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Título: Relação entre padrão comportamental, estágios do ciclo de muda e atividade de enzimas digestivas proteolíticas em juvenis do camarão marinho Litopenaeus vannamei (Crustacea: Penaeidae)
Autor(es): Almeida Neto, Marino Eugênio de
Orientador: Miranda, Maria de Fátima Arruda de
Palavras-chave: Comportamento;Estágios;Alimentação;Enzimas digestivas proteolíticas;Protease (Tripsina);Shrimp farming;Stages of behavior;Digestive proteolytic enzymes
Data do documento: 28-Fev-2011
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: ALMEIDA NETO, Marino Eugênio de. Relação entre padrão comportamental, estágios do ciclo de muda e atividade de enzimas digestivas proteolíticas em juvenis do camarão marinho Litopenaeus vannamei (Crustacea: Penaeidae). 2011. 110 f. Tese (Doutorado em Estudos de Comportamento; Psicologia Fisiológica) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2011.
Resumo: A carcinicultura brasileira é uma atividade consolidada, pois trouxe ganhos econômicos e sociais a vários estados, com a maior produção e área cultivada localizada na região nordeste. Esse fato também se reflete no maior consumo de ração, tornando necessário um manejo alimentar mais eficiente. Atualmente, as técnicas de manejo já prevêem sobra alimentar em decorrência dos processos de muda. Nesse sentido, estudos relacionando fisiologia digestiva, fisiologia da muda e resposta comportamental do camarão podem otimizar o manejo alimentar. Assim, nosso trabalho teve o objetivo de avaliar a resposta comportamental do camarão marinho L. vannamei (Crustacea: Penaeidae) de acordo com os estágios do ciclo de muda e com a alimentação baseada em horários de maior ou de menor atividade de enzimas digestivas proteolíticas, bem como investigar a influência do horário de alimentação sobre o índice hepatossomático, atividade de protease específica (tripsina) e não específica. Para tanto, foram realizados três experimentos no Laboratório de Estudos do Comportamento de Camarões Departamento de Fisiologia da UFRN, em parceria com o Laboratório de Enzimologia Departamento de Bioquímica da UFPE. Juvenis de L. vannamei pesando 5,25 g (+ 0,25 g), foram mantidos em aquários a uma densidade de 33 camarões m-2. No primeiro experimento, os camarões foram alimentados na fase de claro ou na fase de escuro durante 8 dias; no nono dia, os animais foram observados por 15 minutos a cada hora, durante as 12 horas de cada fase do fotoperíodo, sendo registradas as freqüências de ocorrência dos comportamentos parado, exploração, ingestão de alimento, enterramento, natação e rastejamento. Ao final da 12º sessão de observação, foram sacrificados e classificados pelo método da setogênese, nos estágios do ciclo de muda A, B, C, D0, D1, D2 ou D3. Como resultado, encontramos que os camarões em estágio A apresentam elevada frequencia do comportamento parado. Por outro lado, a freqüência de ingestão de alimento foi muito baixa. Os camarões em estágio D3 também apresentaram baixa ingestão de alimento e elevada inatividade, associada a elevadas freqüências de enterramento. No segundo experimento, os camarões foram mantidos em aclimatação fisiológica às condições experimentais por 28 dias, distribuídos em 12 tratamentos na fase de claro e 12 tratamentos na fase de escuro. Ao final, os animais foram sacrificados e dissecados para avaliação da atividade de protease específica (tripsina) e atividade de protease não específica. De modo geral, esses parâmetros não variaram entre os animais alimentados na fase de claro e aqueles alimentados na fase de escuro. No entanto, percebemos diferenças significativas na atividade das proteases específica e não específica em relação ao tratamento alimentar. Na fase de claro, as maiores atividades proteolíticas convergiam para a 10º hora após o início da fase de claro, enquanto as menores atividades convergiram para a 6º hora após o início dessa fase. Na fase de escuro, as maiores atividades dessas enzimas convergiram para a 12º hora após o início da fase, enquanto as menores atividades convergiram para a 3º hora após o início da fase. No terceiro experimento, buscamos avaliar as respostas comportamentais dos camarões a tratamentos alimentares baseados na maior ou menor atividade de enzimas proteolíticas, considerando os resultados do segundo experimento. As categorias comportamentais observadas foram às mesmas do primeiro experimento, com observações de 30 minutos (15min antes e 15min depois da oferta alimentar). Encontramos uma variação na resposta comportamental em função dos tratamentos, com maior ingestão de alimento nos camarões alimentados no horário de maior atividade de enzimas proteolíticas, da fase de claro. Assim, percebemos que eventos periódicos associados à fisiologia dos camarões interferem em suas respostas comportamentais, revelando situações mais propícias à oferta de alimento, capazes de otimizar o manejo alimentar
