Navegando por Autor "Coelho, Nicole Leite Galvão"
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Dissertação Ação neuroprotetora da ayahuasca no córtex pré-frontal de saguis (Callithrix jacchus) induzidos a um estado depressivo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-01) Batista, Lílian Andrade Carlos de Mendonça; Ladd, Fernando Vagner Lobo; Coelho, Nicole Leite Galvão; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; https://orcid.org/0000-0002-6670-8656; http://lattes.cnpq.br/0907170560632356; https://orcid.org/0000-0002-7942-2008; http://lattes.cnpq.br/6178623703992315; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; Fiuza, Felipe PortoO Transtorno depressivo maior pode se apresentar em episódio único ou recorrente, podendo durar dias, sendo os sintomas diversos que influenciam nas relações do cotidiano. Uma das principais causas para esse transtorno é o estresse crônico, e a resposta biológica a esses estressores que pode ocasionar uma desregulação na fisiologia humana. Nosso grupo objetiva identificar a competência neuroprotetora da Ayahuasca nos aspectos comportamentais e morfoquantitativos no córtex pré-frontal de saguis (Callithrix jacchus) submetidos a um protocolo de estresse crônico induzido. Foram utilizados 4 machos e 4 fêmeas, alocados em 3 grupos, sendo 02 no grupo família (GF), 02 no grupo isolado (GI) e 04 no grupo tratado (GT), todos selecionados de forma aleatória. Selecionamos espécimes com idade entre 7 e 9 meses de vida. O registro comportamental foi colhido pelo método de amostragem focal contínua, coletando frequência e/ou duração de comportamentos. Uma fração (1/6) das seções obtidas, a partir da microtomia do encéfalo, foram submetidas a coloração histológica com técnicas de Nissl. Para a estimativa dos parâmetros morfoquantitativos foi utilizada a estereologia, técnica de quantificação histológica tridimensional. Dentre os comportamentos, não constatamos diferenças significativas entre os grupos na fase experimental, exceto na ingestão de alimento (H(2) = 6,00, p = 0,050). Quanto ao volume total do córtex préfrontal (CPF), não foi encontrada diferença significante entre grupos (H(2) = 3,00, p = 0,223). No que diz respeito a densidade neuronal, visualmente apresentava ser mais intensa no GF e GT em comparação ao GI nas três áreas do córtex pré-frontal selecionadas. Com relação ao volume médio neuronal do córtex pré-frontal medial (VNmCPF), encontramos diferença significativa entre grupos (H(2) = 5,37, p = 0,057); no volume médio neuronal do córtex pré-frontal dorsolateral (VN-dlCPF), não encontramos diferença significante entre grupos (H(2) = 3,81, p = 0,098); no volume médio neuronal do córtex pré-frontal ventral (VN-vCPF), foi encontrada diferença significativa entre grupos (H(2) = 7,75, p = 0,029). Nesse estudo observamos uma redução sutil no volume do córtex pré-frontal do sagui quando comparamos o GF com o GI, o que pode ser corroborado por alguns comportamentos, dependentes do comando social, que também apresentaram redução. No mCPF e no dlCPF observamos uma redução de em média 25% na densidade neuronal quando comparamos o GF com o GI. Quando comparado o GF com o GT observamos similaridade nas quantidades. A atrofia de neurônios do córtex pré-frontal é associado a transtornos depressivos e ansiedade, esta característica foi identificada em saguis do GI das três regiões do CPF (medial, dorsolateral e ventral), sugerindo ser um marcador do estado depressivo. Avaliamos que no GT o volume neuronal é similar ao GF, dados encontrados nas três regiões do CPF. Estes resultados apontam que a Ayahuasca apresenta ação neuroprotetora na manutenção do número de neurônios e no volume neuronal impedindo a atrofia característica no contexto da depressão. Por fim, o tratamento profilático da Ayahuasca pode ajudar na proteção do córtex pré-frontal e isso é um ganho para a população mundial que sofre cada vez mais com essa doença.Dissertação Análise comportamental e neuroquímica de componentes do sistema de temporização em ratos Wistar, machos e fêmeas, expostos ao tratamento perinatal com fluoxetina(2019-03-28) Linhares, Sarah Sophia Guedes; Cavalcante, Jeferson de Souza; Meurer, Ywlliane da Silva Rodrigues; ; ; ; Coelho, Nicole Leite Galvão; ; Nascimento, Ezequiel Batista do;Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) são os medicamentos psicotrópicos mais comumente prescritos durante a gravidez e a lactação. Nesse sentido, expõe mães e cérebro infantil a efeitos modulatórios e tróficos da neurotransmissão serotoninérgica. A serotonina promove mudanças fundamentais ao longo do desenvolvimento, que incluem a migração, diferenciação e organização neuronais dos circuitos cerebrais relacionados ao comportamento emocional, cognitivo e circadiano. A exposição precoce aos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) induz efeitos de longa duração na sinalização comportamental e neural dos roedores. Esses efeitos incluem ansiedade aumentada e comportamento semelhante à depressão na idade adulta e também formação de circuito neural aberrante durante a vida. No entanto, os efeitos a longo prazo da exposição precoce ao antidepressivo sobre os ritmos circadianos e seus marcadores neuroquímicos permanecem obscuros. Neste estudo, foram testados o ritmo de atividade locomotora-repouso, desempenho de memória-ansiedade e marcadores oscilatórios químicos do sistema circadiano (neuropeptídeo Y e serotonina) em dois zeitgebers (ZT6 e ZT18) em ratos machos e fêmeas expostos precocemente (período de desenvolvimento GD13-GD21) a fluoxetina (20 mg/kg). Primeiramente, realizamos registros diários do ritmo de atividade locomotora-repouso utilizando sensores de atividade acoplados a gaiolas individuais ao longo de quatro semanas. Em seguida, testamos o comportamento de rastreamento de ansiedade e memória usando os paradigmas de câmara de campo aberto (CA) e de esquiva discriminativa (EDLCE). Identificamos a expressão do neuropeptídeo Y (NPY) marcando tanto o núcleo supraquiasmático quanto o folheto intergeniculado (FIG), assim como a expressão da serotonina (5-HT) nos núcleos dorsal e medial da rafe. Em resumo, nossos resultados mostraram (1) a fluoxetina perinatal afetou o comportamento de ansiedade e memória apenas em ratas (2) a fluoxetina perinatal afetou a expressão de NPY e 5-HT, assim como, no arrastamento de fase do ritmo circadiano locomotor em ZT6 e ZT18 mais no sexo masculino do que na prole feminina. Nossos dados concomitantes com relatos anteriores mostraram que o tratamento perinatal com fluoxetina não provocou déficits de ansiedade e traços de memória em ratos machos, embora tenhamos mostrado efeitos diferenciais em fêmeas. As diferenças sexuais induzidas pela exposição precoce à fluoxetina em ambas as anormalidades do ritmo circadiano locomotor e expressão neuroquímica são um importante destaque deste trabalho. Aqui, mostramos que ratos machos são mais suscetíveis a insinuação de fase e a expressão errônea de NPY e 5-HT em comparação com ratos fêmeas. Assim, nossos resultados podem ser úteis para uma melhor compreensão dos mecanismos neurobiológicos dos ritmos circadianos e relevantes para a compreensão dos "cérebros quebrados" e das anormalidades comportamentais dos filhos expostos precocemente a antidepressivos.TCC Análise do cortisol salivar ao despertar, em homens e mulheres, com depressão: biomarcador