Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30034
Título: Associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados, indicadores antropométricos e perfil lipídico em fator de risco cardiometabólico em adolescentes com excesso de peso
Autor(es): Pimentel, Jéssica Bastos
Orientador: Lima, Severina Carla Vieira Cunha
Palavras-chave: Adolescente;Sobrepeso;Obesidade;Fatores de risco;Dislipidemias;Alimentos processados;Alimentos ultraprocessados;NOVA
Data do documento: 5-Jun-2020
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: PIMENTEL, Jéssica Bastos. Associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados, indicadores antropométricos e perfil lipídico em fator de risco cardiometabólico em adolescentes com excesso de peso. 2020. 87f. Dissertação (Mestrado em Nutrição) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.
Resumo: Evidências apontam para altas prevalências de obesidade e de alterações lipídicas associadas ao elevado consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) na população infanto-juvenil. O objetivo do estudo foi quantificar o consumo de alimentos por nível de processamento e a sua influência sobre os indicadores antropométricos e do perfil lipídico em adolescentes com excesso de peso. Trata-se de um estudo transversal realizado por amostragem nãoprobabilística, com adolescentes entre 10 e 19 anos, de ambos os sexos, diagnosticados com excesso de peso, atendidos pela primeira vez no ambulatório de pediatria em Natal/RN, no período de outubro/2016 a agosto/2019. Foram avaliados dados clínicos, antropométricos, bioquímicos e de consumo alimentar e dietético. O estado nutricional antropométrico foi avaliado por meio do IMC-para-idade, PP, PC, RCQ, RCA e IC. E CT, HDL, TG, LDL e colesterol não-HDL para o perfil lipídico. O consumo alimentar e dietético foi avaliado por meio de um recordatório de 24 horas. Os alimentos foram classificados quanto ao tipo de processamento, de acordo com a “Classificação NOVA”, proposta por Monteiro et al (2010). Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov, t de Student, teste U de Mann-Whitney, Qui-quadrado de Pearson, teste Exato de Fisher, a regressão de Poisson e o teste de Omnibus para as análises estatísticas. A amostra foi composta por 158 adolescentes, com maior percentual (50,6%) no sexo masculino. Foram verificadas diferenças estatisticamente significantes para as variáveis alteradas do PP (P=0,01), IC (P=0,04), RCA (P=0,017) e TG (P=0,047). Registramos no sexo masculino médias antropométricas acima do ponto de corte para IC (1,29±0,06) e RCA (0,59±0,05), e para as variáveis bioquímicas, TG (105±50,44), não-HDL-c (132±30,65) e as razões TG/HDL (2,76±1,54) e CT/HDL (4,32±1,04) médias acima do recomendado. Verificamos no sexo feminino médias de PP (33,00±2,22), IC (1,23±0,07) e RCA (0,57±0,06) e CT (173±30,28), TG (122±61,32), não-HDL-c (133±28,38) e as razões TG/HDL (3,22±1,96) e CT/HDL (4,44±0,95) acima do recomendado. A ingestão calórica média da amostra total foi de 1.731,3±635,4 kcal/dia. Os adolescentes do sexo masculino apresentaram uma maior ingestão calórica comparada as meninas (1.835,9±671,2 vs. 1.621,1±579,5 kcal/dia; P=0,034). Houve maior contribuição calórica relativa dos alimentos in natura e AUP em ambos os sexos. Foi verificado que os adolescentes com não HDL-c elevado apresentaram valores médios aumentados para IC (P=0,029), TG (P < 0,001), CT (P < 0,001) e não-HDL-c (P < 0,001). No modelo de regressão bruta foi identificado associação entre o não-HDL-c elevado com a RCQ (RP: 1,4; IC 95%: 1,1 a 1,9), razão TG/HDL (RP: 1,9; IC 95%: 1,2 a 3,0), e razão CT/HDL (RP: 5,3; IC 95%: 2,6 a 10,6) e após análise ajustada permaneceu significante a razão CT/HDL ao não-HDL-c elevado. Concluímos que os indicadores antropométricos de IC e RCA foram mais evidentes nos adolescentes do sexo masculino e as alterações do CT, TG, não-HDL-c e razões TG/HDL, CT/HDL no feminino. Apesar de não encontrarmos associações entre os AUPs com as alterações cardiometabólicas, o não-HDL-c configura um risco cardiometabólico nesses adolescentes.
