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Dissertação O comércio de insumos agropecuários como vetor de expansão do uso de objetos técnico-científicos no Rio Grande do Norte(2018-03-19) Nascimento, Welton Paulo do; Azevedo, Francisco Fransualdo de; ; ; Hespanhol, Antonio Nivaldo; ; Morais, Ione Rodrigues Diniz;A partir da década de 1960, com as mudanças ocorridas no contexto produtivo agrícola brasileiro decorrente da Revolução Verde, ocorre a expansão de vetores relacionados ao consumo produtivo agrícola (material e intelectual), sobretudo nas cidades, estas que passam a concentrar empresas de diferentes ramos associadas ao consumo produtivo agrícola. Em decorrência desse processo, um dos vetores que atualmente se destaca no contexto brasileiro, pelos vultosos investimentos de capital nacional ou estrangeiro, é o comércio de insumos agropecuários suprindo parte da demanda da cadeia primária produtiva por objetos técnicocientíficos, com especificidades de acordo com cada área e etapa de produção. É nesse sentido que a presente pesquisa analisou o comércio de insumos agropecuários como vetor de expansão do uso de objetos técnico-científicos no território potiguar, com enfoque aos agentes e processos imbricados a tal dinâmica no território. Para o cumprimento desse objetivo, realizamos pesquisa bibliográfica sobre temas como consumo produtivo agrícola, comércio e diferentes formas de usos do território pela agricultura, pesquisa em documentos e coleta e sistematização de dados secundários em órgãos oficiais como o IBGE, MAPA e BACEN, elementos esses necessários para uma construção metodológica sobre a pesquisa do comércio na perspectiva do consumo produtivo agrícola. As análises realizadas evidenciam que o comércio de insumos agropecuários no Rio Grande do Norte se configura de forma complexa e dotado de especificidades, apresentando maior concentração de relações entre empresas comerciais de insumos agropecuários nas cidades e os agentes produtores nas áreas de maior densidade de produção agropecuária do estado, privilegiando aquelas produções baseadas no uso de insumos que segue a mesma lógica produtiva do agronegócio globalizado, isto é, com uso intensivo e extensivo de tais insumos.Tese A expansão de objetos técnico-científicos-informacionais na fruticultura irrigada do Nordeste semiárido brasileiro e a sujeição da terra camponesa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-22) Nascimento, Welton Paulo do; Azevedo, Francisco Fransualdo de; http://lattes.cnpq.br/2719998085102847; http://lattes.cnpq.br/3074300302594402; Gomes, Iara Rafaela; Gomes, Marcos Antônio Silvestre; Silva, Rafael Pereira da; https://orcid.org/0000-0002-5224-8724; http://lattes.cnpq.br/1214844897671770; Sousa, Silvio Braz deA expansão do uso de objetos técnicos-científicos-informacionais como insumos e máquinas agrícolas na fruticultura irrigada do Nordeste Semiárido se efetiva mediante a constante evolução das demandas associadas ao consumo produtivo agrícola no campo. Essa dinâmica espacial trata-se de uma consequência das transformações nas bases técnicas da agricultura brasileira desde a década de 1960, quando os pacotes tecnológicos da Revolução Verde foram introduzidos no setor. Na região semiárida, essa expansão esteve associada à implementação de perímetros públicos irrigados nos vales dos principais rios, aproveitando as condições ambientais e sociais favoráveis para a produção de frutas destinadas aos mercados nacional e internacional. Atualmente, diversos agentes, processos e eventos contribuem para a disseminação desses insumos e máquinas agrícolas na fruticultura irrigada, de forma a atender as demandas do setor agroindustrial e da agricultura camponesa, mesmo que de forma desigual entre os agentes e sujeitos e no território. Nessa perspectiva, esta tese tem como objetivo principal analisar a expansão do uso de objetos técnico-científicos-informacionais como vetor de sujeição da renda camponesa da terra ao capital no contexto da fruticultura irrigada do Nordeste Semiárido. Para tanto, baseamo-nos nas proposições teórico-conceituais do professor Milton Santos, em especial nos conceitos de espaço e território (a partir da noção de usos do território) e