Navegando por Autor "Medeiros Júnior, Ricardo Cezar Cardozo de"
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Dissertação Avaliação e treinamento em ambiente simulado de estudantes de medicina da UFRN sobre a técnica de intubação orotraqueal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-18) Medeiros Júnior, Ricardo Cezar Cardozo de; Diniz Júnior, José; Medeiros, Elaine Lira; https://orcid.org/0000-0002-4320-4818; http://lattes.cnpq.br/4325563990851754; https://orcid.org/0000-0002-2327-945X; http://lattes.cnpq.br/7913193754933633; http://lattes.cnpq.br/2864246535065136; Lima, Lana Lacerda de; Medeiros, Paulo José deINTRODUÇÃO: A intubação orotraqueal (IOT) caracteriza-se por um procedimento invasivo, privativo do profissional médico, no qual uma cânula é introduzida na traqueia com o objetivo principal de garantir uma via aérea definitiva. Com o surgimento da pandemia do COVID-19, a preocupação com o adequado domínio da técnica, principalmente pelos médicos recém-formados, tornou-se mais evidente. O procedimento apresenta inúmeros riscos e complicações inerentes, que resultam em altas taxas morbidade e mortalidade. A principal forma de reduzir os riscos associados ao procedimento é por meio de treinamento adequado e contínuo dos profissionais médicos, aperfeiçoando a parte técnica/prática e preparando para a identificação e tratamento precoce de potenciais complicações. Uma ferramenta importante de ensino para o desenvolvimento de técnicas como essa são os treinamentos em ambientes simulados, por meio de estações práticas, com listas de verificação e feedback. OBJETIVOS: Avaliar e comparar os conhecimentos teóricopráticos dos estudantes do internato do curso Medicina da UFRN acerca de IOT antes e após o treinamento em ambiente simulado, além de propor um treinamento estruturado em IOT para os estudantes no início do internato em Cirurgia e elaboração de um guia de aula. MÉTODOS: Estudantes do décimo período do curso de medicina da UFRN foram avaliados sobre a técnica de IOT antes e após a realização de um treinamento simulado, com estação prática e lista de verificação. Houve ainda a aplicação de um questionário, nas fases pré e pós, sobre o conteúdo ministrado, a importância do tema e a confiança dos alunos para a realização de IOT. No fim, cada aluno recebeu o feedback individual e os dados foram analisados e comparados, com análise estatística. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após o treinamento, observou-se uma melhora substancial no desempenho dos alunos. No pré-teste, 30,4% dos alunos foram classificados com desempenho insatisfatório na técnica de IOT, contra apenas 1,4% no pós-teste. Para o resultado considerado acima do esperado, este percentual saltou de 26,1% para 88,4%. Além disso, infere-se que houve uma mudança significativa nas respostas do pré e pós-testes em relação ao sucesso na realização da IOT entre os alunos. No pré-teste, 68,2% dos alunos tiveram sucesso, e 31,8% não tiveram. No pós-teste, 89,9% dos alunos obtiveram sucesso na técnica, enquanto apenas 10,1% não conseguiram, com essa mudança sendo estatisticamente significativa (p-valor de 0,0013). Observou-se também um aumento na confiança dos alunos para realizar o procedimento após o período de prática e capacitação. CONCLUSÕES: A instrução prática simulada na técnica de intubação orotraqueal (IOT) revela-se fundamental para a formação dos internos de medicina. A utilização de abordagens metodológicas e simuladores resultou em um aumento notável na competência e autoconfiança dos alunos após a intervenção. Esta forma de abordagem, com a integração de simuladores, está ganhando crescente aceitação na área de ensino médico. Porém, ainda existe uma carência de estudos mais robustos, principalmente em nível nacional, que consigam demonstrar a real vantagem desta técnica.