da depressão maior(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-11-29) Lira, Rodolfo Aragão de; Coelho, Nicole Leite Galvão; Coelho, Nicole Leite Galvão; Nunes, Emerson Arcoverde; Sousa, Maria Bernadete Cordeiro deA depressão é um transtorno de alta prevalência que atinge cerca de 17 % da população mundial ao longo da vida. Fundamentalmente se caracterizada, dentre outros, pela presença de humor deprimido e/ou anedonia por período mínimo de duas semanas. Sua alta incidência, em parte, se deve à dificuldade de diagnóstico, o que por sua vez passa pela ausência de biomarcadores específicos para essa doença. Atualmente o diagnostico é feito pelos médicos de maneira subjetiva, através de entrevistas, ou com auxilio de escalas, o que pode gerar sub ou supra diagnósticos. Dessa forma, enorme esforço tem sido feito para delinear biomarcadores a fim de auxiliar e dá robustez ao diagnóstico da depressão maior. Fundamentados em fortes evidências da literatura nos inclinamos a analisar a resposta do cortisol salivar ao despertar em indivíduos com depressão maior e observamos uma hiporresponsividade deste hormônio em mulheres com depressão melancólica que não foi vista em mulheres com depressão atípica e controles saudáveis. Também não foi observado diferenças estatísticas no cortisol ao despertar de homens com depressão melancólica e controles saudáveis. Especula-se a que hipocortisolemia decorra da cronicidade da patologia e que essa resposta inicialmente protetora, frente à alta gravidade e refratariedade de seus casos, falha após o sistema de auto-ajuste não funcionar adequadamente, mantendo os níveis de cortisol baixos cronicamente, o que induz também efeitos deletérios.Tese Auriculoterapia e a síndrome de Burnout em enfermeiras da atenção primária à saúde(2018-08-31) Silva, Cleyton Cézar Souto; Medeiros, Soraya Maria de; Coelho, Nicole Leite Galvão; ; ; ; Oliveira, Jonas Sami Albuquerque de; ; Amorim, Lúcia de Fátima; ; Soares, Maria Elma de Souza Maciel; ; Freire, Renata Pascoal;A auriculoterapia utiliza pontos energéticos específicos da orelha para tratar várias desordens do corpo. A Síndrome de Burnout é uma resposta ao estresse crônico e apresenta três dimensões: exaustão emocional, desumanização e decepção com o trabalho. O objetivo do estudo é analisar a utilização da auriculoterapia no enfrentamento e controle da SB em enfermeiras da Atenção Primária em Saúde. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa e delineamento quase-experimental do tipo pré-teste e pós-teste. Foi desenvolvido nas unidades da APS do município de Natal, RN. A amostra não-probabilística acidental foi composta por 75 enfermeiras diagnosticadas com a doença em níveis leve, moderado e grave através da Escala de Caracterização do Burnout. O cortisol salivar foi coletado em todas as enfermeiras para comparação da concentração antes e após a aplicação da auriculoterapia nas trabalhadoras identificadas com a síndrome, sendo a dosagem do hormônio realizada pela técnica de ELISA competitiva. Doze sessões foram realizadas e o pontos utilizados foram: de ação específica (ansiedade), da Medicina Tradicional Chinesa (fígado, baço/pâncreas e coração), do sistema nervoso (Shem Men e simpático) e do sistema endócrino (suprarrenal). Obteve-se parecer favorável junto ao Comitê de Ética em Pesquisa, CEP/UFRN, protocolo nº 2.444.525, e cadastro na plataforma de Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos sob o número RBR-4xbqbw. Os dados foram coletados de janeiro a junho de 2017 através de um questionário sociodemográfico e ocupacional, da Escala de Caracterização do Burnout e do cortisol salivar pelo dispositivo SalivetteMR. Foram utilizadas técnicas de estatística descritiva com medidas de frequência para variáveis categóricas. Na análise inferencial foi utilizado o teste Qui quadrado para verificação da associação entre as variáveis categóricas estado civil, filhos e formação. Posteriormente foi testada a normalidade dos dados para as variáveis numéricas por meio do teste Kolmogorov Smirnov, utilizado o teste T Student, teste de Mann-Whitney e a análise de variância para comparação entre os grupos. Todas as dimensões da ECB apresentaram valores de Alfa acima de 0,70: Exaustão=0,943; Desumanização=0,824; Decepção no trabalho 0,738. As enfermeiras apresentaram frequência percentual moderada de exaustão emocional (74,7%), acompanhadas de leve desumanização (81,3%) e leve decepção no trabalho (60%). A prevalência da Síndrome de Burnout em níveis foi: grave (n=2), moderado (n=5) e leve (n=64). Apenas quatro enfermeiras não apresentaram a doença. As correlações entre as variáveis sóciodemográficas e ocupacionais demostraram significância estatística fraca para as correlações negativas entre exaustão e o tempo de serviço; e entre decepção e o tempo de serviço; e correlações positivas fracas entre desumanização com exaustão e decepção; e entre decepção com exaustão, além de uma forte tendência estatística para a correlação positiva entre a decepção e a idade. Os testes de comparação entre as dimensões da doença e as variáveis ocupacionais mostraram que a exaustão emocional e a decepção com trabalho possuem relação com o tempo de serviço (menos de 8 anos) e entre a exaustão emocional com relação à carga horária de trabalho (jornada de 40h semanais). A análise de variância entre as dimensões da escala revelou diferença estatisticamente significativa entre todas as dimensões da doença. A comparação do cortisol salivar dentro dos grupos (Burnout leve, moderado, grave e sem a doença) entre os turnos de coleta (manhã e tarde) mostrou significância estatística entre os grupos da Síndrome de Burnout leve, grave e sem a doença. Não houve associação significativa entre as concentrações de cortisol salivar e as variáveis tempo de serviço e carga horária de trabalho. Comparando-se a concentração do cortisol salivar (manhã e noite) antes e após a intervenção observou-se uma redução significativa nas enfermeiras que realizaram a terapia e que possuíam a doença em seu nível grave. Conclui-se que a Síndrome de Burnout possui associação com tempo de serviço menor de 8 anos e jornada de trabalho de 40h semanais e que a auriculoterapia reverteu sintomas físicos e mentais reduzindo a concentração do cortisol salivar das enfermeiras com nível moderado e grave da doença.Dissertação A ayahuasca modula a resiliência? Uma avaliação em modelo animal primata não-humano de depressão maior(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-10-08) Grilo, Maria Lara Porpino de Meiroz; Coelho, Nicole Leite Galvão; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; http://lattes.cnpq.br/0248176785000660; Soares, Bruno Lobão; Hallak, Jaime Eduardo CecilioAo longo da evolução os animais têm vivenciado diversas situações de estresse, o que levou a uma grande variabilidade de respostas, algumas adaptativas e outras não. Por exemplo, a Depressão Maior (DM) é um transtorno de humor associado ao estresse crônico, fenótipos de vulnerabilidade e respostas ao estresse não- adaptativas. A DM é uma das psicopatologias que mais causa invalidez no mundo, não havendo ainda um tratamento completamente eficaz para ela, gerando assim enormes prejuízos individuais, sociais e econômicos. Dessa forma, utilizando como base a teoria da inoculação ao estrese, que postula que a resiliência pode ser adquirida, os psicodélicos