0 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI GRADUAÇÃO EM NUTRIÇAO MUANA LUCENA DA COSTA ASSOCIAÇÃO ENTRE O USO DE MÍDIAS SOCIAIS E COMPORTAMENTO ALIMENTAR, PERCEPÇÃO E CHECAGEM CORPORAL SANTA CRUZ/RN 2018 13 MUANA LUCENA DA COSTA ASSOCIAÇÃO ENTRE O USO DE MÍDIAS SOCIAIS E COMPORTAMENTO ALIMENTAR, PERCEPÇÃO E CHECAGEM CORPORAL Artigo científico apresentado ao Curso de Nutrição da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), como requisito complementar para obtenção do título de Graduação em Nutrição. Orientadora: Daline Fernandes de Souza Araújo Co-orientador: Fábio Henrique Vieira de Cristo e Silva SANTA CRUZ – RN 2018 3 23 MUANA LUCENA DA COSTA ASSOCIAÇÃO ENTRE O USO DE MÍDIAS SOCIAIS E COMPORTAMENTO ALIMENTAR, PERCEPÇÃO E CHECAGEM CORPORAL Artigo científico apresentado ao Curso de Nutrição da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição. Aprovado em: de de . BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Fábio Henrique Vieira de Cristo e Silva – Co-orientador FACISA/UFRN Profa. Dra. Isabelle Ribeiro Barbosa – Membro da Banca FACISA/UFRN Nutr. Heverton Araújo de Oliveira Figueirêdo – Membro da Banca 3 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 6 1. ARTIGO ...................................................................................................................... 7 Introdução ................................................................................................................... 8 Metodologia ............................................................................................................... 10 Resultados ................................................................................................................. 13 Discussão ................................................................................................................... 16 Conclusão .................................................................................................................. 21 Contribuições dos autores ....................................................................................... 21 Agradecimentos ........................................................................................................ 22 Referências ................................................................................................................ 22 APÊNDICES ......................................................................................................................... 27 ANEXOS ............................................................................................................................... 35 6 APRESENTAÇÃO O trabalho de conclusão de curso será apresentado no formato de artigo científico, nas normas da revista Ciência & Saúde Coletiva uma publicação da ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva versão impressa ISSN 1413-8123 versão On-line ISSN 1678-4561, com Qualis Periódicos da Plataforma Sucupira (2013-2016) B2 para a área da Nutrição. Normas disponíveis em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1413-8123&lng=pt&nrm=iso e Anexo. 7 1. ARTIGO (Artigo de Tema Livre) ASSOCIAÇÃO ENTRE O USO DE MÍDIAS SOCIAIS E COMPORTAMENTO ALIMENTAR, PERCEPÇÃO E CHECAGEM CORPORAL ASSOCIATION BETWEEN THE USE OF SOCIAL MEDIA AND FOOD BEHAVIOR, PERCEPTION AND BODY SCREENING Autores: Muana Lucena da Costa1 Fábio Henrique Vieira de Cristo e Silva1 Isabelle Ribeiro Barbosa1 Heverton Araújo de Oliveira Figueirêdo1 Daline Fernandes de Souza Araujo1 1 Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte, R. Teodorico Bezerra, 2-122, Santa Cruz - RN, 59200-000, Brasil. RESUMO Objetivo: Avaliar a associação entre o acesso às mídias sociais ao comportamento alimentar, checagem e satisfação corporal da comunidade universitária. Metodologia: Estudo transversal realizado com 127 estudantes da cidade de Santa Cruz-RN em que foram identificadas as variáveis socioeconômicas, acesso às mídias sociais e temas influentes. Foram utilizados o Body Checking Questionnaire ou Male Body Checking Questionnaire, o Questionário Holandês do Comportamento Alimentar e Escala de Figuras de Silhuetas. Os dados foram analisados no software SPSS 21.0 pelo teste t de amostras independentes, testes qui-quadrado e exato de Fisher, considerando a confiança de 95%. Resultados: Verificou-se significância estatística nas relações entre classificação do estado nutricional versus estética (p=0,019), renda versus estética (p=0,034), renda versus alimentação saudável (p=0,031), sexo versus notícias gerais (p= 0,022) e classificação do estado nutricional pelo índice de massa corporal versus notícias gerais (p=0,001). O instagram lidera o nível de acesso que envolvem mídias sociais com os temas estética, alimentação saudável e notícias gerais, que se mostram de moderado a muito influentes Conclusão: Destaca-se que a estética apresenta forte influência para o comportamento de checagem corporal em mulheres e que a percepção corporal está bastante associada com o índice de massa corporal. Palavras-chave: redes sociais, comportamento alimentar, insatisfação corporal 8 ABSTRACT Objective: To evaluate the association between access to social media to eating behavior, checking and corporal satisfaction of the university community. Methodology: A cross- sectional study was carried out with 127 students from the city of Santa Cruz-RN, in which socioeconomic variables, access to social media and influential themes were identified. The Body Checking Questionnaire or Male Body Checking Questionnaire, the Dutch Food Behavior Questionnaire and the Silhouetted Figures Scale were used. The data were analyzed in the SPSS 21.0 software by the t-test of independent samples, chi-square and Fisher's exact tests, considering 95% confidence. Results: Statistical significance was found in the relationships between nutritional status versus aesthetic status (p = 0.019), income versus esthetics (p = 0.034), income versus healthy eating (p = 0.031), sex versus general news