Navegando por Autor "Oliveira, Thallys Eduardo Nunes de Araújo"
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Tese A narrativa sem ponteiros: o tempo na ficção romanesca de Moacir Costa Lopes(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-04) Oliveira, Thallys Eduardo Nunes de Araújo; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498; https://orcid.org/0000-0001-5641-0058; http://lattes.cnpq.br/7650668360599466; Santos, Derivaldo dos; Welter, Juliane Vargas; Silva, Gabriella Kelmer de Menezes; Araújo, Lanaiza do Nascimento SilvaA presença do mar na ficção narrativa de Moacir Costa Lopes levou Jorge Amado a chamá-lo, no texto de apresentação de umas das edições de Maria de cada porto, de Romancista do Mar, alcunha pela qual Lopes permanece conhecido até hoje entre seus leitores e os estudiosos de sua obra. Há, contudo, outro título que, com justiça, poderia ser atribuído ao escritor, dada a importância que o elemento que o nomeia assume na ficção por ele produzida: Romancista do tempo. Isso se deve ao fato de Lopes – notadamente em virtude do fascínio que ele afirmou sentir pelo tempo – tê-lo explorado de modo amplo e diverso em suas narrativas, tanto no plano da forma quanto no plano do conteúdo. Nesse sentido, este estudo objetiva analisar a configuração temporal na ficção romanesca do autor e a importância que ela assume para a construção de seus sentidos. Assim, estudamos a categoria narratológica tempo em dois de seus romances – Maria de cada porto (1959) e Belona, latitude noite (1968) –, atentando para: a) o modo como ela se apresenta configurada estruturalmente em cada uma dessas obras e b) o modo como a experiência do tempo, em sua relação com a memória e com a morte, integra o universo representado nas narrativas analisadas. Orientaram nossas considerações os postulados de estudiosos da temporalidade narrativa e de temáticas a ela relacionadas, como os de Genette (2017), de Guida (2013), de Mendilow (1972), de Meyerhoff (1976), de Nunes (1988), de Ricoeur (2010) entre outros.Dissertação "No roldão das horas e do vento": o tempo em A ostra e o vento, de Moacir Costa Lopes(2020-01-31) Oliveira, Thallys Eduardo Nunes de Araújo; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; ; ; Melo Júnior, Orison Marden Bandeira de; ; Welter, Juliane Vargas; ; Santos, Concisia Lopes dos;Moacir Costa Lopes estreou no cenário literário em 1959, com a publicação de Maria de cada porto, romance que explora com profundidade a temática marítima, na época pouco comum nas letras nacionais, foi recebido com apreço pela crítica de então, que destacou, além desse aspecto inovador, o manejo diferenciado a que o autor submeteu a categoria narrativa do tempo. A preocupação com a temporalidade se mostra evidente em toda a literatura de Lopes, podendo-se, inclusive, apontar o uso experimental desse elemento como marca estética da produção ficcional do autor, que procurou manipulá-lo de forma diferenciada em todos os seus romances, ora em maior ora em menor grau. Será em A ostra e o vento (1964), quarto romance de Lopes, que o tempo se insurgirá na narrativa como elemento central, sendo explorado com engenho pelo autor no âmbito estrutural e no âmbito temático. Esta dissertação objetiva analisar o tempo no romance A ostra e o vento, tanto no que diz respeito à configuração estrutural desse elemento na narrativa em questão quanto no que se refere à relação que nela se estabelece entre o tempo e o fantástico, aspectos de absoluto relevo no corpus selecionado. Fundamentam nossa análise os estudos de Gérard Genette (1979), Benedito Nunes (1988) e A. A. Mendilow (1972) acerca do tempo na narrativa; de Tzvetan Todorov (2008) e Remo Ceserani (2006) acerca do fantástico na literatura, além de outros autores. Os resultados da pesquisa apontam para a imprescindibilidade da configuração temporal na construção dos sentidos da obra analisada, já que interfere na composição dos demais elementos estruturantes do texto narrativo (enredo, personagem, espaço e narrador) e da atmosfera fantástica que caracteriza o romance, além de suscitar reflexões acerca do próprio conceito de tempo.