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Título: "Não me deixe morrer de fome": nutricionistas e a não alimentação de pacientes em cuidados paliativos nas situações de terminalidade da vida
Autor(es): Amorim, Ginetta Kelly Dantas
Orientador: Silva, Geórgia Sibele Nogueira da
Palavras-chave: Alimentação;Nutricionistas;Cuidados paliativos;Morte
Data do documento: 10-Dez-2020
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: AMORIM, Ginetta Kelly Dantas. "Não me deixe morrer de fome": nutricionistas e a não alimentação de pacientes em cuidados paliativos nas situações de terminalidade da vida. 2020. 182f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.
Resumo: Os Cuidados Paliativos (CP) correspondem a uma abordagem que promove qualidade de vida aos pacientes e seus familiares, diante de uma doença que ameaça a vida. A alimentação faz parte desse cuidado. A não alimentação do paciente em situações específicas é uma conduta carregada de discussões. Compreender como os nutricionistas lidam com a não alimentação e nutrição de seus pacientes em CP nas situações de terminalidade da vida é o objetivo deste estudo. Realizamos uma pesquisa qualitativa com 7 nutricionistas, utilizando entrevistas narrativas e oficina com uso de cenas projetivas. A análise interpretativa foi ancorada na Hermenêutica Gadameriana. No diálogo com as narrativas temos o significado da morte na vida pessoal e profissional marcado por dor, despreparo, e ausência do tema da morte na formação. O significado da alimentação no cuidado consiste em promover bem-estar físico e emocional para prevenção, tratamento e a recuperação do indivíduo, respeitando sua história alimentar. Cuidados Paliativos é promover a qualidade de vida até o fim, cuidando de forma multiprofissional com respeito e afeto, não só na terminalidade, incluindo também o luto. No processo de morrer, o alimento, para além do recuperar, significa proporcionar conforto através do prazer do alimento. Não alimentar no fim da vida encontra desafios na equipe, na comunicação diante do aceno da morte e na impotência diante do não salvar e não alimentar com prazer que exigem aprendizados e ressignificações para lidarem com as próprias dores. Descobrem na prática a potência do cuidar não alimentando, mas buscam realizar os desejos no fim da vida, ainda com o prazer da alimentação. Não deixar morrer sem conforto, também os confortam, alimentando ou não. Que esse trabalho seja um interlocutor a mais na busca por uma nutrição que alimente de felicidade na vida e no morrer.
Abstract: Palliative Care (PC) corresponds to an approach that promotes quality of life for patients and their families, in the face of a life-threatening disease. Food is part of this care. Failure to feed the patient in specific situations is a conduct fraught with discussions. The objective of this study is to understand how nutritionists deal with the lack of food and nutrition of their patients in PC. We conducted a qualitative research with 7 nutritionists, using narrative interviews and a workshop using projective scenes. The interpretative analysis was anchored in Gadamerian Hermeneutics. In the dialogue with the narratives we have the meaning of death in personal and professional life marked by pain, unpreparedness, and the absence of the theme of death in training. The meaning of food in care consists of promoting physical and emotional well-being for the prevention, treatment and recovery of the individual, respecting their food history. Palliative Care is to promote quality of life until the end, taking care in a multidisciplinary way with respect and affection, not only in the terminally, including also the mourning. In the process of dying, food, in addition to recovering, means providing comfort through the pleasure of food. Not eating at the end of life encounters challenges in the team, in communication in the face of death signals and in impotence in the face of not saving and not feeding with pleasure that require learning and reframing to deal with their own pain. In practice, they discover the power of caring without feeding, but seek to fulfill their desires at the end of life, still with the pleasure of eating. Do not let them die without comfort, they also comfort them, feeding or not. May this work be one more interlocutor in the search for nutrition that feeds happiness in life and in dying.
URI: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31651
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