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https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/24052
Título: | Um estudo da evolução da mente e das psicopatologias através da análise de grafos da literatura |
Autor(es): | Pinheiro, Sylvia Mota, Natália Copelli, Mauro Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes |
Palavras-chave: | Teoria dos grafos;Mente Bicameral;Psicopatologias;Esquizofrenia; Transtorno bipolar |
Data do documento: | Set-2014 |
Resumo: | Introdução Para melhor compreender pacientes com psicopatologias, Mota e colaboradores (2012, 2014) investigaram atributos de grafos de entrevistas obtidas de pacientes com esquizofrenia, com transtorno bipolar tipo I e em controles não psicóticos O estudo aponta a possibilidade de um estudo psiquiátrico quantitativo, e mostra diferenças significativas entre indivíduos bipolares e esquizofrênicos em pelo menos 10 atributos de grafos. Em uma análise de classificadores, os atributos permitiram uma diferenciação com alta sensibilidade e especificidade. Também realizando análise de texto, porém numa vertente semântica, Diuk e colaboradores (2012) aplicaram a ferramenta LSA (Latent Semantic Analysis) para estimar a presença do conceito de “introspecção” durante uma janela da história do desenvolvimento humano. Este trabalho, baseado nas ideias de Julian Jaynes (1976), encontrou na transição da tradição popular oral para a escrita durante a chamada Era Axial, (período 800 a.C. a 200 a.C.) um aumento dos níveis de introspecção. O estudo utilizou textos antigos das culturas grecoromana e judaicocristã, além de textos da atualidade. Os resultados corroboram a teoria de Jaynes sobre o aparecimento recente da consciência humana atual, através da ruptura do modo de funcionamento mental conhecido como “bicameral”. Este é caracterizado pela ausência de introspecção e constante intervenção de “vozes”, comportamento que é similar ao de indivíduos psicóticos. Objetivos Inspirandose nestas ideias, nosso estudo busca aplicar análise de grafos à literatura, em duas vertentes: 1) análise dos textos de escritores historicamente diagnosticados como psicóticos na literatura moderna e contemporânea; 2) análise dos textos da Era Axial. Métodos Para isto, obtivemos a versão digital das obras literárias no domínio púbico da internet, (em sítios como o Projeto Gutenberg e MIT Classics) e os adequamos para a versão de texto. Utilizamos o software Speechgraphs, que calcula atributos diversos baseandose na teoria dos grafos e posteriormente, pretendemos construir classificadores através do software Weka. Resultados e Conclusões Na primeira vertente de estudo, encontramos diferenças significativas entre os indivíduos esquizofrênicos e os controles, no atributo de grafo Arestas (12,76, p=0,0167**, N=34 autores), para janelas de 100 palavras, e em dois atributos (Arestas: 12,65; p= 0,0216* LSC: 10,39, p=0,0546*, N=34 autores) para janelas de 30 palavras , mostrando consistência com os estudos anteriores de Mota et al (2012, 2014). Na segunda linha, encontramos diferenças em quase todos os atributos de grafo quando comparamos o Antigo Testamento ao Novo Testamento e às Confissões de Santo Agostinho, todos textos da tradição judaicocristã. Com o desenvolvimento desta pesquisa com mais autores contemporâneos e a inclusão de textos da tradição grecoromana, esperamos aprofundar o teste de nossas hipóteses sobre padrões já encontrados para indivíduos com psicopatologias, e também encontrar novas evidências do padrão de comportamento bicameral. |
URI: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24052 |
Aparece nas coleções: | ICe - Trabalhos apresentados em eventos |
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