Navegando por Autor "Cabral, Camila Rodrigues"
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Dissertação Análise da estrutura e transporte do zooplâncton no estuário do Rio Caravelas (Bahia-Brasil) através do uso do zooscan(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-11-25) Cabral, Camila Rodrigues; Lopes, Rubens M.; ; ; http://lattes.cnpq.br/3698964393810564; Sant'ana, Eneida Maria Eskinazi; ; Schwamborn, Ralf; ; http://lattes.cnpq.br/8733048825246392; Attayde, José Luiz; ; http://lattes.cnpq.br/4121209629385349Dinâmica espacial e temporal do zooplâncton no estuário do rio Caravelas (Bahia, Brasil). A pesquisa foi realizada no intuito de descrever a comunidade zooplanctônica do estuário do rio Caravelas (Bahia, Brasil), além de quantificar e relacionar os padrões de transporte horizontal e vertical com os tipos de maré (quadratura e sizígia) e fases de maré (enchente e vazante). As amostras do zooplâncton foram coletadas com auxílio de bomba de sucção (300L), filtradas em redes de plâncton (300μm) e fixadas em solução salina de formol a 4%. As coletas foram realizadas em um ponto fixo (A1), próximo a desembocadura do estuário, com amostras obtidas nas marés de quadratura e sizígia durante os períodos seco e chuvoso. As amostragens foram feitas durante 13 horas, em intervalos de 1 hora, em 3 níveis de profundidade: superfície, meio e fundo. Simultânea à coleta biológica, foram medidos a velocidade das correntes, temperatura e salinidade da água, através de CTD. Em laboratório, amostras foram selecionadas para análise em lupa, sendo 25 grupos identificados, com Copepoda obtendo o maior número de espécie. As 168 amostras provindas das coletas temporais foram subamostradas e processadas no equipamento ZooScan, com auxílio do software ZooProcess, ao final foram geradas 458.997 vinhetas. Foram identificados 8 táxons automaticamente, com mais 16 classificados de forma semi-automática. O grupo Copepoda, apesar do refinamento taxonômico limitado do ZooScan, obteve 2 gêneros e 1 espécie identificada de maneira automática. Entre as campanhas seca e chuvosa os grupos Brachyura (zoea), Chaetognatha, além dos copépodes Calanoida (outros), Temora spp., Oithona spp. e Euterpina acutifrons foram os que tiveram maior freqüência de ocorrência, aparecendo em mais de 70% das amostras. O grupo Copepoda foi o que apresentou os maiores percentuais de abundância relativa em ambas as campanhas. Não houve variação sazonal do zooplâncton total, com densidade média de 7826±4219 org.m-3 no período seco, e 7959±3675 org.m-3 no chuvoso, nem entre os tipos e fases das marés, contudo diferenças sazonais significativas foram registradas para os principais grupos zooplanctônicos. Foi vista estratificação vertical para os principais grupos zooplanctônicos (Brachyura, Chaetognatha, Calanoida (outros), Oithona spp, Temora spp. e Euterpina acutifrons). A amplitude desta estratificação variou com o tipo (quadratura ou sizígia) ou fase de maré (enchente ou vazante). O transporte instantâneo foi mais influenciado pela velocidade das correntes, com maiores valores observados nas marés de sizígia para o zooplâncton total, entretanto, houve variação deste padrão dependendo do grupo zooplanctônico. De acordo com os dados de importação e exportação do zooplâncton total, o fluxo de saída de organismos do estuário foi superior à entrada. Os resultados sugerem que a região estuarina de Caravelas pode exercer influência na dinâmica de matéria para a área costeira adjacente, com possíveis reflexos no Parque Nacional Marinho dos AbrolhosArtigo Effects of seasonality, trophic state and landscape properties on CO2 saturation in low-latitude lakes and reservoirs(Elsevier, 2019-05) Junger, Pedro Ciarlini; Dantas, Fabíola da Costa Catombé; Nobre, Regina Lucia Guimarães; Kosten, Sarian; Venticinque, Eduardo Martins; Araújo, Fernando de Carvalho; Sarmento, Hugo; Angelini, Ronaldo; Terra, Iagê; Gaudêncio, Andrievisk; They, Ng Haig; Becker, Vanessa; Cabral, Camila Rodrigues; Quesado, Letícia; Carneiro, Luciana Silva; Caliman, Adriano; Amado, André MegaliThe role of tropical lakes and reservoirs in the global carbon cycle has received increasing attention in the past decade, but our understanding of its variability is still limited. The metabolism of tropical systems may differ profoundly from temperate systems due to the higher temperatures and wider variations in precipitation. Here, we investigated the spatial and temporal patterns of the variability in the partial pressure of carbon dioxide (pCO2) and its drivers in a set of 102 low-latitude lakes and reservoirs that encompass wide gradients of precipitation, productivity and landscape properties (lake area, perimeter-to-area ratio, catchment size, catchment area-to-lake area ratio, and types of catchment land use). We used multiple regressions and structural equation modeling (SEM) to determine the direct and indirect effects of the main in-lake variables and landscape properties on the water pCO2 variance. We found that these systems were mostly supersaturated with CO2 (92% spatially and 72% seasonally) regardless of their trophic status and landscape properties. The pCO2 values (9–40,020 μatm) were within the range found in tropical ecosystems, and higher (p < 0.005) than pCO2 