se tornaram alvo das pesquisas com esquemas profiláticos contra o surgimento de algumas doenças mentais. A ayahuasca (AYA) é uma bebida tradicional da Amazônia que atua sobre o sistema serotoninérgico e, além de efeitos psicodélicos, demonstra uma ação antidepressiva. Considerando que do ponto de vista econômico, social e psicológico, tratar a depressão se mostra mais dispendioso do que a preveni-la, esse estudo procurou avaliar os possíveis efeitos profiláticos do uso prolongado do chá da ayahuasca, por meio do incremento da resiliência, frente a um protocolo de indução de depressão maior, o isolamento social (9 semanas), utilizando um modelo animal primata não-humanos, o C. jacchus. Para isso, foram realizadas avaliações fisiológicas (cortisol fecal) e comportamentais em animais (18 machos juvenis) que foram divididos em 3 grupos: Grupo Ayahuasca (GA; n=6), animais que receberam 3 administrações de ayahuasca enquanto foram submetidos ao protocolo indutor de depressão; Grupo Controle Isolado (GCI; n=5), onde os animais foram submetidos ao protocolo indutor de depressão sem passar pelo esquema profilático; e Grupo Controle Família (GCF n=7), animais controles que permaneceram em suas famílias sem receber qualquer esquema experimental. De maneira geral, foi observado uma resposta ao estresse mais adaptativa para GA quando comparado a GCI. Os animais tratados com AYA apresentaram uma reatividade e médias do cortisol fecal maiores do que a do GCI e similares ao GC; não demonstraram sinais de anedonia e elevação de comportamentos indicativos de estresse crônico, por exemplo: o coçar e a autocatação, os quais, por outro lado, foram expressos pelo GCI. Portanto, parece que a ayahuasca induz uma ação profilática frente ao protocolo indutor de depressão, por meio da expressão de respostas de resiliência; tamponado o surgimento de fenótipos tipo-depressivos e as alterações fisiológicas. Apesar de serem necessários novos estudos, esse trabalho abre portas para um novo tipo de intervenção no âmbito da saúde mental, o uso profilático de psicodélicos para prevenção de psicopatologias associadas ao estresse crônico.Dissertação Behavioural profiles of captive capuchin monkeys (Sapajus spp.): analyses at group and individual levels(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-08-20) Silva, Carolina Pereira Cadório da; Ferreira, Renata Gonçalves; Coelho, Nicole Leite Galvão; ; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; ; http://lattes.cnpq.br/8378105491243203; Resende, Briseida Dogo de; ; http://lattes.cnpq.br/9601221530967113; Miranda, Maria de Fátima Arruda de; ; http://lattes.cnpq.br/4654421846443562O uso de indicadores comportamentais de sofrimento e bem-estar de animais em cativeiro tem produzido resultados ambíguos. Em comparações entre grupos, aqueles em piores condições tendem a apresentar um aumento generalizado em todas as taxas de Comportamentos Potencialmente Indicativos de Estresse (BPIS), mas em comparações dentro de grupos, os indivíduos diferem nas suas estratégias de enfrentamento ao estresse. Esta dissertação apresenta análises para revelar o perfil comportamental de uma amostral de 26 macacos prego em cativeiro, de três espécies diferentes (Sapajus libidinosus, S. flavius e S. xanthosternos), mantidos em diferentes tipos de recinto. No total foram coletadas 147,17 horas de registros comportamentais. Explorámos quatro tipos de análises: Orçamento de Atividades, índices de Diversidade, cadeia de Markov e análise de Sequência, e Análise de Rede Social, resultando em nove índices de ocorrência e de organização comportamental. No capítulo Um exploramos diferenças entre grupos. Os resultados apoiam as predições de que existem diferenças mínimas entre sexo e espécie e são observadas diferenças maiores no perfil comportamental devido ao tipo de recinto: i. indivíduos em recintos com menos enriquecimento ambiental apresentaram um repertório de BPIS mais diverso e uma menor probabilidade de sequências de seis passos de Comportamentos Normativos de Género (GNB); ii. o número de transições comportamentais que incluíam pelo menos um BPIS foi superior em recintos menos enriquecidos; iii. índices de proeminência de BPIS indicam que estes funcionam como pontos fim de sequências comportamentais, e que a proeminência de três BPIS (locomoção aberrante, auto-direccionadas e activas I) foram maiores em recintos menores. No geral, estes dados não corroboram a ideia de que os BPIS têm um padrão repetitivo, com um efeito relaxante, tipo “mantra”. Pelo contrário, a imagem que surge é de que os BPIS são atividades que interrompem a organização dos comportamentos, introduzindo “ruido” que compromete o orçamento de atividades ótimo. No capítulo Dois exploramos diferenças individuais em seis eixos de comportamento exploratório. Estes mostraram-se pouco correlacionados, o que indicam baixa correlação entre indicadores comportamentais de síndromes. No entanto, os resultados sugerem duas estratégias de enfrentamento ao estresse abrangentes, semelhantes ao padrão audaz/proactivo e tímido/reativo: macacos prego mais exploratórios apresentaram maior proeminência em locomoção aberrante, exibição sexual aberrante e ativas I, enquanto que animais menos ativos apresentaram uma maior probabilidade de sequencias com pelo menos um BPIS, e maior proeminência em estereotipia-própria. Macacos prego são conhecidos pelas suas capacidades cognitivas e flexibilidade comportamental, portanto, a procura de um conjunto de indicadores comportamentais de bem-estar consistente requer mais estudos e conjuntos de dados mais amplos. Com este trabalho, pretendemos contribuir para a criação de protocolos, com embasamento científico e estatisticamente corretos, para amostragem de dados comportamentais que permitam a comparabilidade de resultados e meta-análises, de qualquer que seja a interpretação teórica que possa receber.TCC Biomarcadores lipídicos: existe uma relação com a depressão?(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-15) Batista, Ana Claudia da Silva; Coelho, Nicole Leite Galvão; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; Soares, Bruno Lobão; https://orcid.org/0000-0003-4564-2288; http://lattes.cnpq.br/3124118595692286; Fontes, Fernanda Palhano Xavier de; http://lattes.cnpq.br/5303845192389002A depressão maior (DM) é um transtorno cada vez mais prevalente no mundo, entretanto a sua fisiopatologia ainda não é totalmente compreendida. Um melhor entendimento da neurobiologia da DM se torna importante no sentido de aprimorar os tratamentos, o rastreamento e diagnóstico desse transtorno. Nesse cenário, os lipídios plasmáticos surgem como biomarcadores promissores, no entanto, a relação entre estes e a severidade da DM é ainda pouco compreendida, principalmente quando se considera o índice de massa corporal (IMC) como um confundidor dessa relação. Neste contexto, o presente trabalho investigou o perfil lipídico de 122 pacientes com depressão unipolar, correlacionando-os com a severidade da depressão e o IMC. Foi observado que pacientes com DM grave apresentaram maiores concentrações de triglicerídeos quando comparados aos pacientes com depressão leve-moderada, controlando o IMC. Para o HDL foi observado que quanto maior os sintomas depressivos, menor as concentrações desse lipídio. Para LDL, LDL/HDL e colesterol total não foram observados resultados significativos. Dentre