Navegando por Autor "Souza, Zorano Sérgio de"
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Dissertação O Batólito Catolé do Rocha (RN-PB): reavaliação de um magmatismo granítico de tipo-A no Domínio Rio Piranhas Seridó, Província Borborema, NE do Brasil(2020-01-31) Oliveira, Robson Rafael de; Vilalva, Frederico Castro Jobim; ; ; Florisbal, Luana Moreira; ; Souza, Zorano Sérgio de;O Batólito Catolé do Rocha (BCR) está inserido no contexto geológico da porção centronorte da Província Borborema (NE Brasil), oeste do Domínio Rio Piranhas Seridó e é um importante representante do evento tectono-magmático que acometeu essa unidade geotectônica durante o Ciclo Brasiliano (ca. 571 ±3 Ma). O BCR é composto por sienogranitos a quartzo sienitos de caráter metaluminoso a ligeiramente peraluminoso, com razão A/CNK < 1,03 e coríndon normativo <0,3% nas fácies mais evoluídas, rochas básicointermediárias e, de forma subordinada, diques e/ou bolsões de microgranitos. Todo o conjunto é intrusivo em rochas paleoproterozoicas do Complexo Caicó e da Suíte Poço da Cruz. O BCR tem sido considerado como integrante da suíte granítica cálcio-alcalina de alto K porfirítica nesta porção da Província Borborema, que engloba granitos com afinidades mais próximas aos de tipo-I. Contudo, são diversas as evidências litoquímicas que relacionam o BCR aos denominados granitos de tipo-A. Este trabalho apresenta uma revisão da geologia, petrografia, mineralogia e química (rocha-total e química mineral) do BCR visando melhor definir sua classificação química e tipológica. Os granitos do BCR apresentam afinidade álcali-cálcica a alcalina, caráter ferroano, com alta razão Fe/Mg, além de concentrações significativas de elementos litófilos de raio grande (LILE) e de alto potencial iônico (HFSE) e enriquecimento de terras-raras leves em relação aos pesados (15,53Dissertação Caracterização do metamorfismo de contato provocado pelo plutão ediacarano Tororó, NE do Brasil(2017-02-21) Chagas, Cleber Felix das; Souza, Zorano Sérgio de; ; http://lattes.cnpq.br/1259445348649589; ; http://lattes.cnpq.br/3700339208639557; Lins, Fernando Antonio Pessoa Lira; ; http://lattes.cnpq.br/9090815121890821; Mariano, Gorki; ; http://lattes.cnpq.br/9480872229631779O nordeste da Província Borborema é marcado por um volumoso plutonismo Neoproterozóico de composição básica a ácida, intrusivo nas rochas metassupracrustais do Grupo Seridó. Nesse contexto, o plutão Totoró, localizado a NW de Currais Novos/RN, está associado lateralmente a zona de cisalhamento Serra da Seriema, alongado na direção SSW-NNE. O plutão compõe-se de uma sequência de tipos básicos a intermediários, sendo os mais precoces dioritos e gabro-noríticos, sucedidos por granodioritos / tonalitos (fácies predominante), biotita granitos equigranulares, biotita granitos porfiríticos e granitos finos a médios hololeucocráticos. O mapeamento geológico e a análise microscópica permitiram visualizar expressiva variação mineralógica em micaxistos encaixantes a diferentes distâncias do contato da intrusão. Isto se reflete em paragêneses metamórficas comportando diferentes proporções de cordierita, andaluzita, granada e sillimanita, além de micaxistos migmatizados incluindo restos de paleossoma, e leucossomas de composição trondhjemítica, caracterizando uma extensa auréola metamórfica que pode se estender até cerca 2 km do contato. Cálculos termobarométricos mostraram que a temperatura de colocação do magma variou de 800-900ºC com pressões de 1,5-2,7 kbar. Modelamentos baseados em dados de condutividade térmica de rochas mostram que a temperatura no contato atingiu 688-756°C, com o calor produzido pelo plutão mantendo temperatura de cerca de 500ºC até 1800 m da borda da intrusão, além de estimativa de resfriamento de 365 mil anos. Os resultados obtidos para o plutão Totoró em comparação com outros corpos granitoides a norte do Lineamento Patos revelam que pelo menos parte dos batólitos granitoides ediacaranos se posicionaram em níveis crustais relativamente rasos sob condições de alto gradiente geotérmico, mas ainda registrando a fase de arrefecimento da tectônica dúctil transpressiva regional.TCC Caracterização geológica de rochas carbonáticas no Núcleo Arqueano São José do Campestre (RN), NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-12) Souza, Ariana Laís Oliveira de; Souza, Zorano Sérgio de; Srivastava, Narendra Kumar; Sá, Jaziel MartinsA área de estudo está localizada na porção leste do estado do Rio Grande do Norte, inserida no contexto geodinâmico da Província Borborema, no Maciço São José do Campestre (MSJC), o qual contém um dos mais antigos segmentos crustais reconhecidos na Plataforma Sul-Americana, com rochas arqueanas (3,4-2,7 Ga) e paleoproterozoicas (2,23-2,11 Ga). No MSJC, ocorrem rochas metassupracrustais, a exemplo de paragnaisses, raros corpos de rochas carbonáticas, formações ferríferas bandadas e diferentes gerações de metaplutônicas. Este trabalho objetiva estudar uma sequência de rochas carbonáticas (chamado na região de Serrote Preto) quanto aos seus aspectos geológicos e petrográficos, que ainda são pouco conhecidos. Assim, o foco do trabalho envolve a definição da gênese dessas rochas, já que existem interpretações de que seriam carbonatitos (magma gerado no manto superior) ou mármores (de protólito sedimentar). Para cumprir com o objetivo, foram conduzidos um levantamento bibliográfico inicial, seguido de interpretação de imagens de sensores remotos, atividade de campo para coleta de amostras e de parâmetros estruturais, além de descrições petrográficas. O estudo permitiu classificar as rochas carbonáticas do Serrote Preto como metacalcários, provavelmente afetados pelos eventos deformacionais D2 – que resultou na recristalização dos grãos carbonáticos, formação de novas associações minerais e uma estrutura de baixo ângulo – e posteriormente pelo evento defermacional D3 (Neoproterozoico). Este evento, por sua vez, resultou no dobramento da foliação S2 gerando uma macro dobro do tipo antiforme com eixo de dobra NNW-SSE mergulhando para NW. A presença de uma intrusão granítica sin- a tardi-D3 que ocorre truncando a foliação S2, demarca a intensificação de processos hidrotermais, marcados principalmente por venulações carbonáticas que cortam essas rochas. Os ortognaisses da Unidade Serra Caiada constituiriam, provavelmente, o embasamento sobre o qual se depositou a lama carbonática do mar raso pós-Arqueano.Tese Cartografia dos enxames de diques máficos da Província Borborema com base em dados aerogeofísicos e mapas auto-organizáveis(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-04-30) Melo, Alanny Christiny Costa de; ; http://lattes.cnpq.br/8279954644750743; ; http://lattes.cnpq.br/6542699550245691; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; Souza, Zorano Sérgio de; ; http://lattes.cnpq.br/1259445348649589; Carneiro, Cleyton de Carvalho; ; http://lattes.cnpq.br/2853220869923540; Archanjo, Carlos José; ; http://lattes.cnpq.br/0302090618069167O