Navegando por Autor "Santos, Simone Cabral Marinho dos"
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Tese Experiências escolares vividas no campo e por crianças do campo(2018-02-21) Nascimento, Gilcilene Lélia Souza do; ; ; Xypas, Constantin; ; Souza, Elizeu Clementino de; ; Cunha, Marlecio Maknamara da Silva; ; Silva, Rosalia de Fátima e; ; Santos, Simone Cabral Marinho dos; ; Barbosa Júnior, Walter Pinheiro;Esta Tese em Educação discorre sobre as experiências escolares de crianças em processo de escolarização, com início nos anos 2010; de jovens universitários que viveram, quando crianças, experiências de escolarização no campo, nos anos 1990- 2000, e da própria pesquisadora que cresceu num emaranhado de relações com o campo a partir de 1990. Considerando que as crianças e as escolas do campo carregam consigo visões estereotipadas que homogeneízam o povo do campo, como atrasado, ingênuo, com pouca capacidade de estudar, de aprender e se desenvolver intelectualmente; adotou-se a perspectiva da pesquisa com os participantes, e não sobre eles. O estudo tem como objetivo central analisar o sentido da escola para esses participantes que vivenciaram sua escolarização no campo em tempos diferentes: “tempo do êxodo”, “da mobilidade” e “da conectividade”. A perspectiva adotada é a de triangulação das fontes. Parte-se da seguinte indagação investigativa: O que dizem as crianças e jovens universitários, narrativamente, sobre sua escolarização no campo é “digno” de interesse para a pesquisa educacional? A investigação tomou por base os princípios teóricos e práticos da pesquisa (auto) biográfica em Educação (PASSEGGI e SOUZA, 2017; DELORY-MOMBERGER, 2008, 2012b; FERRAROTTI, 1988, 2014; FINGER, 2014; BERTAUX, 2010); das narrativas infantis (BRUNER, 1997; CRUZ, 2008; DE CONTI e PASSEGGI, 2014; PASSEGGI, 2010); da educação do campo (ARROYO, CALDART e MOLINA, 2004; DAMASCENO e BESERRA, 2004; SOUZA 2012; LEITE, 1999); da cultura escolar (BARROSO, 2012; DELORY-MOMBERGER, 2008; CHARTIER, 2005); e da Sociologia do Improvável (XYPAS, 2017, LAHIRE, 1997; ASTIGARRAGA e PASSEGGI, 2012). A escuta sensível dos participantes guiou a metodologia de rodas de conversa (PASSEGGI et. al., 2012; 2014; BARBIER, 1998; FERNANDES, 2016; FRANCISCHINI e FERNANDES, 2016) e de entrevistas narrativas (SCHÜTZE, 2010; JOVCHELOVITCH e BAUER, 2014), respeitando sua condição de seres criativos, dotados de habilidades narrativas para refletir sobre suas experiências de vida. As análises permitiram depreender o sentido que atribuem à escola em suas narrativas. Para além da percepção tradicional da escola como lugar de passagem e de promessas futuras que atravessa o discurso dos narradores dos diferentes tempos, apreendemos o anseio de um povo por melhores condições de vida, igualdade de oportunidades, reconhecimento, valorização e inclusão social. A escola não é tão somente um sistema organizacional, pedagógico, sociopolítico, alheio à constituição da dimensão subjetiva dos que nela vivem e interpretam o que nela fazem. Defendemos que a escola do campo tem por missão promover condições de concretização desse anseio, começando por dialogar com as culturas que se encontram em seu espaço, e se tornar mobilizadora, reivindicadora e promotora do desenvolvimento e valorização do povo do campo e dos territórios que habitam. Concluímos que esta Tese traz contribuições teóricas e metodológicas para a compreensão de crianças e adolescentes, enquanto seres reflexivos, críticos e mobilizadores de conhecimentos. Relativiza, portanto, imagens estereotipadas, discutindo trajetórias exitosas de jovens universitários, que vencendo adversidades se desenvolveram intelectualmente, abrindo perspectivas para o interesse da pesquisa sobre as experiências contadas pelos narradores da escola do campo para repensar as políticas educacionais, voltadas para a zona rural. São achados que permitem reorganizar e reconstruir as práticas educativas cotidianas da escola do campo, que deem conta do emaranhado de culturas que adentram esse lugar, investigando os contatos do povo do campo com mundos circunvizinhos com os quais se mantém, atualmente, em conexão.Tese Nas veredas por reconhecimento social: o papel da educação na desconstrução da inferioridade dos sujeitos do campo.(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-04-13) Santos, Simone Cabral Marinho dos; Germano, José Willington; ; alineguimaraes@hotmail.com; ; http://lattes.cnpq.br/6921624271452465; Paiva, Irene Alves de; ; http://lattes.cnpq.br/7842254018559167; Lindozo, José Antonio Spinelli; ; Toscano, Geovânia da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/5215765397026167; Ramos, Maria da Conceição PereiraNa travessia por novas veredas da pesquisa acadêmica, impõe-nos o desafio de investigar alternativas que conduzem o horizonte de possibilidades concretas de uma educação pautada na dinâmica de organizações e movimentos que participam da luta por um projeto de reconhecimento social e desconstrução da inferioridade dos sujeitos do campo. O cenário de participação da vida dos que integram a pesquisa como pesquisados e pesquisador é o Território Sertão do Apodi, localizado no estado do Rio Grande do Norte, cuja escolha empírica foi motivada pela forte presença e participação de movimentos sociais no campo. A proposta é investigar possibilidades e desafios de práticas e ações educativas na e fora da escola que procuram reconhecer e dar visibilidade aos sujeitos sociais do campo no referido Território. Assim, será objeto de nossa investigação o espaço de tomada de decisões e de organização de institucionalidade territorial através da atuação do Colegiado do Território do Sertão do Apodi e as práticas