Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46469
Título: Arquitetura da violência: um estudo das transformações das frontarias dos lotes no conjunto habitacional Neópolis em Natal/RN
Autor(es): Luna, Débora Youchoubel Pereira de Araújo
Orientador: Lima, Verônica Maria Fernandes de
Palavras-chave: Arquitetura da violência;Violência urbana;Transformações urbanas;Natal/RN
Data do documento: 29-Jun-2021
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: LUNA, Débora Youchoubel Pereira de Araújo. Arquitetura da violência: um estudo das transformações das frontarias dos lotes no conjunto habitacional Neópolis em Natal/RN. 2021. 202f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.
Resumo: Este estudo demonstra um processo urbano que, ainda que de modo diferenciado, sempre existiu nas cidades, porém, atualmente, tem-se apresentado de forma expressiva nos lugares que sofrem com os problemas da violência urbana. Segundo dados da violência, Natal/RN está inserida nesse grupo de cidades em que a criminalidade e a violência aumentam aliados ao crescimento urbano e a falta de políticas públicas eficazes na área da segurança. Nesse processo, o medo e a sensação de insegurança vêm se materializando na arquitetura atual, passando a ser denominada, dentre outros conceitos, como Arquitetura da Violência, um novo padrão funcional e formal que tem “redesenhado” a forma arquitetônica da cidade. O intuito deste trabalho é demostrar como a arquitetura residencial, tendo como base de análise as frontarias dos lotes residenciais no bairro de Neópolis, foi se constituindo ao longo do tempo, numa tipologia arquitetônica da violência. A escolha do bairro foi realizada em função do crescimento dos índices de criminalidade ligados, especificamente, à categoria Crimes Violentos contra o Patrimônio - CVPAT, ao longo de 10 anos. Dessa forma, para cada frontaria do lote foi preenchido uma ficha sobre as alterações arquitetônicas e as medidas de segurança inseridas (artifícios e aparatos de proteção, tipologia mural e permeabilidade visual), o que permitiu quantificar e qualificar tais dados a partir de um estudo diacrônico entre o ano de 2011 e 2020. O que podemos inferir é que a capital potiguar também está sendo modificada dentro da perspectiva da arquitetura da violência e, consequentemente, a arquitetura residencial, que prioriza a autoproteção em relação aos perigos dos crimes violentos pelas ruas em detrimento do conceito de moradia e sua relação com a cidade produz, assim, um padrão funcional e formal que está de fato crescendo não só em Natal, mas em grande parte das cidades brasileiras que sofrem com a questão da crescente insegurança urbana. A consequência imediata disso é uma população que tem se isolado e que, cada vez mais, produz e reforça um medo “comum” em que a arquitetura se volta, exclusivamente, para trás dos muros repletos de estratégias defensivas, mas que, na prática, tornam um autoconfinamento e aprisionamento dos moradores.
Abstract: This study demonstrates an urban process that, although in a different way, has always existed in cities, nevertheless, currently it has been presented in an expressive way in places that suffer from the problems of urban violence. According to data on violence, Natal/RN is part of the group of cities in which crime and violence increase, allied to urban growth and the lack of effective public policies in the field of security. In this process, fear and the feeling of insecurity have materialized in current architecture, being named, among other concepts, as the Architecture of Violence, a new functional and formal pattern that has “redesigned” the city's architectural form. The objective of this work is to demonstrate how residential architecture, based on the analysis of the facade of residential lots in the neighborhood of Neópolis, was constituted over time, in an architectural typology of violence. The choice of the studied neighborhood was made due to the growth of crime rates linked, specifically, to the category Violent Crimes against Patrimony - CVPAT, over ten years. For each front of the lot, a form was filled out about the architectural changes and the safety measures used (security system, wall typology and visual permeability), which allowed to quantify and qualify such data from a diachronic study between the year 2011 and 2020. It is observed that Natal is also being modified within the perspective of the architecture of violence and, consequently, the residential architecture, which prioritizes self-protection in relation to the dangers of violent crimes on the streets to the detriment of the concept of housing and its relationship with the city thus produces a functional and formal pattern that grows not only in Natal, but in most Brazilian cities that suffer from growing urban insecurity. The immediate consequence of this is a population that has become isolated and that, increasingly, produces and reinforces a "common" fear in which architecture turns exclusively behind walls full of defensive strategies, but which, in practice, make a self-confinement and imprisonment of the residents.
URI: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46469
Aparece nas coleções:PPGAU - Mestrado em Arquitetura e Urbanismo

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Arquiteturaviolenciaestudo_Luna_2021.pdf28,84 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.