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Título: Ambiente hospitalar: clima organizacional x estresse na equipe de enfermagem
Título(s) alternativo(s): Hospital environment organizational climate x stress in the nursing team
Autor(es): Rodrigues, Cláudia Cristiane Filgueira Martins
Orientador: Santos, Viviane Euzébia Pereira
Palavras-chave: Enfermagem;Estresse organizacional;Cultura organizacional;Ambiente de trabalho
Data do documento: 19-Ago-2016
Referência: RODRIGUES, Cláudia Cristiane Filgueira Martins. Ambiente hospitalar: clima organizacional x estresse na equipe de enfermagem. 2016. 150f. Tese (Doutorado em Enfermagem na Atenção à Saúde) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
Resumo: O estresse ocupacional está presente em diversos ambientes de trabalho em virtude das constantes mudanças tecnológicas, produtivas e sociais ocorridas nos últimos anos. Assim, pesquisas que fomentam a discussão da relação do trabalhador e de seu local de atuação são relevantes, pois permitem a identificação de aspectos inerentes ao ambiente laboral e possibilitam um diagnóstico das principais necessidades organizacionais que podem levar ao estresse ocupacional. Neste sentido, o estudo em tela teve por objetivo analisar a relação entre o clima organizacional e o estresse da equipe de enfermagem de um hospital universitário. Esta pesquisa foi dividida em duas etapas, com abordagens metodológicas distintas para cada uma delas. A primeira constituiu-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada em fevereiro de 2015. A amostra do estudo contou com 319 profissionais de enfermagem que estavam inseridos em setores de atendimento ao paciente internado, a saber: as Unidades de Clínica Médica e Clínica Cirúrgica, Terapia Intensiva, Centro Cirúrgico e Diálise. Foram aplicados os seguintes instrumentos: um questionário sociodemográfico, o Inventário de Sinais e Sintomas de Lipp e a escala de avaliação do clima organizacional. As análises realizadas foram dos tipos univariadas e bivariadas, com nível de significância de 5%. A segunda etapa do estudo foi do tipo coorte. Participaram 69 profissionais de enfermagem que atuavam havia até três meses nos setores de assistência ao paciente adulto do referido hospital. A coleta de dados foi realizada de fevereiro de 2015 a fevereiro de 2016. A análise de dados foi por meio da análise de sobrevida. Cabe destacar que o estudo seguiu os princípios éticos e legais que regem a pesquisa científica em seres humanos do Conselho Nacional de Saúde, e foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa, pelo Parecer 925.477, de 18 de dezembro de 2014, sob o número CAAE: 273.935.146.000.0553-7. Os resultados indicaram que o estresse esteve presente em 22,5% da amostra investigada, em que se destacaram as fases de resistência e de exaustão. As maiores frequências foram encontradas nos trabalhadores com até 30 anos, casados, com filhos e que atuavam nas enfermarias no turno da manhã. Com relação ao clima organizacional, foi possível constatar que o fator condições de trabalho foi avaliado como o de maior satisfação entre os profissionais do estudo; entretanto o fator processo decisório foi pontuado como o de maior insatisfação. Com relação à análise do clima organizacional total, identificou-se que os profissionais de enfermagem que atuavam havia menos de um ano e que trabalhavam nos setores fechados tiveram uma percepção positiva do clima organizacional dessa instituição. No que se refere à relação entre o clima organizacional total e o estresse ocupacional da equipe de enfermagem, evidenciou-se diferença estatisticamente significativa em que os profissionais que pontuaram menores escores do clima organizacional total apresentaram sintomatologia do estresse ocupacional. Ademais, a análise do estresse nos profissionais de enfermagem em seu primeiro ano de atuação na instituição demonstrou que 55% dos profissionais não desenvolveram estresse ao longo do período de um ano. Entretanto, 45% apresentaram estresse em algum momento no decorrer da coleta de dados. Fato este associado a uma probabilidade de não desenvolver estresse de 68% nos primeiros três meses de atuação. Desse modo, pode-se afirmar que o clima organizacional desse ambiente de trabalho influencia as respostas de estresse nos membros da equipe de enfermagem investigada. Assim, conclui-se que o ambiente hospitalar no contexto estudado conduz a reações de tensão e desgaste nos profissionais de enfermagem, o que reflete em sinais e sintomas de estresse.
Abstract: Occupational stress is present in several work environments as a result of the constant technological, productive and social changes that occurred over the past few years. Thus, surveys fostering the discussion of the relationship of workers and of their workplaces are relevant as they allow us to identify aspects inherent to the work environment and enable a diagnosis of the main organizational needs that may lead to occupational stress. Accordingly, the study in question was aimed at analyzing the relationship between the organizational climate and the stress of the nursing team of a university hospital. This study was divided into two steps, with different methodological approaches for each of them. The first was made up of a cross-sectional study with quantitative approach. Data collection was performed in February 2015. The study sample had the participation of 319 nursing professionals who were inserted in the sectors of caring for hospitalized patients, namely: Medical Clinic and Surgical Clinic Facilities, Intensive Care, Surgical Center, and Dialysis. We applied the following tools: a sociodemographic questionnaire, the Lipp’s Inventory of Signs and Symptoms and the organizational climate assessment scale. The conducted analyzes were typified as univariate and bivariate, with a significance level of 5%. The second step of this study was typified as a cohort. It had the participation of 69 nursing professionals who worked up to three months in sectors for caring for adult patients of the aforementioned hospital. Data collection was performed from February 2015 to February 2016. Data analysis took place by means of survival analysis. It is worth highlighting that this study has followed the ethical and legal principles governing scientific research with human beings, devised by the National Health Council, and was approved by the Research Ethics Committee, through the Opinion 925.477, from December 18th, 2014, under the CAAE number: 273.935.146.000.0553-7. The results pointed out that stress was present in 22.5% of the investigated sample, where the phases of resistance and exhaustion stood out. The higher frequencies were found in workers aged up to 30, married, with children and who worked in the nursing wards during the morning shift. Regarding the organizational climate, it was possible to find that the factor related to work conditions was assessed as the most satisfactory among the surveyed professionals; however, the factor related to decision process was indicated as the most unsatisfactory. Regarding the analysis of the total organizational climate, we identified that the nursing professionals who worked for less than a year and that worked in closed sectors had a positive perception of the organizational climate of this institution. With respect to the relationship between the total organizational climate and the occupational stress of the nursing team, we found a statistically significant difference in which the professionals who had lower scores of the total organizational climate showed symptomatology of occupational stress. Moreover, the analysis of stress in nursing professionals in its first year of work in the institution demonstrated that 55% of professionals did not develop stress throughout a one-year period. Nevertheless, 45% showed stress at some point over the course of data collection. This fact was associated with a survival rate of 68% of not developing stress in the first three months of activity. Therefore, one can assert that the organizational climate of this work environment has an influence on the stress responses in the members of the investigated nursing team. Thus, we have concluded that the hospital environment in the surveyed context is conducive to reactions of tension and depletion in the nursing professionals, which results in signs and symptoms of stress.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21952
Aparece nas coleções:PPGE - Doutorado em Enfermagem

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