os lipídios analisados, apenas os triglicerídeos dos pacientes graves estavam acima dos valores de referência populacional. A redução do HDL, que é um lipídio essencial para síntese de moléculas reguladoras, e o aumento do triglicerídeos, que são moléculas inflamatórias, apontam para um prejuízo na qualidade do perfil lipídico ao longo da severidade da DM, que por sua vez, pode estar relacionada a disfunções fisiológicas e alterações emocionais observadas nesse transtorno. Vale ressaltar que poucos estudos na literatura investigaram a relação entre a severidade da DM e os biomarcadores lipídicos, principalmente controlando o IMC. Dessa forma, se faz necessário novos estudos para entender melhor o papel destes biomarcadores na fisiopatologia da depressão.Tese A cafeína como agente modulador do ciclo atividade-repouso e memória em saguis (Callithrix jacchus)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-09-26) Santana, Kathiane dos Santos; Araújo, John Fontenele; ; http://lattes.cnpq.br/3347815035685882; ; http://lattes.cnpq.br/9223607558408313; Silva, Crhistiane Andressa da; ; http://lattes.cnpq.br/7719402434185924; Barbosa, Flávio Freitas; ; http://lattes.cnpq.br/3611261597113820; Belchior, Hindiael Aeraf; ; http://lattes.cnpq.br/2815729240392635; Coelho, Nicole Leite Galvão; ; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054A cafeína é a substância psicoativa mais utilizada, com efeitos na melhoria da atenção, humor, memória e alerta. Mas quando ingerida próxima ao horário de dormir, o que também pode interferir na memória. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da cafeína na memória, e se este efeito é dependente de alterações do ciclo de atividade-repouso, em saguis (Calithrix jacchus). Foram utilizados 16 saguis adultos (10 fêmeas e 6 machos), mantidos individualmente em laboratório e submetidos ao ciclo claro-escuro 12:12 h. Para registro do ciclo atividade-repouso foi utilizado dois sensores. O sensor baseado em giroscópio totaliza atividade a cada 30 seg, e detecta o mínimo de movimentação exercida pelo animal, sendo inédito em averiguar atividade noturna. O segundo sensor é o de infravermelho, que totaliza a cada 5 min e não detecta movimento dentro da caixa ninho, sendo utilizado pra registro diurno. Ainda utilizamos câmera para registro da fase de repouso para um sagui. A tarefa cognitiva teve todas as sessões gravadas, e contou com cinco fases: 1) dois dias de habituação. 2) Treinos, onde os saguis discriminavam um contexto reforçado (CR) de um não-reforçado (CNR) por 8 dias. 3) Administração oral da cafeína (10mg/kg ) ou placebo mais ou menos 1 hora antes do início do sono, por 8 dias, com animais ingerido placebo ou cafeína. 4) Retreino, seguido da administração do placebo (com o grupo placebo - GP) ou cafeína (com os grupos contínuo- GC e agudo- GA). 5) Teste, para avaliar aprendizagem ao CR. As sessões duravam 8 min, e iniciavam às 7:00 h para as habituações, treinos e teste; e às 15:15 h para o retreino. Os resultados demonstraram que para a primeira validação dos sensores baseados em giroscópio, que foi a comparação com o registro da câmera, houve coincidência dos métodos de 68,57% do registro de atividade noturna.Assim, os sensores baseados em giroscópio foram capazes de detectar atividade noturna. A segunda validação foi a comparação da atividade locomotora registrada pelos sensores de infravermelho, onde as curvas de atividade para ambos os sensores se assemelharam quanto ao padrão de distribuição. Ao averiguar o efeito da cafeína no ritmo de atividade-repouso para GP, GA e GC, utilizando os sensores baseado em giroscópio e de infravermelho, a maioria das diferenças existentes foram intra-grupo. Para os dados da tarefa cognitiva, os saguis aprenderam a discriminar CR de CNR. Quanto ao efeito da cafeína na evocação da memória, o GC apresentou déficits para recordação da tarefa durante o teste, e GA não foi afetado pela administração da cafeína. Como conclusões, temos que a cafeína próxima ao sono possui efeito modulatório na memória em saguis. Ainda, o sensor baseado em giroscópio foi capaz de registrar atividade noturna. Portanto o uso deste dispositivo, não invasivo, permite os saguis exibirem seu comportamento dentro das condições laboratoriais, o mais natural possível.Tese Caracterização comportamental endócrina das fases ontogenéticas de sagüi comum (Callithrix jacchus)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-11-11) Castro, Dijenaide Chaves de; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; ; http://lattes.cnpq.br/8488760386226790; ; http://lattes.cnpq.br/1171402436345931; Oliveira, Maria Adelia Borstelmann de; ; Tavares, Maria Clotilde Henriques; ; http://lattes.cnpq.br/7422288792695902; Miranda, Maria de Fátima Arruda de; ; http://lattes.cnpq.br/4654421846443562; Coelho, Nicole Leite Galvão; ; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054O uso de modelos animais em pesquisa biomédica é cada vez mais crescente e os modelos utilizando primatas devem apresentar vantagens em termos de custos de manutenção e características relacionadas ao maior conhecimento da sua biologia para uso em diferentes protocolos experimentais. Diferentes modelos atuais de pesquisa em estresse utilizam animais em diferentes estágios do desenvolvimento e inúmeros estudos demonstram a diferença na resposta biológica diante de agentes estressores ao longo da ontogênese. Com o objetivo de caracterizar de maneira mais detalhada as fases do desenvolvimento do sagui comum, Callithrix jacchus, importante modelo utilizado em pesquisa biomédica, utilizou-se 10 animais, 6 fêmeas e 4 machos, que foram acompanhados desde o nascimento até o início da idade adulta (16 meses). A coleta de dados comportamentais e de fezes para a mensuração dos hormônios esteroides de origem adrenal (cortisol) e gonadais (progesterona, estradiol e andrógenos) foram realizadas duas vezes por semana no primeiro mês de vida dos filhotes e semanalmente no restante do estudo. As observações comportamentais tiveram duração de 30 minutos e foram realizadas nos turnos matutino (07:00-09:00h) e vespertino (12:00-14:00h).O perfil comportamental de C. jacchus apresentou modificações ao longo da ontogênese caracterizando cada um dos 4 estágios ontogenéticos e suas respectivas fases propostas na classificação de Leão (2009). A diferenciação das etapas do desenvolvimento foi feita a partir do surgimento, término, variação e estabilização no perfil comportamental - cuidado parental (amamentação, transporte) ingestão de alimentos (alimentação sólida), afiliação (catação social recebida e feita e autocatação) agonismo (marcação de cheiro e piloereção) e brincadeira - e no perfil endócrino. O comportamento de amamentação e transporte terminou na fase infantil II e a ingestão alimentar apresentou seu pico na fase infantil III. A catação social recebida antecedeu a catação feita e a autocatação, e o comportamento de marcação de cheiro foi o que apresentou menor variabilidade em relação ao seu início, que se concentrou, em quase todos os animais, entre a 5ª e 7ª semanas de vida. A brincadeira solitária e com o gêmeo principiaram ao redor da 7ª semana e a brincadeira com outros membros do grupo se iniciou 8 semanas depois. A secreção dos hormônios sexuais passou a se diferenciar dos valores basais entre a 21ª e 23ª semanas em machos e fêmeas, sugerindo