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Title: Associação entre fatores nutricionais e a resposta frente à infecção por Leishmania chagasi
Authors: Maciel, Bruna Leal Lima
Advisor: Jerônimo, Selma Maria Bezerra
Keywords: Leishmaniose visceral;Estado nutricional;Vitamina A
Issue Date: 7-Jul-2008
Publisher: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Citation: MACIEL, Bruna Leal Lima. Associação entre fatores nutricionais e a resposta frente à infecção por Leishmania chagasi. 2008. 114 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2008.
Portuguese Abstract: A infecção por Leishmania chagasi apresenta diversas formas clínicas, variando de infecção assintomática e espontaneamente resolvida à manifestação clínica da doença, que é denominada leishmaniose visceral (LV). Não se conhecem os exatos mecanismos que determinam a evolução da infecção à LV. Acredita-se que a desnutrição seja um fator de risco associado ao desenvolvimento de LV, porém são poucos os estudos em humanos nesta área. Este trabalho teve como objetivo avaliar fatores nutricionais associados com a resposta à infecção por L. chagasi no Rio Grande do Norte. O estudo foi realizado de dezembro de 2006 a janeiro de 2008. Foram avaliadas 149 crianças, sendo 20 casos de LV ativa, 33 casos de história de LV, 40 com resposta ao teste de Montenegro positiva (DTH+) e 56 DTH-. Avaliou-se o estado nutricional através de escores-z para Peso/Idade, Altura/Idade, Peso/Altura, Índice de Massa Corporal (IMC) e circunferência do braço (CB)/altura. O estado de vitamina A foi medido através do retinol sérico e teste de dose-resposta relativa modificado (MRDR). A história de amamentação e o peso ao nascer das crianças foram avaliados. As crianças com LV ativa apresentaram estado nutricional comprometido em relação às demais crianças estudadas, segundo IMC e CB/altura, com médias -1,53 ± 1,10 e -1,48 ± 1,28 escores-z, respectivamente (ANOVA, p < 0,05). O nível de vitamina A também foi menor nas crianças com LV aguda com 43% de prevalência de retinol sérico < 20 µg/dL e 15% de MRDR > 0,060. O peso ao nascer foi inversamente associado com o risco em pertencer ao grupo de crianças com LV (β = -0,00; OR = 0,84; IC 95% de 0,73 - 0,99; p = 0,047), enquanto que maior tempo de amamentação foi diretamente associado com o risco da criança em pertencer ao grupo DTH+ (β = 0,02; OD = 1,16; IC 95% de 1,01 - 1,33; p = 0,036). As variáveis nutricionais avaliadas mostraram-se associadas com a resposta à infecção por L. chagasi, sendo a desnutrição e o estado comprometido de vitamina A características das crianças que apresentam LV. Além disso, o maior peso ao nascer mostrou-se associado com proteção contra a doença, enquanto que o maior tempo de amamentação foi associado com maior chance de infecção assintomática. Os resultados indicam que aspectos nutricionais que podem ser modificados na população estão associados com a resposta à infecção por L. chagasi
Abstract: Leishmania chagasi infection presents a wide spectrum of clinical outcomes, ranging from asymptomatic self resolving infection to disease, visceral leishmaniasis (VL). The exact mechanisms that lead the evolution of infection to disease are not understood. It is believed that malnutrition is a risk factor associated with VL development, although there are few human studies in the area. We aimed to assess the nutritional factors associated with the response to L. chagasi infection in Rio Grande do Norte. The study was conducted from December 2006 to January 2008. 149 children were assessed: 20 active VL cases, 33 children with VL history, 40 DTH+ asymptomatic children and 56 DTH-. Nutritional status was assessed using z scores for Weight/Age, Weight/Height, Height/Age, Body Mass Index (BMI), and mid-upper arm circumference/height (MUAC/height). Vitamin A status was determined by serum retinol concentrations and the modified-relative-dose-esponse test (MRDR). Breastfeeding time and birth weight were also evaluated. VL children presented compromised nutritional status when compared to the other groups using BMI and MUAC/age, with means -1,53 ± 1,10 and -1,48 ± 1,28 z scores, respectively (ANOVA, p < 0,05). VL children also showed lower vitamin A levels: 43% presented serum retinol < 20 µg/dL and 15% MRDR > 0,060. Birth weight was inverserly associated with the risk to belong the VL group (β = -0,00; OR = 0,84; 95% CI 0,73 - 0,99; p = 0,047), whereas more breastfeeding time was directly associated with the risk to belong to the DTH+ group (β = 0,02; OD = 1,16; 95% CI 1,01 - 1,33; p = 0,036). The nutritional variables evaluated were associated with the response to the L. chagasi infection, with malnutrition and compromised vitamin A status as markers of children who present with VL. Higher birth weight was associated with protection to disease, and higher breastfeeding time was associated with increased likelihood of an asymptomatic infection. The results show that modifiable nutritional aspects in the study population are associated with the response to the L. chagasi infection
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/13207
Appears in Collections:PPGCSA - Mestrado em Ciências da Saúde

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