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Título: Avaliação do efeito in vitro, in vivo e ex vivo do picolinato de cromo
Título(s) alternativo(s): Evaluation of in vitro, in vivo and ex vivo effect of chromium picolinate
Autor(es): Morais, Yara Campanelli de
Orientador: Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira
Palavras-chave: Genotoxicidade;Análise histológica;Metalômica
Data do documento: 30-Set-2019
Referência: MORAIS, Yara Campanelli de. Avaliação do efeito in vitro, in vivo e ex vivo do picolinato de cromo. 2019. 72f. Dissertação (Mestrado em Bioquímica) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019.
Resumo: O picolinato de cromo (PICCr) é um complexo formado por três resíduos do ácido picolínico (na forma de sal) ligados por coordenação a um átomo de cromo III. A suplementação com PICCr por esportistas e outros vem a cada ano aumentando, inclusive tem sido observado ao ingesta de altas dose diárias por essas pessoas. Não há um definição dos limites de segurança para o uso do PICCr. Portanto, tevese como objetivo avaliar parâmetros de toxicidade do PICCr por meio de diferentes testes in vitro (células em cultivo), in vivo e ex vivo (metalômica) com intuito de trazer a luz mais informações referentes ao uso seguro desse composto. Após aquisição por meios comerciais de cápsulas de PICCr provenientes de dois países diferentes: Inglaterra e Brasil, iniciou-se esse trabalho verificando por espectrometria de absorção atômica a quantidade de material contidas nessas cápsulas. Constatou-se 40 vezes mais PICCr no produto inglês do que o referido na sua bula, e 5 vezes no produto brasileiro. Quatro linhagens celulares: macrófagos murinos (RAW-264.7), células de ovário de hamster chinês (CHO), fibroblasto murino (3T3) e células de adecarcinoma hepático humano (HepG2) foram expostas a variadas concentrações de PICCr (5 a 20 µg/mL) e verificou-se que CHO, 3T3 e HepG2 tiveram a sua capacidade de reduzir o MTT (3-(4,5-dimetiltiazol-2-il) 2,5-difenil tetrazol) diminuída (de 10 até 80%). Já as células RAW-264.7 não foram afetadas, nesta análise. As células HepG2 quando expostas ao PICCr (20 a 50 µg/mL) apresentaram números de micronúcleos significativamente semelhante as células que não foram expostas ao PICCr. Nas células RAW 264.7, percebeu-se uma diminuição na liberação de oxido nítrico, quando elas foram expostas a lipossacarídeos de parede bacteriana (LPS) e o PICCr. Nos ensaios in vivo, camundongos Swiss machos foram expostos a diferentes doses de PICCr (1000 e 2000 µg/mL) por 15 dias. Após este período, verificou-se que os animais tratados tiveram menor ganho de peso e diminuição nos níveis de triglicerídeos plasmáticos. Não apresentaram modificações macroscópicas, nem histológicas nos tecidos hepático e renal. Verificou-se também que os animais tratados apresentaram diminuição de 50% dos níveis séricos de ferro plasmático em comparação com o grupo não tratado. Todavia, análises de metalômica mostraram que os níveis de ferro nos tecidos hepático e renal não foram afetados. A atividade do PICCr como agente anti-inflamatório, bem como, a sua capacidade de reduzir os níveis séricos de ferro ainda não tinham sido relatadas, e isso pode potencializar o seu uso. Entretanto, estudos com humanos se fazem necessários para confirmarem estas observações, podendo impulsionar estudos futuros para se compreender melhor estes efeitos e agregar valor econômico e farmacológico ao PICCr.
Abstract: Chromium picolinate (PICCr) is a complex made up of three picolinic acid residues (in salt form) linked by coordination to a chromium III atom. PICCr supplementation by athletes and others has been increasing every year and without a determined dose. The hypothesis of this study is the safety of prescribing varying doses of chromium picolinate. After commercial acquisition of PICCr capsules from two different countries, England and Brazil, this work began by checking by Atomic Absorption Spectrometry, the masses contained in these capsules. We found a higher concentration of the mineral in the capsules of English origin, which was selected as a sample for the research. Four cell lines: murine macrophages (RAW264.7), Chinese hamster ovary (CHO) cells, murine fibroblast (3T3) and human hepatic adecarcinoma (HepG2) cells were exposed to varying concentrations of PICCr (5 to 20 µg /mL) CHO, 3T3 and HepG2 were found to have their ability to reduce (10 to 80%) decreased MTT (3- (4,5-dimethylthiazol-2-yl) 2,5-diphenyl tetrazole). RAW 264.7 cells were not affected in this analysis. HepG2 cells when exposed to PICCr (20 to 50 µg / mL) had micronucleus numbers significantly similar to cells that were not exposed to PICCr. RAW 264.7 cells showed a decrease in nitric oxide release when they were exposed to bacterial wall liposaccharides (LPS). In in vivo assays, male Swiss mice were exposed to different doses of PICCr (1000 and 2000 µg / mL) for 15 days. After this period, it was found that the treated animals had lower weight gain and decreased plasma cholesterol, triglycerides and glucose levels. They did not present macroscopic or histological changes in the hepatic and renal tissues. Treated animals were also found to have 50% decrease in serum plasma iron levels. However, metallomics analyzes show that iron and hepatic tissue iron levels have not been affected, however, human studies are necessary to confirm these observations, and may boost future studies to better understand these effects and add economic and pharmacological value to the study. PICCr.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28017
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