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Título: Autopercepção, percepção de ouvintes leigos e acústica das vozes de mulheres transgênero
Título(s) alternativo(s): Self-perception, naive listeners' perception and acoustics of transgender women voices
Autor(es): Costa, Paloma Hortencio da
Orientador: Godoy, Juliana Fernandes
Palavras-chave: Voz;Pessoas transgênero;Qualidade da voz;Voice;Transgender people;Voice quality
Data do documento: 15-Jul-2022
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: COSTA, Paloma Hortencio da. Autopercepção, percepção de ouvintes leigos e acústica das vozes de mulheres transgênero. 2022. 28 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fonoaudiologia), Departamento de Fonoaudiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.
Resumo: Objetivo: Comparar a percepção de ouvintes leigos cisgênero, com a autopercepção vocal de mulheres transgênero e descrever os parâmetros acústicos e de autopercepção vocal dessas mulheres. Métodos: Estudo transversal e retrospectivo com mulheres transgênero, aprovado pelo CEP. Foram coletados os dados de identificação, gravação de voz e questionário de autoavaliação. Foram analisadas a pontuação das respostas do questionário Transsexual Voice Questionaire male-to-female (TVQ mtf) e as respostas da questão adicional do questionário. Além disso, avaliadores sem conhecimento específico em voz realizaram a avaliação perceptivoauditiva, em que eles tiveram que assinalar as vozes como “muito feminina”, “um pouco feminina”, “neutra”, “um pouco masculina” ou “muito masculina”. Foi realizada também a análise acústica com a extração dos parâmetros de frequência fundamental (F0), jitter, shimmer, proporção harmônico ruído (HNR) e proeminência do pico cepstral suavizado (CPPS) no programa PRAAT, versão 6.2.03. Foi feita análise descritiva dos dados, bem como análise comparativa dos dados da autoavaliação com a avaliação dos ouvintes leigos. Resultados: Foram incluídas neste estudo 10 mulheres transgênero. Suas respostas ao questionário de autoavaliação demonstram importante impacto da voz na vida diária. Quatro homens e duas mulheres cisgênero leigos classificaram as vozes das participantes de forma semelhante à classificação das mulheres transgênero, frequentemente considerando-as como “um pouco masculina” ou “muito masculina” (p= 0,06). Na análise acústica, foi observado que a frequência fundamental se apresenta em torno de 147Hz e os parâmetros de perturbação estavam dentro do esperado para mulheres saudáveis. Já os valores de CPPS estavam um pouco abaixo do ponto de corte para vozes saudáveis. Conclusão: Os ouvintes leigos identificaram a voz de mulheres transgênero de forma semelhante à autoavaliação delas. Além disso há um grande impacto da voz na vida das participantes do estudo e os parâmetros acústicos demonstram vozes saudáveis, porém em uma faixa de frequência grave. A atuação fonoaudiológica no trabalho com as queixas da mulher trans em relação à sua voz e na conscientização da população acerca da diversidade vocal, são importantes.
Abstract: Purpose: To make a comparison of how listeners identify transgender women’s voice, and how transgender women self-evaluate their own voice and describe transgender women’s acoustic vocal parameters and their self-evaluation. Methods: Cross-sectional and retrospective study, approved by the Ethics Committee. The data were collected from identification, voice recording and self-evaluation questionnaire. Then, the answers to the questionnaire Transsexual Voice Questionaire male-to-female (TVQ mtf) and the answers to the additional question were analyzed. Besides that, naive judges evaluated the voices as “really feminine”, “a little feminine”, “neutral”, “a little masculine” and “really masculine”. It was also made the acoustic analysis with the data of fundamental frequency, jitter, shimmer, harmonics-to-noise ratio (HNR) and Cepstral Peak Prominence-Smoothed (CPPS) in the software PRAAT, 6.2.03 version. The data was analyzed descriptively as well as comparatively of the self-evaluation and the assessment of the listeners. Results: 10 transgender women were included in this study. Their answers to the self-evaluation questionnaire show the great impact of the voice in the participants’ lives. Four cisgender men and two cisgender women rated the participants of this study’s voices similarly to the transgender women’s ratings, frequently considering it as “a little masculine” or “really masculine” (p= 0,06). In the acoustic analysis, it was observed that the fundamental frequency was about 147Hz and the noise and stability’s acoustic parameters were between normal range for healthy women. The CPPS numbers found in transgender women were a little lower than the cutoff for healthy voices. Conclusion: The listeners rated the voice of transgender women in a similar way to their self-evaluation. Besides, there was a great impact of their voices in the lives of the participants of this study and the acoustic analyzes shows healthy voices, but in a low frequency range. The speech therapy has an important role in transgender women who have complaints about their voices and in raising awareness to the population about the vocal diversity.
URI: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48873
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