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dc.contributor.advisorBarbosa, Marcio Venicio-
dc.contributor.authorFarias, Alyere Silva-
dc.date.accessioned2017-04-27T23:49:53Z-
dc.date.available2017-04-27T23:49:53Z-
dc.date.issued2015-12-04-
dc.identifier.citationFARIAS, Alyere Silva. A metamorfose em “meu tio o iauaretê”: um estudo linguageiro e discursivo sobre as reconfigurações do ser. 2015. 173f. Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22776-
dc.description.abstractThis study aims to analyse the metamorphosis in the narrative “Meu tio o Iauaretê” by João Guimarães Rosa, in order to investigate the instability of the transformation and its effects, both in the text and in the speech of the characters. It was published in 1961, in the “Senhor” magazine and the narrative was rewritten by João Guimarães Rosa, and the new version of the text has become part of the posthumous collection Estas Estórias in 1969. The first analyzed metamorphosis occurs in the words that are part of these texts. To analyze the transformations of language and discursive order, the Differential Comparison (HEIDMANN, 2003, 2010, 2012) was used as method to investigate the changes proposed in draft by Guimarães Rosa, before his death, which were adopted for the book edition. The second transformation takes place with the main character of the narrative, who appears as a man and as a jaguar to a lost man who comes to his house in the middle of the backlands. In order to analyze the prospect of the being in transformation and his interlocutor about the metamorphosis, different philosophical aspects were evoked: we used the historical-philosophical survey of the man made by neo-Kantian philosopher Ernst Cassirer (2012) to reflect on the interlocutor character, who defined himself as a man; we made approaches with Heidegger’s Dasein (2008) and concepts such as das Man and das geredete (HEIDEGGER, 2003, 2010, 2013), to analyze the process of metamorphosis experienced by the main character. In addition, we also sought to reflect on his understanding of himself as a being in metamorphosis, approaching the course of the main character to the process of building the “corps-sans-organes” (DELEUZE and GUATTARI, 1997b). In order to carry out a differential comparative study between two achievements of the same narrative, we need to build our comparable from the relationship between the Rosa’s narrative and the literally works which also feature characters who metamorphose themselves. We selected four texts for dialogue with Rosa's narrative: the episode of Aracne and Minerva, by Ovidio (MET VI 1-145), the Kafka novel A metamorfose (KAFKA, 1986), the booklet A moça que virou cadela, by Antonio Lucena (2004) and the episode “Red-Handed” (2011) from the television series Once upon a time, by Edward Kitsis and Adam Horowitz. The choice of narratives which fall in different contexts highlights the non-hierarchical nature of Differential Comparison and enables reflection on the changing beings from the contextual features identified in the discourse of metamorphosed characters. The study of the narrative “Meu tio o Iauaretê” highlights the view that the physical transformation of the character does not establish, by itself, the abandonment of the impersonal way, and it does not always dissolve the boundaries between species. The Rosa's metamorphosis is unstable, it shows a character that does not undergo transformation, but enjoys it consciously and can erase the limits between the man and the jaguar as to compose a being who believes he is able to use, in an aforethought way, his devenir-animal (DELEUZE and GUATTARI, 2003) in moments of human interaction. Thus, we consider that Rosa's narrative goes beyond the transformation that is identifiable in the eyes of the common man, he abandons the definitive states and explores the Dasein (HEIDEGGER, 2008), under the unique perspective of the being in metamorphosis.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectMetamorfosept_BR
dc.subjectJoão Guimarães Rosapt_BR
dc.subjectIauaretêpt_BR
dc.subjectComparação diferencialpt_BR