and classification of nutritional status by body mass index versus general news (p = 0.001). The instagram leads the level of access involving social media with the themes "aesthetics, healthy eating and general news", which show moderate to very "influential". Conclusion: It is emphasized that aesthetics has a strong influence on the behavior of body check in women and that body perception is strongly associated with body mass index. Key words: social networks, eating behavior, body dissatisfaction Introdução O uso de mídias sociais aumentou expressivamente nos últimos anos em todo o mundo A pesquisa da Social Media Trends de 2018 mostrou que no Brasil 78% dos usuários de internet estão em alguma rede social 1. Dados de 2016 nos Estados Unidos revelam que na época 69% dos americanos estavam ativos em alguma plataforma de mídia 2. As redes sociais (ex: Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat, Whatsapp, Blogs, etc.) utilizadas na atualidade apresentam-se como estratégias para o compartilhamento da informação e do conhecimento, mediante as relações entre os indivíduos que a elas integram3,4. Os principais temas que dominam o cenário atual da internet são aqueles relacionados 9 ao corpo, moda, padrão de beleza, alimentação e atividade física. A indústria, por sua vez, fazuso do marketing para divulgar seu produto, utilizando como meio as redes sociais, e, assim, alcançar vendas e sucesso no mercado. As chamadas blogueiras/digital influencers são pessoas com um grande número de seguidores nas mídias sociais, as quais o mercado utiliza como ferramenta de marketing e que estão cada vez mais presentes no dia a dia da população, principalmente dos jovens adultos 5,6. O conteúdo disposto na internet desperta fatores de insatisfação e baixa autoestima, principalmente em momentos de vulnerabilidades biopsicossociais, alcançando assim uma maior possibilidade de transtornos alimentares e problemas psicológicos 7,8. Os meios de comunicações, especificamente os canais de comunicação da internet, são elementos responsáveis pela proliferação de princípios relativos aos assuntos do corpo, criando padrões generalizados, gerando influências para com a satisfação ou insatisfação corporal e alimentar, pois são mais específicas no assunto de interesse de cada usuário 9, 10. A comunicação através de aparelhos eletrônicos vem, desde seu surgimento até os dias atuais, gerando diversas consequências sociais. O tema da alimentação e estética está, sem dúvida, muito presente neste meio de comunicação na sociedade atual, de grande relevância, especialmente ao se considerar a crescente tendência à obesidade no mundo inteiro e sua relação com hábitos alimentares e estilos de vida 11,12. Entre os jovens, a alimentação desajustada tende a gerar déficits em mecanismos atencionais e reflexos na aprendizagem, com eventual aquisição de maus hábitos alimentares 10 que podem resultar em obesidade, transtornos alimentares e de comportamento como por exemplo, anorexia, bulimia, vigorexia e outras consequências para o desenvolvimento, saúde física e mental13. Tendo em vista que o cenário atual é influenciado por imagens e padrões de beleza impostos pela sociedade através da mídia e das redes sociais, as quais a comunidade acadêmica faz uso constante e onde grande parte desse público sofre diversas e intensas transformações, influenciadas pelo ambiente biopsicossocial e as novas responsabilidades que lhes são instruídas na vida acadêmica/fora de casa, a auto percepção corporal e comportamento alimentar constituem um tema necessário para reflexão, a qual pode desenvolver estratégias de atenção e cuidados, tanto para a pesquisa quanto para os órgãos competentes em saúde, bem como para a própria Universidade. Este trabalho pretende avaliar a associação entre o acesso às mídias sociais comumente utilizadas (facebook, instagram, twitter, dentre outras), ao comportamento alimentar, checagem e satisfação corporal da entre estudantes da Universidade Federal do estado do Rio Grande do Norte da cidade de Santa Cruz-RN. Metodologia Essa pesquisa foi aprovada em Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA) / Universidade Federal do 11 Rio Grande do Norte (UFRN), com o protocolo CAAE nº 75053517.9.0000.5568. Trata-se de um estudo transversal com amostra composta por alunos e servidores (técnicos administrativos e professores) da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Santa Cruz –RN. Os formulários foram enviados para 860 alunos e servidores, com uma taxa de não resposta de 14,8%, um total de 127 indivíduos. A coleta de dados foi realizada única e exclusivamente através de questionários virtuais via Google formulários. O formulário contendo os questionários da pesquisa foi enviado para o endereço eletrônico dos participantes pela direção da instituição, a fim de preservar a identidade e dados dos participantes. Foram utilizados seis questionários: um sobre dados sociodemograficos, outro sobre acesso às mídias e temas relacionados a algum tipo de relação de ‘influência’ (Apêndice) e os questionários validados sobre comportamento alimentar e percepção corporal (Anexo). Foram aplicados os questionários sobre auto percepção corporal Body Checking Questionnaire (BCQ) 14 para mulheres e o Male Body Checking Questionnaire (MBCQ) 15 para homens, o Questionário Holandês do Comportamento Alimentar (QHCA) 16, e a Escala de Figuras de Silhuetas (EFS) 17. O teste estatístico de Alfa de Cronbach foi (α = 0,851) para BCQ, (α = 0,934) para o MBCQ e (α = 0,863) para QHCA, mostrando que a consistência interna das respostas obtidas revelou que os questionários apresentaram alta confiabilidade no espaço onde foi aplicado. O BCQ é um instrumento de autorrelato composto por 12 itens, destinado à avaliação 12 da checagem corporal de mulheres. O MBCQ também é um instrumento de autorrelato, composto por 19 itens direcionados à avaliação de checagem corporal em homens, que segue a mesma estrutura de resposta do BCQ. Ambos questionários, com