PPGPSICO - Doutorado em Psicobiologia
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Navegando PPGPSICO - Doutorado em Psicobiologia por Autor "Alencar, Anuska Irene de"
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Tese A cooperação em crianças de rede pública de Natal/RN:uma abordagem evolucionista(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-03-06) Alencar, Anuska Irene de; Yamamoto, Maria Emília; ; http://lattes.cnpq.br/1410667846560350; ; Macedo, Regina Helena Ferraz; ; http://lattes.cnpq.br/9230379077271296; Lacerda, Andre Luis Ribeiro; ; http://lattes.cnpq.br/4079452961222898; Miranda, Maria de Fátima Arruda de; ; http://lattes.cnpq.br/4654421846443562; Pinheiro, José de Queiroz; ; http://lattes.cnpq.br/5503576309484010A cooperação é um comportamento bastante difundido e estimulado em todas as culturas. Provavelmente pressões seletivas trouxeram vantagens para indivíduos que cooperavam, e por essa razão, esse comportamento está presente nas sociedades humanas. Muito do que se estuda sobre cooperação e seleção natural foi compreendida utilizando a teoria dos jogos, uma abordagem matemática que ajuda compreender o conflito e a cooperação. Acreditamos a seleção natural e a teoria dos jogos podem nos ajudar a compreender esses comportamentos e escrevemos dois dois artigos teóricos abordando essa idéia. Verificamos também, que muito dos achados sobre cooperação foram realizados com adultos. Pelo fato da teoria dos jogos ser eficaz para compreender esse fenômeno, e de fácil aplicação e compreensão, utilizamos dois jogos em crianças de 5 a 11 anos de idade: o jogo da terra dos comuns e o dos bens públicos. Os achados estão relatados em quatro artigos empíricos. Neles verificamos que as crianças respondem aos dilemas sociais da teoria dos jogos de forma semelhante aos adultos. Elas ajustam as jogadas em função do retorno que obtém dos companheiros; são cooperativas no início e reduzem a cooperação ao longo das sessões; na ausência de punição o nível de oportunismo aumentou, principalmente nos grupos grandes; meninos e meninas se comportam de forma diferente na de realizar as doações. O conjunto deste trabalho sugere que a cooperação tem uma base evolutiva em humanos e que ela está presente desde cedo nos padrões apresentados pelos adultosTese Efeito das características infantis sobre a cooperação: análise ontogenética por uma perspectiva evolucionista(2015-12-18) Leitão, Monique Bezerra Paz; Yamamoto, Maria Emilia; ; http://lattes.cnpq.br/1410667846560350; ; http://lattes.cnpq.br/3070410469598800; Alencar, Anuska Irene de; ; http://lattes.cnpq.br/3862711030465297; Pires, Izabel Augusta Hazin; ; http://lattes.cnpq.br/5496201609189471; Arteche, Adriane Xavier; ; http://lattes.cnpq.br/5886309154692749; Sampaio, Leonardo Rodrigues; ; http://lattes.cnpq.br/8095869365131149Bebês e crianças pequenas costumam ser considerados graciosos e despertar muito afeto. A tendência de percebê-los de modo positivo e a disposição em cuidar são atribuídas a traços físicos e comportamentais típicos de um infante. Em humanos, características faciais como olhos grandes em relação ao rosto e cabeça arredondada são importantes estímulos. Alguns teóricos defendem que a tendência humana à cooperação tem raízes em mecanismos que evoluíram para o cuidado à prole, entretanto poucos estudos investigam as relações entre traços infantis, percepção de fofura e cooperação. Neste trabalho foram desenvolvidas quatro publicações. A primeira investigou a influência da faixa etária e sexo na expressão de comportamentos cooperativos e competitivos e na percepção de infantilidade por parte de indivíduos mais velhos ao interagir com crianças pequenas. Participaram 244 sujeitos (120 do sexo feminino) que interagiram em díades durante partidas do jogo da velha. Foram testadas as díades: Criança 4-5 x Criança 8-9 anos; Criança 4-5 x Adolescente 14-16 anos; Criança 4-5 x Adulto 25-35 anos. Crianças entre 8-9 anos expressaram mais comportamentos competitivos, especialmente díades de sexo opostos, e adultos expressaram mais ajuda. Adolescentes e adultos tenderam a avaliar a criança pequena como mais fofinha, bonita e ingênua. Quanto maior a avaliação de fofura, menos competição por parte de crianças de 8-9 anos e adultos. A segunda publicação tratou da construção e validação do Child Neutral Expression Picture Set - CNEPS, um banco de faces composto por imagens de 131 crianças entre 4-5 anos, com expressão facial neutra. Após a captura, edição e normalização, as imagens foram avaliadas por especialistas, sendo em geral consideradas com expressão neutra. A terceira publicação teve como objetivo medir e relacionar diversos traços faciais infantis das imagens de crianças entre 4-5 anos com a percepções de fofura, os comportamentos competitivos e cooperativos no jogo dirigidos a estas crianças por parte de sujeitos de diferentes idades. Os sujeitos e o método foram os mesmos descritos na primeira publicação, acrescidos da medição dos traços. O estudo é inovador por mostrar que a percepção e frequência de competição e ajuda variam de acordo com a intensidade de certos traços em todas as faixas etárias. Nas crianças de 8-9 anos, os traços relacionaram-se à percepção de fofura, nos adolescentes tanto às percepções e como à inibição de competição. Nos adultos os traços correlacionaram com mais ajuda. A quarta publicação é uma nota técnica que descreve vários bancos de imagens faciais de crianças e adultos disponíveis para pesquisas científicas. Em síntese, a presente tese mostrou que ao longo do desenvolvimento, os indivíduos tendem a agir mais cooperativamente com crianças