mapeamento de enxames de diques vem sendo utilizado no estudo de processos tectônicos que culminam em rifteamento continental, especialmente em suas fases iniciais e intrusão de magma. Sendo assim, enxames de diques se tornaram elementos chave para estudar a atividade de plumas do manto, grandes províncias ígneas (LIP’s) e fragmentação continental. Dados magnéticos aerotransportados são eficaz para determinar a extensão de enxames de diques em escala continental devido ao expressivo contraste magnético entre corpos magmáticos e rochas hospedeiras. No entanto, muitas características geológicas exibem padrões magnéticos semelhantes, tornando a interpretação qualitativa dos mapas de anomalias magnéticas bastante subjetiva e ambígua. Para melhorar e otimizar o mapeamento preditivo de enxames de diques, esta pesquisa apresenta uma análise multivariada de levantamentos geofísicos aerotransportados, aplicando a técnica Mapas Auto-Organizáveis (SOM), com a adoção de duas variáveis magnéticas e três variáveis gama-espectrométricas. O método SOM foi aplicado para investigar um conjunto de enxames de diques máficos cretáceos, que intrudiram a Província Borborema (PB), a Bacia do Parnaíba (BP) e o Cráton do São Francisco (SFC) no NE do Brasil. Esses diques fazem parte de um vasto evento magmático associado à ruptura do supercontinente Pangeia, que formou o Oceano Atlântico Equatorial no Cretáceo (145-100 Ma), denominado EQUAMP. Inicialmente, os parâmetros SOM foram definidos, executando o algoritmo em uma área representativa na parte central da PB. Esta área de treinamento funcionou como uma configuração padrão dos parâmetros do SOM, a partir do qual todos os dados da área foram processados. A análise semiautomática do SOM identificou sete populações diferentes, de acordo com as características encontradas nas cinco variáveis geofísicas de entrada. Duas dessas populações estão associadas aos diques máficos, reduzindo a subjetividade da interpretação dos diques a partir da simples observação das anomalias magnéticas. Essas populações representam alto erro de quantização do SOM, o que significa que esses grupos representam os dados mais anômalos, evidenciados no conjunto de dados aerogeofísicos. Esses resultados foram validados durante o trabalho de campo, revelando que os enxames de diques ocorrem de forma mais ampla do que se conhecia anteriormente, em todo a PB, intrudindo também o SFC, e revelando algumas ocorrências de diques intrudindo o preenchimento sedimentar paleozoico da borda leste da BP. Em um segundo momento, técnicas de realce de anomalias foram também aplicadas aos dados magnéticos para obter a distribuição espacial dos diques e estimar a profundidade das fontes causativas das anomalias. Uma análise estrutural foi realizada integrando padrões magnéticos, dados de campo e uma compilação de mapas geológicos anteriores para descrever a distribuição detalhada dos enxames de diques na PB. Nossas análises demonstram que os enxames de diques se estendem por 6,8 x 106 km2. Os 1388 diques máficos mapeados estão agrupados em três enxames distintos: 1135 - Rio CearáMirim (RCM); 168 - Canindé (CD); e 86 - Riacho do Cordeiro - (RC). Os enxames de diques mostram três tendências preferenciais para E-W, NW-SE e NE-SW. Os enxames invadem as unidades do embasamento pré-cambriano e bordejam as bacias sedimentares do Cretáceo. A distribuição espacial e a análise estrutural dos diques permitiram estabelecer o campo de paleotensão ativo no momento da intrusão. Para o RCM, as trajetórias de paleotensão representam uma extensão N-S, rotacionando para NW-SE na porção oeste do enxame. Já para CD, a orientação de paleotensão demonstra uma extensão NW-SE rotacionando para NE-SW. Enquanto para o RC, as trajetórias se mostram semelhantes às traçadas para o RCM, apresentando uma extensão NW-SE predominante.TCC Controle tectônico e efeito de contato do Plug Básico Baixa do Meio (Pedro Avelino, RN) em arenitos da formação Açu, Bacia Potiguar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-12-19) Bezerra, Gustavo Brito; Souza, Zorano Sérgio de; Vieira, Marcela Marques; Galindo, Antonio CarlosO nordeste brasileiro foi palco de três grandes eventos magmáticos básicos intrusivos, que afetaram as rochas sedimentares da Bacia Potiguar e região, durante a deposição dos seus sedimentos. Um desses eventos, conhecido como Magmatismo Macau, que aconteceu durante o cenozóico resultou em um plug, denominado Baixa do Meio devido ao terreno do sítio onde aflora. Os efeitos térmicos ocasionados por essa intrusão levaram a formação de buchitos, rochas resultantes de condições pirometamorficas específicas, baixa pressão e altas temperaturas, na fácies metamórfica sanidinito. O plug apresenta basalto e diabásio na parte central. Ele não ultrapassa 30 m de área exposta, possui uma geometria elíptica orientada na direção NW-SE, concordante com a direção dos sistemas de falhas dos lineamentos Afonso Bezerra. O trabalho teve como objetivo caracterizar esses efeitos causados na rocha encaixante, por meio de análise de lineamentos de fotografias aéreas, visitas a campo, análise meso e microscópica de amostras coletadas, e dados existentes de pesquisas realizadas anteriormente na área. Com as análises petrográficas foi possível identificar as fraturas geradas pela compactação dos grãos, a diminuição da porosidade, fusão parcial e/ou recristalização dos minerais menos resistentes e a formação de vidro vulcânico na matriz, fatores esses mais evidentes quanto mais próximos da intrusão. A auréola térmica sobre os arenitos mostra, em mapa, espessura variável, sendo menor que 5 m no contato oeste, e passando a 50 m e 60 m a leste e norte, respectivamente, do plug. Assume-se que as condições presentes variaram de 800 a 1100oC e não ultrapassaram 0,5 kbar nas regiões mais fortemente afetadas, devido a área de atuação do pirometamorfismo.TCC Efeito termal de intrusões básicas cenozóicas em rochas carbonáticas da formação Jandaíra, Bacia Potiguar - RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-12-05) Silva, Genilson Ribeiro da; Souza, Zorano Sérgio de; Srivastava, Narendra Kumar; Vilalva, Frederico Castro JobimA Bacia Potiguar, localizada no extremo NE do Brasil, na mesorregião Agreste Potiguar, possui um expressivo volume de corpos intrusivos básicos relacionados ao magmatismo meso-cenozoico: Rio Ceará Mirim, Serra do Cuó e Macau. A área do trabalho está a cerca de 122 km da capital Natal, situada entre os municípios de Jandaíra e Pedro Avelino, no Estado do Rio Grande do Norte. O presente trabalho se propõe a estudar o efeito termal causado pelo plug básico do assentamento Nova Conquista nas rochas encaixantes calcárias da Formação Jandaíra, porção emersa da Bacia Potiguar, em termos da petrografia e das texturas das rochas que ocorrem ao entorno da auréola termal. Os efeitos termais tiveram sua extensão inferida através de relações de contato em escala métrica a decamétrica, no entanto tal extensão