Navegando por Autor "Rocha, Antonio Jhones Lima da"
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Artigo Association between brain morphology and electrophysiological features in Congenital Zika Virus Syndrome: a cross-sectional, observational study(Elsevier, 2020-08) Sequerra, Eduardo Bouth; Rocha, Antonio Jhones Lima da; Medeiros, Galtieri Otavio Cunha de; Moreira Neto, Manuel; Maia, Claudia Rodrigues Souza; Arrais, Nívia Maria Rodrigues; Bezerra, Mylena Taíse Azevedo Lima; Jeronimo, Selma Maria Bezerra; Barros Filho, Allan Kardec Duailibe; Sousa, Patrícia S; Melo, Aurea Nogueira de; Queiroz, Claudio Marcos Teixeira deBackground: Intrauterine infection with the Zika virus (ZIKV) has been connected to severe brain malformations, microcephaly, and abnormal electrophysiological activity. Methods: We describe the interictal electroencephalographic (EEG) recordings of 47 children born with ZIKV-derived microcephaly. EEGs were recorded in the first year of life and correlated with brain morphology. In 31 subjects, we tested the association between computed tomography (CT) findings and interictal epileptiform discharges (IED). In eighteen, CTs were used for correlating volumetric measurements of the brainstem, cerebellum, and prosencephalon with the rate of IED. Findings: Twenty-nine out of 47 (62%) subjects were diagnosed as having epilepsy. Those subjects presented epileptiform discharges, including unilateral interictal spikes (26/29, 90%), bilateral synchronous and asynchronous interictal spikes (21/29, 72%), and hypsarrhythmia (12/29, 41%). Interestingly, 58% of subjects with clinical epilepsy were born with rhombencephalon malformations, while none of the subjects without epilepsy showed macroscopic abnormalities in this region. The presence of rhombencephalon malformation was associated with epilepsy (odds ratio of 34; 95% CI: 2 - 654). Also, the presence of IED was associated with smaller brain volumes. Age-corrected total brain volume was inversely correlated with the rate of IED during sleep. Finally, 11 of 44 (25%) subjects presented sleep spindles. We observed an odds ratio of 0·25 (95% CI: 0·06 - 1·04) for having sleep spindles given the IED presence. Interpretation: The findings suggest that certain CT imaging features are associated with an increased likelihood of developing epilepsy, including higher rates of IED and impaired development of sleep spindles, in the first year of life of CZVS subjectspostGraduateThesis.type.badge Registro e caracterização da atividade eletroencefalográfica associada a microcefalia congênita(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-06-26) Rocha, Antonio Jhones Lima da; Queiroz, Claudio Marcos Teixeira de; Melo, Aurea Nogueira de; Rocha, Anna Karynna Alves de AlencarDurante o biênio dos anos 2015 e 2016, o Brasil sofreu com uma epidemia causada pelo vírus Zika. A incidência de bebês nascidos com microcefalia passou para 56,7 casos por 10.000 nascimentos (2015), índice superior aos 2,2 casos por 10.000 nascidos vivos observados em anos anteriores. Além das más-formações do sistema nervoso, a infecção viral durante o período gestacional leva a lesões de fundo de olho, contraturas articulares e crises epilépticas. Uma vez que o tratamento com drogas antiepilépticas depende do tipo de epilepsia e suas crises, buscamos caracterizar os padrões eletroencefalográficos (EEG) de crianças com microcefalia com o objetivo de compreender a diversidade e complexidade dessa síndrome neurológica e seus correlatos eletrofisiológicos. Para isso, analisamos 71 EEGs, de 50 pacientes sequenciais do ambulatório de pediatria do Hospital Universitário Onofre Lopes (UFRN). Eventos epileptiformes foram observados em 30 pacientes, incluindo predominantemente espículas focais unilaterais (56% da população) e complexos espícula-onda bilaterais (44%). Assimetrias hemisféricas e ondas lentas difusas de alta amplitude foram registradas, assim como padrões de surto-supressão e ponta-onda. Como muitos registros foram feitos durante o período de sono (42/50), quantificamos a frequência, distribuição espacial e potência dos fusos do sono, eventos tálamo-corticais característicos do sono de ondas lentas. Para nossa surpresa, apenas 17 de 42 pacientes (40%) apresentaram fusos do sono (~12 Hz, assimétricos, predominantemente frontais), sendo que destes, 12 não apresentavam qualquer atividade epiléptica (teste Exato de Fisher, p<0.005). Em 31 de 42 (73%), observamos uma oscilação