prazer como um assunto intelectual e pessoal para Max Weber. Tem-se por referências principais A Sociologia das Religiões, Ciência como Vocação e Política como Vocação, Burocracia, O sentido da "Neutralidade Axiológica" nas Ciências Sociais e Econômicas. A respeito de sua vida vários autores foram consultados com destaque para a biografia escrita por sua esposa Marianne Weber por ter uma grande quantidade de trechos de cartas e conversas informais. O tema do prazer foi desenvolvido levando em consideração a complexidade desse fenômeno onde sua realização ocorre de forma ambivalente e múltipla. Para isso partimos do paradigma da complexidade segundo a ótica de Edgar Morin, as reflexões sobre o erotismo de Georges Bataille e as compreensões antinômicas de Lepegneur e Onfray que a seus modos definem o prazer enquanto fenômeno que abriga ambigüidades e as referências históricas de Peter Gay, Nobert Elias, Wolf Lepenies. Em Max Weber o prazer apresenta, também, essa ambigüidade, posto que sua abordagem científica esteja registrando a ausência de prazer para o surgimento de uma ética protestante e, além disso, para corroborar com um processo de desencantamento do mundo que nos leva a uma vida sem sentido. Weber sofre mudanças substanciais nos últimos dez anos de sua vida. Nesse período inclui em suas reflexões tema do erotismo e da arte como possibilidades de sairmos da rotina do cotidiano moderno que esmaga a liberdade existencial do indivíduo. No entanto, sua postura ambígua em relação a essas possibilidades, o leva a considerar uma situação de enfrentamento pessoal, heróico, uma vez que, para ele, cada qual assuma as conseqüências de seus atos e crie seus valores para dar significação à própria existência. O prazer em Weber é antes de tudo intelectual e existencial: ao lado da rotinização da vida, burocratização e desencantamento do mundo havia as possibilidades do carisma, da vocação e da paixão. Mas sempre que ele percebia essas alternativas para o "mal-estar" que o mundo moderno apresentava ao homem, ele, enquanto cientista era cético. Esse é o argumento central da teseTese Do segredo ao sagrado. O autoconhecimento nas narrativas autobiográficas de C. G. Jung(2018-02-15) Alves, Adeilton Dias; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; ; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; ; Carvalho, Edgard de Assis; ; França, Fagner Torres de; ; Toscano, Geovania da Silva;A tese constitui o esforço para compreender a noção de autoconhecimento presente nas narrativas autobiográficas de Carl Gustav Jung, publicadas no livro intitulado Memórias, Sonhos, Reflexões (Memórias, Sonhos, Reflexões, 2016). O estudo destes fragmentos autobiográficos indicou que, em Jung, o conhecimento do ser humano sobre si mesmo opera construções do imaginário que nos religam a um sentido de realidade por meio do cultivo de afinidades ancestrais da sensibilidade. Foi este o argumento que persegui. E mais: longe de ser um fechamento narcisista do sujeito em si mesmo, há ali uma noção de autoconhecimento que fomenta um tipo de ética e estética de vida. Das construções do imaginário derivam uma ética do sujeito para consigo mesmo (autoética), endereçando-o ao encontro do outro (socioética). Em grande parte, a saúde deste encontro depende do cultivo de um senso de realidade que só pode ser levado a cabo por meio do engajamento na comunidade humana, com a aceitação das consequências que lhes são inerentes. Há também uma dimensão da ética que remete ao antrhopos (antropoética). Essa atitude em assumir o destino humano demanda, inclusive, uma reaproximação do sujeito com a memória ancestral, com suas forças psíquicas primordiais, que se dá pelo cultivo das afinidades ancestrais da sensibilidade. As sucessivas aproximações ao material de pesquisa foram realizadas com o apoio das ideias de Mircea Eliade (1947, 1992a, 1992b, 2012), Gaston Bachelard (1978, 2008, 2013), Edgar Morin (2008, 2011a, 2013, 2014) e Teresa Vergani (2009), além de outros que podem ser observados ao longo do texto. Em Jung, o autoconhecimento é uma construção lenta e paciente, mediada pela relação com imagens e símbolos, produto complexo e inacabado de uma itinerância que dura toda uma vida, se pensarmos em termos de indivíduo; e séculos, se pensarmos em termos de humanidade.Tese Duas mãos e o sentimento do mundo: Hélio Vasconcelos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-04-01) Anjos, Francisco Flávio Oliveira dos; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; ; http://lattes.cnpq.br/6962874886716255; Lopes Júnior, Edmilson; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703249P4; Assunção, Luiz Carvalho de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780134H6; Oliveira, Josineide Silveira de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796363D5; Souza, Samir Cristino de; ; http://lattes.cnpq.br/3098320102942173Essa tese trata do itinerário intelectual do humanista, advogado e educador potiguar Hélio Vasconcelos na construção de uma sociedade mais solidária, justa e igualitária, menos marcada pela desigualdade, pela miséria, pela ignorância