pode ser melhor definida em estudos petrofísicos mais aprofundados. Nos arenitos, tais efeitos resumiram-se a geração de textura vítrea e minerais pirometamórficos; já os efeitos termais descritos em calcários foram a recristalização termal, formação de textura granoblástica e destruição de microfósseis, além de reduções na porosidade e na permeabilidade destes calcários.Tese Efeito térmico provocado pelo pluton ediacarano Umarizal em rochas do Grupo Seridó (RN): implicações estruturais, mineralógicas e petrofísicas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-17) Valcácio, Samir do Nascimento; Souza, Zorano Sérgio de; ; http://lattes.cnpq.br/1259445348649589; ; http://lattes.cnpq.br/0427498123851341; Vilalva, Frederico Castro Jobim; ; http://lattes.cnpq.br/6227637633613443; Moreira, José Antônio de Morais; ; Trindade, Ricardo Ivan Ferreira da; ; http://lattes.cnpq.br/3934334115083849; Neves, Sérgio Pacheco; ; http://lattes.cnpq.br/7440413221171078A porção nordeste da Província Borborema (PB), no nordeste do Brasil, caracteriza-se por um volumoso magmatismo Ediacarano intrusivo no embasamento gnáissicomigmatítico paleoproterozoico (Complexo Caicó) e em rochas metassupracrustais neoproterozoicas (Grupo Seridó). Neste contexto, o pluton Umarizal, foco deste trabalho, é classificado dentre os tipos magmáticos ediacaranos como Suíte Alcalina Charnoquítica (AlcCh). O objetivo principal desta pesquisa é a reavaliação de interpretações prévias através da aquisição de novos dados de campo e geoquímicos, reavaliação do mecanismo de alojamento, datação do evento plutônico e sua eventual cronocorrelação com o metamorfismo de contato nas unidades encaixantes, e o modelamento termal do resfriamento do magma. Os resultados obtidos permitiram compreender aspectos evolutivos da suíte magmática, composta por três fácies petrográficas distintas, sendo as fácies Umarizal e Ação restritas ao pluton Umarizal e a fácies Lagoa encontrada como intrusões menores no pluton Tourão e corpos satélites. De forma geral, a Suíte AlcCh é formada por quartzo sienitos e quartzo monzonito e seus equivalentes charnoquíticos. Em termos estruturais, o pluton principal está alojado entre as zonas de cisalhamento transcorrentes Portalegre (ZCPa) e Frutuoso Gomes (ZCFG), de direções NE-SW e NWSE, respectivamente. Critérios cinemáticos sugerem que estes cisalhamentos tiveram movimentações sucessivas, iniciando com rejeito transcorrente sinistrogiro (ZCPa) e extensional (ZCFG) durante a colocação magmática, finalizando com transcorrência dextrogira (ZCPa) e empurrão (ZCFG). A colocação do magma Umarizal produziu uma auréola termal de até 2 km de largura em rochas encaixantes da Formação Jucurutu, com associações metamórficas do tipo Buchan, registradas em andaluzita + sillimanita em paragnaisse, escapolita em gnaisse calciossilicático e flogopita em mármore. Uma idade U-Pb em zircão de 583 ± 1,8 Ma, obtida em zircões de um neossoma, é similar, dentro da faixa de erro, às idades U-Pb em zircão dos plutons intrusivos Tourão (589,3 ± 4.4 Ma) e Umarizal (587,2 ± 2,3 e 563,7 ± 6,2 Ma). Variações modais e litogeoquímicas configuram duas suítes para a série AlcCh, uma de provável derivação mantélica (gabro-noritos, anortositos) e outra crustal (granitos e charnoquitos), caracterizando, assim, uma associação do tipo anortosito - mangerito – rapakivi-granito – granito. Variações mineralógicas desde as fácies menos diferenciadas até as mais evoluídas sugerem condições predominantemente anidras (faialita, hiperstênio, diopsídio-hedenbergita) no início da cristalização a subsaturadas em água no final, favorecendo a formação de hornblenda e biotita. As condições iniciais do magma charnoquítico indicam controle pelo tampão faialita-magnetita-quartzo, com pressões de ~9 kbar e temperaturas na ordem de 900-1100 °C. Por outro lado, dados geotermobarométricos utilizando Al-em hornblenda permitiram calcular condições aproximadas de 4,5 ± 0,6 kbar e 755 ± 32 °C para o estágio final de cristalização e alojamento. A integração de dados mineralógicos e petrofísicos das unidades plutônicas e das rochas de contato permitiu modelar o resfriamento do magma, sendo coerente com condições de alto gradiente geotérmico (40 oC/km), pico do metamorfismo termal em 15.000 - 80.000 anos após o alojamento e estendendo-se a 2 km do contato. Considerando a existência de inúmeros outros corpos batolíticos de mesma idade nesta parte da PB, é possível que o Ediacarano tenha sido um período de extensivo aquecimento crustal sob condições de alto gradiente geotérmico, possivelmente pelo calor aportado por underplating de magmas máficos (gabronoríticos).Artigo Electron microprobe dating of monazite from high-T shear zones in the São José de Campestre Massif, NE Brazil(Elsevier, 2006-06) Souza, Zorano Sérgio de; Montel, Jean-Marc; Gioia, Simone Maria Lima Costa; Hollanda, Maria Helena Bezerra Maia de; Nascimento, Marcos Antonio Leite do; Sá, Emanuel Ferraz Jardim de; Amaro, Venerando Eustáquio; Pimentel, Márcio Martins; Lardeaux, Jean-Marc; Veschambre, MichelleThe easternmost domain of the Borborema Province, northeastern Brazil, presents widespread, extensional-related high-temperature metamorphism during the Brasiliano (=Pan-African) orogeny. This event reached the upper amphibolite to granulite facies and provoked generalized migmatization of Proterozoic metapelitic rocks of the Seridó Group and tonalitic to granodioritic orthogneisses of the Archean to Paleoproterozoic basement. We report new geochronological data based on electron microprobe dating of monazite from metapelitic migmatite and leuconorite within the high-T shear zones that make up the eastern continuation of the huge E–W Patos shear belt. These data were also constrained by using the Sm–Nd isotopic systematic on garnet from a syntectonic alkaline granite and two garnet-bearing leucosomes. The results suggest an age of about 578 to 574 Ma for the peak of the widespread high-T metamorphism. This event is best recorded by Sm–Nd garnet-whole rock ages. The U–Th–Pb isotopes on monazite of the metapelitic migmatite show a younger thermal event at 553 ± 10 Ma. When compared to the Sm–Nd garnet-whole rock ages, the U–Th–Pb electron probe monazite ages seem to record an event of slightly lower temperatures after the peak of the high-T metamorphism. This may reflect the difference in the isotopic behavior of the geochronological methods employed. Otherwise, the U–Th–Pb ages on monazites could indicate an event not yet very well defined. In anyway, this paper reveals the partial or even complete re-opening and resetting of the U–Th–Pb isotopic system produced by the action of low-T Ca-rich fluid.Dissertação Estilo estrutural e contexto tectonoestratigráfico do Grupo Ubajara no NW do Ceará(2018-09-03) Souza, Roanny Assis de; Jardim, Emanuel Ferraz; ; ; Medeiros, Vladimir Cruz de; ; Souza, Zorano Sérgio de;O Grupo Ubajara é uma unidade metassedimentar neoproterozoica (ediacarana), de baixo