que a puberdade acontece simultaneamente para os dois sexos. O cortisol basal de fêmeas mesmo em idade imatura foi mais elevado do que nos machos. Contudo, as variações do cortisol não se correlacionaram com o estágio juvenil como esperado uma vez que esse estágio corresponde à transição entre a idade infantil e a idade adulta, e que se expressou com a intensificação da maioria dos comportamentos. Os padrões comportamentais e endócrinos dos adultos não diferiram entre as idades subadulta e adulta. Estes resultados disponibilizam parâmetros de desenvolvimento mais detalhados para C. jacchus e abrem perspectivas para a utilização de abordagens experimentais focadas em determinadas etapas da ontogênese dessa espécieTCC Cognição e menopausa cirúrgica: transtornos de humor e qualidade do sono como preditores do desempenho cognitivo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-11-29) Aguiar, Júlia Albuquerque; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; Coelho, Nicole Leite Galvão; Mota, Maria Teresa da Silva; MotaA redução do desempenho cognitivo de mulheres ovariectomizadas é documentada na literatura, confirmando uma associação com desta com a drástica modificação endócrina relacionada à perda dos esteroides sexuais de origem ovariana. A privação hormonal brusca vem acompanhada de uma série de consequências além daquelas de natureza metabólica, como o déficit cognitivo, mudanças nos estados de humor, incluindo sintomas de depressão e ansiedade, redução da qualidade do sono e sintomas do climatério, como ondas de calor e sudorese noturna. O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho cognitivo de mulheres ovariectomizadas cirurgicamente em relação aos transtornos de humor e qualidade de sono. Onze mulheres foram recrutadas no Ambulatório de Climatério da Maternidade Escola Januário Cicco/UFRN em Natal, RN. O desempenho cognitivo foi avaliado por meio de testes cognitivos para memória verbal episódica e função executiva, incluindo os componentes de inibição, atualização e memória operacional, além de questionário para queixas de memória. Os transtornos de humor foram investigados por meio de questionários de depressão e ansiedade, assim como também foi avaliada a qualidade do sono. Estas últimas variáveis foram avaliadas como preditoras do desempenho cognitivo por meio da análise estatística de modelo linear generalizado, considerando p < 0,05. Os resultados indicaram que os transtornos de humor e qualidade do sono predizem o desempenho cognitivo para função executiva em mulheres menopausadas cirurgicamente. O acompanhamento dessas mulheres deve ser imediato no sentido de preservar a sua função cognitiva, buscando controlar os fatores que a afetam, incluindo o hipoestrogenismo e a presença de transtornos de humor e qualidade do sono.Tese Efeito adjunto do mindfulness no tratamento do Transtorno Depressivo Maior(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-24) Sousa Júnior, Geovan Menezes de; Coelho, Nicole Leite Galvão; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; https://orcid.org/0000-0002-8674-5067; http://lattes.cnpq.br/6569822719646528; Araújo, Dráulio Barros de; Schuch, Felipe Barreto; Araújo, John Fontenele; Sanchez, Tiago ArrudaAtualmente, o tratamento usual para o Transtorno Depressivo Maior (TDM) é o fármaco antidepressivo. No entanto, diversas problemáticas cercam a farmacoterapia, como a latência demorada na apresentação de melhora clínica, os efeitos adversos e a eficácia limitada. Diante disso, esforços têm sido direcionados à investigação de tratamentos complementares que possam elevar a eficácia da farmacoterapia sem aumentar seus efeitos adversos. Nesse sentido, uma alternativa para esse fim é o mindfulness, que tem na meditação focada às sensações da respiração e do corpo a principal ferramenta de intervenção. Sendo assim, nesse estudo de doutorado avaliamos a resposta adjunta do mindfulness no tratamento do TDM por meio da avaliação da resposta clínica e biológica. Para isso, comparamos a eficácia da terapia com escitalopram (Grupo Escitalopram) à terapia home-based e supervisionada de mindfulness + escitalopram (Grupo Mindfulness) em adultos com TDM, estudantes e servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, durante 12 semanas. As intervenções são parte do Programa de Enfrentamento à Tristeza, que oferece outras modalidades de terapia complementar, como o exercício e a ioga. Em três momentos ao longo da intervenção (antes e nas semanas 5 e 12) foram coletados dados psicológicos e bioquímicos. Foi encontrada uma associação basal do traço de mindfulness à menor severidade basal de sintomas associados à depressão, como sintomas depressivos e ansiosos, autoestima e qualidade do sono autorrelatados. O Grupo Mindfulness superou o Grupo Escitalopram quanto aos sintomas depressivos autorrelatados, apresentando menor escore ao fim do tratamento, sendo tal redução predita pelo aumento no traço de mindfulness. Já a redução dos sintomas depressivos avaliados pelo psiquiatra foi similar para ambos os grupos, com taxas de remissão de 43% no Grupo Mindfulness e de 37% no Grupo Escitalopram. Ainda, a presença de efeitos colaterais não diferiu entre os grupos. Por fim, foi observada um aumento da resposta inflamação ao longo do tratamento no Grupo Escitalopram, mas não no Grupo Mindfulness. Os resultados apontam a utilidade do mindfulness na mudança de relacionamento do indivíduo com os sintomas depressivos a partir do treinamento de mindfulness, bem como na prevenção da resposta inflamatória desencadeada pela medicação. Sendo assim, dá suporte ao uso do mindfulness como uma terapia complementar personalizada, de baixo custo e flexível, com alto potencial de aplicabilidade na prática clínica.Dissertação Efeitos de diferentes tipos estressores sobre a memória e aprendizagem de ratas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-07-12) Nascimento, Ezequiel Batista do; Ribeiro, Alessandra Mussi; ; http://lattes.cnpq.br/7373640456805525; ; http://lattes.cnpq.br/4054423234701977; Coelho, Nicole Leite Galvão; ; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; Suchecki, Deborah; ; http://lattes.cnpq.br/0735654567907174A exposição a fatores estressantes promove mudanças fisiológicas adaptativas do organismo ao meio ambiente. Dependendo do tipo, da intensidade e duração, o estresse pode afetar algumas funções cognitivas, particularmente o processo de aprendizagem e de memória. Alguns estudos também têm proposto que a ansiedade, em certa medida, seria necessária para que ocorresse a formação da memória. Neste contexto, memórias de experiências aversivas anteriores podem determinar a maneira e a intensidade com que são expressas as respostas de medo, o que justifica o grande interesse em analisar simultaneamente ansiedade e memória em animais. No mais, machos e fêmeas apresentam reações distintas em relação a estímulos estressores, mostrando diferentes níveis de ansiedade e diferenças no processamento da aquisição, retenção e evocação de informações mnemônicas. Frente a essas informações, o presente estudo teve como objetivo verificar o efeito do estresse em parâmetros comportamentais de aprendizagem, memória e ansiedade de ratas submetidas a diferentes tipos de estressores de longa duração, (sete dias consecutivos): contenção (4h/dia), alta densidade populacional (18h/dia) e isolamento social (18h/dia), nas diferentes fases do ciclo estral. Nossos resultados mostraram que o estresse promovido pela contenção e pelo isolamento social não promoveram alterações no processo de aquisição, mas promoveu prejuízos na evocação da memória de ratas. Além disso, sugere-se um efeito protetor dos hormônios sexuais sobre a evocação da memória aversiva, uma vez que ratas que estavam nas fases proestro ou estro, fase de altas concentrações plasmáticas de estrógenos, não apresentaram prejuízos na evocação dessa memória. No mais, apesar do aumento dos níveis plasmáticos de corticosterona observado nas ratas submetidas ao estresse de contenção e isolamento social, os níveis de ansiedade permaneceram inalterados frente a essas diferentes condições de estresse. Modelos animais baseados em estresse psicológico e social têm sido bastante abordados na literatura. Correlacionar respostas comportamentais, fisiológicas e psicológicas têm contribuído no aumento da compreensão dos transtornos psicofisiológicos envolvidos na resposta de estresseTCC Os efeitos de terapias baseadas em mindfulness e doses de ayahuasca em traços de depressão e ansiedade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-11-28) Conceição, Thamiris Botelho Ribeiro; Soares, Bruno Lobão; Coelho, Nicole Leite Galvão; Fontes, Fernanda Palhano Xavier deDepressão e ansiedade são considerados o mal do século. O número de pacientes que sofrem com esses transtornos tem aumentado consideravelmente e tendem a crescer ainda mais diante de todo o cenário estressante do mundo contemporâneo ao qual as pessoas têm sido cada vez mais expostas. Cerca de um terço dos indivíduos diagnosticados com ansiedade ou depressão apresentam resistência aos fármacos antidepressivos e ansiolíticos disponíveis no mercado e não apresentam remissão dos sintomas mesmo com acompanhamento médico. Dessa forma, têm se investido cada vez mais em pesquisas que buscam métodos alternativos aos tradicionalmente utilizados na rotina clínica para o tratamento de ansiedade e depressão. Esta revisão buscou reunir estudos clínicos que descrevem os efeitos farmacológicos terapêuticos da ayahuasca, bebida com propriedades psicodélicas consumida originalmente por nativos amazônicos e comunidades religiosas; em paralelo revisitou trabalhos que demonstram efeitos terapêuticos de intervenções clínicas baseadas em meditação do tipo mindfulness. A partir daí, comparamos os efeitos das duas propostas de terapias alternativas em vários marcadores biológicos utilizados, bem como apresentamos propostas de uma possível integração para redução de sintomas relacionados a ansiedade e depressão.Tese Efeitos fisiológicos e psicológicos associados à respiração nasal e às técnicas respiratórias do Yoga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-08) Esmaile, Stephany Campanelli; Soares, Bruno Lobão; Coelho, Nicole Leite Galvão; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; https://orcid.org/0000-0003-4564-2288; http://lattes.cnpq.br/3124118595692286; https://orcid.org/0000-0003-3195-9663; http://lattes.cnpq.br/1276343624760539; Santaella, Danilo Forghieri; Castro, Felipe Nalon; Belchior, Hindiael Aeraf; Rodrigues, Lívia Carla de MeloEsta tese foi dividida em uma introdução geral em português, 3 capítulos (um para cada artigo em inglês) e uma discussão geral em português. O primeiro capítulo é uma revisão sistemática publicada no The International Journal of Yoga que segue as recomendações do PRISMA, intitulada: “PRANAYAMAS AND THEIR NEUROPHYSIOLOGICAL EFFECTS”. O objetivo desta revisão foi descrever a influência dos exercícios respiratórios do Yoga na neurofisiologia humana. Após filtrar 1.588 artigos, os 14 artigos finais mostraram que (pranayamas) em termos gerais promovem: melhora clínica em pacientes com afasia; redução da oscilação teta cerebral, aumento da oscilação gama no lobo temporal medial esquerdo e aumento da resposta inibitória (autocontrole) durante uma tarefa de tempo de reação; redução imediata dos tempos de reação visual e auditiva e aumento da atividade parassimpática. O segundo capítulo é uma pesquisa quasi-experimental chamada “PSYCHOLOGICAL EFFECTS OF A THREE-MONTHS UJJAYI PRANAYAMA TRAINING” realizada durante a pandemia de COVID-19 e já está em fase de submissão para publicação para a revista “Journal of Alternative and Complementary Medicine”. Das nove escalas psicométricas utilizadas no estudo, observamos uma redução no devaneio mental (MEWS), afeto negativo (PANAS-N) e estresse percebido (PSS), e uma melhora na consciência interoceptiva (MAIA) após da intervenção. Além disso, foram encontradas correlações positivas significativas entre MEWS, PANAS-N e PPS antes e depois de 12 semanas de intervenção com pranayama. O terceiro capítulo é um ensaio randomizado controlado chamado: “UJJAYI PRANAYAMA: A PSYCHOBIOLOGICAL APPROACH OF A YOGIC BREATHING TRAINING”. Após 8 semanas de uma intervenção de ujjayi online com estudantes universitários da UFRN, os resultados revelaram melhorias significativas do grupo teste durante o período de 8 semanas em comparação com o grupo controle para MAIA (consciência interoceptiva), PANAS-P (maior humor agradável ou afeto positivo) e pontuações ESS-BR (menor sonolência). Além disso, a análise de correlação PANAS-P x MAIA se revelou positiva (p = .016; r = .438). No entanto, o grupo controle apresentou melhor desempenho no teste de estresse (MMST) do que o grupo teste. Nenhuma diferença foi encontrada para valores de delta do cortisol salivar, da variabilidade da frequência cardíaca, do teste de Flanker (tarefa go no-go), espirometria, P0.1 , das medidas de devaneio mental (MEWS e escalas tipo likert), da capacidade pulmonar e drive inspiratório (P0.1). Concluímos que o pranayama Ujjayi pode ser útil em reduzir o afeto negativo, o estresse percebido, a sonolência durante o dia e o devaneio mental, enquanto pode aumentar a consciência interoceptiva e o afeto positivo em universitários e possivelmente na população geral.Artigo Effect of chronic stress during adolescence in prefrontal cortex structure and function(2017) Folha, Otávio Augusto de Araújo Costa; Bahia, Carlomagno Pacheco; Aguiar, Gisele Priscila Soares de; Herculano, Anderson Manoel; Coelho, Nicole Leite Galvão; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; Shiramizu, Victor Kenji Medeiros; Galvão, Ana Cecília de Menezes; Carvalho, Walther Augusto de; Pereira, AntonioCritical periods of plasticity (CPPs) are defined by developmental intervals wherein neuronal circuits are most susceptible to environmental influences. The CPP of the prefrontal cortex (PFC), which controls executive functions, extends up to early adulthood and, like other cortical areas, reflects the maturation of perineuronal nets (PNNs) surrounding the cell bodies of specialized inhibitory interneurons. The aim of the present work was to evaluate the effect of chronic stress on both structure and function of the adolescent’s rat PFC. We subjected P28 rats to stressful situations for 7, 15 and 35 days and evaluated the spatial distribution of histochemically-labeled PNNs in both the Medial Prefrontal Cortex (MPFC) and the Orbitofrontal Cortex (OFC) and PFC-associated behavior as well. Chronic stress affects PFC development, slowing PNN maturation in both the (MPFC) and (OFC) while negatively affecting functions associated with these areas. We speculate upon the risks