opções de resposta objetiva numa escala de 5 pontos (1 - nunca a 5- muito frequentemente), são propostos para o público jovem adulto e, quanto maior a pontuação obtida na subescala, maior é a frequência do comportamento de checagem corporal 14,15. O QHCA é composto por 33 itens objetivos, distribuídos nas seguintes dimensões: a restritiva (restrição alimentar - 10 itens), a ingestão determinada por fatores emocionais, como o estar triste ou estar irritado, variáveis que em geral desinibem e levam a comer mais (ingestão emocional - 13 itens), e a ingestão determinada por fatores externos, sendo estes o aspecto e o aroma e, ainda, fatores do contexto social como, por exemplo, ver outras pessoas comerem (ingestão externa 10 itens) 18. Foi respondido com as afirmativas sim ou não para cada item, onde quanto maior o número de respostas sim, mais afetado o comportamento alimentar do indivíduo 19. O ambiente social desempenha um grande papel nas escolhas alimentares que as pessoas fazem diariamente 20. A EFS foi utilizada para avaliar a percepção do estado corporal atual e do desejado através de 9 silhuetas para cada gênero, que são condizentes com o biótipo brasileiro, considerando a estatura média e variações de Índice de Massa Corporal (IMC) 17. Diante das respostas nas quais foram indicadas as silhuetas atual e desejada, foi feita a classificação de satisfação da silhueta, onde foram classificadas em: satisfeito (quando a silhueta desejada era 13 a mesma que a atual), insatisfeito (desejo silhueta menor ou maior). Os dados foram analisados pelo software SPSS (Stastistical Package for the Social Science) na versão 21.0 for Windows. E analisados pela estatística descritiva (média, desvio padrão, frequências relativas) e teste t de amostras independentes. Para a análise bivariada foram utilizados os testes qui-quadrado e exato de Fisher, considerando a confiança de 95%. Resultados A participação da comunidade acadêmica foi distribuída em n = 102 (80,3%) alunos, dos quais n=41 (40,2%) do curso de nutrição, n = 26 (25,5%) do curso de fisioterapia, n = 19 (18,6%) do curso de psicologia, n = 16 (15,7%) do curso de enfermagem, além de n= 11 (8,7%) técnicos, e n=20 (15,7%) professores sem curso especificado. O público foi predominantemente feminino, sendo 96 (75,6%) mulheres e n = 31 (24,4%) homens, a maioria solteiros n=103 (81,1%), com idade média de 25 anos, onde n =33 (26,0%) tinham entre 17 e 20 anos, n =35 (27,6%) estavam entre 21 e 23 anos, n =30 (23,6%) entre 24 e 28 anos e n =29 (22,8%) acima de 29 anos. A renda também foi caracterizada, onde n=62 (48,8%) ganhavam até 02 salários mínimos, n=28 (21,3%) de 02 a 04 salários mínimos, e n=37 (29,9%) acima de 04 salários mínimos. Para avaliação do IMC dos participantes, utilizou-se o peso e a altura referidos, sendo os mesmos classificados em magreza n=10 (7,9%), eutrofia n=75 (59,1%), sobrepeso n=34 (26,8%) e obesidade n=8 (6,3%). O n=124 (97,6%) possuíam conta ativa em alguma 14 rede social (n=124), apenas 3 pessoas (2,4%) não possuíam. A rede social mais utilizada foi o instagram com n=82 (64,6%) na classificação ‘utilizo muito’ frente ao twitter que foi a menos utilizado com classificação n=99 (78,0%) em ‘não utilizo’. No entanto, foi encontrada significância (teste qui-quadrado de Pearson e teste exato de Fisher/ nas relações entre idade versus outras mídias (p = 0,028) e sexo versus twitter (p = 0,006), mostrando um porcentual muito alto para a intensidade “não utilizo” em todas as categorias de ambas as relações (Tabela 1). Todos os temas (amigos, estética, alimentação saudável, gastronomia, atividade física e notícias gerais) aos quais foi feita uma associação com a influência das mídias sociais se comportaram de maneira similar quando avaliada sua intensidade, estando classificados entre pouco e moderado. A média ± desvio padrão de ‘influência’ foi de 2,80 ± 0,846 e 2,80 ± 0,797 para amigos e notícias gerais, respectivamente, 2,77 ± 0,809 para alimentação saudável, 2,75 ± 0,826 para estética, 2,72 ± 0,906 para atividade física e 2,58 ± 0,849 para gastronomia. Entretanto, o teste Qui-quadrado de Pearson, constatou associação entre classificação do estado nutricional pelo IMC versus estética (p=0,019), renda e estética (p=0,034), renda e alimentação saudável (p=0,031), sexo e notícias gerais (p= 0,022) e classificação do estado nutricional pelo IMC e notícias gerais (p=0,001) (Tabela 2). A maioria dos participantes demonstraram interesse pela estética e notícias gerais, referindo utilizar de moderado a muito, estando estes classificados como de eutróficos a obesos. Para este segundo tema, o sexo masculino apresentou maior interesse, referindo 15 acessar moderado a muito esses canais de mídia. Ainda com relação ao tema estética, a variável renda apresentou predominância daqueles que recebiam acima de 4 salários mínimos. Por outro lado, quando associada a renda com alimentação saudável, todas as faixas salariais tiveram relacionadas moderadamente ao tema. (Tabela 2). No BCQ, respondido por mulheres, o resultado médio da soma dos itens foi de 25,61 ± 8,515, variando de 13 a 49, escore mínimo e máximo, respectivamente. Já no MBCQ, respondido por homens, o resultado médio foi de 35,87 ± 12,891, escore mínimo de 19 e máximo de 68. A análise do BCQ e do MBCQ foi feita diante da média de cada classificação do acesso e temas ‘influências’ das mídias sociais, seguido da análise de variância ANOVA. Como pode-se observar na Tabela 3 apenas a relação estética versus BCQ apresentou diferença significativa (p = 0,015), dentre as demais análises desta categoria, visto que, se mostra como resultado bastante relevante entre o público estudado, jovens e adultos do sexo feminino. O QHCA foi analisado através do teste t de amostras independentes, observou-se que, as médias do escore geral e dos escores das sub escalas (ingestão emocional e externa e restrição alimentar) mostraram que embora tenham apresentado maior média para o sexo feminino não houve diferença