Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/29959
Título: A tese de Shopenhauer acerca da vontade como essência humana e seus desdobramentos práticos e morais
Autor(es): Silva, Jéssica Barros
Orientador: Nascimento, Dax Fonseca Moraes Paes
Palavras-chave: Schopenhauer;Vontade;Essência humana;Autoconsciência;Moral
Data do documento: 27-Mai-2020
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: SILVA, Jéssica Barros. A tese de Shopenhauer acerca da vontade como essência humana e seus desdobramentos práticos e morais. 2020. 91f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.
Resumo: Para o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788 – 1860), a essência de tudo o que existe na natureza é vontade. O homem é uma das diversas aparências que a vontade assume quando aparece em seu espelho: o mundo como representação. Este trabalho realiza um recorte na visão schopenhaueriana do mundo como vontade, elegendo como objeto de estudo as peculiaridades assumidas pela vontade ao objetivar-se enquanto essência humana e abordando os desdobramentos práticos e morais que podem ser encontrados na filosofia de Schopenhauer para sua compreensão de essência humana. Assim, este trabalho começa pela explanação da tese fundamental de Schopenhauer de que a vontade constitui a essência metafísica e o núcleo do homem, a partir da análise de sua primazia sobre o intelecto na autoconsciência. Os desdobramentos práticos apontados para o estabelecimento da vontade enquanto essência humana são localizados na maneira como a vontade determina o modo de vida do indivíduo. A depender de suas inclinações preponderantes, ele levará uma vida devotada à busca de um certo de tipo de prazeres, os quais podem ser da ordem das sensações, da ordem da vaidade, do puro conhecer, do comprazimento estético, do engajar-se em atividades criativas etc. O âmbito da moral se abre na filosofia schopenhaueriana a partir da análise da natureza da motivação por trás das ações – ou “atos de vontade”. Schopenhauer estabelece três motivações básicas para o agir: o egoísmo, a maldade e a compaixão. Cada uma delas está associada a um grau de veemência específico da vontade, o qual, por sua vez, determina o quão atado ao princípio de individuação – princípio que reúne as formas a priori do espaço e do tempo na apreensão das múltiplas aparências da vontade – é o modo como funciona o conhecimento deste sujeito. Para Schopenhauer a conduta moral só é possível quando o princípio de individuação não domina o modo de conhecer do sujeito permitindo-lhe reconhecer que a sua essência é idêntica à do outro. É desse reconhecimento que nasce o sentimento de compaixão, o qual motiva a justiça e a bondade. Dessa forma, nosso trabalho se conclui na realização de uma tentativa de explanação acerca do modo intrincado como Schopenhauer atrela sua análise da motivação das ações de um indivíduo à análise de quão profundamente esse sujeito reconhece sua ligação essencial com os demais seres da natureza, uma vez que tudo o que há é manifestação da mesma vontade.
Abstract: According to the German philosopher Arthur Schopenhauer (1788 - 1860), the essence of every existing being in Nature is Will. Human being is one of the various appearances of the Will as it appears in its mirror, which is the world as representation. This work focuses the Schopenhauerian vision of the world as Will, choosing as an object of study the peculiarities assumed by the will when it objetifies itself as the human essence and moves towards the practical and moral developments that can be found in Schopenhauer’s thought for an understanding concerning human essence. Thus, this work begins by explaining Schopenhauer’s fundamental thesis that the Will constitutes the metaphysical essence and the core of man, starting from the analysis of its primacy in our self-consciousness regarding the intellect. The practical developments of this thesis can be found in the way the will determines individual’s way of life. Depending on his prevailing inclinations, one person will lead a life devoted to the pursuit for a certain type of pleasure, which can be in the order of sensations, in the order of vanity, of pure knowledge, of aesthetic pleasure, of engaging in creative activities etc. The scope of morality opens up in Schopenhauerian thought from the analysis of the nature of the motivation behind the actions – or “acts of will”. Schopenhauer establishes three basic motivations for acting: egoism, malice and compassion. Each of them is associated with a specific degree of vehemence of the will, which, in turn, determines how attached to the principle of individuation – a principle that gathers the a priori forms of space and time in the apprehension of the multiple appearances of the Will. For Schopenhauer, moral conduct is only possible when the principle of individuation does not dominate the subject’s way of knowing, allowing him to recognize that his essence is identical to that of the other. It is from this recognition that the feeling of compassion is born, and justice and kindness that are motivated by this feeling. Thus, our work concludes with an attempt to explain the intricate way Schopenhauer ties his analysis of the motivation of an individual’s actions to the analysis of how deeply this subject recognizes his essential connection with other beings of nature, once that all that exists is a manifestation of the same Will.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29959
Aparece nas coleções:PPGFIL - Mestrado em Filosofia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TeseShopenhaueracerca_Silva_2020.pdf734,44 kBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.