grau metamórfico, que aflora adjacente ao Lineamento Transbrasiliano, no NW do Ceará. Esse lineamento corresponde a uma megazona de cisalhamento com direção NE, com rejeito direcional dextral. O Grupo Ubajara faz parte do Domínio Médio Coreaú, sendo totalmente delimitado por zonas de cisalhamento de média a baixa temperatura, seja com o Grupo Martinópole (também de idade neoproterozoica, criogeniano, deformado em grau metamórfico e de strain mais elevado) e terrenos gnáissico-migmatíticos (paleoproterozoicos a arqueanos). Na sua borda SE, o Grupo Ubajara está em contato por falha transcorrente dextral com o Grupo Jaibaras (ediacaranocambriano), que preenche o gráben homônimo. Os contatos essencialmente tectônicos dificultam a interpretação do contexto estratigráfico-estrutural do Grupo Ubajara e é evidente o contraste metamórfico-estrutural com o Grupo Martinópole e os terrenos gnáissico-migmatíticos. Em adição, a falta do registro de uma não-conformidade, na base do Grupo Ubajara, coloca a hipótese de expressiva aloctonia desta unidade, precedente à deposição do Grupo Jaibaras. O Grupo Ubajara está envolvido em um padrão deformacional complexo, com estruturas contracionais e transcorrentes relacionadas ao Ciclo Brasiliano. O presente trabalho foca o estilo estrutural e as relações tectonoestratigráficas do Grupo Ubajara com outras unidades adjacentes, através da interpretação de imagens de sensores remotos, dados estruturais de campo e de microescala. A análise geométrica e cinemática das macroestruturas (delineadas em imagens orbitais e mapas geológicos), e correlações meso e microscópicas, permitiu o reconhecimento de três fases deformacionais que afetaram o Grupo Ubajara. A fase D1 tem caráter dúctil e é caracterizada por empurrões com transporte para NW e dobras recumbentes a invertidas, com foliação (S1) de mergulho baixo, variando a dobras apertadas com foliação de trend NW-SE a W-E, de mergulho médio a alto. A segunda fase (D2) compreende estruturas dúcteis de regime transcorrente, com cinemática dextral, incluindo zonas de cisalhamento de mergulho forte e direção NE-SW, lineações de estiramento com rake baixo e dobras abertas a apertadas, com foliação (S2) de trend em torno de N-S a NNE. A forma em chifre do Granito Mucambo denota a atuação desta fase durante o alojamento do corpo. Finalmente, uma evolução (estágio tardio) a estruturas dúcteis-frágeis ou frágeis também partilha da mesma cinemática transcorrente dextral que caracteriza a fase D2 (sendo então referida como D2t). A mesma é expressa por falhas normais dextrais NE e normais (e juntas de distensão) E-W a ENE, sendo correlacionada à tectônica transtracional que controla o gráben pull-apart de Jaibaras. Em algumas faixas miloníticas observa-se a elevação do grau metamórfico, sendo que a principal delas produziu milonitização de diques graníticos originalmente com direção E-W, lateralmente alojados em juntas de distensão numa terminação distensional da zona, sendo considerados contemporâneos ao Plúton Meruoca. O expressivo contraste metamórficoestrutural do Grupo Ubajara, com respeito às unidades mais antigas, bem como a ausência do registro de uma não conformidade na sua base, apontam para expressiva aloctonia do grupo, combinando transporte tangencial (D1) e deslocamento transcorrente dextral (D2), este último associado ao LTB.TCC Evolução estrutural e metamórfica da porção sul do Domínio São José do Campestre, Província Borborema, NE do Brasil: do Arqueano ao Neoproterozoico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-11-12) Ribeiro, Carlos Vinícius Alves; Souza, Zorano Sérgio de; Motta, Rafael Gonçalves da; Medeiros, Vladimir Cruz deLocalizado na Província Borborema, nordeste do Brasil, o Domínio São José do Campestre foi formado por uma longa história tectono-magmática. No seu interior encontra-se o Núcleo Arqueano São José do Campestre (NASJC), composto por ortognaisses e metasupracrustais arqueanas (~ 3,4 a 2,7 Ga). No entorno, ocorrem ortognaisses paleoproterozoicos (~2,3 a 2,0 Ga). Estas duas unidades compõem o embasamento da região, que sofreu diversas intrusões plutônicas durante o Neoproterozoico. Com base em sensores remotos, dados bibliográficos, produtos geofísicos, mapeamento geológico e análises petrográficas, o limite entre essas unidades foi estudado, bem como a sua evolução tectono-metamórfica e sua correlação com processos geodinâmicos. A litoestratigrafia do NASJC na área de estudo é composta pelas unidades: ortognaisses com biotita ou clinopiroxênio do Complexo Serra Caiada (~3,36 Ga), piroxenitos e serpentinitos do Complexo Riacho das Telhas (~3,1 a 3,06 Ga), biotita-granada paragnaisses (~3,0 Ga?), incluindo lentes de mármore dolomítico, hornblenda-sienogranito São José do Campestre (~2,7 Ga). No seu entorno, ocorrem ortognaisses paleoproterozoicos (~2,3 a 2,0 Ga), cortados por granitóides, dioritos e carbonatitos ediacaranos, além de diques basálticos mesozoicos de direção E-W. O arcabouço estrutural da região é marcado por cinco eventos deformacionais, que ocorreram do Arqueano ao Neoproterozoico. Os dois primeiros, restritos as unidades arqueanas, apresentam caráter tangencial de alta temperatura e são responsáveis pela formação de dobras recumbentes (Sn+1), que paralelizam Sn+1 a Sn. O terceiro evento (Dn+2), que ocorre também nas rochas paleoproterozoicas, é caracterizado por dobras recumbentes (Sn+2) formadas em temperaturas moderadas. O quarto evento deformacional, que possivelmente ocorreu no Ediacarano, é caracterizado por antiformes e sinformes com plano axial NW-SE (Sn+3). O último evento deformacional (Dn+4) é responsável por sinformes e antiforme suaves, com plano axial N-S subvertical (Sn+4). Foram identificados dois principais eventos metamórficos associados a estas deformações. O primeiro (Mn+1), associado a Dn+1, atingiu a fácies granulito de baixa pressão. É marcado pela presença de espinélio nos paragnaisses de Serra Caiada e nos mármores dolomíticos. O segundo evento identificado (Mn+3), associado a Dn+3, é marcado por sillimanita associada a zonas de cisalhamento no interior do NASJC e nas unidades paleoproterozoicas, atingindo a fácies anfibolito. O contexto tectônico da região, interpretado anteriormente como uma colisão continental paleoproterozoica, não é corroborado pelas condições metamórficas e deformacionais observadas. As informações apresentadas remontam a um contexto de movimentação de blocos crustais através de zonas de cisalhamento dextrógiras durante o Neoproterozoico.Dissertação Geologia e geofísica de rochas ultramáficas e carbonatitos ediacaranos intrusivos no Complexo Senador Elói de Souza, Maciço São José do Campestre, Província Borborema - NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-15) Silva, Marcella Samyla de Miranda; Souza, Zorano Sérgio de; ; http://lattes.cnpq.br/1259445348649589; ; http://lattes.cnpq.br/1779023747634147; Dantas, Elton Luiz; ; http://lattes.cnpq.br/9718399842317946; Vilalva, Frederico Castro