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Título: Mortalidade em idosos longevos e "mais jovens" no Brasil
Autor(es): Medeiros, Wilton Rodrigues
Orientador: Lima, Kenio Costa de
Palavras-chave: Mortalidade;Idosos;Sistemas de informação;Fatores epidemiológicos
Data do documento: 27-Mar-2015
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: MEDEIROS, Wilton Rodrigues. Mortalidade em idosos longevos e "mais jovens" no Brasil. 2015. 108f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.
Resumo: O objetivo do estudo foi traçar o perfil de mortalidade do idoso no Brasil, nas duas faixas etárias limítrofes, aqueles com 60 a 69 anos (mais jovens) e 80 ou mais (longevos). Para isso, se buscou a caracterização, tendência, distinção de diferentes perfis de mortalidade e da qualidade da informação e suas relações com o contexto socioeconômico e sanitário das microrregiões do Brasil. Para tanto, se processou a coleta de dados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir dos dados foram calculados os coeficientes de mortalidade para os capítulos da Classificação Internacional das Doenças (CID-10) e com o uso do modelo de regressão polinomial se obteve a tendência dos principais capítulos. Através da Análise de Agrupamento por técnica não hierárquica (K-Means) se obteve os perfis entre as microrregiões brasileiras. Ademais, por meio da análise fatorial das variáveis contextuais se obteve o Índice de Privação Socioeconômica e Sanitária (IPSS). A tendência dos CMId e da razão de seus valores nos dois estratos mostrou uma diminuição da maior parte dos indicadores, principalmente das taxas de mal definidas, especialmente entre os longevos. Os perfis que emergiram foram nos idosos “mais jovens”, o Perfil do Desenvolvimento, Perfil da Modernidade, Perfil do Paradoxo Epidemiológico e Perfil do Desconhecimento. Nos longevos, emergiram perfis denominados igualmente aos três últimos e mais o Perfil das Baixas Taxas de Mortalidade. Na comparação das médias de IPSS de forma global todos os grupos diferiam entre si, em ambos os estratos etários. Foi feita a comparação do Perfil do Desconhecimento, com os demais perfis, através do uso de contrastes ortogonais. Basicamente ele diferia de todos os outros, isolados ou agrupados. Embora, nos longevos este apresentou média de IPSS semelhante ao Perfil das Baixas Taxas de Mortalidade. Também, foi encontrada associação entre os indicadores de qualidade da informação, CMId por causas mal definidas, Coeficiente Geral de Mortalidade para cada estrato etário (CGMId) e o IPSS das microrregiões, onde foi maior a privação socioeconômica sanitária, mais desfavoráveis foram as taxas encontradas. Diante dos achados, considera-se que apesar da diminuição dos coeficientes de mortalidade, há diferenças marcantes de perfis e estes estão relacionados às condições contextuais, como também às desigualdades regionais em relação à qualidade da informação, fato que potencializa a vulnerabilidade da faixa etária estudada e as iniquidades em saúde já presentes.
Abstract: The aim of the present study was to trace the mortality profile of the elderly in Brazil using two neighboring age groups: 60 to 69 years (young-old) and 80 years or more (oldest-old). To do this, we sought to characterize the trend and distinctions of different mortality profiles, as well as the quality of the data and associations with socioeconomic and sanitary conditions in the micro-regions of Brazil. Data was collected from the Mortality Information System (SIM) and the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). Based on these data, the coefficients of mortality were calculated for the chapters of the International Disease Classification (ICD-10). A polynomial regression model was used to ascertain the trend of the main chapters. Non-hierarchical cluster analysis (K-Means) was used to obtain the profiles for different Brazilian micro-regions. Factorial analysis of the contextual variables was used to obtain the socio-economic and sanitary deprivation indices (IPSS). The trend of the CMId and of the ratio of its values in the two age groups confirmed a decrease in most of the indicators, particularly for badly-defined causes among the oldest-old. Among the young-old, the following profiles emerged: the Development Profile; the Modernity Profile; the Epidemiological Paradox Profile and the Ignorance Profile. Among the oldest-old, the latter three profiles were confirmed, in addition to the Low Mortality Rates Profile. When comparing the mean IPSS values in global terms, all of the groups were different in both of the age groups. The Ignorance Profile was compared with the other profiles using orthogonal contrasts. This profile differed from all of the others in isolation and in clusters. However, the mean IPSS was similar for the Low Mortality Rates Profile among the oldest-old. Furthermore, associations were found between the data quality indicators, the CMId for badly-defined causes, the general coefficient of mortality for each age group (CGMId) and the IPSS of the micro-regions. The worst rates were recorded in areas with the greatest socioeconomic and sanitary deprivation. The findings of the present study show that, despite the decrease in the mortality coefficients, there are notable differences in the profiles related to contextual conditions, including regional differences in data quality. These differences increase the vulnerability of the age groups studied and the health iniquities that are already present.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20115
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