significativa. A amostra reduzida do sexo masculino pode ter contribuído para esse resultado. O mesmo foi verificado para as médias das sub escalas do QHCA, não apresentando diferença entre os sexos (Tabela 4). Por fim, e não menos importante, os resultados da EFS foram analisados pela análise 16 descritiva de variáveis cruzadas, relacionando as variáveis socioeconômicas a satisfação, onde apresentou na categoria de satisfeitos com a imagem corporal, um n=20, para os indivíduos que se mostraram insatisfeitos, desejando silhueta menor, prevaleceu um n=78, já para os que desejam silhueta menor o n = 29. Após o cruzamento com as variáveis socioeconômicas. Verificou-se com teste qui-quadrado de Pearson, significância no teste exato de Fisher com Sig. exata (2 lados) na relação entre insatisfeito (desejo silhueta maior) versus IMC (P < 0,001) (Tabela 5). No entanto, para todas as demais variáveis a prevalência foi maior no desejo de uma silhueta menor. Discussão A problemática do presente estudo consistiu sobre “como a tecnologia por meio das mídias sociais influencia no comportamento alimentar, checagem e percepção da imagem corporal”. Os resultados sobre o acesso às mídias sociais estão de acordo com os da literatura, no que se refere a uma tendência de maior acesso ao facebook e instagram comparado a outras mídias, mas este estudo acrescenta a relação de temas “influentes” na utilização dessas mídias, bem como ao comportamento de checagem corporal. Devido a tendência da geração digital e informatização, bem como o baixo custo de fazer renda e comercializar, o instagram vem se destacando como uma ferramenta muito utilizada para o marketing 21. Paralelamente a essa disseminação das mídias sociais, a Organização Mundial de Saúde 22 mostrou que o 17 excesso de peso e a obesidade continua aumentando em níveis expressivos. Verificou-se nesta pesquisa uma grande associação com o estado nutricional e o acesso às mídias, em especial às notícias gerais já citadas, bem como a renda. A maioria dos participantes, mesmo eutróficos também apresentou insatisfação com sua silhueta, desejando ter uma silhueta menor. Essa insatisfação corporal em mais de 70%, prevaleceu sob todas as variáveis socioeconômicas estudadas: ocupação, idade, sexo e renda, exceto na classificação do IMC. Neste último, apenas a categoria de magreza, apresentou maioria de insatisfação desejando silhueta maior, podendo ser excluída a relação com anorexia ou bulimia no público estudado. Tal resultado corrobora com os achados de Kakeshita e Almeida 23, que indicam mulheres eutróficas desejando silhueta menor, tal fato, pode estar relacionado com os modelos de beleza propagados pelos meios de comunicação, idealizando padrões doentes. Diante da importância do conceito de percepção corporal, Jodelet 24, refere que desde a antiguidade, o corpo confere lugar importante na percepção social guiando o julgamento que as pessoas fazem de si mesmas e dos outros. Com o passar do tempo, o dito padrão de corpo ideal tem sofrido mudanças significativas, diante da beleza que se recicla constantemente, visto que, na antiguidade, a silhueta maior era tida como sinônimo de soberania e alto poder aquisitivo, bem como fertilidade entre as mulheres 25,10. Segundo Sidani et al 26, a exposição a mídia, tem sido associada ao desenvolvimento de comparações mediado pela internalização do corpo ideal magro. Conforme observou-se no presente estudo, além da classificação do IMC, a estética apresentou relação significativa 18 com a renda, bem como a alimentação saudável com a renda, fortalecendo o que foi dito no estudo de Justo 10, onde, para que se possa alcançar um padrão de estética e alimentação saudável, é fundamental que se tenha uma renda suficientemente mais alta, pois o padrão alimentar mais saudável apresenta maior custo, podendo assim, limitar o seu acesso. O comportamento de checagem corporal em mulheres frente ao tema estética demonstrou significância estatística, quando comparado ao sexo masculino, o que pode ser sido influenciada pela maior representatividade destas na pesquisa. Esse padrão de corpo ideal ainda é predominante no sexo feminino, como mostrado na presente pesquisa, e também em outros estudos que relacionam a prevalência de mulheres jovens nas pesquisas científicas com universitários e naquelas com o alto índice na utilização de mídias sociais 27,28,29, mas, por outro lado sabe-se que a temática também tem ganhado destaque entre os homens. Sidani, et al 26, demonstrou que, devido ao índice de comparações interpessoais relacionadas à aparência, o instagram baniu as hashtags “thinspiration/ inspiração” e “thinspo/magro”. A aparência transformou-se em uma dívida e imposição social, “cuja esperança é de que todo esforço despendido seja recompensado com elogios; todavia, esse ideal de beleza é, na maioria das vezes, inatingível e cria um sentimento de frustração e culpa” virando a sociedade vítima de si mesma 7. A auto percepção da aparência corporal parece influenciar o consumo alimentar de forma negativa 31. A exposição a imagens idealizadas veiculadas pelos meios de comunicação em massa é capaz de produzir modificações na imagem corporal e na escolha alimentar de 19 jovens universitários 9. Segundo Camey et al. 32, a percepção do peso corporal interfere diretamente no comportamento alimentar, situação em que, não necessariamente, mulheres com IMC normal estariam livres de sofrer transtornos alimentares. Assim, a auto percepção da imagem corporal se sobrepõe ao IMC como fator de investigação mais eficiente, a exemplo disse, pode-se notar que o IMC de um atleta de auto rendimento indica normalmente sobrepeso ou obesidade, visto que, os mesmos pesos de massa magra e massa gorda, ocupam medidas de espaço diferentes. Foi observado no presente estudo, que a maior parte da amostra de jovens adultos da pesquisa encontra-se em eutrofia, no entanto, insatisfeitos, desejando uma silhueta menor. O sexo feminino, conduziu para as alterações do comportamento alimentar, uma média superior ao sexo oposto, sob o escore total e suas sub escalas. A alta incidência de distorção da imagem corporal associada à grande prevalência de comportamento alimentar inadequado no grupo de alunas da área da saúde como mostrado em pesquisa realizada por Laus, Moreira e Costa28, demonstra uma possível suscetibilidade dessas alunas ao desenvolvimento de transtornos alimentares. Para alguns indivíduos, mudanças pós-exposição a mídias, pode envolver um aumento na desordem do comportamento alimentar e alimentar pode ser um fator importante subjacente ao desenvolvimento e manutenção da obesidade 33,34. 