of prolonged exposure to stressful environments in human adolescents and the possibility of stunted development of executive functions.Dissertação Enfrentando o estresse: um estudo comportamental e fisiológico em macacos-prego (Sapajus libidinosus) cativos(2017-03-24) Ferreira, Vitor Hugo Bessa; Ferreira, Renata Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; ; http://lattes.cnpq.br/8937441497110208; Coelho, Nicole Leite Galvão; ; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; Pimenta, Olívia de Mendonça Furtado;Considerar o bem-estar de animais em cativeiro é primordial para cuidar da saúde física e psicológica dos indivíduos. No entanto, apesar de vários indicadores disponíveis (ex. comportamentais, bioquímicos e fisiológicos), a integração de resultados ainda gera dúvidas sobre o real estado de bemestar de um indivíduo. Neste trabalho testamos a hipótese de que a incongruência entre os indicadores de bem-estar ocorre porque os animais, dentro da mesma população, diferem na maneira como se comportam e reagem face aos estímulos. Usamos como modelo macacos-pregos cativos aos cuidados do CETAS de Natal/RN e Cabedelo/PB e do zoológico de João Pessoa/PB. No primeiro capitulo, revisamos diversos conceitos e metodologias do estudo da personalidade animal. No segundo capitulo, definimos os eixos do perfil comportamental (GNB - Comportamento Normativo de Gênero) e de enfrentamento ao estresse (BPIS - Comportamentos Potencialmente Indicativos de Estresse), e o perfil fisiológico (Metabólitos Fecais de Glicocorticóides - MFG) dos animais em condição de estresse crônico de cativeiro. No terceiro capitulo, analisamos se os diferentes tipos comportamentais reagem a um estresse agudo de mudança de recinto. Nossos resultados principais foram: Individuos que locomovem mais exibem BPIS mais rápidos (ex. giro de cabeça), enquanto indivíduos mais inativos exibem BPIS mais estacionarias (ex. autoenganchar). Em ambos os extremos do eixo atividadeinatividade, os animais mostram sinais fisiológicos de baixo grau de bem-estar. Animais mais sociáveis são mais resilientes, tanto a nível fisiológico quanto a nível comportamental aos estresses do cativeiro. Após um estresse agudo, os indivíduos que pontuam positivamente nos eixos Sociabilidade e Exploraçao exibem melhor adaptação ao ambiente novo. Nossos resultados corroboram modelos indicando a existência de diferentes perfis comportamentais que reagem de forma diferente ao estresse e que apresentam perfis fisiológicos. O padrão encontrado assemelha-se ao descrito em outros trabalhos para outras espécies e podem lançar luz sobre a evolução e plasticidade comportamental no reino animal.Dissertação Estudo do efeito agudo dos compostos ativos do chá de Ayahuasca (Banisteriopsis Caapi e Psychotria Viridi), em saguis (Callithrix jacchus) como modelo animal de depressão juvenil(2017-07-05) Silva, Flávia Santos da; Coelho, Nicole Leite Galvão; Coelho, Nicole Leite Galvão; ; ; ; Soares, Bruno Lobão; ; Barros, Marília;O Transtorno de Depressão Maior (TDM) é um distúrbio de humor de alcance global, atingindo aproximadamente 350 milhões de pessoas em todo o mundo, capaz de induzir prejuízos psicológicos, sociais e fisiológicos, que podem em alguns casos, levar à morte por suicídio. 14 % dos jovens entre 15-18 anos apresentam TDM, o que desperta atenção e preocupação, já que esta fase constitui um período ontogenético de grandes modificações cerebrais que perduram por toda a vida. Atualmente, o tratamento antidepressivo mais empregado em todas as faixas etárias é o farmacológico. Embora as classes mais modernas de antidepressivos sejam mais específicas em sua ação, ainda apresentam efeitos colaterais consideráveis, demoram até duas semanas para iniciar os efeitos terapêuticos desejados e induzem baixa taxa de remissão. Sendo assim, há a necessidade de se buscar novos tratamentos farmacológicos para essa doença, nesse cenário algumas substâncias psicodélicas serotoninérgicas vêm sendo testadas. O chá de ayahuasca, tradicional da Amazônia, tem particularmente chamado a atenção por seus efeitos positivos na saúde, tanto na população geral de usuários quanto em pacientes com transtornos de humor e viciados em drogas de abuso. Para testar a ação antidepressiva aguda da ayahuasca utilizamos o Callithrix jacchus, um primata não-humano que já vem sendo considerado um importante modelo em estudos biomédicos, inclusive de desordens mentais, pois apresenta maior proximidade filogenética aos humanos, possui um etograma bem definido, técnicas não invasivas para medição de cortisol em fezes, boa adaptação em cativeiro e alta taxa de fecundidade. Entretanto, inicialmente foi necessário proceder com a validação da espécie como modelo translacional de depressão juvenil. Para isso foram utilizados dois procedimentos experimentais de isolamento social crônico, em machos e fêmeas de C. jacchus juvenis, que induziu um estado fisiológico e comportamental característico de depressão em primatas não-humanos, o qual foi em grande parte revertido pelo tratamento com um antidepressivo clássico, a nortriptilina, inoculada por 7 dias, e não por um veículo (salina; 7 dias). Esse estudo e seus respectivos resultados estão descritos no artigo I intitulado “Common marmosets: A potential translational animal model of juvenile depression”, publicado no periódico Frontiers in Psychiatry. Em seguida, testamos o potencial antidepressivo agudo do chá de ayahuasca, no modelo translacional previamente validad. Assim, originou-se o artigo II intitulado “Acute antidepressant effect of ayahuasca in juvenile non-human primate model of depression”, submetido no periódico Frontiers in Pharmacology. Observamos que uma dose única de ayahuasca, e não do veículo (salina), induziu melhoras em parte dos sintomas depressivos por até 14 dias e reestabeleceu, de forma rápida, 24 horas após a ingestão, os níveis de cortisol aos valores basais, encontrados quando os animais habitavam a gaiola familiar. Sendo assim, observa-se que o chá de ayahuasca apresentou resultados antidepressivos mais interessantes que a nortriptilina, uma vez que a ayahuasca induziu a reversão dos sintomas mais rapidamente, de maneira mais ajustada e duradoura que a nortriptilina. Ambos os estudos aqui apresentados são de grande relevância para área, uma vez que de maneira inédita um modelo animal translacional de depressão com primatas não-humanos atendeu a todos os critérios de validação, tanto os tradicionais, como; o etiológico, de face, funcional e preditivo, quanto os critérios mais recentes: o inter-relacional, evolutivo e populacional, possibilitando assim a sua utilização em áreas complementares de investigações. Adicionalmente, foi apresentado não apenas ações antidepressivas aguda do chá da ayahuasca, mais também ações mais eficazes quando comparado com um antidepressivo clássico, nortriptilina, corroborando assim no processo de validação desta substância como antidepressivo, estimulando novas investigações farmacologicas, inclusive em adolescentes, que possibilitem a consolidação do chá como antidepressivo, uma vez que ela não tem demonstrado tolerancia à doses, nem efeitos colaterias de longo prazo em usuários recreacionais.Tese Explorando o efeito adjuvante do exercício físico em pacientes com transtorno depressivo maior: um ensaio clínico randomizado(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-12) Tavares, Vagner