Abstract: Shrimp farming in Brazil is a consolidated activity, having brought economical and social gains to several states with the largest production concentrated in the northeast. This fact is also reflected in higher feed intake, necessitating a more efficient feed management. Currently, management techniques already foresee food loss due to molting. In this sense, studies relating shrimp s digestive physiology, molting physiology and behavioral response of shrimp feed can optimize the feed management. Thus, our study aimed to evaluate the behavioral response of the marine shrimp L. vannamei (Crustacea: Penaeidae) in accordance with the stages of moulting cycle and feeding schedules based on higher or lower activity of proteolytic digestive enzymes; also, to investigate the influence of feeding schedule on hepatosomatic index and non-specific and specific protease activity (trypsin). Experiments were carried out at the Laboratory of Shrimp Behavioral Studies at UFRN in partnership with the Laboratory of Enzimology UFPE. Juveniles of L. vannamei weighting 5.25 g (+ 0.25 g) were kept in aquaria at a density of 33 shrimp m -2. In the first experiment, shrimp were fed in the light phase or in the dark phase for 8 days; in the ninth day, the animals were observed for 15 minutes every hour during the 12 hours of each phase of the photoperiod. We recorded the frequency of inactivity, exploration, food intake, burrowing, swimming and crawling behavior. At the end of the 12th observation session, the shrimp were sacrified and classified by the method of setogenesis in the molt cycle stages A, B, C, D0, D1, D2 or D3. We found that the shrimp in A stage show high levels of inactivity. Moreover, the frequency of food intake was very low. The shrimp in D3 stage also had low food intake and high inactivity associated with elevated frequencies of burrowing. In the second experiment, shrimp were kept in physiological acclimation to experimental conditions for 28 days, distributed in 12 treatments in the light phase and 12 treatments in the dark phase. In the end, the animals were sacrified and dissected to assess non-specific and specific protease activity (trypsin) activity. In general, these parameters did not vary among animals fed in the light phase and those fed in the dark phase. However, significant differences were found in the activity of specific and nonspecific proteases in relation to food treatment. In the light phase, the major proteolytic activities converged to 10 hours after the start of the light phase, while the lowest activities converged to 6 hours after the beginning of this phase. In the dark phase, the highest enzyme activity converged to 12 hours after the onset of phase, while the lowest activities converged to 3 hours after the onset of phase. In the third experiment, we sought to evaluate the behavioral responses of shrimp in relation to dietary treatments based on higher or lower activity of proteolytic enzymes, considering the results of the second experiment. The behavioral categories observed were the same as the ones in the first experiment, with observations of 30 minutes (15min before and 15min after food supply). We found variation in behavioral responses as a function of the treatments, with greater intake of food in shrimp fed during the period of greatest activity of proteolytic enzymes, in the light phase. Thus we see that periodic events associated with the shrimp s physiology interfere in their behavioral responses, revealing situations that are more adjustable to the provision of food, and consequently optimizing feeding management
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/17215
Aparece nas coleções:PPGPSICO - Doutorado em Psicobiologia

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