20 O tema “notícias gerais”, apresentou significância com o sexo, predominando o maior interesse na categoria masculina, bem como para a classificação do IMC com maior concentração dos indivíduos com obesidade. Shimazaki e Pinto 30 afirmam que atualmente, há uma forte tendência na sociedade, para a busca da informação e inserção social nas mídias de internet, ou seja, as pessoas sentem-se necessitadas de estarem incluídas na geração do universo virtual. Outra pesquisa realizada pela Social Media Trens 1, mostrou que o interesse pelos usuários de até 29 anos são as informações e notícias em geral, já aqueles com 30 a 39 anos estão mais relacionados a acompanhar informações e interagir com pessoas de sua área profissional. Nesta perspectiva, a tecnologia tem proporcionado o meio rápido e fácil onde se propagam informações e influenciam as percepções e comportamentos do ser humano que está em constante construção do meio em que vive 35,4. As mídias sociais constituem uma plataforma na qual a comida apresenta-se como uma presença substancial e significativa, e poderia ser uma ferramenta eficaz no combate ao excesso de peso. Vale ressaltar sobre a percepção de como as postagens relacionadas com os alimentos poderiam influenciar a percepção dos alimentos sendo determinantes para suas escolhas alimentares e papel importante nessas intervenções 36. Outro autor refere que a capacidade das mídias sociais tem alcance amplo, imediatismo e que sugestões baseadas em evidências são necessárias para melhor estabelecer diretrizes para o uso de mídias sociais na segurança alimentar e comunicação de risco de doenças infecciosas 37. 21 Conclusão Os resultados sugerem que o instagram supera o nível de acesso frente ao facebook, tido em outros estudos como ferramenta mais utilizada para análises que envolvem mídias sociais. Os temas estética, alimentação saudável e notícias gerais, mostraram-se de moderado a muito influentes na referida comunidade acadêmica com associação significativa entre classificação do IMC, renda e sexo, respectivamente. Houve também, significância na associação do comportamento de checagem corporal entre os indivíduos do sexo feminino e a estética, comprovando assim, a hipótese de que o referido tema apresenta influência para o comportamento de checagem corporal. Por outro lado, a percepção corporal da maioria dos indivíduos, mostrou uma discrepância no que se refere a classificação do IMC, apresentando maior percentual de insatisfeitos numa amostra composta em sua grande maioria por indivíduos eutróficos, esse fato conduz ao entendimento que a percepção corporal é mais fidedigna para se utilizar como ferramenta em pesquisas na área. Contribuições dos autores MLC colaborou na realização do levantamento bibliográfico, métodos, coleta, análise e interpretação dos dados. FHVCS contribuiu com a metodologia e versão final do artigo. IRB 22 conduziu a tabulação dos dados no software SPSS e análise bioestatística. HAOF ajudou na introdução e metodologia. DFSA colaborou na construção a metodologia, conferência da tabulação e análise dos dados e revisão do artigo. Agradecimentos À Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Campus da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi – por contribuir imensamente para a minha formação acadêmica e profissional. 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J Food Prot: September 2017;80(9):1537-1549. 27 APÊNDICES UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE Você está sendo convidado a participar de um estudo denominado “Influência das Mídias Sociais na Autopercepção Corporal, e Comportamento Alimentar na Comunidade Acadêmica da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi-UFRN”, que tem como pesquisador responsável Daline Fernandes de Souza Araújo, cujos objetivos e justificativas são: conhecer o perfil da autopercepção corporal e comportamento alimentar da comunidade acadêmica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tendo em vista que o cenário atual é influenciado por imagens e padrões de beleza impostos pela sociedade através da mídia e das redes sociais, as quais a comunidade acadêmica faz uso constante e onde grande parte desse público sofre diversas e intensas transformações, influenciadas pelo ambiente biopsicossocial e as novas responsabilidades que lhes são instruídas na vida acadêmica/fora de casa, a autopercepção corporal e comportamento alimentar constituem um tema necessário para reflexão, a qual pode desenvolver estratégias de atenção e cuidados, tanto para a pesquisa quanto para os órgãos competentes em saúde, bem como para a própria Universidade. Sua participação no referido estudo será no sentido de responder os questionários (quatro) que são de fácil preenchimento. Os questionários da pesquisa, sobre as influências das mídias sociais na autopercepção corporal e comportamento alimentar, são estruturados inicialmente com questões sobre os dados sóciodemográficos e interesse sobre mídias e redes sociais (Questionário/ Seção 1), seguido do questionário sobre comportamento alimentar Questionário Holandês do Comportamento Alimentar (QHCA, Questionário/ Seção 2), sobre autopercepção corporal Body Checking Questionnaire (BCQ, para mulheres, Questionário/ Seção 3), Male Body Checking Questionnaire (MBCQ, para homens, Questionário/ Seção 4) e Escala de Figuras de Silhuetas (EFS, Questionário/ Seção 5). Em média, são necessários de 15 a 20 minutos para responder todos os questionários. Você foi avisado de que, da pesquisa a se realizar, pode esperar alguns benefícios, tais como: a pesquisa contribuirá para a comunidade acadêmica para a construção de estratégias como realização de palestras, oficinas que discutam sobre a influência das mídias sociais no comportamento alimentar a exemplo das informações de blogueiras sobre alimentação saudável. Visando não apenas os fatos resultantes da pesquisa, o projeto fará o esclarecimento das mudanças causadas ou influenciadas pelas mídias sociais da internet, para que seja dada mais ênfase ao assunto por meio de projetos, rodas de conversas, reflexão e visão crítica para que o conteúdo tecnológico não interfira de maneira negativa na vida das pessoas. E construção de material (folderes e cartilhas) sobre comportamento alimentar, transtornos de imagem, bem como divulgação da importância do acompanhamento com nutricionista e/ ou psicólogo. Por outro lado, você recebeu os esclarecimentos necessários sobre os possíveis desconfortos e riscos decorrentes do estudo, levando-se em conta que é uma pesquisa, e os resultados positivos ou negativos somente serão obtidos após a sua realização. Assim, durante a realização do questionário, haverá riscos mínimos, como o constrangimento em responder as questões, então 28 sugere-se que sejam respondidas em lugar tranquilo e reservado e com livre acesso à internet. Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo. As informações cedidas serão confidenciais e divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, sem divulgação do nome ou dado que o identifique. Em caso de algum problema que você venha ter, relacionado com a pesquisa, você terá o direito a assistência gratuita que será prestada com atendimento nutricional e psicológico (imediato) nas clínicas escolas da FACISA-UFRN (Nutrição e Psicologia) realizados pelos pesquisadores (Daline Fernandes – Nutricionista) e (Fábio de Cristo – Psicólogo). Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para Daline Fernandes de Souza Araújo – 84 998994846. Você tem o direito de recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você. Os dados que você irá fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação para terceiros e de nenhum dado que possa lhe identificar. Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos. Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo pesquisador e reembolsado para você. Não haverá despesas para o participante, todas as despesas tidas com a pesquisa em tela serão de responsabilidade do pesquisador responsável/patrocinador, isto é, o participante da pesquisa não arcará com nenhum custo referente a procedimentos e/ou exames. Se você sofrer algum dano decorrente desta pesquisa, você tem direito a solicitar indenização. Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA), telefone (84) 9 9224 0009 ou mandar e- mail para cepfacisa@gmail.com ou cep@facisa.ufrn.br . O Comitê de Ética em Pesquisa - CEP da FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI - FACISA é um órgão Colegiado interdisciplinar e independente, constituído nos termos da Resolução no 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde – CNS, e criado para defender os interesses dos participantes de pesquisas em sua integridade e dignidade. Este documento foi disponível pela internet, e poderá ser salvo como comprovante de participação da pesquisa mediante o aceite ao final deste documento. 29 Consentimento Livre e Esclarecido Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisa Influência das Mídias Sociais na Autopercepção Corporal, e Comportamento Alimentar na Comunidade Acadêmica da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi-UFRN, e autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me identificar. Santa Cruz, (data). Assinatura Digital do pesquisador responsável 30 QUESTIONÁRIOS SOBRE DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS E INFLUÊNCIAS DAS MÍDIAS SOCIAIS NA AUTO-PERCEPÇÃO CORPORAL E COMPORTAMENTO ALIMENTAR DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS Sexo: ( )Feminino ( )Masculino Idade: Estado Civil: ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Viúvo ( ) União Estável ( ) Divorciado / Separado ( ) Separado não judicialmente Profissão: ( ) Professor ( ) Técnico ( ) Estudante – Curso: Qual a renda mensal da sua família? (Considere a renda de todos os integrantes, inclusive você): ( ) Até 02 salários mínimos ( ) De 02 a 04 salários mínimos ( ) Superior a 05 salários mínimos. Você tem filhos? ( ) Sim ( ) Não Se sim, informe quantos filhos você tem que dependem da sua renda: ( ) Peso referido: Altura referida: *Possui conta(s) ativa(s) em redes sociais (facebook, twitter, instagram, outras mídias - snapchat, blog): ( )Sim ( ) Não MÍDIAS SOCIAIS Em qual(s) mídia(s) social(s) atualmente possuo conta ativa? ( )Facebook ( )Twitter ( )Instagram ( )Snapchat ( )Blogs Marque com ‘’X’’ na escala o quanto você utiliza cada meio de comunicação: Facebook Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Muito Twitter Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Muito Instagram Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Muito Snapchat Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Muito Blogs Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Muito Marque com ‘’X’’ na escala o quanto você é influenciado pelos itens abaixo: Amigos Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Muito Estética Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Muito Alimentação Saudável Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Muito Gastronomia Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Muito 31 Atividade Física Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Muito Notícias Gerais Nada 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Muito 32 TABELAS DO ARTIGO Tabela 1: Distribuição dos participantes conforme intensidade de acesso às mídias sociais versus