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Título: Classificação dos valores perineométricos: uma proposta de escala
Autor(es): Ângelo, Priscylla Helouyse Melo
Orientador: Micussi, Maria Thereza Albuquerque Barbosa Cabral
Palavras-chave: Diafragma da pelve;Saúde da mulher;Ginecologia;Músculos;Manometria
Data do documento: 26-Jun-2017
Referência: ÂNGELO, Priscylla Helouyse Melo. Classificação dos valores perineométricos: uma proposta de escala. 2017. 76f. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.
Resumo: Introdução: Os músculos do assoalho pélvico (MAP) correspondem a um conjunto de músculos esqueléticos que estão localizados na base da cavidade pélvica. Estes músculos são ativados em diferentes situações em que há o aumento da pressão intra-abdominal. Sua integridade e bom funcionamento são fundamentais na manutenção da continência urinária e fecal e na sustentação aos órgãos pélvicos. Existem diversas técnicas de avaliação da MAP respaldadas pela literatura, dentre elas a perineometria. Os perineômetros têm por objetivo medir as alterações de pressão na vagina em resposta à contração voluntária dos MAP. Os equipamentos de perineometria são simples, minimamente invasivos e de baixo custo. Apesar de ser uma medida objetiva do grau de pressão desempenhado pela contração voluntária dos MAP, a perineometria não possui intervalos de classificação que guiem a interpretação dos seus resultados clínicos. Objetivo: Desenvolver uma escala de classificação da perineometria. Metodologia: Estudo de caráter observacional, transversal. A amostra foi resultante de um processo de amostragem do tipo não probalístico. As mulheres foram recrutadas por demanda espontânea. Foi realizada uma avaliação perineométrica e o Teste Muscular Manual dos MAP, por meio do toque bidigital, categorizando-se a força pela Escala Modificada de Oxford. Os dados coletados foram tabulados e analisados no programa IMB Statistical Package for the Social Sciences versão 20.0. Para determinar os valores de classificação da perineometria foi realizada uma regressão linear simples, tendo como variável explicativa a Escala Modificada de Oxford e como variável resposta a média aritmética das três medidas da perineometria. A regressão linear foi realizada no programa estatístico R versão 3.2.4. Resultados: Foram incluídas na análise 259 mulheres, que apresentaram média de idade de 52,80 (± 8,78) anos. A perineometria apresentou uma média de 35,1± 22,7 (IC: 32,1 – 38,0) cmH2O. A mediana do grau de força dos MAP foi três (Q25: 2; Q75: 3). Houve uma correlação forte, positiva e estatisticamente significativa entre o grau de força pela escala modificada de Oxford e a perineometria (r = 0,846, p < 0,01). A estratificação das medidas perineométricas foi realizada em uma escala de cinco pontos, que varia de uma pressão muito fraca a uma forte pressão. De acordo com a escala proposta, valores entre 7,5 e 14,5 cmH2O correspondem a uma pressão muito fraca; o intervalo de 14,6 a 26,5 cmH2O é equivalente a uma pressão fraca; uma pressão moderada está no intervalo de 26,6 a 41,5 cmH2O; valores de 41,6 a 60,5 cmH2O representam uma pressão boa e valores acima de 60,6 uma pressão forte. Conclusão: Os valores de perineometria foram estratificados em uma escala de cinco pontos. Pela observação dos resultados, a partir dessa escala é possível estabelecer e classificar os intervalos de pressão desempenhada pela contração voluntária dos MAP. O resultado alcançado neste trabalho possui implicações na prática clínica, uma vez que guiará os especialistas e as pacientes quanto o grau da força muscular. Para a literatura, promove-se, pela primeira vez, a apresentação de uma escala com valores padrões da perineometria.
Abstract: Introduction: Pelvic floor muscles (PFM) correspond to a group of skeletal muscles that are located at the basis of the pelvic cavity. These muscles are activated in different situations in wich there is an increase in intra-abdominal pressure. Its integrity and good functioning are fundamental in maintaining urinary and fecal continence and in sustaining the pelvic organs. There are several PFM evaluation techniques supported by the literature, such as the perineometry. Perineometers are aimed to measure pressure changes in the vagina in response to voluntary contraction of PFM. Perineometry equipments are simple, minimally invasive and inexpensive. Althought it is an objective measure of the degree of pressure performed by the PFM voluntary contraction, perineometry does not have rating ranges that guide the interpretation of its results. Objective: To develop a classification scale for perineometry. Methodology: A cross-sectional observational study. The sample was the result of a non-probalistc type sampling process. Women were recruted on spontaneous demand. A perineometric evaluation and the manual strength test of the PFM were performed by means of the bidigital touch, and the force was categorized by the Oxford Modified Scale. The collected data were tabulated and analyzed in the program IMB Statistical Package for the Social Sciences version 20.0. To determine the classification ranges of perineometry, a simple linear regression was performed, using as an explanatory variable the Oxford Modified Scale and as a response variable the arithmetic mean of the three measurements of perineometry. The linear regression was performed in the statistical program R version 3.2.4. Results: The 259 women included in the analysis had a mean age of 52.80 (± 8.78) years. Perineometry presented an average of 35.1 ± 22.7 (CI: 32.1 - 38.0) cmH2O. The median PFM strength level was 3 (Q25: 2; Q75: 3). There was a strong, positive and statistically significant correlation between the degree of strength by the Oxford Modified Scale and perineometry (r = 0.846, p <0.01). The stratification of the perineometric measurements was performed on a five-point scale, ranging from very weak pressure to strong pressure. According to the proposed scale, values between 7.5 and 14.5 cmH2O correspond to a very weak pressure; The range of 14.6 to 26.5 cmH2O is equivalent to a weak pressure; A moderate pressure is in the range of 26.6 to 41.5 cmH2O; Values of 41.6 to 60.5 cmH2O represent a good pressure and values above 60.6 is a strong pressure. Conclusion: Perineometric values were stratified on a five-point scale. By observing the results, from this scale it is possible to establish the ranges of pressure exerted by the voluntary contraction of the PFM. The achieved result in this work has implications in clinical practice, since it will guide the specialists and the patients about the degree of muscular strength. For the literature, is promoted for the first time the presentation of a scale of perineometry classification standards.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23882
Aparece nas coleções:PPGFS - Mestrado em Fisioterapia

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