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Title: Preferência de cor e brilho em substrato pelo peixe elétrico Sul-Americano Ituí-Cavalo (Apteronotus albifrons)
Authors: Prado, Larissa da Mata Oliveira
Advisor: Pessoa, Daniel Marques de Almeida
Keywords: Visão de cores;Preferência de substrato;Gymnotiforme;Modelagem visual
Issue Date: 27-Sep-2018
Citation: PRADO, Larissa da Mata Oliveira. Preferência de cor e brilho em substrato pelo peixe elétrico Sul-Americano Ituí-Cavalo (Apteronotus albifrons). 2018. 49f. Dissertação (Mestrado em Psicobiologia) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.
Portuguese Abstract: A ordem Gymnotiforme abrange peixes elétricos de ondas fracas que são amplamente utilizados para estudos em eletrocomunicação. O corpo teórico referente à visão desses animais é escasso, uma vez que possuem olhos pouco especializados em relação ao sentido elétrico. Em comparação às evidências fisiológicas do Gymnotiforme Eigenmannia virescens, estima-se que o peixe elétrico sul-americano Ituí-cavalo (Apteronotus albifrons) possua visão monocromata sensível a longos comprimentos de onda. Entretanto, até o momento, nenhum experimento demonstrou a percepção de cores nesse animal por base comportamental, assim como não foi investigada a influência da pista de brilho em seu comportamento natural. No presente estudo, testamos oito Ituícavalos no laboratório de Ecologia Sensorial da UFRN para preferência de brilho e cor por comparações em substratos. Selecionamos os estímulos através de modelagem visual para visão fotópica (intensidade luminosa alta) e mesópica (intensidade luminosa intermediária) do peixe sob iluminante de 800 e 8 lux, respectivamente. Referenciamos os parâmetros de brilhos em 40, 65, 70 e 100% ao padrão de refletância da cor cinza, bem como os parâmetros de cromaticidade em 100% do padrão de refletância das cores amarela e verde. Seccionamos substratos circulares em três partes iguais, sendo um para o experimento de brilhos, dividido em cinza40 (escuro), cinza70 (intermediário) e cinza100 (claro), e um para o de cores, dividido em amarelo100, verde100 e cinza65. Considerando a visão do peixe, controlamos as áreas utilizadas no teste de brilho para o mesmo valor cromático e variamos apenas em valor acromático, incitando discernimento unicamente baseado na pista de brilho; no teste de cor, controlamos todas as áreas para o mesmo valor acromático e variamos apenas em valor cromático, garantindo que o animal só as diferenciasse caso possuísse visão de cores. Registramos como parâmetro determinístico de preferência o tempo gasto/área do estímulo. Os resultados mostraram que o Ituí-cavalo possuiu preferência populacional por brilhos mais escuros, evitando o mais claro, e que as eventuais preferências de cor foram individuais, sem qualquer padrão discernível. A preferência por substratos escuros pode ser justificada como uma possível manobra para reduzir estresse e/ou risco de predação, assim como observado em Heterandria formosa, enquanto a preferência por cores sugere um possível desajuste da modelagem visual delineada para o Ituí-cavalo. Essas conclusões demonstram a importância da experimentação comportamental para a verificação prática de estudos fisiológicos.
Abstract: The Gymnotiform weakly electric fishes are widely used as animal models for studies in electrocommunication. The theoretical body regarding the vision of these animals is scarce, since their eyes are less developed than their electric sense. In comparison to the physiological evidence from the Gymnotiform Eigenmannia virescens, it is believed that the South American electric fish Ituí-cavalo (Apteronotus albifrons) is a long-wavesensitive cone monochromat. However, no experiment demonstrated the color perception in this animal by behavioral basis so far, nor was the influence of the brightness cue on its natural behavior investigated. In the present study, we tested eight Ituí-cavalos in the UFRN Sensory Ecology laboratory on preference for brightness and color by comparisons on backgrounds. We selected the stimuli after visual modeling for the photopic (high light intensity) and mesopic (intermediate light intensity) vision of the fish under 800 and 8 lux, respectively. We referenced the brightness parameters at 40, 65, 70 and 100% to the gray color reflectance standard, while the chromaticity parameters were 100% of the reflectance pattern of yellow and green colors. We divided circular backgrounds into three equal parts, one for the brightness experiment, divided into gray40 (dark), gray70 (intermediate) and gray100 (light), and one for color test, divided into yellow100, green100 and gray65. We controlled the grays used in the brightness test for the same chromatic value and varied only in achromatic value, inciting discernment based solely on the brightness cue; in the color test, we controlled all colors for the same achromatic value and only varied in chromatic value, guaranteeing that the animal would only differentiate them if it had color vision. We recorded the time spent/area of the stimulus as a deterministic parameter of preference. The results showed that the Ituícavalo had a populational preference for darker shades, avoiding the lightest one, and that the possible color preferences were individual, without any discernible pattern. The preference for dark backgrounds can be justified as a possible maneuver to reduce stress and/or risk of predation, as observed in Heterandria formosa, while color preference rests on a possible visual modeling mismatch of visual modeling outlined for the Ituí-cavalo. These findings demonstrate the importance of behavioral experimentation for the practical verification of physiological studies.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26555
Appears in Collections:PPGPSICO - Mestrado em Psicobiologia

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