Jobim; ; http://lattes.cnpq.br/6227637633613443; Xavier Júnior, Milton Morais; ; http://lattes.cnpq.br/3128669965557866Localizado no Maciço São José do Campestre, o Complexo Senador Elói de Souza é uma unidade geológica composta por ortognaisses graníticos a tonalíticos de 3,03 Ga, rochas máficas e ultramáficas caracterizadas por metagabros, metaclinopiroxenitos e anortositos com granada e oligoclásio, sendo os corpos ultramáficos e carbonatíticos datados pelo método U-Pb em zircão em 600 ± 03 Ma. Estes corpos possuem feições de contato evidenciados através de brechas magmáticas com matriz carbonática e envolvendo fragmentos de piroxenito. Além disso, dados de campo e modelagem gravimétrica 2D permitiram interpretar carbonatitos e piroxenitos como corpos elipsoidais, com os primeiros menos expressivos nas bordas dos complexos intrusivos. A análise de dados gravimétricos sugere corpos de baixa profundidade e truncamento de estruturas de baixo ângulo das rochas gnáissicas do embasamento. Os clinopiroxenitos possuem textura ígnea bem preservada, padrão pouco fracionado de elementos terras raras [(LaN/YbN) = 8,9-49,8] e anomalia negativa de Eu (Eu/Eu* = de 0,39-0,88). Os carbonatitos são ricos em cálcio, com diopsídio, flogopita e olivina como fases máficas principais, baixa concentração de elementos terras raras, com padrões paralelos e levemente inclinados [(LaN/YbN) = 1,5-8,6], além de enriquecimento de elementos terras raras leves em relação aos elementos terras raras pesados. O comportamento geoquímico distinto entre essas litologias em diagramas tipo Harker, além de brecha magmática, sugere mistura parcial de magmas. Ocorrências de simplectito entre clinopiroxênio e plagioclásio e grossulária parcialmente consumida gerando escapolita indicam processos de retrogressão no clinopiroxenito. Recristalização de calcita, serpentinização de olivina e deformação de flogopita em carbonatito indicam a atuação de eventos metamórficos e metassomatismo com fluidos ricos em CO2 e H2O. Os dados geológicos e geofísicos reportados neste trabalho podem contribuir para a compreensão de eventos ediacaranos no domínio arqueano do Maciço São José do Campestre.Dissertação Geologia e petrogênese do vulcanismo alcalino miocênico da região de Serra Preta, Pedro Avelino/RN, NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-26) Oliveira, Joyce Lorena; Souza, Zorano Sérgio de; http://lattes.cnpq.br/1259445348649589; http://lattes.cnpq.br/5578237373636081; Vilalva, Frederico Castro Jobim; http://lattes.cnpq.br/6227637633613443; Sial, Alcides Nóbrega; http://lattes.cnpq.br/7239767187507584O magmatismo Cenozoico intracontinental que ocorre no Rio Grande do Norte é caracterizado por pequenos volumes de rochas basálticas na forma de plugs, necks, diques e derrames. Esse conjunto constitui uma ampla província tectono-magmática, fazendo parte do extremo NW do Alinhamento Macau – Queimadas. Parte desse vulcanismo afeta também rochas sedimentares da Bacia Potiguar, gerando auréolas térmicas de contato e contribuindo para a remobilização e maturação de hidrocarbonetos. À leste de Pedro Avelino/RN, três corpos ígneos de diferentes geometrias em mapa intrudem arenitos e carbonatos cretáceos da Bacia Potiguar. O objetivo dessa pesquisa é caracterizar seus aspectos petrogenéticos e investigar o mecanismo de colocação associado, utilizando dados de mapeamento geológico, petrográficos e geoquímicos de rocha total (elementos maiores, menores e terras raras). A expressão superficial do corpo maior, nomeado Serra Preta, é explicada por alojamento magmático com controle tectônico de um sistema de diques de direções NNW-SSE e NE-SW. Em termos petrográficos, são rochas vulcânicas e subvulcânicas classificadas como olivina basaltos (predominante) e diferenciados tardios de nefelina microgabros. A matriz cripto a microcristalina é composta por micrólitos de augita, plagioclásio (~An50), opacos e vidro intersticial. Os dados litoquímicos mostram a natureza relativamente primitiva e alcalina desses magmas, marcada por altos valores de #mg (65-79), MgO (12-19%) e Ni (>200 ppm), além de baixo SiO2 (39-43%) e nefelina + olivina ± leucita normativas. Essa composição resulta em basanitos, melanefelinitos e olivina basaltos fortemente insaturados em sílica. A distribuição das amostras em diagramas do tipo Harker e AFM sugere fracionamento de olivina rica em forsterita e clinopiroxênio cálcico. Em diagramas multielementares, mostram enriquecimento em terras raras leves (LaN/YbN ~36-18) e em elementos incompatíveis de grande raio iônico, além de anomalias negativas de Rb, K e Hf. Modelamento de fusão parcial em equilíbrio de fonte peridotítica indica baixas taxas de fusão parcial (<10%) de granada lherzolito enriquecido em elementos incompatíveis e com diferentes proporções de flogopita e anfibólio (<4%). Modelamento geoquímico de elementos maiores indica taxa de cristalização fracionada de aproximadamente 80% e cumulato contendo olivina, clinopiroxênio, nefelina, magnetita, apatita, perovskita, leucita e plagioclásio cálcico. O mecanismo de colocação de magmas, interpretado como um sistema de diques e não em derrames/platôs, como assumido na literatura, foi favorecido por abertura de espaço em função de tensões locais no Mioceno, reativando estruturas rúpteis que atuaram como condutos de magmas derivados do manto superior.TCC A influência da mineralogia e da geoquímica na susceptibilidade magnética de granitos de tipo-A: o caso do Complexo Morro Redondo, Sul do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-12-12) Trindade, Paula Freira; Vivalva, Frederico Castro Jobim; Cavalcante, Rogério; Souza, Zorano Sérgio deOs plútons graníticos de tipo-A, que compõem a Província Graciosa entre as regiões sudeste e sul do Brasil, em especial, os Plútons Papanduva e Quiriri, focos deste trabalho, têm-se revelado importantes fontes de informação sobre a relação entre a susceptibilidade magnética (K) e a assinatura química (alcalina vs. subalcalina) e mineralógica de rochas graníticas. Esses corpos em conjunto com rochas vulcânicas contemporâneas constituem o Complexo Morro Redondo, aflorante entre os estados do PR e SC. O Plúton Papanduva é formado por álcali-feldspato granitos peralcalinos, com egirina e arfvedsonita como máficos principais, enquanto que o Plúton Quiriri compreende sieno- a monzogranitos levemente peraluminosos, com biotita ± anfibólio como fases máficas típicas. Os minerais opacos presentes nesses plútons são, essencialmente, ilmenita (Papanduva) e magnetita (Quiriri). Em rochas graníticas, os fatores que controlam a intensidade de K incluem desde a geoquímica, mineralogia, até eventos pós-magmáticos (hidrotermalismo, intemperismo, deformação). Este trabalho se propõe a caracterizar a intensidade da susceptibilidade magnética nos granitos dos Plútons Papanduva e Quiriri, bem como investigar a influência da mineralogia, da composição (rocha-total e química mineral) e alterações hidrotermais e intempéricas nas variações