Deuel de Oliveira; Coelho, Nicole Leite Galvão; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; http://lattes.cnpq.br/8488760386226790; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; http://lattes.cnpq.br/3038663857490505; Moura, Helena Ferreira; Schuch, Felipe Barreto; Lopes, Fivia de Araújo; Oliveira Neto, Leônidas deEmbora os antidepressivos representem um avanço no tratamento do Transtorno de Depressão Maior (TDM), sua eficácia é limitada e acompanhada de efeitos colaterais indesejados. Isso tem impulsionado a investigação de tratamentos complementares, como o exercício físico. Contudo, a adesão ao exercício é desafiadora, apesar de seus conhecidos benefícios para a saúde física e mental. Este estudo teve como objetivo avaliar os indicadores de saúde física e mental em relação à severidade do TDM pré-tratamento e validar um protocolo de exercícios home-based e guiado pelo esforço, prazer e afeto ao exercício, a fim de contribuir na aderência dos pacientes ao protocolo, e investigar o potencial adjuvante do exercício físico à farmacoterapia, observando mudanças nos parâmetros de saúde física e mental. Para isso foi realizado com pacientes com TDM, um estudo clínico randomizado, controlado e aberto, com dois grupos experimentais: farmacoterapia exclusiva (controle) e exercício associado à farmacoterapia, sendo esses uma parte do Programa de Enfrentamento à Tristeza que engloba outras terapias adjuvantes como o yoga e a meditação. Os indicadores de saúde física e mental, prétratamento, demonstraram variações significativas em relação à severidade da depressão. Notavelmente, o grupo de exercício apresentou uma baixa taxa de desistência ao tratamento, menor que o grupo controle, indicando uma boa adesão ao protocolo guiado pelas emoções e força. Adicionalmente, o exercício físico mostrou-se eficaz para a melhoria da aptidão cardiorrespiratória e, um complemento importante ao tratamento farmacológico, contribuindo para a maior redução dos sintomas depressivos, dos efeitos colaterais e dos níveis da inflamação sistêmica. Ademais, a resposta anti-inflamatória prediz uma melhor resposta clínica ao tratamento, exclusivamente no grupo exercício. Portanto, o protocolo de exercício físico, desenvolvido especificamente para pacientes com TDM, foi efetivamente validado, demonstrando alta aderência, contribuindo significativamente para a melhoria física e mental dos participantes. Destaca-se a ainda a importância de guiar o protocolo de exercício pelo esforço, prazer e afeto, associado à avaliação do perfil basal dos pacientes, considerando a severidade do TDM, a fim de se desenvolver tratamentos mais personalizados, possibilitando a criação de protocolos que maximizem os benefícios do tratamento.Artigo Factors associated with inflamm-aging in institutionalized older people(Scientific Reports, 2021-09) Evangelista, Karine Cavalcanti Maurício de Sena; Oliveira Neto, Leônidas de; Tavares, Vagner Deuel de Oliveira; Agrícola, Pedro Moraes Dutra; Oliveira, Larissa Praça de; Sales, Márcia Cristina; Gomes, Igor Conterato; Coelho, Nicole Leite Galvão; Pedrosa, Lúcia Fátima Campos; Lima, Kenio CostaThe increase in infammatory cytokines associated with a reduction in the bioavailability of zinc has been used as a marker for infammation. Despite the high infammatory state found in institutionalized older individuals, few studies have proposed verifying the factors associated with this condition in this population. To verify the factors associated with infamm-aging in institutionalized older people. A total of 178 older people (≥ 60 years old) living in nursing homes in Natal/RN were included in the study. Cluster analysis was used to identify three groups according to their infammatory state. Analysis anthropometric, biochemical, sociodemographic, and healthrelated variables was carried out. In sequence, an ordinal logistic regression was performed for a confdence level of 95% in those variables with p< 0.20 in the bivariate analysis. IL-6, TNF-α, zinc, low-density lipids (LDL), high-density lipids (HDL), and triglycerides were associated with infammaging. The increase of 1 unit of measurement of LDL, HDL, and triglycerides increased the chance of infammation-aging by 1.5%, 4.1%, and 0.9%, respectively, while the oldest old (≥80 years old) had an 84.9% chance of presenting infamm-aging in relation to non-long-lived older people (<80 years). The association between biochemical markers and infamm-aging demonstrates a relationship between endothelial injury and the infammatory state. In addition, the presence of a greater amount of fat in the blood may present a higher relative risk of deathDissertação Influência da satisfação conjugal e do estresse em mulheres sob tratamento de fertilização in vitro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-04) Leite, Nathalia Evelyn Martins; Coelho, Nicole Leite Galvão; http://lattes.cnpq.br/5049969824465881; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; http://lattes.cnpq.br/8488760386226790; Pontes, Anaglória; http://lattes.cnpq.br/0514178654667684Uma das técnicas de reprodução assistida mais utilizada atualmente é a fertilização in vitro (FIV), porém, a taxa de sucesso média mundial observada para essa terapia é de cerca de 30%. Aspectos fisiológicos e psicológicos parecem contribuir para o desfecho do tratamento. Assim, este trabalho analisou como o estresse psicofisiológico (sendo o estresse psicológicos avaliado pelo Inventário de sintomas de estresse de Lipp para adultos e pelo Inventário de problemas de fertilidade; o fisiológico pela reatividade do cortisol salivar ao despertar) e a satisfação conjugal (avaliada pelo ajustamento diádico, satisfação sexual e estilo de apego) se relacionam com o desfecho da FIV, e ainda se alguns desses parâmetros predizem o sucesso no tratamento. Esse foi um estudo exploratório realizado na Maternidade Escola Januário Cicco da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ao longo do ano de 2017, com 20 mulheres no primeiro ciclo de FIV. Foi visto que as participantes com sucesso no tratamento, ou seja, que engravidaram, apresentaram maior coesão diádica, maior satisfação sexual e menores níveis de cortisol. A coesão diádica se mostrou preditora do sucesso. Um maior ajustamento e consenso diádico relacionou-se com ausência de estresse, sendo o consenso diádico preditor da ausência de estresse. De fato, a maior parte da amostra estava livre de estresse psicológico, e as mulheres com níveis de estresse dentro da faixa de normalidade foram aquelas com o estilo de apego preocupado. Esses resultados evidenciam a importância dos baixos níveis de cortisol e de um bom relacionamento conjugal para o sucesso da FIV. Portanto, estratégias que auxiliem as pacientes a lidarem com os estressores inerentes ao tratamento e ao relacionamento conjugal devem ser investigadas e aplicadas a fim de incrementar o sucesso do tratamento. Destaca-se também a importância de novos estudos para compreender melhor a relação desses fatores psicofisiológicos com o desfecho da FIV com um número amostral maior, como também avaliar o perfil de mulheres que buscam tratamento em clínicas privadas, o qual pode variar do perfil encontrado nesse estudo de uma amostra populacional de menor poder socioeconômico com tratamento custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).