PPGCF - Mestrado em Ciências Farmacêuticas
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Navegando PPGCF - Mestrado em Ciências Farmacêuticas por Assunto "-thalassemia"
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Dissertação Caracterização molecular e laboratorial da talassemia beta e da interação hemoglobina s/talassemia beta(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-02-25) Silveira, Zama Messala Luna da; Medeiros, Tereza Maria Dantas de; ; http://lattes.cnpq.br/9869053526045053; ; http://lattes.cnpq.br/9321913536357216; Schimieguel, Dulce Marta; ; http://lattes.cnpq.br/6361482547166270; Araújo, Aderson da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/9615780257704881A talassemia beta ocorre devido à diminuição (β+, β++, βsilent) ou ausência (β0) de síntese de cadeias beta de globina e é decorrente de vários mecanismos que provocam o defeito genético. A herança da talassemia beta é caracterizada pela existência de indivíduos heterozigotos, heterozigoto compostos, homozigotos e portadores de interação entre o alelo talassêmico beta e outras talassemias e/ou variantes de hemoglobina. O objetivo principal deste estudo foi realizar a caracterização molecular e laboratorial em indivíduos heterozigotos e homozigotos da talassemia beta e em portadores da interação hemoglobina S/talassemia beta. Foram incluídos 48 indivíduos (35 heterozigotos, 4 homozigotos e 9 com interação HbS/talassemia beta) atendidos no Laboratório Integrado de Análises Clínicas (UFRN) e no Ambulatório de Hematologia do Hemocentro Dalton Barbosa Cunha (Hemonorte Natal/RN). As amostras de sangue periférico de cada paciente foram submetidas aos seguintes exames laboratoriais: eritrograma, eletroforese de hemoglobina em pH alcalino, dosagem das hemoglobinas A2 e Fetal, e ferritina sérica. O DNA foi extraído utilizando-se o kit blood genomicPrep Mini Spin e a caracterização molecular foi realizada através da técnica PCR/RFLP mediante digestão com enzimas de restrição específicas para as mutações IVS-1 nt 1 (G®A), IVS-1 nt 6 (T®C) e nonsense códon 39 (CAG®TAG). Dentre os 35 heterozigotos, 37,1% apresentaram a mutação IVS-1 nt 6, 42,9% a IVS-1 nt 1 e 20% eram portadores de outras mutações não identificadas com a técnica utilizada. Os quatro pacientes homozigotos apresentaram a mutação IVS-1 nt 6, enquanto 66,7% dos indivíduos com interação HbS/talassemia beta tinham a mutação IVS-1 nt 1. A códon 39 não foi detectada em nenhum dos pacientes investigados. Dentre os alelos talassêmicos encontrados, 40,4% eram IVS-1 nt 1, 40,4% eram IVS-1 nt 6 e 19,2% não foram identificados. Em relação aos dados laboratoriais, os heterozigotos apresentaram microcitose e hipocromia evidenciada pelo VCM variando de 57 a 75fL, e o HCM, entre 15,9 a 23,6 pg. A hemoglobina A2 variou de 3,7 a 7,2%. Os homozigotos também apresentaram VCM e HCM reduzidos e HbA2 elevada. Ao comparar os dados laboratoriais entre os indivíduos heterozigotos para as mutações IVS-1 nt 1 e IVS-1 nt 6 observou-se que os heterozigotos da mutação IVS1-1 apresentaram valores médios de VCM e HCM significativamente menores (p = 0,023 e 0,007, respectivamente) e hemoglobina A2 significativamente mais elevados (p < 0,001) quando comparados aos heterozigotos da mutação IVS-1 nt 6. A técnica de PCR/RFLP se mostrou útil para a identificação da presença ou ausência das mutações IVS-1 nt 6, IVS-1 nt 1 e β0 códon 39 na maioria dos pacientes investigados na pesquisa. O presente estudo é o primeiro trabalho realizado no estado do Rio Grande do Norte para identificação das mutações da talassemia beta, e constitui importante contribuição para o conhecimento do perfil molecular da talassemia beta em nosso país