educativas resultantes de demandas das ações territoriais, tanto escolares como não escolares. A literatura na qual sedimentamos as bases teóricas fundamentais desta pesquisa é de Axel Honneth (2001; 2003), associada ao pensamento de Boaventura Santos (2003; 2008a), Jesse Souza (2003, 2006) e Milton Santos (2006, 2007, 2009). Vale destacar, ainda, a interlocução com a narrativa de Guimarães Rosa, através da obra Grande Sertão: Veredas, perpassando todo o conjunto do texto. Com essa intencionalidade, procuramos defender que uma perspectiva de educação destinada aos sujeitos do campo deve se pautar na superação da condição de invisibilidade social, a que estes estão submetidos, por meio de uma postura de reconhecimento social que se firma no exercício da democracia participativa e na reparação de desigualdades sociais. Para tanto, são muitos os desafios e as vulnerabilidades desse processo; daí, abrirmos veredas para o reconhecimento do papel da educação no fortalecimento das identidades sociais, ao situar o sujeito socialmente, permitindo que se localize em um determinado grupo social, frente aos saberes construídos na sociedadeDissertação O projeto político pedagógico na perspectiva da educação em direitos humanos(2018-02-05) Guedes, Josenilson Viana; Garcia, Luciane Terra dos Santos; ; ; Dias, Adelaide Alves; ; Queiroz, Maria Aparecida de; ; Silva, Rosalia de Fátima e; ; Santos, Simone Cabral Marinho dos;Este estudo tem como objeto o projeto político-pedagógico (PPP) de uma escola de ensino fundamental na perspectiva da educação em direitos humanos e formação para a cidadania. A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Professora Emília Ramos (EMPER), localizada no bairro de Cidade Nova, situada em Natal, Rio Grande do Norte. Teve como objetivo analisar a participação dos sujeitos escolares no PPP (2015-2016) da escola, na perspectiva da promoção de uma educação em direitos humanos e formação para a cidadania, tomando como categorias de análise a participação, a diversidade e o direito à aprendizagem. O materialismo históricodialético orientou a construção do estudo e, como procedimentos de pesquisa, tomou-se a análise da literatura e documental, além da entrevista semiestruturada. Pretendemos com esse estudo contribuir para a produção do conhecimento na área da educação, articulando, especificamente, a discussão sobre o projeto político-pedagógico com a educação em direitos humanos. Constatamos que a discussão sobre educação em direitos humanos ainda é pouco explorada na rede municipal de ensino de Natal, no entanto, apesar das restrições do PPP da escola campo de pesquisa no que se refere à educação em direitos humanos, houve participação coletiva na produção desse projeto que suscita a busca dos sujeitos para compreender e intervir na vida escolar. Ademais, os profissionais da escola se empenham para que os estudantes se posicionem acerca de seus direitos e responsabilidades, o que, entre outros aspectos, sinaliza a promoção de processos educacionais na perpectiva da educação em direitos humanos.Tese Redes de informação e sociabilidade de jovens da região do Seridó Potiguar(2018-08-01) Silva, Jeremias Alves de Araújo e; Paiva, Irene Alves de; ; ; Santana, Gilmar; ; Silva, Josimey Costa da; ; Barbalho, Alexandre Almeida; ; Santos, Simone Cabral Marinho dos;Nas últimas décadas, presenciamos mudanças significativas nas relações sociais, possibilitadas pela disseminação da internet e pela criação e atualização constante de ferramentas de comunicação. Neste “admirável mundo conectado”, a forma como compreendemos as categorias espaço e tempo se modificou, havendo um encolhimento do espaço e a aceleração do tempo, causados pelo desenvolvimento das tecnologias dos transportes e comunicação. (CASTELLS, 2001; HARVEY, 2014). Nesse contexto, surge o desenvolvimento das redes de informação, que possibilitaram a existência de uma cultura no espaço virtual, a cibercultura. Os jovens são atores fundamentais neste processo, contribuindo com a criação da internet e para o surgimento de uma cultura do virtual. A juventude se reinventa a partir das possibilidades que surgem em decorrência destas transformações sociais, uma vez que as novas gerações são socializadas em uma realidade marcada pelo espaço de fluxos da rede. Neste trabalho, nos interessa compreender como os jovens da região do Seridó potiguar se apropriam dessa realidade, e de como isso reflete na sua sociabilidade. Partimos da ideia de que o acesso aos bens tecnológicos é determinante para o acesso aos espaços virtuais nos quais se desenvolvem as relações sociais dos jovens. A nossa pesquisa se desenvolveu no Campus Avançado Parelhas, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande no Norte – IFRN, no período compreendido entre janeiro de 2017 e junho de 2018. Inicialmente, aplicamos questionário com 76 jovens, alunos da instituição, advindos de seis cidades da região. A partir da análise destes dados, elaboramos um roteiro para entrevistas realizadas, posteriormente, com dez jovens. Buscamos compreender as relações estabelecidas nas redes através do acesso aos bens tecnológicos. O campo da pesquisa foi o ambiente escolar, espaço que consideramos um grande nó da rede de sociabilidade dos jovens. Constatamos que o acesso aos bens tecnológicos é determinante para o lugar social dos jovens; que o espaço geográfico não é determinante no estabelecimento nas suas relações sociais, que se estabelecem em grande parte no ambiente virtual. Seus projetos para o futuro, bem como a sua visão da sociedade, em grande parte se estabelecem no ambiente da cibercultura, a partir do qual se organizam e buscam referências para a construção dos seus modos de vida.