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Title: Escola e família: práticas de letramento, vivências e memórias
Authors: Brito, Maria Cleidimar Fernandes de
Advisor: Oliveira, Maria do Socorro
Keywords: Letramento familiar;Eventos e práticas de letramento;Projeto de letramento
Issue Date: 27-Jul-2016
Citation: BRITO, Maria Cleidimar Fernandes de. Escola e família: práticas de letramento, vivências e memórias. 2016. 135f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
Portuguese Abstract: Políticas públicas e pesquisas em Letramento Familiar, em vários países desenvolvidos (Austrália, Canadá, Estados Unidos), são uma realidade, desde a década de 1990, que visam, dentre outros objetivos, engajar a família na escola e, com isso, melhorar o desempenho escolar dos educandos. No Brasil, a relevância dessa relação vem sendo discutida em documentos oficiais como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEI) que mostram a necessária aproximação entre a escola e a família. Apesar desses referenciais, a ausência de políticas públicas nessa perspectiva é latente. Cientes dessa realidade, propusemo-nos, nesta pesquisa, a contribuir com a relação família-escola a partir da perspectiva dos Estudos de Letramento Familiar. Nesse sentido, objetivamos 1) envolver as famílias em práticas e eventos de letramento, fortalecendo a relação família-escola; 2) potencializar o trabalho colaborativo das famílias, estimulando a participação, a leitura e a produção escrita dessas famílias; 3) promover um espaço de reflexão acerca da Educação (dos filhos), valorizando as reflexões das famílias; 4) investigar como as famílias acompanham a Educação dos filhos em casa, considerando suas práticas de letramento, vivências e memórias. Do ponto de vista teórico, esta pesquisa realiza-se à luz dos Estudos de Letramento (STREET, 2003; 2014; KLEIMAN, 1995; 2008; BARTON; HAMILTON; IVANIC, 2000), em particular do Letramento Familiar (CASPE, 2003, PHILLIPS; SAMPLE, 2005; LI, 2003; ANDERSON et al., 2005; CARPENTIERI et al., 2011; TAVARES, 2008; EUZÉBIO, 2011; GOULART, 2012; PEREIRA, 2014; SANTOS, 2015), assumindo os projetos de letramento como um dispositivo didático (KLEIMAN, 2000; OLIVEIRA, 2010, no prelo; TINOCO, 2008; SANTOS, 2012; OLIVEIRA; TINOCO; SANTOS, 2011). Do ponto de vista metodológico, se insere na área da Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 2006; ROJO, 2006, 2007; ALMEIDA FILHO, 2008) e adota o paradigma qualitativo interpretativista (MASON, 1997; CELANI, 1998; 2005), com abordagem na etnografia crítica (CARSPECKEN, 1996; COOK, 2005; MAINARDES; MARCONDES, 2011). Como instrumentos para a geração de dados utilizamos notas de campo, sessões reflexivas, questionários, vídeos, fotografias, atividades de leitura e de escrita. Com base nos dados analisados, percebemos que a escola e a família precisam rever alguns aspectos, tais como: 1) observância de que as famílias são potencialmente fortes e podem colaborar, de maneira efetiva, com as ações da escola, por meio de projetos de letramento; 2) entendimento de que as famílias nutrem anseios, preocupações e interesses pela Educação dos filhos e exercem forte influência sobre a vida deles, de modo que, têm muito a partilhar com a escola; 3) reconhecimento de que tanto a escola quanto a família são responsáveis pelo processo educacional dos educandos; 4) percepção de que as ações do projeto de letramento são relevantes para aproximar família-escola e que a escola deveria promover mais ações dessa natureza; consideração de que, por meio das atividades colaborativas, as crianças se sentem acolhidas por suas famílias e os laços afetivos se estreitam. Entendemos, contudo, que o fortalecimento dessa relação perpassa, necessariamente, pelo envolvimento político e pedagógico da escola e que os projetos de letramento podem contribuir com essa relação. Além disso, faz-se necessário políticas públicas em Letramento Familiar, a nível nacional, que priorizem essa relação.
Abstract: Public policy and research on Family Literacy in several developed countries (Australia, Canada, USA), is a reality since the 1990s, among other objectives, to engage the family in school and, therefore, improve performance school of students. In Brazil, the importance of this relationship has been discussed in official documents such as the Law of Guidelines and Bases of National Education (LDB) and the National Curriculum References for Early Childhood Education (RCNEI) showing the necessary approximation between school and family. Despite these references, the absence of public policies in this perspective is latent. Aware of this reality, we proposed in this research contribute to the family-school relationship from the perspective of the Family Literacy Studies. In this sense, we aim to 1) involve families in practices and literacy events, strengthening the family-school relationship; 2) enhance the collaborative work of families, encouraging participation, reading and written production of these families; 3) promote a space for reflection about the education (of children), valuing the reflections of families; 4) to investigate the families accompany the Education of children at home, considering its literacy practices, experiences and memories. From a theoretical point of view, this research is carried out in the light of Literacy Studies (STREET, 2003; 2014; KLEIMAN, 1995; 2008; BARTON, HAMILTON; IVANIC, 2000), in particular the Family Literacy (CASPE, 2003 PHILLIPS ; SAMPLE, 2005; LI, 2003; ANDERSON et al., 2005; CARPENTIERI et al, 2011;. TAVARES, 2008; EUSEBIUS, 2011; GOULART, 2012; PEREIRA, 2014; SANTOS, 2015), taking the literacy projects as a didactic device (KLEIMAN, 2000; OLIVEIRA, 2010, in press; TINOCO, 2008; SANTOS, 2012; OLIVEIRA; TINOCO; SANTOS, 2011). From a methodological point of view, it operates in the field of Applied Linguistics (MOITA LOPES, 2006; ROJO, 2006, 2007; ALMEIDA FILHO, 2008), adopts interpretive qualitative paradigm (MASON, 1997; CELANI, 1998; 2005), with approach in critical ethnography (CARSPECKEN, 1996; COOK, 2005; MAINARDES; MARCONDES, 2011). As tools for generating data used field notes, reflective sessions, quizzes, videos, photos, activities of reading and writing. Based on the analyzed data, we noticed that the school and the family need to review some aspects, such as: 1) compliance that families are potentially strong and can collaborate effectively with the school's actions through projects literacy; 2) understanding that families nourish anxieties, concerns and interests for education of children and exert a strong influence on their lives, so they have a lot to share with the school; 3) recognition that both the school and the family are responsible for the educational process of students; 4) perception that literacy project actions are relevant to approach family-school and that the school should promote more such actions; consideration that, through collaborative activities, children feel accepted by their families and affective bonds narrow. We understand, however, that the strengthening of this relationship permeates necessarily for political and educational involvement of the school and the literacy projects can contribute to this relationship. In addition, it is necessary to public policy in Family Literacy at national level, prioritizing this relationship.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22065
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