e pela ausência de liberdade de seu povo sofrido e amado. Mostra ainda, como, após sofrer as agruras provocadas pelo encarceramento e pela perseguição política, enfrentou com dignidade o exílio, desenvolvendo um trabalho exemplar de defesa dos direitos da criança e do adolescente. Para isso, refaz o caminho desse intelectual humanista, homem simples que jamais abriu mão de sua forma de pensar, de encarar o mundo, de amar e respeitar a tudo aquilo que o cerca, pensando globalmente e agindo localmente, sempre empunhando a defesa dos Direitos Humanos. Mostra como Hélio exerceu a solidariedade de forma intensa e como se preocupou com os reais interesses da coletividade ao exercer cargos públicos. Procura demonstrar a necessidade de reformulação da Educação Jurídica, a fim de estimular a formação juristas dotados de um perfil humanistaTese Escaladas da contracultura: Natal, década de 1980(2017-11-06) Lima, Artemilson Alves de; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; http://lattes.cnpq.br/2568499843473943; http://lattes.cnpq.br/6247523502996479; Costa, João Bosco Araújo da; http://lattes.cnpq.br/4418972852075556; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; http://lattes.cnpq.br/9961862139964562; Morais Neto, João Batista de; http://lattes.cnpq.br/2497394614720284; Lima, Hermano Machado Ferreira; http://lattes.cnpq.br/3544078387684243A contracultura é conhecida como um fenômeno da segunda metade do século XX. Suas origens remontam ao final da década de 1940, com os “uivos” da geração beat, cuja visibilidade começa na década de 1950. Todavia, o que se considera como sendo o estouro desse fenômeno acontece, de fato, durante os anos de 1960, tendo, como principal vitrine, o Maio de 1968 na França, com desdobramentos na segunda metade da década de 1960 e durante a década de 1970, em alguns países da Europa e nos EUA, com a explosão do rock’in roll e do movimento hippie, influenciando gerações de jovens no mundo inteiro. No Brasil, alcança seu auge na década de 1970, com repercussões na década de 1980. Em ambos os contextos, a contracultura valeu-se da arte e da literatura, nas quais encontrou o ambiente mais fértil de expressão. Esta tese versa sobre alguns aspectos do ativismo intelectual e artístico em Natal, na década de 1980, como um fenômeno que se insere no contexto da expressão contracultural. Na construção de seu arcabouço teórico, toma-se como principal referência o conceito de contracultura em Roszack (1972), para quem a contracultura foi uma forma de contestar a racionalização da sociedade tecnocrata que se consolida depois da Segunda Guerra Mundial, apresentando como traço mais marcante a excessiva racionalidade das relações econômicas e socioculturais, em todos os âmbitos da vida, nas Sociedades Ocidentais. Também se ancora, teoricamente, nos postulados de Goffman e Joy (2007), que reconhecem o período acima referenciado como o mais significativo, embora optem por analisar a contracultura como um fenômeno próprio da cultura, independentemente do tempo e do espaço e deem preferência ao uso do termo “contraculturas” para designar as inúmeras experiências de contestação e de negação às estruturas do establishment, em diversas experiências históricas, chegando mesmo a considerá-las como uma tradição de ruptura. A narrativa das expressões contraculturais na cidade de Natal, na década de 1980, procura trazer à luz algumas manifestações da contracultura, quem eram os sujeitos que as protagonizaram, como estes se expressavam e interagiam, enfim quais os grupos de artistas que fizeram parte dessas manifestações na cidade de Natal durante a década de 1980. Para isso, recorreu-se à pesquisa ivestigativa, fazendo ancoragem em parte significativa da produção artística e literária de alguns desses sujeitos, tanto aqueles de representação individual quanto aqueles que compunham/representavam um coletivo, situados, todos eles, no circuito contracultural da cidade, no período em destaque. Numa complementação necessária, ainda se apoia na concepção moriniana de acontecimento-de-caráter-modificador (MORIN, 2005), para narrar como essa experiência da contracultura constituiu-se em um fenômeno que incorpora a busca de expressão de uma cultura-revolta (KRISTEVA, 2000). Além do mais, também adota, como centralidade teórica, a noção sloterdjikiana da antropotécnica, a partir da metáfora da escalada do monte improvável da cultura pelo estabelecimento das tensões verticais (SLOTERDJIK, 2013). Tomando-se, em particular, a narrativa da experiência contracultural natalense, no período focalizado, conclui-se, em caráter provisório, que tal experiência pode, com legitimidade, ser considerada como uma manifestação contracultural e, não obstante – como tantas outras em diferentes lugares –, faz parte de um movimento de transformação da cultura, que se pode situar nos marcos das teses defendidas pelos autores, isto é, como acontecimento-de-caráter-modificador, vez que constitui parte de uma cultura-revolta que pode ser compreendida à luz do processo de ressubjetivação dos sujeitos em seu exercício de ascese individual, que acaba