values recorded from high-latitude ecosystems. Water volume had a negative effect on the trophic state (r = −0.63), which mediated a positive indirect effect on pCO2 (r = 0.4), representing an important negative feedback in the context of climate change-driven reduction in precipitation. Our results demonstrated that precipitation drives the pCO2 seasonal variability, with significantly higher pCO2 during the rainy season (F = 16.67; p < 0.001), due to two potential main mechanisms: (1) phytoplankton dilution and (2) increasing inputs of terrestrial CO2 from the catchment. We conclude that at low latitudes, precipitation is a major climatic driver of pCO2 variability by influencing volume variations and linking lentic ecosystems to their catchmentsTese Padrões de diversidade α (alfa) e β (beta) zooplanctônica em lagos tropicais: a importância da estrutura do habitat e da identidade das espécies(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-12-11) Cabral, Camila Rodrigues; Carneiro, Luciana Silva; ; http://lattes.cnpq.br/0236958347394500; ; http://lattes.cnpq.br/4147444251852878; ; http://lattes.cnpq.br/3698964393810564; Sant'Anna, Eneida Maria Eskinazi; ; http://lattes.cnpq.br/3676657135006759; Ger, Kemal Ali; ; http://lattes.cnpq.br/0949406269847477; Guariento, Rafael Dettogni; ; http://lattes.cnpq.br/1463776084744636Esse estudo avalia os padrões de diversidade alfa, diversidade beta e similaridade das comunidades zooplanctônicas em 100 lagos rasos tropicais. No primeiro capítulo, nós verificamos a riqueza zooplanctônica entre os habitats limnético e litorâneo, se o resultado encontrado foi decorrente da presença de macrófitas no habitat litorâneo ou de condições do habitat per se, e quais foram as variáveis ambientais locais que mais influenciaram nos padrões de riqueza. Nossas hipóteses eram de que a riqueza seria maior no habitat litorâneo, principalmente para microcrustáceos, e que esses padrões seriam determinados pela presença de macrófitas. Nós vimos que o habitat litorâneo com macrófitas é detentor de maior riqueza zooplanctônica, especialmente de espécies de rotíferos beneficiadas pelo espectro de recursos providos pelas macrófitas. A riqueza de microcrustáceos não foi afetada pelas macrófitas, possivelmente devido ao tamanho reduzido desses organismos e à baixa predação visual e hábito omnívoro de peixes tropicais. Encontramos relação positiva entre a riqueza com a presença de macrófitas e a baixa concentração de nitrogênio. É possível que, devido às consequências da eutrofização, o aumento dos nutrientes na água determina: o aumento da biomassa algas e a redução de macrófitas, e consequentemente, a redução da riqueza zooplanctônica. Já no segundo capítulo,nós observamos que o efeito combinado da heterogeneidade de habitats (habitat limnético ou litorâneo) e a ausência direta de conectividade entre os lagos foram fundamentais no aumento da diversidade beta zooplanctônica, e que, a complexidade estrutural (presença de macrófitas) exerceu importante papel sobre a diversidade beta em escalas local e regional. A variação espacial, como a promovida pela compartimentalização horizontal em lagos e pela presença de macrófitas no habitat litorâneo, foi capaz de produzir mosaicos e gradientes capazes de permitir a coexistência de diferentes espécies adaptadas às condições específicas criadas pela variabilidade dos habitats limnético e litorâneo. Dentre esses habitats, o litorâneo constituiu a região mais sujeita a efeitos do filtro ambiental em escala regional, apresentando maior diversidade beta e heterogeneidade ambiental, possivelmente devido à maior complexidade espacial e temporal de fatores físico-químico e biológicos. Enquanto que, no terceiro capítulo, nós vimos os padrões do zooplâncton de decaimento da similaridade com a distância (DDS), considerando o potencial de dispersão dos organismos e a idade do lagos. Devido ao potencial de dispersão, nós esperávamos que as taxas de DDS fossem maiores para copépodes, cladóceros e rotíferos, respectivamente, e que, devido ao maior tempo de existência dos lagos antigos e ao potencial de dispersão do zooplâncton, as medidas de similaridade inicial fossem maiores e as taxas de DDS menores nos lagos antigos. Nós vimos que dentro de cada conjunto de lagos as taxas de DDS não variaram entre os organismos, evidenciando que além da habilidade de dispersão per se, existem outros fatores que contribuíram para inexistência de decaimento mais rápidos entre os grupos. As taxas de DDS foram mais evidentes nos lagos mais novos, possivelmente, o tempo tornou os lagos antigos mais complexos e heterogêneos, capazes de agir como filtro ambiental na seleção de diferentes espécies. A DDS significativa do zooplâncton em escalas espaciais relativamente pequenas comprova que organismos pequenos podem apresentar padrões biogeográficos semelhante ao esperado para os macrorganismos. Por fim, os três capítulos em conjunto forneceram informações importantes sobre os fatores que controlam a riqueza e distribuição zooplanctônica no espaço e no tempo e pode auxiliar-nos na previsão de respostas ecossistêmicas, diante da eutrofização cultural ou das mudanças climáticas globais, e nas ações de conservação e estratégias de conservação de ecossistemas lacustres.