as categorias de análise divisão territorial do trabalho e os pares dialéticos: território como abrigo e como recurso, e território como norma e território normado. Adicionalmente, recorremos às contribuições de Martins (1990) para uma compreensão teórica sobre a sujeição da agricultura camponesa ao capital no âmbito de sua reprodução e de Oliveira (2007, 2014) ao conceituar os processos de territorialização do capital monopolista e monopolização do território pelo capital na agricultura. Do ponto de vista metodológico, vale mencionar a coleta e sistematização de dados do IBGE, em particular o Censo Agropecuário de 2017, a fim de compreendermos a distribuição da produção de frutas no Brasil e no Nordeste Semiárido. Tais dados foram fundamentais também para a condução da pesquisa empírica nas principais áreas de produção de frutas irrigadas da região, nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco e Bahia, incluindo a realização de entrevistas com agricultores camponeses produtores de frutas irrigadas. Como resultado, constatamos que o processo de expansão do uso de objetos técnicos-científicos-informacionais como insumos e máquinas agrícolas configurase como um dos meios através do qual o capital se apropria da renda camponesa da terra associada a fruticultura irrigada no Nordeste Semiárido. Esse processo, ao qual envolve vários agentes e uma base territorial formada por estruturas que viabilizam diferentes modos de reprodução no campo, por vezes contraditórios e complementares, está associado sobretudo ao papel dos atravessadores como agentes indutores do uso dos objetos técnicos a serem utilizados na produção, tendo como base as normas e padrões produtivos de frutas conforme o mercado internacional e na reprodução ampliada do capital na agricultura.TCC O subcircuito espacial da produção da cerveja artesanal no Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-07-10) Zorzi, Milena Fernandes; Azevedo, Francisco Fransualdo de; Barbosa, Jane Roberta de Assis; Nascimento, Welton Paulo doDesde a década de 90, o ramo cervejeiro no Brasil, no que diz respeito ao seu funcionamento e distribuição espacial, tem passado por profundas mudanças, as quais têm acompanhado as transformações provocadas pelo processo de globalização da economia e da sociedade, cada vez mais desejosa de ter acesso a produtos importados e diferenciados: observa-se o aumento na oferta de diferentes tipos de cervejas no país, bem como a implantação de microcervejarias independentes, fabricantes de cervejas artesanais. A produção dessas cervejas, anteriormente circunscrita à Região Concentrada (regiões Sul e Sudeste), vem despertando o interesse de novos empreendedores em regiões do Brasil que nos últimos dez anos não apareciam como produtoras de cerveja artesanal, e que começam a apresentar um crescimento produtor e comercial. Nesse sentido, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA (2017) aponta, por exemplo, uma rápida expansão do segmento de cervejas artesanais brasileiro na região Nordeste. Nesse contexto, o estado do Rio Grande do Norte, no Nordeste brasileiro, aparece com microcervejarias independentes instaladas e ocupa atualmente o segundo lugar, na região, em produtos registrados (MAPA, 2017). É notória a carência de estudos de cunho espacial sobre o segmento cervejeiro no estado, e, diante disso, esta pesquisa busca compreender como se apresenta o subcircuito espacial da produção de cerveja artesanal no Rio Grande do Norte. Para a análise dos circuitos espaciais da produção, corroboram autores como Antonio Carlos Moraes, Milton Santos, Maria Laura Silveira, Ricardo Castillo, Samuel Frederico e Mónica Arroyo. A metodologia empregada consistiu em três fases: revisão bibliográfica relativa aos teóricos e conceitos; pesquisa documental que se debruçou sobre a produção da cerveja artesanal, bem como sobre a base normativa da atividade cervejeira, a partir de dados dos seguintes órgãos: IBGE, ABRACERVA, CERVBRASIL, MAPA e SEBRAE; pesquisa de campo, pela qual foram coletados dados primários, por meio de visitas, entrevistas e questionários. Como resultado, esta pesquisa permitiu compreender que no Rio Grande do Norte se articulam parte dos circuitos espaciais