de K observadas. Medições individuais de K em amostras de mão e afloramentos revelam valores de K, em sua maioria, entre 19 – 249 x 10-6[SI], com média de 239 x 10-6 [SI] para o Plúton Papanduva. Valores anomalamente altos em torno de 6272 x 10-6 [SI] são registrados localmente para amostras portando grande quantidade de magnetita pós-magmática. Já para o Plúton Quiriri, a K situa-se principalmente entre 173 – 6910 x 10-6[SI], com média em torno de 2633 x 10-6 [SI]. Este marcado contraste favorece o uso susceptibilidade magnética como uma ferramenta auxiliar ao mapeamento geológico. Para o Plúton Papanduva, a K varia positivamente com Fe3+, Mn e Na e mostra-se influenciada pela mineralogia paramagnética, especialmente clinopiroxênios sódicos. Nestes minerais, o incremento de Fe3+ e álcalis junto às bordas cristalinas (i.e. condições mais oxidantes e peralcalinas) acompanha um aumento na intensidade de K. Por sua vez, no Plúton Quiriri a susceptibilidade magnética é controlada essencialmente pela mineralogia ferrimagnética, em especial a magnetita. Ademais, eventos pós-magmáticos (hidrotermalismo e intemperismo) parecem exercer influência adicional sobre as intensidades de K nos granitos do Plúton Quiriri.TCC Magmatismo basáltico miocênico de Pedro Avelino (RN): mecanismo de colocação e efeito termal na Bacia Potiguar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-12-05) Oliveira, Joyce Lorena; Souza, Zorano Sérgio de; Srivastava, Narendra Kumar; Vilalva, Frederico Castro JobimO magmatismo cenozoico no extremo nordeste do Brasil ocorre como plugs, necks e derrames básicos de afinidade alcalina a subalcalina; sendo referido na literatura como magmatismo Macau – Queimadas. Um desses corpos, alvo do presente estudo, localiza-se na região de Pedro Avelino, 150 km a oeste de Natal/RN. Trata-se de basaltos e diabásios do Corpo Serra Preta, com idade 40Ar/39Ar em rocha total de 14,1 ± 0,7 Ma, intrusivos nas formações Jandaíra (sequência carbonática com predomínio de calcários) e Açu (sequência siliciclástica com arenitos e níveis pelíticos) da Bacia Potiguar. Publicações anteriores interpretam essa ocorrência como composta por derrames na porção central e plugs nas extremidades, controlados por falha na sua borda leste. O trabalho ora reportado caracteriza a geometria, o mecanismo de colocação e a composição modal e texturas dessas rochas; além do efeito térmico provocado nas encaixantes. Foram utilizados produtos de sensores remotos, observações de campo e microscopia de luz transmitida. As rochas básicas apresentam-se em afloramentos in situ e blocos desmoronados que, em parte, mascaram seus contatos. São olivina basaltos e nefelina diabásios com textura fina a média e comumente microporfirítica. A matriz, cripto a microcristalina, é composta por micrólitos de plagioclásio e grânulos de augita, forsterita, minerais opacos e vidro intersticial; sendo comuns amígdalas com preenchimento de zeólitas. Ocorrem, também, venulações tardias em contato interdigitado com a matriz basáltica criptocristalina, compondo-se de nefelina, anortoclásio, biotita vermelha, opacos, zeólitas, clinopiroxênio (Ti-augita) e abundantes acículas de apatita. Nas rochas encaixantes, os calcários termalmente afetados apresentam matriz carbonática parcial ou completamente modificada por recristalização estática, chegando a transformar-se em mármores de granulação fina a média. Em arenitos e siltitos, nota-se o aspecto túrbido de feldspatos, neoformação de mosaicos poligonais de quartzo, crescimento fibrorradial de calcedônia e vidro intersticial; o conjunto sendo denominado buchito. Também se observam cavidades parcialmente preenchidas por calcita, quartzo ou calcedônia, resultantes de processos de dissolução e precipitação pós-evento térmico. Essas rochas mostram comportamento maciço e extrema compactação, tornando-se difíceis de fragmentar. Em termos geométricos, é notável a influência da tectônica na forma e no alinhamento dos corpos ígneos observado em imagens de sensores orbitais. Para o Serra Preta, a geometria semelhante a um Y invertido é interpretada como um sistema de diques, onde o conduto principal seria resultado do preenchimento de transcorrências dextrógiras NNW e, os secundários, fraturas de segunda ordem NE. Este arranjo é condizente em tempo, cinemática e estruturas com a deformação neoterciária-pleistocênica descrita na literatura, onde se posiciona compressão horizontal N-S (σ1) e extensão E-W (σ3). Para além disso, a presença de fraturas-conduto é corroborada pela orientação de fenocristais de olivina e ripas plagioclásio, indicando direção de fluxo magmático aproximadamente de NNE a NNW.Dissertação Mecanismo de colocação e auréola termal provocada pelo plutão ediacarano Catingueira, Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste do Brasil(2018-02-22) Cunha, José Alexandre Paixão da; Souza, Zorano Sérgio de; ; ; Martins, Jaziel; ; Medeiros, Vladimir Cruz de;O plutão Catingueira, localizado no estado da Paraíba, Domínio Zona Transversal (DZT), Província Borborema (PB), é um granito peralcalino clássico da região com idade U-Pb em zircão de 573±14 Ma, intrusivo em metassedimentos da Formação Santana dos Garrotes (FSG), com área aflorante de aproximadamente 12 km2 . Observações de campo, petrografia, química de rocha total e mineral e propriedades petrofísicas (condutividade térmica, calor específico, difusividade térmica e densidade) permitiram delimitar e caracterizar os efeitos termais provocados pelo granito Catingueira na FSG. A paragênese estaurolita±granada±cordierita, coexistência de clorita e muscovita, rara sillimanita e inexistência de migmatização sugerem metamorfismo de baixa pressão e alta temperatura a distâncias <2,5 km do contato. Isso indica uma faixa de temperatura de 520 – 640°C e pressão <3 kbar no contato do granito. A temperatura inicial do magma, calculada pelo geotermômetro do zircônio, foi calculada com o valor médio de 771±19°C. A temperatura assumida no momento da intrusão, estimada pela saturação em Ti das biotitas do micaxisto com estaurolita, mostra um valor médio de 538±50°C, ligeiramente maior do que a temperatura para a estabilização de estaurolita com XMg≤0,2, calculada para 520°C (P<3 kbar). Modelagens numéricas considerando duas formas geométricas (um cilindro vertical e um paralelepípedo horizontal) foram feitas para o gradiente geotérmico variando de 30°C/km a 70°C/km. O tempo calculado para atingir o equilíbrio térmico sob tais condições acima descritas, foram de 265, 314, 552, 831 e 936 mil anos. O gradiente que permitiu atingir o melhor ajuste para o modelo foi de 70°C/km, o que é coerente com a isógrada da estaurolita, resultando em um tempo de 936 mil anos. Os resultados aqui obtidos em termos de dimensão, forma, profundidade e associações metamórficas são comparáveis a exemplos de outros corpos plutônicos descritos na Faixa Seridó e em outros continentes.Dissertação Modelagem magnética e gravimétrica 3D do plug básico cenozoico