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Título: Violência institucional no âmbito da saúde reprodutiva : a percepção de mulheres usuárias do SUS, na cidade de Natal/RN
Autor(es): Melo, Carmen Oliveira Medeiros
Palavras-chave: Saúde Reprodutiva;Violência Institucional;Qualidade da Assistência à Saúde;Sistema Único de Saúde;Reproductive health;Institutional violence;Quality of health care;National Health System
Data do documento: 30-Ago-2007
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: MELO, Carmen Oliveira Medeiros. Violência institucional no âmbito da saúde reprodutiva : a percepção de mulheres usuárias do SUS, na cidade de Natal/RN. 2007. 92 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2007.
Resumo: A violência institucional pode incluir desde a dimensão mais ampla da falta de acesso à má qualidade dos serviços oferecidos. Abrange abusos cometidos em virtude das relações de poder desiguais entre usuários(as) e profissionais dentro das instituições. Esta pesquisa objetiva analisar a percepção das mulheres em relação à ocorrência deste tipo de violência no cotidiano dos serviços de referência em saúde reprodutiva, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), na cidade de Natal/ RN. É pertinente à perspectiva interdisciplinar, na medida em que proporciona interação e complementaridade entre várias disciplinas, favorecendo, de forma integrada, a abordagem da temática em atividades de pesquisa, ensino e extensão. Foi realizado estudo transversal envolvendo amostra de 401 mulheres e abordagem qualitativa com amostra intencional de dez participantes, a qual constou de observação participante e entrevistas semi-estruturadas. Os dados foram analisados através das técnicas de regressão logística, análise de correspondência e análise de conteúdo temática categorial.As questões que investigaram diretamente a percepção da violência institucional obtiveram freqüências de respostas afirmativas de 28,2% e 31,8%. Para o cálculo da amostragem, foi utilizado poder de 80% e alfa de 5% A partir da observação participante, foi possível vivenciar que as principais queixas referiram-se à relação entre provedores de saúde e usuárias, traduzindo-se numa insatisfação quanto à forma de relacionamento interpessoal e à resolutividade em relação à demanda específica que motivou o atendimento. Quanto à análise de conteúdo, a partir do processo de categorização, destacaram-se 4 categorias: acesso; informação; relação usuárias/profissionais de saúde; e respeito/ dignidade. Foram identificadas seis subcategorias: impossibilidade de escolha; demanda reprimida; dificuldade de comunicação; relações interpessoais assimétricas; privacidade/confidencialidade; Desrespeito. Pode-se concluir que os resultados apontam para existência de indicadores de violência institucional no cotidiano dos programas de atenção à saúde reprodutiva; no entanto, revela-se a dificuldade de abordagem desse fenômeno, principalmente devido às relações de poder envolvidas na interação usuárias/ provedores, decorrentes do não reconhecimento de determinadas situações como violadoras dos direitos sexuais e reprodutivos. Esses aspectos remetem, portanto, a questões socioestruturais que traduzem marcantes desigualdades, ratificadas por questões pertinentes à violação dos direitos das usuárias no âmbito do SUS
Abstract: Institutional violence ranges from the most widespread lack of access to the poor quality of services provided. It includes abuses committed by virtue of the unequal power between patients and professionals within institutions. The aim of this study was to analyze the perception of women with regard to this type of violence, in the services offered at a reproductive health facility belonging to the National Health System (SUS) in Natal, Brazil. Interdisciplinary perspective is important, in that it provides interaction and complementarity between various disciplines, favoring, in an integrated way, a thematic approach in research activities, teaching and extension, involving professionals, students and researchers in medicine, social services, psychology, nursing, anthropology and physical therapy. A quantitative/qualitative approach was used, involving a sample of 401 women, as part of a transversal observational study. In the qualitative stage, which consisted of participatory observation and semi-structured interviews, we used an intentional sample of 10 individuals. The data were analyzed using logistic regression techniques, correspondence analysis and categorical thematic content analysis, showing that the 2 questions that investigated directly the perception of institutional violence obtained affirmative response frequencies of 28.2% and 31.8%, respectively. In regard to data collected in a field diary related to participatory observation, the main complaints referred to the health providerpatient relation, translated into dissatisfaction with the interpersonal relationship and with the resolution of the specific demand that required care. From content analysis, we classified 4 categories: Access; Information; Health professionalpatient relation; and Respect/dignity. We identified 6 subcategories: Impossibility of choice; Repressed demand; Communication difficulty; Asymmetric interpersonal relations; Privacy/confidentiality; Disrespect. We concluded, therefore, that the data presented show that in the reproductive health care programs, there are indicators of institutional violence. However, it is difficult to approach this phenomenon, mainly because of the power relations involved in the patient-health care provider interaction, resulting from unawareness that determinate situations violate sexual and reproductive rights. This can be explained by sociostructural questions that reveal marked inequalities, ratified by issues related to violation of the rights of National Health System (SUS) patients
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/13165
Aparece nas coleções:PPGCSA - Mestrado em Ciências da Saúde

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