PPgCASM - Mestrado em Ciências Aplicadas à Saúde da Mulher
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Navegando PPgCASM - Mestrado em Ciências Aplicadas à Saúde da Mulher por Assunto "Citometria de fluxo"
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Dissertação Perfil sociodemográfico de gestantes com diabetes e sua relação com mecanismos de morte celular(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-25) Neves, Maria Carolina Dantas Campelo; Salha, Daniella Regina Arantes Martins; Aguiar, Carolina de Oliveira Mendes; http://lattes.cnpq.br/3980490175965712; https://orcid.org/0000-0002-1350-5919; http://lattes.cnpq.br/3695151190501921; https://orcid.org/0000-0003-2509-1685; http://lattes.cnpq.br/4741467832748483; Kluczynik, Caroline Evelin Nascimento; Bacellar, Maria Olivia Amado RamosIntrodução: O período gestacional é marcado por alterações fisiológicas complexas que buscam atender as demandas entre mãe-bebê. Uma gestação acompanhada por Diabetes Mellitus potencializa o estresse oxidativo mediado pela resposta inflamatória que culmina com a produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio, gerando um desequilíbrio materno e placentário ocasionando danos celualres. Objetivo: Analisar o perfil sociodemográfico e de morte celular junto ao processo inflamatório do Diabetes Mellitus na gestação. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo observacional e descritivo, de abordagem quantitativa, operacionalizado em duas etapas: estudo transversal e estudo caso-controle. No primeiro, 240 gestantes diabéticas e 12 não diabéticas foram caracterizadas sociodemograficamente. No segundo, dentre as 240 gestantes diabéticas, 23 destas e 12 gestantes sem comorbidades tiveram amostras de sangue total coletadas para análise do perfil de morte celular por citometria de fluxo, nas populações de linfócitos, monócitos e granulócitos de sangue total, por meio da marcação com anexina V FIT-C e/ou Iodeto de Propídio. Resultados: Da população estudada, 46,25% estavam na faixa de 30 a 39 anos, 57,08% eram pardas, 50% tinham renda salarial ≤ 01 salário mínimo, 57,08% possuíam ensino médio. Quanto a moradia, 62,92% das gestantes residiam em zonas interioranas; 65,83% possuíam saneamento, 97,92% tinham energia elétrica e 71,25% viviam em ruas pavimentadas. Clinicamente, 67,74% das grávidas não perceberam sintomas do diabetes antes do diagnóstico, 77,41% foram diagnosticadas na gestação, 57,14% possuíam histórico familiar de diabetes e 67,86% apresentavam histórico familiar de hipertensão. Quanto ao quadro de diabetes, dentre as 240 gestantes estudadas, 79,17%, 5,83% e 15,00% apresentavam Diabetes Gestacional, Diabetes Mellitus tipo 1 e Diabetes Mellitus tipo 2, respectivamente. A análise celular mostrou maior viabilidade celular em linfócitos e granulócitos na população controle (p=0.001) do que nas gestantes com diabetes mellitus gestacional (p=0.04) e nas gestantes com Diabetes tipo 1 e 2 (p=0.04). Ainda, observou-se diferença significativa quanto ao grau de apoptose recente e tardia, na população linfocitária de gestantes com Diabetes Gestacional e controle (p=0.006). Da mesma forma, houve diferença estatística comparando os mesmos estágios celulares no grupo de gestantes com Diabetes tipo 1 e 2 com o grupo controle (p=0.03). A necrose foi mais significativa no grupo controle (p=0.03). Já na população de monócitos não foi observado diferença significativa entre os grupos de gestantes analisados. A idade gestacional das participantes estava entre 12ª e 38ª semanas com nível de apoptose presente em todas elas. Considerações finais: Quase metade das gestantes tinham idade acima de 32 anos, idade em que se deve levar em consideração os riscos de uma gestação como a pré-eclâmpsia e outros fatores agravantes, contudo, é possível ter uma gestação saudável nesta idade, atentando aos cuidados necessários. A viabilidade celular de linfócitos e granulócitos foi melhor identificada no grupo de mulheres sem Diabetes (grupo controle). Entre os grupos de mulheres apenas com Diabetes Mellitus Gestacional e o grupo de mulheres com diabetes tipo 1 ou 2 não foi observada diferença no nível de apoptose sugerindo que, independentemente do tipo de diabetes, a gestante sofreu perda celular durante a gravidez, evidenciando que o Diabetes, especialmente o gestacional, pode aumentar o nível de estresse oxidativo e inflamação ocasionando apoptose excessiva, gerando danos para mães e bebês.