por determinar as transformações na cultura.Tese Escrever o movimento: o cinema itinerante como reinvenção de uma estética do viver(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-04-11) Lucena, Thiago Isaias Nóbrega de; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; ; http://lattes.cnpq.br/5008016804933601; Germano, José Willington; ; alineguimaraes@hotmail.com; Assunção, Luiz Carvalho de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780134H6; González, Fredy Enrique; http://lattes.cnpq.br/4034449429973970; Knobbe, Margarida Maria; ; http://lattes.cnpq.br/2170637542945654A tese parte do pressuposto de que o cinema oferece a imensa capacidade de entrelaçar de forma complexa realidade e imaginação. Com isso, sugerimos que, tal qual uma "escola de vida", conforme acepção de Edgar Morin (2003), o cinema, por meio de suas produções e exibições, pode ser capaz de operar um movimento de reinvenção de uma estética do viver no espaço do improvável. Daí surge a pergunta: como um fenômeno artístico, estético e imagético pode realizar tal movimento? Tomando por base o roteiro de vida do personagem da vida real José Isaias de Lucena Filho, mais conhecido por Zezeco, encontramos pistas dessa reinvenção. Morador de uma pequena cidade do interior do estado do Rio Grande do Norte chamada Ouro Branco, na década de 1960, deslocou-se para o centro-sul do Brasil e retornou a seu lugar de partida, trazendo consigo a ideia de trabalhar projetando filmes. De maneira singular e plural, esse sujeito assumiu o risco e a incerteza de afrontar determinismos sociais, climáticos e culturais para propor novas simbolizações por meio do cinema itinerante. A presença da sétima arte em pequenas cidades de hábitos rurais marcadas pela miséria, fome, descaso, coronelismo político e intempéries climáticas, alterou cenários, atualizou mitos e proporcionou novas interações entre os sujeitos. Zezeco entrou nas cifras do êxodo rural e migrou para o Rio de Janeiro, mas seu êxodo foi cinematográfico, porque serviu de base para a inserção de efeitos especiais fantásticos e poéticos em roteiros de vidas imersas no trivial e no contingente. Tal qual um cinematógrafo vivo, capturou o cenário cultural efervescente do Rio de Janeiro e o projetou na pequena Ouro Branco e em outras cidades do interior do Rio Grande do Norte e Paraíba. Atribuiu, assim, um novo uso à vida de seu lugar de partida e de retorno. Atuou na ambiguidade, ambivalência e complexidade entre o sapiens e o demens; real e imaginário; prosa e poesia da vida; razão e paixão; racional e simbólico; lógico e mítico. O escopo da pesquisa contempla entrevistas, memória, registros manuscritos e fotografias de acervo particular de moradores da cidade de Ouro Branco-RN. Como referenciais teóricos principais, nos valemos das obras de Edgar Morin sobre cinema e de outros autores, como Giorgio Agamben e Maria da Conceição de Almeida, que esgarçam a compreensão sobre o entrelaçamento de realidade e imaginação, vida e ideiasTese A etnopoética de Iracema: diálogo, ciência e literatura(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-03-19) Sartori, Renata Coelho; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://lattes.cnpq.br/9961862139964562; ; http://lattes.cnpq.br/5800411634485182; Germano, José Willington; ; http://lattes.cnpq.br/9070289595467890; Assunção, Luiz Carvalho de; ; http://lattes.cnpq.br/6232503538224768; Mendes, Iran Abreu; ; http://lattes.cnpq.br/4490674057492872; Bosco Filho, João; ; http://lattes.cnpq.br/3068285662145237; Oliveira, Josineide Silveira de; ; http://lattes.cnpq.br/5439210347544379As obras literárias são operadores do pensamento que permitem acessar formas múltiplas de ver o mundo e a realidade. Propicia diversos pontos de vista e infinitas conexões. De forma particular, entre todas as formas de expressão da arte, a literatura é considerada a mais próxima da vida, capaz de religar todas as dimensões humanas - emotiva, racional, mística, particular, universal, corporal, histórica, mítica. O objetivo da tese é oferecer algumas reflexões sobre as fronteiras e pontes entre ciência e literatura, visando à compreensão da complexidade que as norteiam. Apresenta uma releitura do romance Iracema: lenda do Ceará, de José de Alencar, a partir de uma incursão minuciosa, reconstruindo caminhos atuais e os espaços naturais trabalhados por Alencar. Procura escutar os ecos desse romance indianista nos jovens estudantes universitários atuais. Em um contexto mais amplo, tece argumentos que problematizam os múltiplos fios que hibridam ciência e literatura de modo a por em ação uma ciência da complexidade que distingue, mas não separa, as diversas narrativas sobre o mundo. Para tal, a tese tem como interlocutores: Antonio Candido, Charles P. Snow, Edgar Morin, Emilio Ciurana, Fritjof Capra, George Steiner, Ilya Prigogine, Isabelle Stengers, Roger Chartier, Roland Barthes. A tecitura das ideias aqui apresentadas não reduz o romance à ciência, mas situa-o como uma releitura do mundo, da vida, já que esta é matéria-prima do livro. Como estratégia de método reconstruímos as viagens da