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Título: Por uma geografia da (in)visibilidade: cartografia social e luta pelo reconhecimento indígena na Província de Buenos Aires/Argentina
Autor(es): Rosso, Inés
Orientador: Azevedo, Francisco Fransualdo de
Palavras-chave: Invisibilidade;Povos indígenas;Território usado;Cartografia social
Data do documento: 20-Fev-2017
Referência: ROSSO, Inés. Por uma geografia da (in)visibilidade: cartografia social e luta pelo reconhecimento indígena na Província de Buenos Aires/Argentina. 2017. 156f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.
Resumo: O objeto desta pesquisa é a invisibilidade dos povos indígenas na Província de Buenos Aires, evidenciada pela ausência de informações oficiais que deem conta da existência desses povos e da sua situação geográfica atual, impedindo, desse modo, que eles reivindiquem seus direitos reconhecidos a partir da mudança de paradigma que significou a reforma da Constituição Argentina de 1994. Destarte, o objetivo do trabalho é compreender as razões dessa invisibilidade, refletindo sobre o uso do território provincial e o papel do poder público na constituição deste fenômeno, utilizando-se do arcabouço teórico e analítico da cartografia social e das metodologias participativas, entendidas como instrumentos de pesquisa destinados à propor intervenções que irão abrir o caminho para o diálogo entre saberes e sujeitos diferentes. Neste sentido, o mapeamento coletivo é entendido como uma ferramenta de empoderamento da população, mais do que um produto cartográfico, constitui-se em um processo de criação de conhecimento coletivo, com igual ou maior validade que o próprio resultado. A teoria do espaço desenvolvida por Milton Santos serviu de base para a fundamentação da presente pesquisa. Através dela, procurou-se estudar o espaço geográfico como uma instância social, que se define em processos de permanente relação de materialidades e fluxos, mediados por normas e técnicas. Os resultados obtidos revelam que a responsabilidade do Estado na construção da invisibilidade indígena é fortemente ligada ao processo de criação deste e manteve-se por meio de diversos dispositivos, tal como fica evidente nas 83 comunidades indígenas identificadas na província ao longo da pesquisa, pois, somente 46 são reconhecidas pelas instituições do poder público. No entanto, nas formasconteúdo de existência, encontram-se também explicações de invisibilidade indígena. Discussões acerca delas e sua vinculação com o exercício da cidadania enquanto populações indígenas no contexto urbano constituem fundamentos argumentativos relevantes, que, no final da pesquisa, ajudam a refletir sobre a disputa cultural na luta pelo reconhecimento, em que a paridade identidade-diferença adquire um importante papel na análise das práticas espaciais indígenas.
Abstract: El objeto de estudio de la presente investigación es la invisibilidad de los pueblos indígenas en la Provincia de Buenos Aires, evidenciada por la ausencia de informaciones oficiales que den cuenta de la existencia de tales pueblos y de su situación geográfica actual, impidiendo, de ese modo, que reivindiquen sus derechos reconocidos a partir del cambio de paradigma que significó la reforma de la Constitución Argentina de 1994. De esta manera, el objetivo del trabajo es comprender las razones de tal invisibilidad, reflexionando sobre el uso del territorio provincial y el papel del poder público en la constitución de este fenómeno. Para tal fin, se utiliza el marco teórico y analítico de la cartografía social y las metodologías participativas, entendidas como instrumentos de investigación tendientes a abrir posibilidades al diálogo entre saberes y sujetos diferentes. En este sentido, el mapeo colectivo es entendido más como una herramienta de empoderamiento de la población que como un producto cartográfico en sí, constituyéndose en un proceso de creación de conocimiento colectivo, con igual o mayor validez que el propio resultado. La teoría del espacio desarrollada por Milton Santos sirvió de base para la fundamentación da la presente investigación; a través de ella, se procura estudiar el espacio geográfico como una instancia social, que se define en procesos de permanente relación entre materialidades y flujos, mediados por normas e técnicas. Los resultados obtenidos revelan que la responsabilidad del Estado en la construcción de la invisibilidad indígena está fuertemente ligada al proceso de creación de éste y se mantiene por medio de diversos dispositivos, tal como se evidencia en el hecho de haber identificado 83 comunidades indígenas en la provincia a lo largo del presente estudio, siendo solamente 46 reconocidas por las instituciones del poder público. Sin embargo, en las formas-contenido de existencia, se encuentran también explicaciones de la invisibilidad indígena. Debates sobre ellas y su vinculación con el ejercicio de la ciudadanía en tanto poblaciones indígenas en el contexto urbano, constituyen fundamentos argumentativos relevantes, que, hacia el final de la investigación, ayudan a reflexionar sobre la disputa cultural en la lucha por el reconocimiento, en la que la paridad identidad-diferencia adquiere un importante papel para el análisis de las prácticas espaciales indígenas.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23102
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