Navegando por Autor "Brito, Eduardo Neves Rocha de"
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Dissertação A caatinga dos biólogos e a política das plantas: controvérsias na transposição do Rio São Francisco(2017-02-15) Brito, Eduardo Neves Rocha de; ; http://lattes.cnpq.br/8646469321774113; ; http://lattes.cnpq.br/7739950842447119; Cardoso, Gabriel Pugliesi; ; Vieira, José Glebson; ; http://lattes.cnpq.br/0513632032515079; Neves, Rita de Cássia Maria; ; http://lattes.cnpq.br/9446999089598991Esta dissertação parte de uma etnografia de atividades científicas na transposição do Rio São Francisco. Para tanto, baseia-se em desdobramentos teórico-metodológicos advindos Teoria Ator-Rede de Bruno Latour; perspectiva engajada no entendimento e problematização da Ciência, Estado e agências não-humanas. Os dados apresentados num primeiro momento são produtos de análise de documentos de governo, processos jurídicos, relatórios técnicos e etc., para fins de compreensão dos lugares que as controvérsias científicas ocupam junto dos conflitos jurídico-normativos que outorgam as obras da transposição. No segundo momento, são dados construídos por trabalho de campo junto dos cientistas que resgatam e monitoram as plantas da caatinga degradada pela transposição. Já que a imersão nos documentos possibilita acompanhar uma rede sociotécnica onde ciência é historicamente vinculada à política por responderem objetivamente a uma demanda desenvolvimentista, o trabalho de campo mostra as práticas que possibilitam ver como a ciência é uma “política em ação”. Estas duas posturas metodológicas são necessárias para compreender que tipo de conhecimentos, agentes, discursos e ideais são mobilizados a fim de que as plantas da caatinga dialoguem com as políticas estatais e legitimem, assim, uma intervenção que muda parte do curso das águas do maior rio brasileiro. A ideia é mostrar, portanto, como a produção científica inscreve a caatinga sob aspectos reconhecíveis pelo Estado e como acompanhar essa inscrição permite clarear uma forma específica de “gestão da natureza”.TCC O curso da teoria/método ator-rede de Bruno Latour e as suas implicações na formação do farmacêutico residente na atenção básica: um relato de experiência(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-25) Santos, Marcus Vinicius Dutra dos; Bastos, Raquel Litterio de; https://orcid.org/ 0000-0001-8236-4614; http://lattes.cnpq.br/9448017286121328; Bastos, Raquel Litterio de; Brito, Eduardo Neves Rocha de; Amorim, Érico GurgelDiante dos avanços conferidos pela tecnologia ao mundo moderno, se faz necessária uma compreensão aguçada e ampliada das relações pessoa-pessoa e pessoa-tecnologia, tendo em vista que em diversas situações cotidianas, o ser humano se submete a contatos íntimos com equipamentos, um exemplo disso são os ambientes de práticas complexas no contexto do trabalho em saúde, principalmente nos últimos anos com o advento da pandemia de COVID-19. Com isso, é necessário que o trabalhador se atualize por meio de capacitações, como é o caso da participação no curso da Teoria Ator-Rede de Bruno Latour durante o período de fevereiro a agosto de 2021. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, do tipo relato de experiência. Desse modo, pretendeu-se relatar de que forma a participação no curso da Teoria Ator-Rede subsidia a ampliação de compreensões dos conceitos: natureza, atenção básica, medicamento e sociedade, e de que forma isso impacta na formação e atuação do profissional farmacêutico durante a Residência Multiprofissional em Atenção Básica. Após as diversas reflexões, são levantadas questões como: quem são os atores que fazem parte do conceito “natureza”; de que forma o medicamento ocupa um espaço tão importante na vida do ser humano e de que modo isso impacta no atual cenário que vivemos; e como o profissional de saúde da atenção básica pode correlacionar estas definições à sua atuação clínica.Artigo Lydia brasileira: a velhice do sertão e a peleja decolonial na pandemia(Departamento de Antropologia e ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRN, 2021-12-21) Bastos, Raquel Littério de; Brito, Eduardo Neves Rocha de; Medeiros, Jéssica Farias Dantas; Oliveira, Raíssa Thamires Fernandes deO texto descreve as