protagonista, Iracema, como forma de atualizar o romance, resultando no vídeo documentário Caminhos de Iracema: sertão, serra e mar. Iracema romance e personagem - instigam diálogos que possibilitam romper a dicotomia entre as duas culturas (Charles P. Snow), reconhecendo que elas não são incomunicáveis e revelando o argumento central da tese: Iracema pertence à ordem do complexo, é um romance híbrido que está além, muito além daquela serra que ainda azula no horizonteTese A história como testemunho, "eu estava lá"(2019-02-14) Costa, Juliana Rocha de Azevedo da; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; ; França, Fagner Torres de; ; Oliveira, Margarida Maria Dias de; ; Carvalho, Edgard de Assis; ; Mendes, Iran Abreu;O objetivo da pesquisa que originou esta tese foi escrever uma da história do Grupo de Estudos da Complexidade – GRECOM/UFRN, a partir da complementaridade entre as narrativas de várias testemunhas que fizeram no grupo sua formação em pós-graduação. Com 25 anos de existência, esta é uma base de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), vinculada ao Departamento de Fundamentos e Políticas da Educação e ligada, formalmente, aos Programas de Pós-Graduação em Educação e em Ciências Sociais. Trata-se de um grupo que transcende seu espaço físico onde se localiza e que experimenta e aprende com os mais variados domínios dos saberes. As pesquisas desenvolvidas no GRECOM estão sintonizadas com a construção de uma ciência não redutora que não nivela, mas permite que o sensível opere no lugar da técnica solitária e linear. Trabalhando na perspectiva da religação dos saberes, o GRECOM extrapola os limites físicos da UFRN ao longo de sua história, se tornando uma densa experiência de complexidade para a América Latina. No Brasil, é o primeiro ponto da Cátedra Itinerante UNESCO Edgar Morin para o Pensamento Complexo. É um espaço da religação, no qual se opera uma regeneração do sujeito pesquisador, que passa a ter a oportunidade de fazer ciência com prazer, partilha e paixão. Como historiadora, defendo a tese de que, para se construir uma história plural, é preciso abdicar do lugar de metatestemunha para abraçar um conjunto de experiências que estão na base de formação do grupo e são o suporte para os documentos de várias naturezas que se encontram em seu acervo. Para tanto, busquei nos autores Jean-Philippe Pierron, Edgar Morin, Ilya Prigogine, Jacques Le Goff e Michel Serres os argumentos para falar sobre Testemunho, História, Narrativa e Ciência, bem como nas obras produzidas no GRECOM as pistas para a construção desta história. Para compor meu conjunto de testemunhos acerca do grupo, ouvi os parceiros intelectuais, pesquisadores e exestudantes de pós-graduação que fizeram ali seu processo de formação. Fiz isso por meio de entrevistas e de depoimentos escritos.Tese Imaginários da morte: poética das imagens em cemitérios brasileiros(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-04-17) Medeiros, Genison Costa de; ; http://lattes.cnpq.br/7178264870931102; ; http://lattes.cnpq.br/4992773510786657; Fonseca, Ailton Siqueira de Sousa; ; http://lattes.cnpq.br/4878147595860938; Dantas, Eugenia Maria; ; http://lattes.cnpq.br/6296149707446296; Lima, Hermano Machado Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/3544078387684243; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://lattes.cnpq.br/9961862139964562; Lopes Júnior, Orivaldo Pimentel; ; http://lattes.cnpq.br/7945742180527825A tese apresentada empenha-se numa leitura poética que resulte na criação de sentidos e imagens da morte a partir das diversas práticas culturais e representações simbólicas expostas em cemitérios urbanos de algumas cidades brasileiras, objetivando dar visibilidade a novas compreensões acerca do imaginário da morte no cenário contemporâneo. A morte, portanto, será vista como uma condição imaginante doantropos na medida em que parte-se da prerrogativa de que a consciência humana da morte (MORIN, 1970), ou seja, essa consciência que o homem tem de que vai morrer e que desencadeia reflexões sobre sua existência possibilita o surgimento de uma série de práticas como: o luto, os rituais fúnebres e a criação de diversas representações impregnadas de emoções humanas emergidas do enfrentamento da morte pelo homem e presentes, de uma forma mais evidente, nos espaços cemiteriais. Para isto, foca-se na dimensão conflituosa que o homem estabelece com a morte, isso porque as práticas culturais e representações simbólicas que se observa no campo de pesquisa são resultado desse conflito e possibilitam a ampliação dos sentidos acerca desse tema, na medida em que estes estão revestidos de uma aura fantástica, mística, secreta, fantasmagórica, atemorizante e religiosa, edificando uma imaginação complexa. O plano geral deste estudo consiste em problematizar e criar, a partir de uma fenomenologia da imaginação e da imaginação material/dinâmica, nos moldes tratados por Gaston Bachelard, as imagens da morte, a partir de uma experiência de campo em cemitérios do Brasil. Para isso, assume-se, ao observar as práticas culturais e as representações