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Título: Travestis na atenção primária: o cuidado em saúde na cidade de Natal
Autor(es): Moraes, Antonia Nathalia Duarte de
Orientador: Silva, Georgia Sibele Nogueira da
Palavras-chave: Travesti;Atenção primária à saúde;Discriminação;Cuidado;Humanização
Data do documento: 29-Out-2014
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: MORAES, Antonia Nathalia Duarte de. Travestis na atenção primária: o cuidado em saúde na cidade de Natal . 2014. 192f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014.
Resumo: Dentre os desviantes de um ideal heteronormativo, as travestis são as que mais sofrem agressões e discriminações. Têm-se constatado que os serviços de saúde muitas vezes se apresentam como locais que mantém e reproduzem essas discriminações, o que faz com que as travestis só procurem assistência médica em último caso. Tendo como base as diretrizes do SUS e a Política Nacional de Humanização, bem como a inclusão e protagonismo dos usuários, realizamos uma pesquisa qualitativa buscando compreender a vivência das travestis na busca por cuidados em saúde no âmbito da atenção primária na cidade de Natal-RN. Utilizamos como instrumentos tecno-metodológicos a entrevista em profundidade e oficina com uso de “cenas”. Para análise interpretativa das narrativas recorremos à Hermenêutica-Dialética. A partir do diálogo com as narrativas chegamos aos seguintes eixos temáticos: 1) Compreendendo o significado de ser travesti; 2) A vivência travesti na busca por saúde; 3) Travestis e o cuidado humanizado em saúde. No primeiro eixo elas revelam a luta diária das travestis entre o preconceito e a busca por respeito, bem como os significados de ser travesti, que apareceram como: Ser homossexual, ser feminina, não ser transexual e aceitar-se como são. No segundo eixo, expressaram dificuldades quanto ao acesso e uso dos serviços de saúde: o constrangimento pelo não uso do nome social; o medo de sair durante o dia; a associação das travestis ao vírus HIV; e a dor causada pela discriminação dos profissionais de saúde. Foi possível identificar, também, demandas simples, como os adoecimentos do dia a dia, à demanda por XV hormonioterapia, que implica em necessidades de tratamentos, bem como a vital necessidade de ter os seus direitos respeitados. No terceiro eixo, para o alcance de um cuidado humanizado identificamos que o olhar respeitoso garantiria sua dignidade e o seu direito à saúde de forma humanizada, mas para isso identificamos algumas mudanças necessárias: Capacitação dos profissionais, diálogo com o movimento social, campanhas de divulgação e aproximação com o ser travesti. Por fim, espera-se que a pesquisa possa contribuir com o campo do conhecimento acerca do saber-fazer na assistência à saúde das travestis, dentro e fora da academia
Abstract: Among the deviant a heteronormative ideal, transvestites are the ones that suffer abuse and discrimination. Have been found that health services often present themselves as places that maintains and reproduce such discrimination, which makes transvestites only sought medical care in the latter case. Based on the guidelines of the SUS and the National Humanization Policy as well as the inclusion and leadership of the users, we conducted a qualitative study seeking to understand the experience of transvestites in seeking health care within primary care in Natal-RN. We use as techno-methodological instruments in depth interview and workshop with use of "scenes". For interpretative analysis of the narratives we use to Hermeneutics-Dialectic. From the dialogue with the narrative we come to the following themes: 1) Understanding the meaning of being a transvestite; 2) The experience transvestite in search of health; 3) Transvestites and humanized health care. In the first point they reveal the daily struggle of transvestites between prejudice and the search for respect, as well as the meanings of being a transvestite, who appeared as: Being gay, being feminine, not transsexual and accept themselves as they are. In the second axis, expressed difficulties in access to and use of health services: the embarrassment by not using the social name; fear of going out during the day; the association of transvestites to HIV; and pain caused by discrimination from health professionals. It was also possible to identify simple demands such as illnesses from day to day, the demand for hormone therapy, which involves treatment needs as well as the vital need to have their rights XVII respected. The third axis, for the range of a humanized care identified that the respectful gaze guarantee their dignity and their right to health in a humane way, but it identified some necessary changes: Training of professionals, dialogue with the social movement, publicity campaigns and rapprochement with the transvestite. Finally, it is expected that the research will contribute to the field of knowledge know-how in health care transvestites, inside and outside of the university
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19586
Aparece nas coleções:PPGPSI - Mestrado em Psicologia

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