da produção de grandes marcas de cervejas e um subcircuito espacial da produção de cervejas artesanais potiguares, o qual está subordinado ao circuito global do malte, matéria-prima indispensável à produção artesanal, ao mesmo tempo em que está vinculado ao local, por concentrar suas etapas produtivas no território potiguar e, principalmente, pelo fato de os produtores adicionarem ingredientes peculiares, como frutas e ervas nativas, à bebida. Foi possível identificar, até o final de 2019, vinte e cinco marcas independentes e mais de trezentos cervejeiros caseiros dispersos pelo estado. A presente pesquisa lança luz sobre essa nova dinâmica no Rio Grande do Norte, podendo contribuir para o conhecimento e o desenvolvimento da atividade.Tese Turismo, desenvolvimento e pobreza em Moçambique: analisando o caso do Município de Inhambane(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-07) Benjamim, Leonildo Fernando; Azevedo, Francisco Fransualdo de; http://lattes.cnpq.br/2719998085102847; http://lattes.cnpq.br/7901924904741571; Bridi, Guilherme; Silva, Michel Jairo Vieira da; Sitoie, Carlitos Luís; Nascimento, Welton Paulo doNesta pesquisa, analisamos o contributo do turismo na promoção do desenvolvimento e na redução da pobreza no Município de Inhambane (MI). A pesquisa está dentro da perspectiva econômica e problemática, que assevera que o turismo é uma panaceia universal, com capacidade de solucionar todos os desafios sociais e econômicos, assegurando o desenvolvimento por meio da criação de empregos, renda, efeitos multiplicadores, estímulo ao empreendedorismo, entre outros aspectos. Para tal, caracterizamos as dinâmicas do turismo para aferir o estágio atual da oferta turística no MI; apuramos a existência e aplicabilidade de políticas públicas do turismo na promoção do desenvolvimento no MI; pesquisamos a propósito da participação das comunidades locais nos negócios turísticos e no sistema decisório. No aporte metodológico, empregamos a pesquisa bibliográfica e documental, definimos as variáveis da pesquisa, efetuamos a observação não participante e entrevistas exploratórias, basicamente para problematizar e definir um quadro teórico norteador da pesquisa. Aplicamos inquéritos mistos e por entrevista e a observação para a coleta de dados. Adotamos a amostragem intencional para o contato com o governo e por acessibilidade para o contato direto com as comunidades locais das parias da Barra, Tofo, Tofinho e da Cidade de Inhambane. Usamos, igualmente os roteiros de observação sistemática para as variáveis relacionadas com o desenvolvimento com base no turismo no MI. Por fim, analisamos e interpretamos os resultados com base na técnica denominada análise de conteúdo, alicerçada na interpretação reflexiva e crítica; complementarmente, apresentamos os resultados através da tabulação, imagens, trechos de entrevistas e questionários. Nossa análise indica que o turismo tem sua contribuição (embora limitada) no desenvolvimento do MI. Todavia, persistem questões como a centralização e politização da tomada de decisões, restrições à liberdade, precariedade laboral, desrespeito aos direitos dos trabalhadores, informalidade nas economias locais e sem poder negocial, negligência das responsabilidades sociais das empresas e do governo municipal, desemprego sazonal, baixos níveis de instrução, desigualdades sociais, silenciamento das vozes locais, corrupção desenfreada, fraca parceria público-privada, etc. Esses desafios, contrastam com a visão de desenvolvimento defendida nesta pesquisa, que enfatiza o aumento das capacidades para além do aspecto financeiro, para que as comunidades sejam os agentes ou sujeitos-protagonistas do desenvolvimento e não meros objetos vulneráveis que necessitam de assistencialismos e caridade. Pois, a ser assim, a comunidade poderá alcançar níveis superiores de autonomia, qualidade de vida, bem-viver, felicidade e liberdade. Como contributo, a pesquisa tem o potencial, não apenas de acrescentar valor à esfera da resistência e da reflexão alternativa sobre o desenvolvimento, mas também, pode ser um instrumento eficaz para sensibilizar as autoridades sobre a importância de fortalecer e empoderar as comunidades locais por meio do turismo.