simbólicas nesses espaços, uma postura capaz de tornar a experiência no campo de pesquisa um momento de trocas simbólicas e de criação. Assim, recorreu-se à observação, a conversas com visitantes e funcionários dos cemitérios e à captação de registros fotográficos. Os dados produzidos, como: o fragmento de uma conversa, um desabafo choroso sobre a perda de um familiar, um epitáfio melancólico, uma flor sobre o túmulo ou um choro capturado pela fotografia foram vistos como detonadores de sentidos e de uma poética da imaginação.Tese O jeito nordestino de ser globalizado(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2005-03-21) Nepomuceno, Cristiane Maria; ; alineguimaraes@hotmail.com; ; http://lattes.cnpq.br/0748124074595378; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; Gico, Vania de Vasconcelos; ; GICO, V. V.; Nogueira, Maria Aparecida Lopes; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787960U2; Silva, Tânia Elias Magno; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700232Z6Este trabalho discute os impactos da globalização na cultura nordestina, especificamente no universo da cultura popular. O pano de fundo dessas reflexões é os festejos carnavalescos da cidade do Recife-PE, pois nesse contexto se acolhe o novo, mas também se resiste às mudanças, preserva-se os valores culturais e as manifestações populares tomam uma nova dimensão, consubstanciando-se em novas formas de ser nordestino. A opção pelo contexto da festa se deu por este ser de grande significância para o povo nordestino, e primordialmente por ser um espaço no qual o povo se representa. O trabalho traz um histórico da festa de carnaval da cidade do Recife, identifica as manifestações que a compõem, analisa as transformações ocorridas na festa e mostra o intenso processo de valorização da cultura local que vem ocorrendo nos últimos anos do século XX. Revela, como em decorrência desse processo, a cultura popular assume um caráter funcional e dinâmico onde as temáticas das tradições populares estão sendo reformuladas e reapropriadas pela população, permitindo a cultura popular nordestina não só permanecer, como também, se impor ao projeto capitalista de cultura global e negar seu caráter uniformizador. Mesmo que a festa carnavalesca esteja sendo transformada em megaespetáculo com formato e padronização de produto, deixando de ser um ritual e transformando-se em fonte de renda, alterando profundamente sua "fisionomia", continua sendo, para a gente daquele lugar o espaço de edificação das diferenças e da percepção do outro, o espaço de constituição da cidadania e da luta por se fazer respeitar e conquistar um "lugar" no panorama internacionalTese Lepra: doença, dor e medo(2019-02-11) Bispo, Alaim Passos; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; ; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; ; França, Fagner Torres de; ; Bosco Filho, João; ; Knobbe, Margarida Maria;A tese toma a segregação e o estigma, marcas da lepra, como referências para discutir os principais aspectos religiosos, políticos e científicos ligados à doença, a partir dos textos sagrados e de algumas doutrinas científicas do século XIX, e suas principais consequências na consolidação da leitura que a sociedade construiu em torno da lepra. São apresentadas as origens da doença do ponto de vista histórico e epidemiológico, além das principais implicações nas sociedades ao longo dos séculos. Analisamos as diferentes formas de tratar da doença tanto do ponto de vista fisiológico quanto na perspectiva social, discutindo o processo do isolamento compulsório sobretudo no Brasil. A discussão se apoia nas relações complexas que envolvem a internação compulsória de leprosos. A tese foi organizada a partir de três partes: lepra ao vivo, lepra e saúde pública e cenário macroscópio da lepra. A tese toda é permeada por uma entrevista, com um interlocutor que viveu com a lepra durante toda a sua vida e narrou o seu cotidiano a partir de declarações de momentos bem específicos da sua vida. Ao longo da tese será utilizada a terminologia lepra em respeito à tradição e, às vezes, o termo técnico hanseníase.Tese O mundo visto entre brumas: a contemporaneidade a partir do filme Ensaio sobre a cegueira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-05-15) Maia, Renato; Silva, Josimey Costa da; ; http://lattes.cnpq.br/7619869688485452; ; http://lattes.cnpq.br/0297752815995326; Lima, Hermano Machado Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/3544078387684243; Coradini, Lisabete; ; http://lattes.cnpq.br/3559843462349247; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://lattes.cnpq.br/9961862139964562; Rocha, Rosamaria Luiza de Melo; ; http://lattes.cnpq.br/2514554478091432A proposta desta pesquisa é pensar sobre a contemporaneidade abordando algumas questões fundamentais que, geralmente, não são perceptíveis na vida cotidiana. A sociedade que privilegia a imagem, paradoxalmente, nos cega cognitivamente para as causas da maioria dos problemas que envolvem as relações sociais. Por outro lado, a iconofobia, o desprezo da imagem, principalmente pela