variáveis socioeconômicas, Santa Cruz/RN, 2018. Variáveis Acesso ao Facebook p Acesso ao Instagram p Acesso ao Twitter p Acesso a Outras p % % % % Ocupação N P M Mu 0,637 N P M Mu 0,074 N P M Mu 0,167 N P M Mu 0,074 Professor 15 25 20 40 15 15 10 60 75 20 5 0 95,5 0 5 0 Téc. Adm. 0 18,2 45,5 36,4 36,4 0 27,3 36,4 54,5 27,3 9,1 9,1 81,8 9,1 0 9,1 Aluno 7,3 25 36,5 31,3 10,4 5,2 15,6 68,8 81,3 8,3 6,3 4,2 68,8 17,7 12,5 1 Idade N P M Mu 0,517 N P M Mu 0,199 N P M Mu 0,419 N P M Mu 0,028 Até 20 anos 6,1 30,3 42,4 21,2 12,1 9,1 12,1 66,7 78,8 15,2 6,1 0 63,6 30,3 6,1 0 De 21 a 23 14,3 22,9 34,3 28,6 11,4 0 14,3 74,3 85,7 5,7 2,9 5,7 77,1 8,6 11,4 2,9 De 24 a 28 3,3 16,7 33,3 46,7 6,7 3,3 23,3 66,7 73,3 10 6,7 10 66,7 16,7 13,3 3,3 Acima de 29 6,9 27,6 27,6 37,9 24,1 13,8 13,8 48,3 72,4 17,2 10,3 0 89,7 0 10,3 0 Sexo N P M Mu 0,839 N P M Mu 0,128 N P M Mu 0,006 N P M Mu 0,370 Feminino 8,3 22,9 36,5 32,3 13,5 6,3 11,5 68,8 83,3 11,5 4,2 1 71,9 16,7 10,4 1 Masculino 6,5 29 29 35,5 12,9 6,5 29 51,6 61,3 12,9 12,9 12,9 80,6 6,5 9,7 3,2 IMC N P M Mu 0,258 N P M Mu 0,773 N P M Mu 0,286 N P M Mu 0,516 Magreza 20 10 20 50 20 0 0 80 100 0 0 0 50 30 20 0 Eutrofia 6,7 26,7 40 26,7 10,7 6,7 16 66,7 76 16 2,7 5,3 74,7 13,3 10,7 1,3 Sobrepeso 8,8 17,6 32,4 41,2 17,6 8,8 20,6 52,9 73,5 8,8 14,7 2,9 79,4 8,8 8,8 2,9 Obesidade 0 50 12,5 37,5 12,5 0 12,5 75 87,5 0 12,5 0 75 25 0 0 Renda N P M Mu 0,273 N P M Mu 0,726 N P M Mu 0,200 N P M Mu 0,182 Até 2 SM 6,5 30,6 38,7 24,2 9,7 4,8 16,1 69,4 85,5 8,1 3,2 3,2 67,7 19,4 12,9 0 De 2 a 4 SM 11,1 11,1 33,3 44,4 18,5 3,7 18,5 59,3 66,7 11,1 14,8 7,4 77,8 14,8 3,7 3,7 Acima de 4 SM 7,9 23,7 28,9 39,5 15,8 10,5 13,2 60,5 73,7 18,4 5,3 2,6 81,6 5,3 10,5 2,6 Legenda: Téc. Adm.= Técnico Administrativo. IMC= Classificação do Índice de Massa Corporal. SM=Salário Mínimo.p = Significância Estatística. N= Não Utiliza; P= Utiliza Pouco; M= Utiliza Moderado e Mu= Utiliza Muito. P (Teste= Qui-quadrado de Pearson), Fisher's Exact Test/Sig exata (2 lados). 33 Tabela 2: Distribuição dos participantes conforme intensidade de temas influentes versus variáveis socioeconômicas, Santa Cruz/RN, 2018. Variáveis Amigos p Estética p Alimentação Saudável p % % % Ocupação N P M Mu 0,931 N P M Mu 0,405 N P M Mu 0,207 Professor 5 30 40 25 15 20 60 5 5 35 30 30 Téc. Adm. 0 27,3 36,4 36,4 0 36,4 45,5 18,2 0 9,1 54,5 36,4 Aluno 4,2 37,5 36,5 21,9 6,3 29,2 44,8 19,8 5,2 34,4 45,8 14,6 Idade N P M Mu 0,421 N P M Mu 0,467 N P M Mu 0,448 Até 20 anos 6,1 30,3 27,3 36,4 3 27,3 39,4 30,3 3 27,3 57,6 12,1 De 21 a 23 2,9 34,3 45,7 17,1 5,7 34,3 42,9 17,1 0 40 42,9 17,1 De 24 a 28 6,7 30 43,3 20 10 26,7 50 13,3 10 33,3 36,7 20 Acima de 29 0 48,3 31 20,7 10,3 24,1 58,6 6,9 6,9 27,6 37,9 27,6 Sexo N P M Mu 0,703 N P M Mu 0,144 N P M Mu 0,109 Feminino 4,2 33,3 36,5 26 6,3 24 52,1 17,7 3,1 35,4 45,8 15,6 Masculino 3,2 41,9 38,7 16,1 9,7 41,9 32,3 16,1 9,7 22,6 38,7 29 IMC N P M Mu 0,186 N P M Mu 0,019 N P M Mu 0,426 Magreza 0 30 40 30 0 50 10 40 0 20 70 10 Eutrofia 2,7 29,3 40 28 5,3 22,7 58,7 13,3 4 34,7 46,7 14,7 Sobrepeso 8,8 52,9 23,5 14,7 11,8 35,3 38,2 14,7 5,9 29,4 35,3 29,4 Obesidade 0 25 62,5 12,5 12,5 25 25 37,5 12,5 37,5 25 25 Renda N P M Mu 0,332 N P M Mu 0,034 N P M Mu 0,031 Até 2 SM 1,6 35,5 40,3 22,6 4,8 33,9 37,1 24,2 4,8 32,3 53,2 9,7 De 2 a 4 SM 11,1 44,4 25,9 18,5 7,4 37 44.4 11,1 3,7 44,4 37 14,8 Acima de 4 SM 2,6 28,9 39,5 28,9 10,5 13,2 65.8 10,5 5,3 23,7 34,2 36,8 Legenda: Téc. Adm.= Técnico Administrativo. IMC= Classificação do Índice de Massa Corporal. SM=Salário Mínimo. p= Significância Estatística. N= Nada; P= Pouco; M= Moderado e Mu= Muito. p (Teste= Qui-quadrado de Pearson), Fisher's Exact Test/Sig exata (2 lados). 34 Tabela 2: Distribuição dos participantes conforme intensidade de temas influentes versus variáveis socioeconômicas, Santa Cruz/RN, 2018. (continuação) Variáveis Gastronomia p Atividade física p % % Ocupação N P M Mu 0,665 N P M Mu 0,363 N P M Mu 0,254 Professor 10 30 55 5 15 25 30 30 5 40 50 5 Téc. Adm. 9,1 18,2 45,5 27,3 0 9,1 63,6 27,3 0 9,1 54,5 36,4 Aluno 11,5 34,4 41,7 12,5 10,4 30,2 41,7 17,7 4,2 32,3 42,7 20,8 Idade N P M Mu 0,109 N P M Mu 0,305 N P M Mu 0,244 Até 20 anos 18,2 45,5 30,3 6,1 6,1 18,2 51,5 24,2 0 42,4 39,4 18,2 De 21 a 23 5,7 25,7 57,1 11,4 5,7 42,9 40 11,4 8,6 37,1 34,3 20 De 24 a 28 6,7 23,3 43,3 26,7 13,3 26,7 33,3 26,7 0 26,7 50 23,3 Acima de 29 13,8 34,5 44,8 6,9 17,2 20,7 41,4 20,7 6,9 17,2 58,6 17,2 Sexo N P M Mu 0,500 N P M Mu 0,537 N P M Mu 0,001 Feminino 10,4 34,4 44,8 10,4 11,5 29,2 41,7 17,7 5,2 37,5 44,8 12,5 Masculino 12,9 25,8 41,9 19,4 6,5 22,6 41,9 29 0 12,9 45,2 41,9 Classif. IMC N P M Mu 0,892 N P M Mu 0,417 N P M Mu 0,022 Magreza 10 40 30 20 10 40 30 20 20 50 30 0 Eutrofia 9,3 32 48 10,7 8 28 48 16 1,3 30,7 50,7 17,3 Sobrepeso 14,7 32,4 41,2 11,8 14,7 20,6 38,2 26,5 2,9 29,4 44,1 23,5 Obesidade 12,5 25 37,5 25 12,5 37,5 12,5 37,5 12,5 25 12,5 50 Renda N P M Mu 0,492 N P M Mu 0,162 N P M Mu 0,675 Até 2 SM 12,9 38,7 37,1 11,3 6,5 35,5 40,3 17,7 3,2 29 43,5 24,2 De 2 a 4 SM 7,4 25,9 59,3 7,4 14,8 25,9 48,1 11,1 4,7 40,7 40,7 11,1 Acima de 4 SM 10,5 26,3 44,7 18,4 13,2 15,8 39,5 31,6 2,6 28,9 50 18,4 Legenda: Téc. Adm.= Técnico Administrativo. Classif. IMC= Classificação do Índice de Massa Corporal.SM=Salário Mínimo. p= Significância Estatística. N= Nada; P= Pouco; M= Moderado e Mu= Muito. P (Teste= Qui-quadrado de Pearson), Fisher's Exact Test/Sig exata (2 lados). 