Please use this identifier to cite or link to this item: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/19918
Title: A Experiência como ordenação da realidade: uma estratégia orgânica para a educação científica
Other Titles: The Experience as order of reality: an organic strategy for science education
Authors: Severo, Thiago Emmanuel Araújo
Keywords: Experiência;Realidade;Educação Científica;Complexidade
Issue Date: 2-Feb-2015
Publisher: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Citation: SEVERO, Thiago Emmanuel Araújo. A Experiência como ordenação da realidade: uma estratégia orgânica para a educação científica. 2015. 180f. Tese (Doutorado em Educação) - Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.
Portuguese Abstract: Entender supõe uma experiência do sujeito cognoscente. É preciso estar em contato, experimentar. Mas não só. Atribuir significado à realidade requer processamento, classificação, ordenação. Essa reflexão sobre a experiência processada, ordenada, é o que configura o conhecimento. De acordo com o filósofo Gaston Bachelard (2010) nosso contato imediato com o real só vale como um dado confuso e provisório. Esse contato fenomenológico exige inventário, classificação, conexão, ordenação da experiência, imputação de sentido e representação. Por essa razão a nossa primeira leitura sobre algum fenômeno é limitada a níveis basilares da realidade. Elementos como dinâmica, funcionamento ou características detalhadas do que é observado só podem ser acessados em momentos posteriores e por meio de níveis mais elevados da realidade, como explica o físico Werner Heisenberg (2009). As ideias tecidas por esses dois grandes intelectuais oxigenam, na minha concepção, a noção de que conhecer não significa apenas observar e descrever a natureza, mas atribuir valor e significado ao conhecimento. Fundamentado nessas ideias e no horizonte cognitivo das ciências da complexidade, objetivo neste trabalho experimentar uma reflexão sobre o nosso entendimento de mundo construído e regulado a partir da ordenação da nossa própria experiência. Procuro descrever como esse processo é capaz de oxigenar um pensar bem, na acepção gestada por Edgar Morin (2004) e ampliada por Conceição Almeida (2007). Tomo como hipótese de trabalho a experiência enquanto estratégia orgânica de pesquisa, particularizando o termo definido por Bachelard (2010). Essa estratégia permite aventurar-se pela penumbra do desconhecido para acessar camadas superiores da realidade. Nessa concepção, a experiência funciona como um lodo nutritivo que regula, repara e acresce em qualidade o entendimento. Utilizo como fio condutor a minha caminhada profissional como professor da disciplina de Ensino de Ciências Naturais I e II no curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte nos semestres de 2013.1 a 2014.2. Nesse espaço pude vivenciar como as experiências ajudam a romper com um entendimento simplificado do mundo. Escolhi trabalhar com os problemas de pesquisa desenvolvidos por 398 alunos, dos quais foram utilizados 222. As investigações foram essenciais para o questionamento dos fenômenos que antes pareciam óbvios ou desinteressantes, trazendo à tona razões de funcionamento e dinâmicas entre as estruturas observadas. Em síntese, a experiência é fundadora de um pensamento dinâmico e vivo, visto que necessita da crítica para desconstruir as impressões primeiras sobre os fenômenos, atribuindo valor e significado aos conhecimentos gestados.
Abstract: Knowledge is understanding. According to the philosopher Gaston Bachelard our immediate contact with the reality is only worth as confusing and provisional data. This phenomenological contact requires inventory and classification. For this reason our first reading on any phenomenon is limited to a basic levels of reality. Elements such as dynamics, functioning or detailed characteristics of what is observed can only be accessed at higher levels of reality, explains the physicist Werner Heisenberg. The ideas woven by these two great intellectuals oxygenates the notion that a well-made thinking does not require only observation and description of the nature, but assigns value and meaning to the knowledge. Based on these ideas and on the cognitive horizon brought by the complexity sciences, this research aims to nurture a reflection on our understanding of the world built from a rational perspective of experience, as an organic sequence of research. This arguments, over the study, describes how the experience is able to oxygenate a well-made thinking, as the concept created by Edgar Morin and expanded by Conceição Almeida. I argue that the experience as a path of investigative research allows one to ventures in the shadows of the unknown to access upper layers of reality. The experience is, therefore, an organic strategy for a well-made thinking - A nutritious mud that oxygenates, regulates, repairs and configures the quality of understanding. As a thread to discuss this ideas I've used my professional journey over a year and a half as a Natural Sciences' teacher on the Federal University of Rio Grande do Norte, where I could see how experiences helped on breaking a simplified understanding of the world. I chose to work with the research problems developed by 398 students over these three semesters. The problems were essential to the questioning of the phenomena that once seemed obvious or uninteresting, bringing out operational reasons and dynamics of the observed structures. Experience, in this sense, is the founder of dynamic thinking, as the need to deconstruct the phenomena's first impressions, assigning value and meaning to gestated knowledge.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19918
Appears in Collections:PPGED - Doutorado em Educação

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
ExperiênciaOrdenaçãoRealidade_Severo_2015.pdf8,92 MBAdobe PDFThumbnail
View/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.