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Título: Identificação dos princípios ativos presentes no extrato etanólico de cereus jamacaru e avaliação em ratos dos possíveis efeitos tóxicos e/ou comportamentais da exposição prolongada
Autor(es): Medeiros, Iris Ucella de
Orientador: Schwarz, Aline
Palavras-chave: Cereus jamacaru DC;Cactaceae;Alcalóides;Toxicidade
Data do documento: 18-Fev-2011
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: MEDEIROS, Iris Ucella de. Identificação dos princípios ativos presentes no extrato etanólico de cereus jamacaru e avaliação em ratos dos possíveis efeitos tóxicos e/ou comportamentais da exposição prolongada. 2011. 127 f. Dissertação (Mestrado em Bioanálises e Medicamentos) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2011.
Resumo: O cacto Cereus jamacaru Mill. (Cactaceae) é uma espécie típica da vegetação da caatinga. Sabe-se que os seus cladódios contém os alcalóides tiramina e 2- hidroxifeniletilamina, compostos ativos que podem atuar no sistema nervoso central, mimetizando a ação da dopamina. Como essa espécie vegetal é bastante utilizada na medicina popular, e não há na literatura científica nenhuma informação sobre os seus efeitos em espécies animais, maiores estudos são relevantes e necessários. No presente trabalho a análise fitoquímica (LC-MS/MS) identificou os alcalóides D-tiramina (m/z 137,2), hordenina (m/z 165,2), N-metiltiramina (m/z 151) e ainda o aminoácido Dtirosina (m/z 181.2), precursor de diversos alcalóides nos extratos etanólico e aquoso obtidos de cladódios de C. jamacaru. Os efeitos tóxicos e/ou comportamentais do extrato etanólico nas doses de 210 e 420 mg/kg/dia, correspondentes respectivamente a 14 g e 28 g do pó da planta seca/kg/dia, foram investigados, em ratos. Os animais foram tratados durante trinta dias, por gavagem, quando então foram submetidos a testes para avaliação da atividade geral (campo aberto), do aprendizado e memória (labirinto em cruz elevado modificado), do comportamento estereotipado induzido pelo femproporex e da catatonia induzida pelo haloperidol. Além disso, os parâmetros de toxicidade (ganho de peso, consumo de ração e ingestão hídrica), enzimas hepáticas (ALT e AST), ureia e creatinina e histopatologia da adrenal, baço, coração, fígado, pâncreas e rim foram analisados. Os resultados mostraram diferenças no consumo de ração e ingestão hídrica pelos ratos machos e fêmeas experimentais, com conseqüente diminuição do ganho de peso. O tratamento por 30 dias com a dose de 420 mg/kg/dia provocou aumento nas concentrações de uréia e ALT dos machos e diminuição na concentração do AST das fêmeas, porém a razão AST/ALT desses animais não foi estatisticamente diferente da razão dos animais do grupo controle, sugerindo ausência de hepatotoxicidade. O estudo histopatológico não revelou nenhuma alteração digna de nota nos diversos órgãos analisados. No campo aberto, tanto os machos como as fêmeas experimentais, apresentaram atividade geral diminuída em relação ao grupo controle. No labirinto em cruz elevado modificado observou-se uma tendência (dados não significantes estatisticamente) de melhoria da memória/aprendizado nos grupos experimentais de machos e fêmeas em relação aos animais controle. No teste da catatonia, os machos experimentais tratados com a dose de 210 mg/kg/dia foram mais resistentes à ação do haloperidol, mostrando-se menos catatônicos que os demais grupos. Nenhuma alteração foi observada nas fêmeas experimentais. Não foi observada alteração alguma no comportamento estereotipado dos animais experimentais machos e fêmeas. Esses resultados sugerem que a exposição de ratos ao extrato etanólico de C. jamacaru produz efeitos tóxicos e afeta os parâmetros comportamentais avaliados em ratos machos e fêmeas de maneiras diferentes. Possível proteção estrogênica e/ou diferenças na ação de enzimas biotransformadoras podem explicar tais resultados
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/13459
Aparece nas coleções:PPGCF - Mestrado em Ciências Farmacêuticas

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