filmagens do documentário “Lydia mão-molenga brasileira", que versa sobre a última oficina de mamulengos da Mestra Lydia Brasileira, realizada no Sertão do Rio Grande do Norte, na cidade de Caicó, nos primeiros seis meses de 2021. Entre as modelagens e tecidos, alegrias e tristezas, encontros e desencontros, o objetivo do artigo é problematizar o cuidado, a autonomia e o controle dos idosos considerados grupo de risco, em especial as mulheres sertanejas, na crise sanitária da Covid-19. A narrativa se adensa a partir dos relatos da Mestra, no desenrolar da Oficina onde ocorre o documentário. Ainda na oficina, Lydia, em seus 84 anos, desenvolve o trabalho de relembrar a sua vida e os fatos que a oprimiram enquanto mulher: primeiro, na infância em uma família sertaneja proprietária de terras destinadas à criação de gado, centrada em costumes patriarcais e eurocentrados; depois, sobre o arranjo matrimonial com um violento militar, sua separação durante os anos de chumbo, o encontro com a arte dos mamulengos e a perda da autonomia durante a pandemia. A Pandemia de Covid-19 desnuda as práticas autoritárias de cuidado sobre as mulheres idosasTese "Pedras perigosas e pedras preciosas": antropologia da radioatividade em Lajes Pintadas-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-30) Brito, Eduardo Neves Rocha de; Cavignac, Julie Antoinette; Cardoso, Gabriel Pugliese; 30232674809; http://lattes.cnpq.br/7315156500216491; http://lattes.cnpq.br/2111200163433960; http://lattes.cnpq.br/7739950842447119; Porto, Rozeli Maria; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; Neves, Rita de Cassia Maria; http://lattes.cnpq.br/9446999089598991; Gaspar Neto, Verlan Valle; http://lattes.cnpq.br/6942981742975049Os estudos antropológicos dos efeitos da radioatividade têm como objeto os acidentes ambientais e as catástrofes ligadas à atividade de mineração e ao beneficiamento dos produtos químicos, com destaque para os problemas de saúde decorrentes, sem levar em conta os conhecimentos dos atingidos sobre os minerais. Este trabalho propõe destacar as representações sobre o mundo natural e os usos locais dos minerais preciosos e que são perigosos para a saúde humana. Propõe uma discussão das implicações da radioatividade na vida dos residentes da cidade de Lajes Pintadas-RN sob uma perspectiva antropológica. Irei analisar as relações entre os saberes locais e os conhecimentos científicos e mostrar como os garimpeiros, os pesquisadores e os jornalistas produzem discursos contrastivos acerca dos minerais em particular em relação à sua periculosidade. A parte procedimental está dividida em duas frentes metodológicas, a análise de documentos e a etnografia. Os relatórios técnicos, os discursos midiáticos, os laudos, as leis, os projetos de pesquisas, as publicações em periódicos e os textos científicos são avaliados e confrontados aos resultados da observação. A etnografia, as entrevistas e os relatos biográficos apresentam as percepções dos garimpeiros, das lideranças comunitárias, dos profissionais das áreas da educação, da saúde e de outros residentes sobre os efeitos radioativos dos minerais e mostram que houve um redimensionamento das percepções das pedras perigosas e as pedras preciosas. Desta forma, as atividades científicas realizadas na cidade modificaram a classificação nativa das doenças e provocaram uma mobilização dos moradores que se questionaram sobre os riscos da mineração. Por fim, apresento a diversidade local dos usos das pedras, dos agentes, dos conhecimentos e aprendizados, e também os cuidados e manejos dos minérios no cotidiano, ambiente associativo e profissional. A apreensão conjunta dos saberes locais e dos conhecimentos científicos mostra que há discordâncias em relação aos efeitos dos minérios para a saúde dos moradores. Em síntese, se no mundo natural as pedras perigosas e as pedras preciosas estão presentes nos mesmos locais, nos discursos dos moradores, elas são evocadas conjuntamente; essa percepção contrasta com os resultados das pesquisas científicas sobre e os minerais radioativos. Esta pesquisa também sinaliza a importância de criar políticas públicas de saúde que reconheçam a percepção dos moradores e tratem os adoecimentos da população como um problema de radioatividade natural.