São João intrusivo em rochas da Bacia Potiguar, NE do Brasil(2016-08-05) Damaceno, Juliana Garrido; Castro, David Lopes de; ; ; Souza, Zorano Sérgio de; ; Ferreira, Francisco José Fonseca;Essa dissertação apresenta um estudo geofísico de uma intrusão básica cenozoica, envolvendo etapas de aquisição, processamento e modelagens 2D e 3D de dados magnéticos e gravimétricos terrestres. O alvo estudado é um plug conhecido como São João, intrusivo em rochas sedimentares da borda sul da Bacia Potiguar, região setentrional do Rio Grande do Norte. Com uma área aproximada de 0,5 km², este plug é um dos diversos corpos ígneos constituintes do Magmatismo Macau (50-7 Ma). Os arenitos e calcários próximos ao corpo subvulcânico sofreram modificações mineralógicas significativas por efeito termal. Utilizamos dados magnéticos aerolevantados do Projeto Bacia Potiguar e aquisições terrestres, que resultaram em 5698 leituras com o magnetômetro de campo total e 128 estações gravimétricas com o gravímetro CG5. O mapa das derivadas verticais do campo magnético anômalo dos dados aéreos contextualizou regionalmente a geologia e geofísica da Bacia Potiguar, enquanto que os dados magnéticos e gravimétricos terrestres detalharam o plug São João e foram utilizados para as modelagens. Foram realizadas medidas de susceptibilidade magnética e densidade em amostras de rochas metamórficas (buchitos), ígneas (diabásio) e sedimentares (arenito e calcário). Tais medidas auxiliaram na construção de modelos 2D e 3D, revelando a arquitetura interna do plug São João, cujas profundidades chegam a cerca de 400 m. O modelo gravimétrico apresenta uma geometria no formato de lopólito, com uma região na parte nordeste do corpo apresentando maiores contrastes de densidade. Tal região é também observada no modelo magnético, com altos contrastes de susceptibilidade magnética. Máximos gravimétricos próximos ao plug indicam três regiões com contrastes de densidade positivos, que podem ser corpos ígneos sem expressão em superfície.Dissertação Petrogênese das rochas vulcânicas do Complexo Morro Redondo (PR-SC), Província Graciosa, Sul do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-24) Silva, Genilson Ribeiro da; Vilalva, Frederico Castro Jobim; http://lattes.cnpq.br/9103245113556054; Polo, Liza Angélica; http://lattes.cnpq.br/3762920796729760; Souza, Zorano Sérgio de; http://lattes.cnpq.br/1259445348649589A região S-SE do Brasil, entre São Paulo e Santa Catarina, tem como importante característica a ocorrência de intensa atividade vulcano-plutônica neoproterozoica, gerada durante os estágios pós-colisionais da orogênese Brasiliana. As rochas são predominantemente silícicas, possuem assinatura química de granitos e riolitos de tipo-A e formam diversos plutons graníticos e sieníticos (Província Graciosa), bem como sequências vulcânicas efusivas e explosivas em bacias vulcanossedimentares contemporâneas. Adicionalmente, as rochas vulcânicas silícicas nestas bacias comumente fazem parte de um vulcanismo bimodal, com escassez de litotipos intermediários. Dentre essas ocorrências, o Complexo Morro Redondo (PR-SC) é particularmente interessante por englobar dois plutons graníticos de tipo-A com afinidades geoquímicas contrastantes (peralcalina e peraluminosa), aos quais estão adjacentes rochas vulcânicas e subvulcânicas silícicas e básicas comagmáticas, que cortam e/ou intrudem as plutônicas. Este trabalho apresenta um estudo integrado das rochas vulcânicas do Complexo Morro Redondo com base em dados (1) petrográficos, (2) litoquímicos, (3) geocronológicos (U-Pb em zircão) e (4) isotópicos (Hf-O em zircão). Os resultados mostram que as vulcânicas e subvulcânicas básicas correspondem a álcali-basaltos e microgabros/microdioritos com pigeonita/augita e andesina/labradorita e suscetibilidade magnética elevada. Por outro lado, as rochas silícicas são predominantemente álcali-feldspato riolitos e granófiros com alto teor de SiO2 (>70% em peso). Dois subgrupos de riolitos foram identificados: (1) riolitos aluminosos, com biotita ± hornblenda e afinidade metaluminosa a peraluminosa, composicionalmente equivalentes aos granitos do Pluton Quiriri; e (2) riolitos alcalinos, com anfibólios e clinopiroxênios sódicos e afinidades metaluminosas a peralcalinas (comenditos), quimicamente semelhantes aos granitos do Pluton Papanduva. Datações U-Pb in-situ (LA-ICP-MS) de cristais de zircão de riolito aluminoso indicam idades de cristalização de 585±5 Ma que se sobrepõem dentro dos intervalos de erros com as idades dos granitos do complexo Morro Redondo (580±5 a 578±3 Ma), bem como com as idades dos vulcanismos em bacias vulcanossedimentares do S-SE do Brasil. Adicionalmente, as assinaturas isotópicas de Hf-O em zircão para este riolito indicam valores de εHf entre -23,6 e -16,7 (com idades modelo TDM entre 2,72 e 2,34 Ga) e δ 18O = 5.0±0.1‰. O modelo petrogenético proposto para a origem das vulcânicas do Complexo Morro Redondo envolve inicialmente a fusão parcial (~13%) de manto enriquecido (tipo EM-1) em um ambiente pós-colisional extensional, produzindo magmas basálticos. Estes, por sua vez, teriam promovido a fusão parcial das rochas do embasamento (Microplaca Luiz Alves) gerando magmas de tipo-A que ascenderam até níveis crustais rasos, evoluindo por cristalização fracionada (45-52%) para composições semelhantes aos granitos aluminosos do Pluton Quiriri. A partir deste “reservatório”, processos subsequentes de cristalização fracionada (30-50%) principalmente de feldspato alcalino, teriam gerado composições mais peralcalinas (Pluton Papanduva). Por fim, os riolitos foram extraídos desses mushs cristalinos, ascendendo até a superfície como diques.TCC Petrografia e química mineral da suíte shoshonítica gabro-norito-diorito ediacarana da região de São José do Campestre / RN, NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-04-29) Guimarães, Fabiana Maria Lopes; Souza, Zorano Sérgio de; Vilalva, Frederico Castro Jobim; Motta, Rafael Gonçalves daO termo série shoshonítica engloba uma série de rochas vulcânicas e suas correspondentes plutônicas, relativamente saturadas em SiO2 com teores de álcalis (>5%), alta e variável concentração de Al2O3, altas razões Fe2O3/FeO, baixos teores de TiO2, e enriquecimento em P2O5, Rb, Sr, Ba, Pb e ETRL (elementos terras raras leves). Na Província Borborema, os principais exemplares dessa suíte compreendem rochas gabroícas, dioríticas, monzodioríticas, monzoníticas, quartzo-monzoníticas e tonalíticas. No domínio mais a Leste dessa província, Domínio São José do Campestre, ocorrem litotipos dessa suíte, ainda pouco entendidos quanto a sua petrografia, mineralogia e química mineral. Essa pesquisa visa o preenchimento dessa lacuna e um melhor entendimento quanto a natureza química do magma shoshonítico em uma área localizada a leste da cidade de São José do Campestre. Rochas gabro-noríticas, gabróicas, dioríticas e monzoníticas compõem a suíte shoshonítica na região estudada. Esses litotipos intrudem