pequenas e de avaliá-las de modo mais positivo e que os traços infantis específicos influenciam a diminuição da competitividade e aumento da cooperação. Entende-se que diversas adaptações cognitivas e comportamentais foram favorecidas durante a evolução humana para promover cuidado e proteção de indivíduos imaturos, especialmente considerando o alto nível de dependência e o longo período de cuidado exigido pelos nossos infantes.Tese Fatores que influenciam a cooperação em humanos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-02-24) Mourão, Rochele Vasconcelos Castelo Branco; Lopes, Fívia de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625; ; http://lattes.cnpq.br/2914663657374757; Alencar, Anuska Irene de; ; Lacerda, Andre Luis Ribeiro; ; http://lattes.cnpq.br/4079452961222898; Souza, Arrilton Araújo de; ; http://lattes.cnpq.br/8822052460371633; Hattori, Wallisen Tadashi; ; http://lattes.cnpq.br/9220912064138283A cooperação humana, além ser fundamentada pelas trocas recíprocas, desenvolve-se notadamente dentro de grupos extensos e simbolicamente marcados, nos quais existe a presença de marcadores de grupos, elementos que promovem a cooperação por indicar pertinência compartilhada. Na presente tese de doutorado, foram produzidos dois artigos empíricos que investigaram como a cooperação humana se organiza diante dos fatores reciprocidade, comportamento de favorecimento de grupos, influência de marcadores de grupo e sexo dos indivíduos. O método de investigação consistiu no emprego de jogos online de doação de fichas, nos quais os sujeitos interagiam com jogadores virtuais controlados pelo experimento. Em linhas gerais, verificamos que o comportamento cooperativo sofre forte influência da reciprocidade. A cooperação também é afetada pelo favorecimento de grupos, comportamento que emergiu sob a influência das variáveis naturalidade, etnia e religião, as quais atuaram como marcadores de grupo. O comportamento de favorecimento de grupos dos sujeitos mostrou-se amplificado na condição em que os parceiros de grupo cooperaram de forma generosa e enfraquecido na condição em que os parceiros de grupo foram pouco generosos. Verificamos também que a cooperação não é afetada pelo sexo dos indivíduos. Por outro lado, homens e mulheres cooperam de forma diferenciada sob a influência da reciprocidade e do comportamento de favorecimento de grupos: as mulheres apresentam um perfil mais recíproco na cooperação e os homens cooperam pouco com os indivíduos que não pertencem ao seu grupo, mesmo quando estes são generosos. Os resultados dos trabalhos, tomados em conjunto, contribuem para a compreensão do valor adaptativo da cooperação, da reciprocidade e do comportamento de favorecimento de grupos na solução de desafios na história evolutiva do homemTese Investigando a pró-socialidade em crianças e sua associação com o status socioeconômico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-03-26) Boccardi, Natalia Andrea Craciun; Yamamoto, Maria Emilia; Castro, Felipe Nalon; ; ; ; http://lattes.cnpq.br/1062860323322961; Lopes, Fivia de Araújo; ; Ramos, Dandara de Oliveira; ; Alencar, Anuska Irene de; ; Izar, Patricia;Existe um constante esforço dos pesquisadores em entender quais são os fatores universais que favorecem a pró-socialidade em suas várias formas. Um desses fatores é o status socioeconômico (status). As evidências sobre a associação entre status e pró-socialidade são controversas, tanto em crianças quanto em adultos. Para contribuir com a discussão, investigamos essa associação em crianças de 7 a 10 anos de idade. Antes de partir para os estudos empíricos, abordamos a evolução das hierarquias nas sociedades humanas e como o status socioeconômico se associa ao comportamento pró-social. Trata-se de uma relação complexa e maleável, cabendo a investigação de quais são os fatores intermediários. Para responder a isso, elaboramos o primeiro capítulo empírico que serve de base para os demais: comparamos ferramentas que medem a pró-socialidade em crianças. Observamos que os jogos econômicos, mais especificamente o Jogo dos Bens Públicos e o Jogo do Ditador, apresentaram consistência inter-situacional com ressalvas, e que não apresentaram validade externa quando comparados à frequência comportamental das crianças dentro da sala de aula (observação naturalista). Esses resultados não invalidam o uso dos jogos, mas ressaltam a importância de interpretar seus resultados dentro de contextos específicos. Nos dois capítulos seguintes fizemos o recorte de status: investigamos a associação utilizando diferentes parâmetros de status e diferentes medidas pró-sociais, além de fatores individuais e contextuais. Os resultados são mistos, mas em nenhum deles as crianças de status baixo cooperaram menos do que outro grupo de crianças. Elas cooperaram mais ou não diferiram. Destacamos que a associação entre classe e pró-socialidade sofreu influência quando o parâmetro de estratificação foi objetivo ou subjetivo; quando o contexto social foi anônimo ou não anônimo; ou quando a criança interagiu com a própria turma, uma turma desconhecida ou em uma condição não-social. Ainda, quando o parâmetro de estratificação foi a educação parental, houve uma associação no formato de U para a cooperação com a própria turma. Discutimos os resultados utilizando teorias de diversas áreas como a psicologia evolucionista, a sociologia e a antropologia. Além de propormos novas metodologias para investigar a pró-socialidade em crianças, até onde sabemos, somos os primeiros a investigar a associação entre status e pró-socialidade em crianças brasileiras através de multi-métodos.