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Título: Se eu não sou negra, eu sou o quê?: da importância de discutirmos discriminação racial, interseccionalidade e empoderamento em sala de aula
Autor(es): Martins, Ícaro Amorim
Orientador: Souza, Juliana Teixeira
Palavras-chave: Ensino de História;Relações étnico-raciais na escola;Identidade negra e formação cidadã;Movimento negro e cultura juvenil;Interseccionalidades;Empoderamento e Juventude Negra
Data do documento: 27-Set-2018
Referência: MARTINS, Ícaro Amorim. Se eu não sou negra, eu sou o quê?: da importância de discutirmos discriminação racial, interseccionalidade e empoderamento em sala de aula. 2018. 112f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História - Profhistória) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.
Resumo: Esta pesquisa problematiza classificações identitárias e questiona o impacto da Lei 10.639/03 e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais no ambiente escolar. Essas reflexões subsidiaram a elaboração de um vídeo, que tem o objetivo de servir como material didático a ser usado no ensino de História. Os estudantes do Ensino Médio da Escola Estadual CAIC Maria Alves Carioca, localizada na periferia da cidade de Fortaleza-CE, protagonizam esse vídeo, intitulado “Identidade negra: juventude, afirmação e empoderamento”, pensado como recurso para o fortalecimento de identidades e de direitos, como também para o combate ao racismo, em conexão com os conteúdos referentes à História do Brasil dos dias atuais (após a Constituição de 1988). Por meio de questionários diagnósticos submetidos aos estudantes, detectamos a persistência e o escamoteamento da discriminação racial na escola, movimento respondido pelo fenômeno do empoderamento de estudantes negros, que manifestaram aspectos de uma nova face do movimento negro. Consequentemente, esta pesquisa discorre sobre jovens negros do século XXI, que têm como marcas distintivas o uso de meios de comunicação de massa, consumo de bens de mercado e enaltecimento de intelectuais e artistas negros(as) como tática de empoderamento, movimento também marcado pelo debate sobre interseccionalidades, uma vez que os estudantes insistem em destacar as diferentes estruturas de opressão que podem incidir sobre a pessoa negra, sobretudo relacionadas à gênero e classe social. Como fundamentação teórica, utilizamos a obra de Jörn Rüsen para referenciar o debate sobre o papel do ensino na formação da consciência histórica expressa nas narrativas dos estudantes; o texto de Fredrik Barth para compreender processos de autoidentificação social e de categorização de grupos étnicos; e os escritos de Angela Davis para subsidiar o uso dos conceitos de interseccionalidade e empoderamento nesse estudo sobre relações étnico-raciais na escola.
Abstract: This academic research problematizes the identity classifications and questions the impact of the Law 10.639 / 03 and of the National Curricular Guidelines for the Education of EthnicRacial Relations in the school space. These reflections conducted us to the creation of a short length video, which has the purpose of serving as a didactic resource to be used in the teaching of History. The high school students of the CAIC Maria Alves Carioca State School, located on the outskirts of the city of Fortaleza-CE, are leading figure of this video, entitled "Black identity: youth, affirmation and empowerment", thought as a resource for the strengthening of identities and rights, as well as for the fight against racism, in connection with the contents referring to the History of Brazil of the present day (after the Constitution of 1988). By means of diagnostic questionnaires submitted to the students, we detected the persistence and concealment of racial discrimination in the school, a movement that has been answered by the phenomenon of the empowerment of black students, who have been manifesting aspects of a new face of the black movement. Consequently, this research focuses on the black young of the 21st century, whose distinctive marks are the use of mass media, the consumption of market products, and the enhancement of black intellectuals and artists as a tactic of empowerment, a movement also marked by debate on intersectionalities, since the students insist on highlighting the different structures of oppression that can affect the black person, mainly related to gender and social class. As a theoretical basis, we use the thought of Jörn Rüsen to refer the debate on the role of teaching in the formation of historical consciousness expressed in the students' narratives; the text by Fredrik Barth to understand processes of social self-identification and categorization of ethnic groups; and the writings of Angela Davis to subsidize the use of the concepts of intersectionality and empowerment in this study on ethnic-racial relations in school.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26350
Aparece nas coleções:PROFHISTORIA - Mestrado Profissional em Ensino de História

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