dc.titleA metamorfose em “meu tio o iauaretê”: um estudo linguageiro e discursivo sobre as reconfigurações do serpt_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFRNpt_BR
dc.publisher.programPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEMpt_BR
dc.contributor.authorIDpt_BR
dc.contributor.advisorIDpt_BR
dc.contributor.referees1Cavalcante, Alex Beigui de Paiva-
dc.contributor.referees1IDpt_BR
dc.contributor.referees2Santos, Derivaldo dos-
dc.contributor.referees2IDpt_BR
dc.contributor.referees3Mariz, Josilene Pinheiro-
dc.contributor.referees3IDpt_BR
dc.contributor.referees4Justino, Luciano Barbosa-
dc.contributor.referees4IDpt_BR
dc.description.resumoEste trabalho buscou analisar as metamorfoses na narrativa “Meu tio o Iauaretê”, de João Guimarães Rosa, com o objetivo de investigar a instabilidade da transformação e seus efeitos, tanto no texto, quanto no discurso dos personagens. Publicada em 1961, na revista Senhor, a narrativa foi reescrita por João Guimarães Rosa, e a nova versão do texto passou a fazer parte da coletânea póstuma Estas Estórias em 1969. A primeira metamorfose analisada ocorre nas palavras que compõem esse texto. Para analisar as transformações de ordem linguageira e discursiva, utilizamos como método a Comparação Diferencial (HEIDMANN, 2003, 2010, 2012) para averiguar as alterações propostas em rascunho por Guimarães Rosa, antes de sua morte, que foram adotadas para a edição do livro. A segunda transformação se dá com o personagem principal da narrativa, que se apresenta como homem e onça a um homem perdido que chega à sua casa no meio do sertão. Com o objetivo de analisar a perspectiva do ser em transformação e do seu interlocutor a respeito da metamorfose, evocamos aspectos filosóficos distintos: utilizamos o levantamento histórico-filosófico sobre o homem, feito pelo filósofo neokantiano Ernst Cassirer (2012), para refletir sobre o personagem interlocutor, que se define como homem; tecemos aproximações com o Dasein heideggeriano (2008) e conceitos como impessoalidade e falação (HEIDEGGER, 2003, 2010, 2013), para analisar o processo de metamorfose experimentado pelo personagem principal. Buscamos refletir também sobre a sua compreensão de si, como ser em metamorfose, aproximando o percurso do personagem principal do processo de construção do Corpo sem Órgãos (DELEUZE e GUATTARI, 1997b). Para realizar um estudo comparativo diferencial entre duas realizações da mesma narrativa, precisamos construir nossos comparáveis a partir da relação entre a narrativa rosiana e obras que também apresentam personagens que se metamorfoseiam. Selecionamos quatro textos para dialogar com a narrativa rosiana: o episódio de Aracne e Minerva, de Ovídio (MET VI 1-145), a novela kafkiana A metamorfose (KAFKA, 1986), o folheto A moça que virou cadela, de Antonio Lucena (2004) e o episódio “Red-Handed” (2011) da série para televisão Once upon a time, de Edward Kitsis e Adam Horowitz. A escolha de narrativas que se inserem em contextos diferentes evidencia o caráter não-hierárquico da Comparação Diferencial e possibilita a reflexão sobre os seres em transformação a partir dos traços contextuais identificados no discurso dos personagens metamorfoseados. O estudo da narrativa “Meu tio o Iauaretê” ressalta a perspectiva de que a transformação física do personagem não estabelece, por si só, o abandono do modo impessoal, e nem sempre dissolve as fronteiras entre as espécies. A metamorfose rosiana, é instável, apresenta um personagem que não “sofre” uma transformação, mas a desfruta conscientemente e consegue apagar os limites estabelecidos entre homem e onça a ponto de compor um ser que acredita poder utilizar, de maneira premeditada, o seu devir-animal (DELEUZE e GUATTARI, 2003) nos momentos de interação humana. Consideramos que a narrativa rosiana ultrapassa a transformação que é identificável aos olhos do homem comum, abandona os estados definitivos e explora o estar-sendo (HEIDEGGER, 2008), sob a ótica exclusiva do ser em metamorfose.pt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICApt_BR
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