academia, dificulta a percepção do “mundo imaginal” (MAFFESOLI, 2005) tal qual se evidencia. A intenção é refletir sobre a contemporaneidade utilizando a imagem como ferramenta de pesquisa, seguindo a potencialidade metodológica do cinema na sua capacidade de condensar o imaginário social vigente através da composição cinematográfica. O filme condutor para as reflexões é Ensaio sobre a cegueira (Blindness, 2007), filme baseado no livro homônimo de José Saramago. O filme foi escolhido justamente por abordar a questão da cegueira física e metafórica como uma crítica da visão de mundo que formata hegemonicamente a contemporaneidade ocidental, capitalista, urbana e midiatizada. O realce nas relações sociais corresponde a um tipo ideal de sociedade onde as desigualdades e o controle social são extremados. Para pensar questões tão densas, a construção teórica se aproxima da forma de conhecimento do pensamento complexo em diálogo com pensadores contemporâneos.Tese Nise da Silveira e a saúde mental no Brasil: um itinerário de resistência(2015-12-16) Fernandes, Sandra Michelle Bessa de Andrade; ; http://lattes.cnpq.br/9070289595467890; ; http://lattes.cnpq.br/0883238003524970; Carvalho, Edgard de Assis; ; http://lattes.cnpq.br/5615241034525485; Oliveira, Josineide Silveira de; ; http://lattes.cnpq.br/5439210347544379; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://lattes.cnpq.br/9961862139964562; Gico, Vânia de Vasconcelos; ; http://lattes.cnpq.br/7539570452372582O presente estudo teve como objetivo a reconstituição de um itinerário de resistência de Nise da Silveira, no contexto da saúde mental no Brasil, considerando suas contribuições como uma cientista que inaugura um novo patamar na psiquiatria, psicologia, epistemologia dos estudos dos transtornos mentais. Partiu-se da seguinte questão norteadora: como foi possível para Nise da Silveira, que escolheu a contracorrente do seu tempo, enfrentando logo no início da vida profissional, estrutura de estado e o apogeu do tratamento cartesiano na ciência médica psiquiatra, encontrar resistência para - permanecendo na contra-hegemonia - inaugurar uma nova ciência propositiva de novas modalidades de tratamento para os portadores de transtornos mentais graves, que reverberou na história? Como argumentação central da tese, destaca-se: Nise da Silveira percebeu que o novo na ciência só se instala pela ousadia de construção de novas concepções, novos métodos e persistência na pesquisa. Atentou que a abertura de novos paradigmas na ciência torna-se mais viável quando o pesquisador visita e se alimenta de outros campos de conhecimento que não são de sua especialidade, tendo ido ao encontro de outras regiões de saberes fora do campo da psiquiatria, como arte, mitologia, literatura, religião, epistemologia, filosofia e psicologia. Elegeu guias do pensamento, mestres condutores de sua vida/obra. Exerceu a contra-hegemonia e, ancorando-se em profunda, rigorosa e obstinada pesquisa científica, inaugurou um novo patamar na ciência psiquiátrica. Para empreender a reconstituição desse itinerário, foram utilizadas as seguintes referências de análise, bases empíricas, que envolvem a vida/obra de Nise da Silveira: obras literárias, artísticas, científicas, entrevistas, filmes, jornais, documentários. O texto foi tecido com a roupa de escafandro, foi tecido em mergulhos. Partiu-se do cenário ostensivo da ciência médica psiquiátrica, no início do século XX; revisitou-se os nichos de origem da personalidade aguerrida e insubordinada; recontou-se a influência de alguns guias do pensamento, importantes para a construção da sua ciência inaugural; adentrou-se nas conquistas da sua história de resistência, a materialização da sua luta, presente em dois ícones, a Casa das Palmeiras e o Museu de Imagens do Inconsciente; recordou-se alguns artistas e suas obras; narrou-se lembranças de amigos e companheiros. E, por último, quando a roupa do escafandrista era tirada, e restava a subjetivação do sujeito autor, o encontro sobreveio no caminho do meio, por intermédio de cartas tecidas com a linha do afeto.Tese Para um cinema da crueldade em Antonin Artaud(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-02-18) França, Fagner Torres de; ; http://lattes.cnpq.br/2568499843473943; ; http://lattes.cnpq.br/9989009345118785; Silva, Gustavo de Castrod da; ; Lima, Hermano Machado Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/3544078387684243; Silva, Josimey Costa da; ; http://lattes.cnpq.br/7619869688485452; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://lattes.cnpq.br/9961862139964562Antonin Artaud (1896-1948) publicou mais de duas mil páginas apenas pela editora Gallimard. Sessenta e oito anos após a sua morte seus escritos continuam sendo lançados. Artaud escrevia compulsivamente sobre diversos assuntos, lançando pseudópodes em tantas direções quantos eram seus interesses, alguns dos quais se ramificavam e se desenvolviam, enquanto outros adormeciam esperando desdobramentos que, por vezes, vinham ou não. Teatro, cinema, poesia, literatura, filosofia, história, pintura e desenho eram alguns dos seus temas de