lenta, de ~6 Hz, em regiões frontais, ainda não documentadas.. Esses resultados sugerem que além das más-formações encefálicas, pacientes com infecção congênita com o vírus Zika têm maior chance de exibir epilepsia com crises generalizadas e múltiplos focos epilépticos, além de prejuízo na expressão de fusos do sono. Com isso, reforçamos a importância da realização de registros EEG nesse tipo de paciente, especialmente durante um período do sono, como forma de melhor diagnosticar a epilepsia. Trabalhos futuros mostrarão se a ocorrência de fusos do sono indica alguma correlação com o desenvolvimento cognitivo desses pacientes.Dissertação Ripples e fast ripples na epileptogênese: caracterização das oscilações de alta frequência após o estado epiléptico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-07-30) Rocha, Antonio Jhones Lima da; Queiroz, Claudio Marcos Teixeira de; Aguiar, Cleiton Lopes; Calganotto, Maria ElisaOscilações de alta frequência (HFOs) são oscilações espontâneas (80-500 Hz), transientes e rápidas (20- 100 ms) observadas em estruturas corticais de mamíferos. Registradas principalmente durante o sono de ondas lentas (SWS) e a vigília relaxada, HFOs fisiológicas (ripples, entre 80 e 200 Hz) participam da percepção sensorial e da consolidação de memórias. Paralelamente, HFOs patológicas (acima de 200 Hz) ocorrem em regiões cerebrais envolvidas na gênese de crises em indivíduos com epilepsia. No presente trabalho, nós usamos registros eletrofisiológicos e um modelo animal de status epilepticus (SE) para estudar a expressão de HFOs associadas à epileptogênese em camundongos. Os animais foram implantados com eletrodos profundos, bilaterais, no hipocampo e córtex retrosplenial. Implantamos ainda uma cânula-guia no hipocampo dorsal direito para administração local de pilocarpina. Após o registro eletrofisiológico do ciclo sono-vigília (período basal; mínimo 2 dias, 5 h/dia), os animais receberam uma dose única, intrahipocampal, de pilocarpina (560 µg/sítio em 800 nL) para a indução do SE durante registro vídeo-eletrofisiológico. Após o SE, os animais foram registrados em quatro momentos do tempo: um dia após o SE (SE+1), dois dias após o SE (SE+2), entre 7-14 dias após o SE (SE+7) e entre 15-30 dias após o SE (SE+30). Os registros foram processados para identificar ripples e HFOs patológicas em janelas de sono de ondas lentas e das duas horas iniciais do SE, respectivamente. Nós identificamos 1.689 ripples, detectados em 6 animais. Observamos que a taxa dos ripples diminuiu após o SE (F[4,20]=4.34, p=0.01; ANOVA), assim como a frequência de oscilação dos ripples (F[4,20]=5.39, p=0.003; ANOVA). Não identificamos diferenças estatísticas quanto a potência e a duração dos ripples após o SE. Interessantemente, observamos uma correlação significativa entre a redução da frequência dos ripples e a severidade do SE (SE+2, R=-0.82, p=0.05; Spearman), assim como entre a taxa dos ripples e a severidade do SE (SE+2, R=-0.94, p=0.01; Spearman). Quanto aos eventos patológicos, não identificamos uma única oscilação acima de 200 Hz no período basal. Curiosamente, HFOs patológicas foram detectadas a partir dos primeiros segundos da primeira crise do SE, em todos os animais registrados (N=6). Eventos similares foram detectados no dia SE+1 em dois animais. Na maioria dos casos, as HFOs patológicas ocorreram acopladas com espículas ictais de alta amplitude. As HFOs patológicas apresentaram frequência de oscilação (t(38)=-8.8, p< 0.001;), potência (t(38)=-15.5, p< 0.001) e duração (t(38)=-4.6, p< 0.001, testes t de Welch) maiores quando comparadas com os ripples. Até onde sabemos, este trabalho é o primeiro estudo a descrever extensivamente a evolução do perfil eletrofisiológico dos ripples durante a epileptogênese. Nossos resultados mostram que as alterações vistas nos ripples são parcialmente explicadas pela severidade do SE. Também mostramos que HFOs patológicas ocorrem segundos após o início o SE, sugerindo que essas oscilações não necessitam de reorganização estrutural para sua expressão. Nossa hipótese é que HFOs patológicas resultem da despolarização sustentada de uma população neuronal cuja inibição recorrente (feedback) está funcional, contribuindo com disparos de potenciais de ação sincronizados em uma população neuronal. Em conjunto, observamos que tanto ripples quanto HFOs patológicas apresentam dinâmicas distintas, durante e após o SE, que podem auxiliar na compreensão da evolução temporal da epilepsia.