o embasamento gnáissico paleoproterozoico como corpos isolados, associados ou como enclaves intermediários a máficos nos granitoides porfiríticos. Os corpos gabróicos incluem olivina gabro-norito e biotita gabro, cuja mineralogia principal mostra-se enriquecida em MgO, CaO e FeO, expresso pela formação de forsterita, diopsídio, augita, hiperstênio, biotita, hornblenda (pargasita ou Mg-hornblenda) e plagioclásio (labradorita a andesina). Os dioritos e monzonitos, bem como os enclaves máficos a intermediários são quimicamente mais evoluídos que as rochas gabróicas, contendo, plagioclásios do tipo andesina a oligoclásio. A análise química de dioritos e enclaves intermediários a máficos mostram similaridade quanto à composição dos anfibólios, com a presença em ambos do tipo Mg-hornblenda. O mesmo é observado para a composição da biotita, enriquecida em flogopita. A relação integrada da composição mineralógica e análise química sugere que a suíte shoshonítica começou a se cristalizar a altas temperaturas promovendo a formação de rochas gabro-noríticas portadoras de olivina. O magma residual desse processo enriquecido em Na2O e FeO, possibilitou a cristalização do biotita-gabro, rochas dioríticas e enclaves intermediários a máficos.Dissertação Petrologia do Plutão Bom Jardim de Goiás (PBJG): implicação na evolução neoproterozoica da Província Tocantins(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-08-25) Coimbra, Keyla Thayrinne Oliveira; Souza, Zorano Sérgio de; Viana, Rúbia Ribeiro; ; ; ; Vilalva, Frederico Castro Jobim; ; Conceição, Herbet;O plutão Bom Jardim de Goiás (PBJG) é um corpo de geometria semi-circular, situado na porção central da Província Tocantins, intrusivo em ortognaisses e metassupracrustais do Arco Magmático Arenópolis. Estas metasupracrustais apresentam um bandamento / xistosidade de ângulo baixo a moderado, definido por micas, andalusita, silimanita e cordierita, caracterizando um metamorfismo na fácies anfibolito. Tal estrutura é truncada pela colocação das rochas do PBJG. O caráter abrupto dos contatos e a ausência de estruturas dúcteis demonstram que a intrusão se deu em crosta relativamente fria. Em termos petrográficos, o plutão compõe-se de monzodioritos, tonalitos e granodioritos, seguindo a trajetória evolutiva cálcio-alcalina de potássio baixo a intermediário. As rochas do PBJG possuem hornblenda e biotita como fases máficas principais, além da ocorrência subordinada de clinopiroxênio, titanita, epídoto e opacos. Diques tardios de leucogranito contêm apenas biotita como mineral acessório relevante. Uma datação U-Pb em zircão do monzodiorito forneceu uma idade de 550±12 Ma (MSWD = 1,06). Dados litogeoquímicos e de química mineral sugerem que as rochas em foco são cálcio-alcalinas, tendo evoluído por cristalização fracionada de minerais cálcicos e ferro-magnesianos, sob condições de alta fugacidade de oxigênio. Utilizando o geotermômetro do par anfibólio-plagioclásio e o geobarômetro de Al em anfibólio, foram determinadas temperaturas e pressões em torno de 692-791 °C e 2,4 e 5,0 kbar para a intrusão do PBJG, o que é corroborado por associações metamórficas pré-existentes nas encaixantes. As características geológicas, geoquímicas e a geocronologia do PBJG demonstram sua natureza pós-tectônica ou pós-colisional, com colocação em crosta já soerguida e relativamente fria, ao final da orogênese brasiliana nesta porção da Província Tocantins.Dissertação Petrologia e geoquímica do magmatismo ediacarano Serra do Caramuru, Rio Grande do Norte, NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-02-19) Macêdo Filho, Antomat Avelino de; Souza, Zorano Sérgio de; ; http://lattes.cnpq.br/1259445348649589; ; http://lattes.cnpq.br/8325107445386354; Vilalva, Frederico Castro Jobim; ; http://lattes.cnpq.br/6227637633613443; Barros, Carlos Eduardo de Mesquita; ; http://lattes.cnpq.br/3850881348649179Os stocks Serra do Caramuru e Tapuio, localizados no extremo NE do Domínio Rio Piranhas-Seridó (RN), são representantes do magmatismo ediacarano a cambriano, uma feição magmática marcante da orogênese Brasiliana / Panafricana na Província Borborema. Estes corpos são análogos litológicos, intrusivos no embasamento gnáissico paleoproterozoico, estando separados por uma tênue faixa de ortognaisses miloníticos. As relações de campo mostram uma estratigrafia magmática iniciada pela fácies diorítica que coexiste com as fácies granítica porfirítica e granítica equigranular I e, em menor frequência, com a fácies granítica equigranular II. Estas rochas são cortadas por diques e sheets graníticos tardios NE-SW a NNE-SSW. A fácies diorítica (dioritos, quartzo dioritos, quartzo monzodioritos, tonalitos e granodioritos) é leucocrática a melanocrática, rica em biotita e anfibólio. As fácies graníticas são hololeucocráticas a leucocráticas, com biotita ± anfibólio. Dados petrográficos e geoquímicos (rocha total) provenientes em maior proporção do plutão Serra do Caramuru, sugerem o fracionamento de zircão, apatita, clinopiroxênio (em dioritos), opacos, titanita, biotita, hornblenda, allanita, plagioclásio, microclínio e granada (em diques). O comportamento dos elementos traços Zr, La e Yb indicam que dioritos não constituem o magma parental dos granitos. Por outro lado, as fácies graníticas são cogenéticas entre si, apresentando trends de diferenciação e espectros de elementos terras raras (ETR) análogos [12.3≤(La/Yb)N≤190.8; Eu/Eu*=0.37-0.68]. Relações de campo e padrão de ETR [6.96≤(La/Yb)N≤277.8; Eu/Eu*=0.18-0.58] demonstram que os diques e sheets graníticos não são cogeneticamente relacionados ao magmatismo Serra do Caramuru. A fácies diorítica é metaluminosa (A/CNK = 0.88-0.74), shoshonítica, ao passo que granitos são metaluminosos a peraluminosos (A/CNK = 1.08-0.93), cálcio-alcalinos de alto potássio. Diques e sheets são estritamente peraluminosos (A/CNK = 1.01-1.04). Diagramas bilogarítmicos relacionando elementos compatíveis e incompatíveis e microtexturas indicam a cristalização fracionada como o mecanismo dominante na evolução magmática das diversas fácies. Os stocks Serra do Caramuru e Tapuio mostram trama magmática bem preservada, ausência de minerais metamórficos e são estruturalmente isotrópicos, com relações de contato discordantes da trama dúctil do embasamento gnáissico. Estas observações conduzem a um estágio de relativa estabilidade tectônica, compatíveis com o período de relaxamento orogenético da cadeia Brasiliana / Panafricana. Os diagramas químicos discriminantes envolvendo óxidos e elementos traços indicam um ambiente tardio à pós-colisional. Neste contexto, o mecanismo de colocação que melhor explica o alojamento dos stocks seria a abertura de espaço em fraturas de Ridel tipo T, com vetor de estiramento orientado ENE-WSW. A idade U-Pb de 553 ± 10 Ma permite correlacionar o magmatismo Serra do Caramuru aos grupo de granitoides tardios a pós-colisionais, cálcio-alcalinos de alto potássio equigranulares, do extremo NE do Domínio Rio Piranhas-Seridó.