reflexão. A incursão pela chamada sétima arte, por exemplo, foi um dos projetos interrompidos pelo francês de Marselha. Deixou poucos - mas profundos - textos sobre o assunto, variando entre o encantamento e o desânimo. Atuou em vinte e dois filmes e deixou sete roteiros, dos quais apenas um foi filmado. Relativamente curta (1923-1935), mas consistente, a carreira de Artaud pelo cinema é ainda pouco analisada, sendo mais conhecidas suas propostas para o teatro, principalmente a noção de Teatro da Crueldade. É a partir dela que responderemos a algumas questões: Artaud elaborou uma noção de crueldade para além do teatro? É possível pensar a cultura da crueldade para o cinema? Podemos refletir sobre o sujeito contemporâneo a partir dessa abertura? A ideia de crueldade pensada pela chave do cinema propõe estabelecer uma nova relação do sujeito contemporâneo com a imagem, o corpo e o pensamento, no sentido de abrir um outro canal de diálogo com a cultura e resgatar a potência inexplorada da arte como meio de se posicionar frente ao mundo e aos desafios que ele diariamente nos coloca.Tese Prosa, música, poesia: a condição humana por Raul Seixas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-02-28) Moura, José Gledson Nogueira; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://lattes.cnpq.br/9961862139964562; ; http://lattes.cnpq.br/1119919447104766; Silva, Carlos Aldemir Farias da; ; http://lattes.cnpq.br/7226908910873590; França, Fagner Torres de; ; http://lattes.cnpq.br/9989009345118785; Oliveira, Josineide Silveira de; ; http://lattes.cnpq.br/5439210347544379; Barbosa Júnior, Walter Pinheiro; ; http://lattes.cnpq.br/7532911538772143A tese tem como tema a condição humana a partir da obra musical de Raul Santos Seixas. Por que pensar sobre a condição humana a partir da arte, da poesia, da música? Entendendo a poesia, o teatro, o cinema, a literatura, a música e as artes como experiências humanas que podem contribuir para uma consciência e um conhecimento de si, da relação com o outro e da inserção do indivíduo na sociedade, a tese assume como propósito reaver as partes necrosadas da ciência de modo a injetar fluxos de pensamentos criativos, anti-paradigmáticos e críticos e a construir a possibilidade de arquitetar uma nova gramática da ciência, uma nova partitura musical da narrativa do conhecimento sobre o mundo e a humanidade por meio da música. Partindo da consideração de que, nas artes, há um pensamento profundo sobre a condição humana, problematizo por meio da poesia e da música de Raul Seixas a sua compreensão a respeito da nossa condição de humanidade. A pesquisa se desenvolveu no sentido de promover reflexões sobre a constituição do ser humano como biológico e cultural, como universal e, ao mesmo tempo, diverso e singular, como prosaico e poético, reafirmando a nossa existência como Sapiens sapiens demens. O trabalho tem como estímulo e base o fenômeno da cultura e a consequente diversidade de experiências que a condição humana possibilita na vida em sociedade. Ao caminhar pelo itinerário da vida e obra de Raul Seixas por meio de suas composições e do diálogo com o pensamento de autores como Edgar Morin, Conceição Almeida, Edgard Carvalho, Nuccio Ordine, Giorgio Agamben, entre outros, tensiono a figura de Raul como sendo a expressão da prosa, da música, da poesia.Tese "Quando as nuvens eram nossas": um itinerário da trajetória musical de Oriano de Almeida(2017-08-23) Fernandes, Joicy Suely Galvão da Costa; Germano, José Willington; ; ; Galvão, Cláudio Augusto Pinto; ; Silva, Lenina Lopes Soares; ; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; Gico, Vânia de Vasconcelos;Esse trabalho de tese consiste na tradução do itinerário social do músico brasileiro Oriano de Almeida (1921-2004), em especial, dos seus escritos e lembranças, com o objetivo de apresentar uma escrita de si subjacente ao narrado, uma escrita de si que faz transbordar narrativas acerca de sua formação musical, elementos constituidores de um determinado tempo social e de personagens e lugares do cenário artístico brasileiro, com ênfase nas primeiras décadas do século XX. O trabalho aborda cenas de uma pianística nacional, momento áureo das escolas e conservatórios de piano no Brasil. Ao falar de si Oriano reconstrói fragmentos de um ambiente social e dá significado ao seu processo formativo, revelando nuances do seu percurso social na música. As paisagens da tese estão delineadas a partir de recortes de seu contexto familiar, do cenário sociomusical da Belle Époque Potiguar e Brasileira, das lembranças da mestra do piano, Magdalena Tagliaferro, e de sua mediação pedagógica, bem como o caminho do artista refeito por testemunhos de reconhecimento de sua obra, através de narrativas presentes em cartas de parentes, amigos e músicos brasileiros de reconhecido prestígio internacional. Essa escrita de si traz consigo uma racionalidade que contraria o desperdício das experiências sociais e se ancora em uma ecologia do conhecimento produtora de visibilidades e reconhecimento, de acordo com o pensamento do sociólogo Boaventura de Sousa Santos (2001; 