Programa de Pós-Graduação em Estudos Urbanos e Regionais
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Estudos Urbanos e Regionais por Assunto "Adaptação climática"
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Tese Educando para as mudanças climáticas e a sustentabilidade, possibilidades de inovação nos territórios do Seridó Potiguar (Brasil) e da Alta Guajira (Colômbia)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-16) Romero, Jair Hernando Castro; Pessoa, Zoraide Souza; https://orcid.org/0000-0003-0067-5377; http://lattes.cnpq.br/2113247183965697; Knox, Winifred; Arias, Alba Leonilde Suarez; Camacho, Ramiro Gustavo Valera; Perez, Rocio; Dias, Sylmara Lopes Francelino GonçalvesA América Latina apresenta diversas regiões sensíveis e vulneráveis às mudanças climáticas, particularmente sob o ponto de vista socioambiental, como o nordeste do Brasil e o norte da Colômbia. Diante da emergência climática contemporânea, torna-se imprescindível valorizar as políticas públicas e o planejamento institucional que priorizem essa problemática, convergindo para mudanças comportamentais e culturais que favoreçam a construção de saberes voltados à adaptação climática. No entanto, os processos de ensino e aprendizagem ainda não parecem incorporar plenamente a educação ambiental e climática como uma condição essencial para ampliar a consciência transformadora dos indivíduos em relação às questões socioambientais contemporâneas. Neste contexto, esta tese tem como objetivo compreender como as políticas e práticas educativas escolares relacionadas às mudanças climáticas e à sustentabilidade são formuladas nos territórios do Seridó Potiguar, no Rio Grande do Norte/Brasil, e na Alta Guajira/Colômbia. Para isso, estabelece-se uma abordagem teórica que explora as mudanças climáticas e a sustentabilidade, a produção bibliográfica sobre as ações de sustentabilidade no ambiente escolar e o regime normativo nos contextos ambiental e educacional relacionados aos temas centrais desta pesquisa. Após a construção desse referencial teórico, foram realizadas atividades de campo com o objetivo de entrevistar 45 professores de 12 instituições educacionais no Brasil e na Colômbia. As entrevistas semiestruturadas buscaram informações nas dimensões formativa, pedagógica, conceitual e institucional relacionadas ao trabalho dos professores. Posteriormente, analisou-se o histórico e a incorporação das mudanças climáticas e da sustentabilidade nas diretrizes curriculares nacionais, culminando na proposição de um currículo que integra a perspectiva de 13 acordos internacionais e as respostas fornecidas pelos professores entrevistados. Os resultados evidenciam a necessidade de incorporar a análise da vulnerabilidade e do risco nos contextos escolares, visando propor mecanismos horizontais e participativos que orientem para uma educação adaptativa e efetiva diante dos impactos dos eventos climáticos extremos. Da mesma forma, destaca-se que, a agenda institucional deve se ancorar em discussões e ações voltadas à sustentabilidade, com o intuito de fomentar comportamentos pró-ambientais locais no ambiente escolar. Assim, o Estado e a escola devem desenvolver políticas transversais e interdisciplinares que não apenas mitiguem os efeitos das mudanças climáticas, mas também enfrente as desigualdades sociais e os problemas ambientais das regiões estudadas. As entrevistas realizadas permitiram identificar lacunas na formação ambiental dos professores, bem como diferentes abordagens adotadas no desenvolvimento dessa temática pelas instituições educacionais além dos desafios na articulação entre professores, disciplinas e entidades do ecossistema ambiental. Por fim, observou-se que os currículos escolares têm abordado as mudanças climáticas e a sustentabilidade de forma superficial. Neste sentido, o currículo proposto integra seis unidades temáticas e uma oficina prática, com o objetivo de preparar uma nova geração de estudantes para enfrentar as mudanças climáticas e promover a sustentabilidade. Conclui-se, portanto, que, é imprescindível que as instituições de ensino incorporem a temática climática em todos os níveis do currículo, além de incluí-la no processo de formulação de políticas públicas.Dissertação Mudanças climáticas e recursos hídricos: percepções sobre riscos climáticos e capacidade adaptativa na região semiárida do Rio Grande do Norte, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-10-14) Dias, Eric Mateus Soares; Pessoa, Zoraide Souza; ; http://lattes.cnpq.br/7738736219606737; ; http://lattes.cnpq.br/7228847321681517; Ferreira, José Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/8740764604882277; Silva, Jonathan Mota da; ; http://lattes.cnpq.br/3379521354576211; Carvalho, Rodrigo Guimarães de; ; http://lattes.cnpq.br/4013877101488981O setor de recursos hídricos é consideravelmente vulnerável e exposto às mudanças climáticas. No contexto da região semiárida brasileira, a disponibilidade hídrica é bastante limitada pelas condições climáticas naturais e pela ação antrópica. Essa problemática foi estudada no contexto do Estado do Rio Grande do Norte, cujo clima semiárido representa 93% do seu território e enfrenta problemas relacionados a disponibilidade hídrica que serão agravados pelas mudanças climáticas, necessitando assim, de um aperfeiçoamento da gestão com ênfase na adaptação climática. O objetivo dessa dissertação foi analisar, por meio da percepção de atores sociais e institucionais, se os riscos das mudanças climáticas vêm sendo internalizados na gestão de recursos hídricos, de modo que possibilite a capacidade adaptativa na região semiárida do Rio Grande do Norte. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, utilizando a pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas estruturadas como técnicas de coleta de dados. Foram realizadas 14 entrevistas com atores que podem influenciar na tomada de decisões sobre as questões hídricas no Estado. Os resultados mostram que os atores percebem os riscos das mudanças climáticas, especialmente, no sentido do agravamento de ameaças climáticas naturais que já ocorrem na região, porém, os novos riscos que as mudanças climáticas impõem, não estão sendo internalizados, o que limita a capacidade adaptativa para respondê-los. Contudo, apesar das limitações na gestão dos recursos hídricos, considera-se que há elementos favoráveis para o desenvolvimento da capacidade adaptativa.