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Título: Relação entre história reprodutiva e prolapso de órgãos pélvicos sintomático com força muscular respiratória em mulheres de meia-idade e idosas residentes na comunidade
Autor(es): Azevedo, Ingrid Guerra
Orientador: Viana, Elizabel de Souza Ramalho
Palavras-chave: História reprodutiva;Prolapso de órgãos pélvicos;Força muscular respiratória;Epidemiologia;Envelhecimento
Data do documento: 19-Out-2017
Referência: AZEVEDO, Ingrid Guerra. Relação entre história reprodutiva e prolapso de órgãos pélvicos sintomático com força muscular respiratória em mulheres de meia-idade e idosas residentes na comunidade. 2017. 133f. Tese (Doutorado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.
Resumo: Introdução: A história reprodutiva feminina e disfunções do assoalho pélvico tem contribuído para as alterações físicas que aparecem no envelhecimento, como as alterações precoces na capacidade funcional de mulheres. Desta forma, investigar a história reprodutiva feminina e prolapso de órgãos pélvicos (POP) sintomático, e sua relação coma força muscular respiratória se torna de grande necessidade para a instituição de tratamento e acompanhamento adequado dessa musculatura. Objetivo: Avaliar a relação da força muscular respiratória com variáveis da história reprodutiva e POP sintomático, em mulheres de meia idade e idosas residentes na comunidade. Métodos: Foram estudadas 208 mulheres entre 41-80 anos, nas cidades de Santa Cruz - RN. Os sujeitos foram recrutados por conveniência e após consentimento, a avaliação foi realizada. Foram coletados dados sociodemográficos, medidas antropométricas, hábitos de vida, história reprodutiva, alterações de assoalho pélvico (todas essas variáveis por questionário estruturado para esta pesquisa), avaliação do desempenho físico (através do IPAQ – versão curta) e avaliação da força muscular respiratória (manovacuometria), através das pressões inspiratória máxima (PImáx) e expiratória máxima (PEmáx). Resultados: Mais de noventa porcento (90,4%) das mulheres com com sete ou mais filhos tiveram menos que escolaridade básica, enquanto 80,8% desse grupo recebiam menos que três salários mínimos. Aproximadamente 44,1% da amostra tiveram três gestações ou menos, 30,4% tiveram 4-6 gestações e 25,5% tiveram mais que sete gestações. As mulheres com sete gestações ou mais são mais velhas que as mulheres do grupo com três filhos ou menos gestações. Quanto à PImáx, aquelas que tiveram sete ou mais gestações tinham mais de 12 cmH2O a menos quando comparadas a aquelas que tiveram sete gestações ou mais (β=-12,29; p=0,233). Considerando a PEmáx, aquelas que tiveram sete ou mais gestações tinham mais de 21 cmH2O a menos quando comparadas a aquelas que tiveram sete gestações ou mais (β= -21,69; p<0,001). Com relação ao POP, 14,7% das mulheres apresentaram prolapso de órgão pélvico (POP) sintomático. O POP sintomático não foi associado à PImáx. As variáveis idade, escolaridade, IMC, tabagismo e paridade foram associadas à PImáx na análise univariada, mas apenas idade, IMC e tabagismo são determinantes de PImáx no modelo multivariado. No modelo univariado, POP sintomático, idade, escolaridde, IMC e paridade foram associados à PEmáx. As mulheres com POP sintomático apresentaram PEmáx mais baixa quando comparadas às mulheres sem esta condição (β = -14,78; p = 0,014). As mulheres com maior idade e maior número de filhos (≥ 5 crianças) obtiveram piores valores de PEmáx, e aquelas com maior IMC e mais anos de estudos (> 7 anos), valores mais elevados, na análise univariada. No modelo multivariado, apenas idade, IMC e POP sintomático são determinantes para a PEmáx. Conclusão: Este estudo traz evidências de que as múltiplas gestações e POP sintomático influenciam a força muscular respiratória, uma vez que mulheres com maior número de gestações e com POP sintomático têm valores mais baixos de pressões respiratórias máximas. Ainda, outras variáveis, como o IMC e o tabagismo possuem relação com a capacidade de gerar pressões respiratórias.
Abstract: Background: Female reproductive history and pelvic floor dysfunction have contributed to the physical changes that appear in aging, such as early changes in the functional capacity of women. Thus, investigating the female reproductive history and symptomatic pelvic organ prolapse (POP), and its relationship with respiratory muscle strength, becomes a great necessity for the institution of treatment and adequate monitoring of this musculature. Objective: To assess the relationship of respiratory muscle strength with variables of reproductive history and pelvic floor prolapse in middle-aged and elderly women living in the community. Methods: A total of 208 women aged 41-80 years were studied in the cities of Santa Cruz - RN. The subjects were recruited for convenience and after consentment, the evaluation was performed. Socio-demographic data, anthropometric measures, life habits, reproductive history, pelvic floor changes (all variables by structured questionnaire for this research), physical performance evaluation (through IPAQ - short version) and respiratory muscle strength (manovacuometry), through maximal inspiratory pressure (MIP) and maximal expiratory pressure (MEP). Results: More than ninety percent (90.4%) of the women with seven or more children had less than basic education, while 80.8% of this group received less than three minimum wages. Approximately 44.1% of the sample had three pregnancies or less, 30.4% had 4-6 pregnancies and 25.5% had more than seven pregnancies. Women with seven or more pregnancies are older than women in the group with three children or fewer pregnancies. As for MIP, those who had seven or more pregnancies had more than 12 cmH2O less when compared to those who had seven or more pregnancies (β = -12.29; p = 0.233). Considering MEP, those who had seven or more pregnancies had more than 21 cmH2O less when compared to those who had seven or more pregnancies (β = -21.69, p <0.001). Regarding POP, 14.7% of the women presented symptomatic POP, which was not associated with MIP. The variables age, schooling, BMI, smoking and parity were associated with MIP in the univariate analysis, but only age, BMI and smoking are determinants of MIP in the multivariate model. In the univariate model, symptomatic POP, age, schooling, BMI and parity were associated with MEP. Women with symptomatic POP presented lower MEP when compared to women without this condition (β = -14.78; p = 0.014). Women with greater age and greater number of children (≥ 5 children) had worse values of MEP, and those with higher BMI and more years of studies (> 7 years), higher values, in the univariate analysis. In the multivariate model, only age, BMI and symptomatic POP are determinants for MEP. Conclusion: This study provides evidence that multiple pregnancies and symptomatic POP influence the respiratory muscle strength, since women with more gestations and with symptomatic POP have lower values of maximum respiratory pressures. Still, other variables such as BMI and smoking are related to the capacity to generate respiratory pressures.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24676
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