2006; 2007; 2008). A razão e a sensibilidade unem-se nesse trabalho em uma perspectiva de uma ciência que sonha (Almeida, M. 2003), na medida em que apresenta o homem Oriano e seus afetos, por meio de uma abordagem cartográfica de seus escritos de memórias e correspondências, que tratam de piano, carreira, saudades, amores e amizade com pessoas notáveis do universo musical e cultural de seu tempo. Além das cartas, achados preciosos de pesquisa, dois são os escritos de memórias de Oriano de Almeida utilizados como materia-prima de feitura desse trabalho: o manuscrito inédito intitulado Cenas Infantis e o livro “Madgalena, dona Magdalena” no qual ele registra as lembranças da convivência com a professora de piano Magdalena Tagliaferro, artista brasileira de renome internacional. A reconstrução de acordes da vida do músico em tela foi também realizada em diálogo com estudiosos do campo epistemológico da memória social, em especial, Ricouer (2004) e Halbwachs (1968). O traçado desse itinerário traz à tona uma reflexão sobre a relevância social e científica dos estudos de memórias, itinerários sociais ou trajetórias de vida sobre pessoas notáveis do campo artístico brasileiro, daqueles que abrilhantaram os palcos da vida, enquanto conhecimento prudente e de combate ao ostracismo de sua arte.Tese Sobre a dignidade humana: prelúdio para uma abertura das ciências jurídicas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-09-01) Moura, Lenice Silveira Moreira de; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; ; Takeuti, Norma Missae; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781949U5; Oliveira, Josineide Silveira de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796363D5; Saraiva, Paulo Lopo; ; http://lattes.cnpq.br/6450878641547863A tese discute e problematiza o Princípio da Dignidade Humana em sua multidimensionalidade, de forma não exclusivamente individual e antropocêntrica, mas intersubjetiva e planetária, o que significa dizer que tal compreensão transcende propriamente o humano, para contemplar a dignidade de um sujeito implicado no mundo. Nesse contexto, a tese propõe esgarçar a disciplinaridade do Direito, abrindo as ciências jurídicas para uma percepção mais totalizante da condição humana, comportando as dimensões individual, social, antropolítica e antropoética. Não se trata, entretanto, de fundar-se em uma idéia abstrata, mas de buscar-se a construção da universalidade concreta de tal compreensão, o que significa contextualizar a face de uma identidade planetária do homem, considerando-se, ademais, sua natureza triúnica que comporta as relações dialógicas e complementares entre indivíduo, sociedade e espécieTese Teodora e Porcina: faces simbólicas da natureza em narrativas de mulheres sábias(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-04-01) Celestino, Luciana Carlos; Gomes, Ana Laudelina Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/7178264870931102; ; http://lattes.cnpq.br/4145036665478243; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; Lopes Júnior, Orivaldo Pimentel; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767289H0; Sousa, Ilza Matias de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785761A3; Nogueira, Maria Aparecida Lopes; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787960U2; Ciccarone, Celeste; ; http://lattes.cnpq.br/6706832948171790A presente pesquisa se volta para o imaginário coletivo no qual se mantém viva a temática da heroína sábia. Duas mulheres sábias aparecem nas narrativas populares História da Donzela Teodora e a História da Imperatriz Porcina, cotejadas por Luís Câmara Cascudo em sua obra Cinco Livros do Povo. A universalidade, a mobilidade e a circularidade dessas narrativas são discutidas a partir de autores como Bakhtin e Guinzburg. A pesquisa se desenvolve a partir de três categorias chaves: o Saber Mágico como saberes da tradição (Almeida), saberes sensíveis (Lévi-Strauss), pensamento mítico/mágico/simbólico (Morin); Mulheres Sábias como as operadoras desse saber, que se confundem e se imbricam com o imaginário das bruxas e curandeiras; e Elementos Míticos que corresponde às imagens arquetípicas (Jung e Silveira), símbolos e demais imagens que remetam ao universo mágico, às crenças e práticas consideradas mágicas, ou seja, pertencentes ao imaginário da magia (Bethencourt). Teodora e Porcina são compreendidas como portadoras do saber da métis (Detienne e Vernant), ou seja, da inteligência astuta, da manipulação do phármakon (Derrida), a poção de cura, que pode ser a palavra ou o ungüento de erva. O percurso nos leva ao encontro do grande arquétipo da Mulher Sábia enquanto potência psíquica do feminino, a anima. As narrativas são bálsamos medicinais (Estés) e é no embate entre a anima e suas personificações através de mulheres sábias, e o animus, seus oponentes, que se dá a transmutação da psique, um trabalho comparável ao da alquimia. O Saber Mágico, operando através do feminino, do mito e da natureza pode recuperar seu valor indispensável junto ao paradigma emergente que aponta um humano mais completo e uma ciência mais plural