Abstract: Evidence have pointed to a high prevalence of obesity and lipid alterations associated with high consumption of ultra-processed foods (AUP) in children and adolescents. The aim of the study was to quantify food consumption by level of processing and its influence on anthropometric and lipid profile indicators in overweight adolescents. This is a cross-sectional study carried out by non-probabilistic sampling, with adolescents between 10 and 19 years old, of both sexes, diagnosed with excess weight, attended for the first time at the pediatric outpatient clinic in Natal/RN, in October/2016 to August/2019. Clinical, anthropometric, biochemical, food and dietary consumption data were evaluated. Anthropometric nutritional status was assessed using BMI-for-age, PP, PC, RCQ, RCA and Ic. And CT, HDL, TG, LDL and non-HDL cholesterol for the lipid profile. Food and dietary intake was assessed using a 24-hour recall. Food was classified according to the type of processing, according to the “NOVA Classification”, proposed by Monteiro et al (2010). The Kolmogorov-Smirnov tests, Student t, Mann-Whitney U test, Pearson's chi-square test, Fisher's exact test, Poisson regression and the Omnibus test were used for statistical analysis. The sample consisted of 158 adolescents, with a higher percentage (50,6%) being male. There were statistically significant differences for the altered variables of PP (P = 0.01), IC (P=0.04), RCA (P=0,017) and TG (P=0,047). We recorded anthropometric averages above the cutoff point for HF (1,29±0,06) and RCA (0,59±0,05) in males, and for biochemical variables, TG (105±50,44), no -HDL-c (132±30,65) and the average TG/HDL (2,76±1,54) and CT/HDL (4,32±1,04) ratios above the recommended. We verified means of PP (33,00±2,22), IC (1,23±0,07) and RCA (0,57±0,06) and CT (173±30,28), TG (122±61,32), without HDL-c (133±28,38) and the TG/HDL (3,22±1,96) and CT/HDL (4,44±0,95) ratios above that recommended in women. The average caloric intake of the total sample was 1.731,3 ± 635,4 kcal/day. Male adolescents had a higher caloric intake compared to girls (1.835,9 ± 671,2 vs. 1.621,1 ± 579,5 kcal/day; P = 0,034). There was a greater relative caloric contribution of fresh foods and AUP in both sexes. It was found that adolescents with high non-HDL-c had increased mean values for IC (P = 0,029), TG (P < 0,001), CT (P < 0,001) e não-HDL-c (P < 0,001). In the crude and adjusted regression model, an association was identified between elevated non-HDL-c and RCQ (RP: 1,4; IC 95%: 1,1 a 1,9), TG/HDL ratio (RP: 1,9; IC 95%: 1,2 a 3,0), and CT/HDL ratio (RP: 5,3; IC 95%: 2,6 a 10,6) in the crude analysis and only the CT/HDL ratio remained associated with elevated non-HDL-c in the adjusted analysis. We conclude that the anthropometric indicators of HF and RCA were more evident in male adolescents and changes in TC, TG, non-HDL-c and TG / HDL, CT / HDL ratios in women. Although we did not find associations between AUPs and cardiometabolic disorders, non-HDL-c is a cardiometabolic risk in these adolescents.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/30034
Embargado até: 2022-08-01
Aparece nas coleções:PPGNUT - Mestrado em Nutrição

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Associacaoentreconsumo_Pimentel_2020.pdf1,52 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.