Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - FACISA
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - FACISA por Assunto "Adolescência"
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Dissertação Problemas de sono, ansiedade, depressão e suporte social em adolescentes de uma instituição federal de ensino(2019-02-27) Manso, Roberta Keile Gomes de Sousa; Souza, Jane Carla de; ; ; Severo, Ana Kalliny de Sousa; ; Silva, Luisa de Marilac de Castro; ; Melo, Paula Rocha de;Os adolescentes apresentam um atraso nos horários de dormir e acordar, decorrente de mudanças biológicas e sociais vivenciadas nesta fase. Em contrapartida, a maioria das escolas iniciam as aulas pela manhã o que se torna um desafio temporal para o estudante, acarretando privação e má qualidade de sono, e sonolência diurna. Somado a isso, a adolescência é uma fase de descobertas, da busca de autonomia sobre decisões, emoções e ações, o que pode acarretar sintomas de ansiedade e depressão. Neste contexto, a satisfação com o suporte social pode contribuir para o enfrentamento destes problemas da adolescência, visto que o suporte recebido pelos amigos, familiares, vizinhos e grupos sociais pode construir e fortalecer a satisfação do indivíduo e impactar positivamente na saúde. Portanto, considerando que os adolescentes apresentam problemas de sono, sintomas de ansiedade e depressão, e que o suporte social está relacionado com a saúde, o objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre a percepção da satisfação com o suporte social, com a qualidade e duração do sono, sonolência diurna, ansiedade e depressão em adolescentes de uma instituição federal de ensino. A amostra foi de 385 estudantes do ensino médio de cursos técnicos, que preencheram a Escala de Satisfação com o Suporte Social, o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, a Escala Pediátrica de Sonolência Diurna, a Escala de ansiedade e depressão e a Ficha de Identificação de problemas de saúde. A idade média dos participantes foi de 16,3 ± 1,0 anos, de ambos os sexos (♂ = 43,1%, ♀ = 56,9%) que estudam nos turnos matutino (55,3%) e vespertino (44,7%). Os adolescentes avaliaram o suporte social geral como médio (47,6 ± 12,1), sendo a satisfação com os amigos a mais favorecida (17,30 ± 4,74) e a satisfação com as atividades sociais a mais prejudicada (7,59 ± 2,98). A má qualidade do sono foi observada em 71,2% dos adolescentes, com escore médio de 7,17 ± 2,72. A média observada de sonolência diurna foi de 18,31 ± 4,90. Com relação aos horários de sono, os adolescentes apresentaram tempo na cama médio de 6:42 ± 1:18 h, hora de levantar e deitar de 6:25 ± 1:28 h e 23:06 ± 1:25 h, respectivamente. A partir da regressão linear múltipla hierárquica, foi possível observar que o suporte social baixo está associado a má qualidade do sono, a maiores escores de sonolência diurna e a maior probabilidade dos adolescentes apresentarem sintomas de ansiedade e depressão. A partir destes resultados, vale ressaltar a importância de desenvolver estratégias de saúde integral para o desenvolvimento da cidadania e da qualificação das políticas públicas voltadas ao reconhecimento do adolescente como ativo e participativo e que possam contribuir com a melhoria do suporte social, diminuir os problemas de sono e de saúde mental em adolescentes, visando uma melhor qualidade de vida.Dissertação Qualidade do sono e sonolência diurna em adolescentes de Instituições de Ensino Técnico Federal do Rio Grande do Norte de acordo com o contexto urbano, sexo e idade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-30) Dantas, Carla Deiziana de Lima; Souza, Jane Carla de; http://lattes.cnpq.br/5997878957114840; http://lattes.cnpq.br/6426519781901377; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; http://lattes.cnpq.br/6897910777769874; Mendes, Rubia Aparecida Pereira de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/1499329109356526A adolescência é