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Título: Vivência de mulheres em situação de cárcere penitenciário durante o período gestacional
Título(s) alternativo(s): The experience of women in prison during pregnancy
Autor(es): Galvão, Mayana Camila Barbosa
Orientador: Davim, Rejane Marie Barbosa
Palavras-chave: Enfermagem;gestação;prisões;saúde da mulher;Nursing;pregnancy;prison
Data do documento: 13-Abr-2012
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: GALVÃO, Mayana Camila Barbosa. The experience of women in prison during pregnancy. 2012. 101 f. Dissertação (Mestrado em Assistência à Saúde) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2012.
Resumo: O aumento gradativo da violência na sociedade brasileira vem resultando no crescimento da população carcerária ao longo dos últimos anos, bem como a proporção de mulheres em relação aos homens. A participação da mulher no crime e o papel que esta assume no seio familiar fazem com que esse fenômeno represente um crescente problema social. Na maioria, as apenadas são jovens, em idade reprodutiva, tornando a gravidez uma situação recorrente no período em que estão cumprindo pena. Os estudos que tratam a criminalidade feminina são escassos e pouco esclarecedores quanto à sua real dimensão, especialmente se direcionados às mulheres que vivenciaram a gestação nesse ambiente. Diante dessas considerações, esta pesquisa teve como objetivo: analisar a vivência de mulheres encarceradas durante o período gestacional. Trata-se de uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa. Os dados foram obtidos por meio de entrevista semiestruturada junto a nove mulheres presas, durante os meses de agosto e setembro de 2011, que atenderam aos critérios de inclusão estabelecidos previamente, e organizados conforme os preceitos de análise de temática segundo Bardin. Do processo de codificação e categorização emergiu uma temática central: vivência de mulheres em situação de cárcere penitenciário durante o período gestacional, originando três categorias: categoria 1- relacionamento interpessoal; categoria 2- sentimentos que permeiam a mulher grávida presa; e categoria 3- ausência de assistência à saúde da gestante encarcerada. Os dados foram analisados de acordo com a literatura disponível e o estudo revelou que as relações interpessoais que essas mulheres mantinham dentro do presídio foram marcadas pelo distanciamento dos familiares, principalmente devido ao fator socioeconômico, sendo uma dificuldade para o enfrentamento da gestação no presídio, e o registro de abuso de poder por parte de profissionais que trabalham na instituição. As mulheres, ao vivenciarem a gravidez dentro do presídio, estão mais propensas a experimentarem sentimentos de preocupação, dúvidas, tristeza e medo quanto à saúde do bebê, pela falta de assistência pré-natal, e quanto ao ambiente prisional, devido à estrutura para atender suas necessidades. A assistência à saúde destinada a essas mulheres é deficitária e muitas vezes não ocorre, colocando em risco a vida do bebê e da própria mãe, sendo esta uma realidade preocupante na saúde pública. Por fim, espera-se que o estudo possa dar visibilidade a um tema pouco discutido na literatura e contribuir para a construção de políticas públicas específicas para tal realidade, como forma de minimizar os efeitos do encarceramento durante o período gestacional
Abstract: The gradual increase of violence in Brazilian society has being resulting in a growing of the prison population over last years, as well as the proportion of women than men. The participation of women in crime and responsibilities within her family makes this phenomenon a growing social problem. Women prisoners are mostly young, in reproductive age, making pregnancy a recurrent situation while they are serving a sentence. The studies about female criminality are poor and not helpful about its real dimension, especially when targeted to women who experienced pregnancy in this environment. Given these considerations, this research had as its object of study the experience of women in prison during pregnancy: analyze the experience of women in prison during the gestational period. This is a descriptive and qualitative study. The data were sourced through a semi-structured interview with nine incarcerated women, between August and September 2011, who met the inclusion criteria previously established, and organized according to the precepts of content analysis according to Bardin. Through this coding and classification process became a central thematic: the experience of women in prison during pregnancy, resulting in three categories: category 1 interpersonal relationships; category 2 - feelings that permeate the pregnant woman in prison; and category 3 absence of health care to incarcerated pregnant. The data were analyzed according to the available literature and the study revealed that interpersonal relationships, maintained by these women in prison, were marked by distance from family members, primarily due to socioeconomic factors, being a challenge for addressing of pregnancy in prison and reports of abuse of power by employees working in the institution. The women, who experience pregnancy in prison are more likely to experience feelings of worry, doubts, sadness and fear for baby s health due to lack of antenatal care and about the prison environment structure to meet your needs. The health care aimed at these women is poor and often does not occur, endangering the baby s life and his own mother, this is being a troubling reality in public health system. Finally, it is expected that this study can give visibility to an issue rarely discussed in the literature and contribute to the construction of specific public policies for this reality, in order to minimize the effects of incarceration during pregnancy
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/14764
Aparece nas coleções:PPGE - Mestrado em Enfermagem

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