marcada, entre outros fatores, pelo aumento da sonolência diurna em consequência do sono insuficiente e de má qualidade, durante os dias letivos, sobretudo, em adolescentes que estudam em escolas públicas e privadas no turno da manhã. Contudo, não foi identificado até o momento, a avaliação do sono de estudantes do ensino técnico integrado de instituições federais de ensino. Além disso, dentre fatores sociais estudados, o contexto urbano vem sendo explorado como fator que pode impactar na quantidade e qualidade do sono, e sonolência diurna dos adolescentes. Portanto, o objetivo desse estudo é identificar a prevalência da má qualidade do sono e avaliar a relação da qualidade do sono e da sonolência diurna de adolescentes do ensino médio técnico integrado de instituições federais do RN (IFRN) de acordo com o contexto urbano, sexo e idade. Este estudo foi desenvolvido com 324 estudantes dos câmpus do IFRN Natal central, São Gonçalo do Amarante, Lajes e Santa Cruz, de ambos os sexos, que cursam o 1º, 2º e 3º ano do ensino médio, no turno matutino. Para isso foram aplicados três questionários: “Ficha de Identificação”, “Índice de Qualidade do Sono de pittsburgh (IQSP)” e “Escala Pediátrica de Sonolência Diurna (PDSS)”. O teste Qui-quadrado (X2 ) foi utilizado para avaliar a frequência de distribuição da amostra total de acordo com o sexo (feminino/masculino) e qualidade do sono (boa/má), assim como, a distribuição do sexo e classificação da qualidade do sono em relação ao câmpus. A idade e o nível de sonolência diurna foram comparados entre os câmpus através do teste ANOVA (F). Para avaliar o quanto as variáveis independentes: câmpus, sexo e idade se associam a qualidade do sono e sonolência diurna, foi utilizado o modelo linear geral (General Linear Model). A amostra total desse estudo é composta por 53,70% de adolescentes do sexo feminino e 46,30% do sexo masculino, com diferença entre os sexos apenas no câmpus Natal, que apresenta maior predominância de adolescentes do sexo feminino (X 2 = 8.6; p = 0,003). A média de idade é de 15,8 (± 1 ano) para as meninas e 16,7 (± 1 ano) para os meninos, sendo o câmpus de São Gonçalo do Amarante com maior média de idade em relação ao câmpus de Natal, Lajes e Santa Cruz (F= 41,6; p < 0,001). A amostra total apresentou 71,6% de prevalência da má qualidade do sono e uma média geral de 7,35 ± 2,8. Houve diferença entre os câmpus, onde os adolescentes que estudam em Natal (X 2 = 9.2; p = 0,002) e São Gonçalo do Amarante (X 2 = 9.6; p < 0,001) apresentaram pior qualidade do sono em relação ao câmpus de Lajes. A média geral de sonolência diurna encontrada nesse estudo foi de 18,90 ± 4,9 e foram encontradas diferenças no nível de sonolência diurna entre os câmpus, de forma que Santa Cruz apresentou menor média de sonolência diurna em relação ao câmpus de Lajes e São Gonçalo do Amarante (F= 5,0; p = 0,002). Com relação ao câmpus, o pós teste evidenciou que a variável qualidade do sono não difere entre os diferentes contextos urbanos presentes nesse estudo. Em relação a sonolência diurna, os adolescentes que estudam no câmpus de Santa Cruz apresentam menor sonolência diurna (β = 0ª; p = 0,03), quando comparados a Lajes (β = 2.75; p < 0.01), e São Gonçalo do Amarante (β = 1.99; p < 0.01). A variável sexo demonstrou associação positiva com a qualidade do sono (β = 0,98; p = 0,02) e com a sonolência diurna (β = 2,9; p < 0,01), de forma que as adolescentes do sexo feminino apresentaram pior qualidade do sono e maior sonolência diurna em relação aos do sexo masculino. A variável idade não apresentou relação com a qualidade do sono e a sonolência diurna. Dessa forma pode-se perceber que a má qualidade do sono e altos índices de sonolência diurna estão presentes na vida dos estudantes do ensino médio técnico integrado, que estudam no turno matutino, em todas as faixas etárias. Contudo, essas consequências afetam principalmente as meninas, em todos os contextos sociais.