35 Tabela 3: Relação do grau de checagem corporal frente a intensidade do acesso às mídias sociais e dos temas influentes, Santa Cruz/RN, 2018. Variáveis Grau de acesso BCQ p MBCQ p Mídias Sociais (acesso) NÃO UTILIZO 20,50 39,00 POUCO 26,36 40,00 FACEBOOK 0,311 0,677 MODERADO 25,34 33,44 MUITO 26,71 33,91 NÃO UTILIZO 23,31 28,25 POUCO 22,00 34,50 INSTAGRAM 0,465 0,557 MODERADO 25,64 34,78 MUITO 26,39 35,87 NÃO UTILIZO 25,75 34,79 POUCO 24,73 36,50 TWITTER 0,637 0,949 MODERADO 23,00 38,00 MUITO omitido 38,25 NÃO UTILIZO 24,91 36,08 POUCO 27,25 29,00 OUTRAS 0,481 0,407 MODERADO 26,90 32,33 MUITO omitido 55,00 Temas influentes Grau de ‘’influência’’ NADA 22,25 61,00 POUCO 24,19 33,00 AMIGOS 0,445 0,177 MODERADO 26,03 37,92 MUITO 27,40 33,40 NADA 21,67* 26,67 POUCO 23,30 35,15 ESTÉTICA 0,015 0,521 MODERADO 25,28 39,50 MUITO 31,12* 36,00 NADA 31,33 24,00 ALIMENTAÇÃO POUCO 24,44 34,29 0,546 0,246 SAUDÁVEL MODERADO 26,14 35,75 MUITO 25,60 41,22 NADA 23,00 38,25 POUCO 26,79 31,38 GASTRONOMIA 0,664 0,640 MODERADO 25,37 38,62 MUITO 25,40 34,33 NADA 28,73 26,50 POUCO 22,46 37,57 ATIVIDADE FÍSICA 0,076 0,519 MODERADO 25,90 33,69 MUITO 28,12 39,78 NADA 21,00 omitido POUCO 25,31 34,00 NOTÍCIAS GERAIS 0,552 0,871 MODERADO 26,58 37,21 MUITO 25,00 35,00 Legenda: p (Teste= Qui-quadrado de Pearson) Fisher's Exact Test/Sig exata (2 lados)). BCQ= Questionário de checagem corporal feminino. MBCQ= Questionário de checagem corporal masculino. 36 Tabela 4: Média e desvio padrão dos escores totais e parciais do questionário holandês de comportamento alimentar, por sexo. QHCA Sexo Média Desvio padrão Escore Total Feminino 17,39 6,108 Masculino 15,58 7,270 Ingestão Emocional Feminino 6,90 2,630 Masculino 6,23 2,692 Ingestão Externa Feminino 5,61 1,959 Masculino 5,10 2,399 Restrição Alimentar Feminino 4,88 2,354 Masculino 4,26 2,744 Legenda: QHCA= Questionário holandês de comportamento alimentar. Tabela 5: Prevalência de satisfação e insatisfação em associação com as variáveis socioeconômicas, Santa Cruz/RN, 2018. Variáveis SILHUETA n (%) Satisfeito Desejo de Desejo de p silhueta menor silhueta maior Ocupação 0,882 Professor 3 (15,0) 14 (17,9) 3 (10,3) Téc. Adm. 2 (10,0) 6 (7,7) 3 (10,3) Aluno 15 (75,0) 58 (74,4) 23 (79,3) Idade 0,519 Até 20 anos 5 (25,0) 18 (23,1) 10 (34,5) De 21 a 23 7 (35,0) 21 (26,9) 7(24,1) De 24 a 28 2 (10,0) 20 (25,6) 8 (27,6) Acima de 29 6 (30,0) 19 (24,4) 4 (13,8) Sexo 0,731 Feminino 14 (70,0) 59 (75,6) 23 (79,3) Masculino 6 (30,0) 19 (24,4) 6 (20,7) IMC < 0,001 Magreza 1 (5,0) 1 (1,3) 8 (27,6) Eutrofia 16 (80,0) 38 (48,7) 21 (72,4) Sobrepeso 3 (15,0) 31 (39,7) 0 (0,0) Obesidade 0 (0,0) 8 (10,3) 0 (0,0) Renda 0,216 Até 2 SM 12 (60,0) 32 (41,0) 18 (62,1) De 2 a 4 SM 3 (15,0) 21 (26,9) 3 (10,3) Acima de 4 SM 5 (25,0) 25 (32,1) 8 (27,6) Legenda: Téc. Adm.= Técnico Administrativo. IMC= Classificação do Índice de Massa Corporal. SM=Salário Mínimo. p= significância (<0,05). 37 ANEXOS NORMAS REVISTA ISSN 1413-8123 versão impressa ISSN 1678-4561 versão online Instruções para colaboradores Ciência & Saúde Coletiva publica debates, análises e resultados de investigações sobre um tema específico considerado relevante para a saúde coletiva; e artigos de discussão e análise do estado da arte da área e das subáreas, mesmo que não versem sobre o assunto do tema central. A revista, de periodicidade mensal, tem como propósitos enfrentar os desafios, buscar a consolidação e promover uma permanente atualização das tendências de pensamento e das práticas na saúde coletiva, em diálogo com a agenda contemporânea da Ciência & Tecnologia. Orientações para organização de números temáticos A marca da Revista Ciência & Saúde Coletiva dentro da diversidade de Periódicos da área é o seu foco temático, segundo o propósito da ABRASCO de promover, aprofundar e socializar discussões acadêmicas e debates interpares sobre assuntos considerados importantes e relevantes, acompanhando o desenvolvimento histórico da saúde pública do país. Os números temáticos entram na pauta em quatro modalidades de demanda:  Por Termo de Referência enviado por professores/pesquisadores da área de saúde coletiva (espontaneamente ou sugerido pelos editores-chefes) quando consideram relevante o aprofundamento de determinado assunto.  Por Termo de Referência enviado por coordenadores de pesquisa inédita e abrangente, relevante para a área, sobre resultados apresentados em forma de artigos, dentro dos moldes já descritos. Nessas duas primeiras modalidades, o Termo de Referência é avaliado em seu mérito científico e relevância pelos Editores Associados da Revista.  Por Chamada Pública anunciada na página da Revista, e sob a coordenação de Editores Convidados. Nesse caso, os Editores Convidados acumulam a tarefa de selecionar os artigos conforme o escopo, para serem julgados em seu mérito por pareceristas.  Por Organização Interna dos próprios Editores-chefes, reunindo sob um título pertinente, artigos de livre demanda, dentro dos critérios já descritos. O Termo de Referência deve conter: (1) título (ainda que provisório) da proposta do número temático; (2) nome (ou os nomes) do Editor Convidado; (3) justificativa resumida em um ou dois parágrafos sobre a proposta do ponto de vista dos objetivos, contexto, significado e relevância para a Saúde Coletiva; (4) listagem dos dez artigos propostos já com nomes dos autores convidados; (5) proposta de texto de opinião ou de entrevista com alguém que tenha relevância na discussão do assunto; (6) proposta de uma ou duas resenhas de livros que tratem 38 do tema. Por decisão editorial o máximo de artigos assinados por um mesmo autor num número temático não deve ultrapassar três, seja como primeiro autor ou não. Sugere-se enfaticamente aos organizadores que apresentem contribuições de autores de variadas instituições nacionais e de colaboradores estrangeiros. Como para qualquer outra modalidade de apresentação, nesses números se aceita colaboração em espanhol, inglês e francês. Recomendações para a submissão de artigos Recomenda-se que os artigos submetidos não tratem apenas de questões de interesse local, ou se situe apenas no plano descritivo. As discussões devem apresentar uma análise ampliada que situe a especificidade dos achados de pesquisa ou revisão no cenário da literatura nacional e internacional acerca do assunto, deixando claro o caráter inédito da contribuição que o artigo traz. A revista C&SC adota as “Normas para apresentação de artigos propostos para publicação em revistas médicas”, da Comissão Internacional de Editores de Revistas Médicas, cuja versão para o português encontra-se publicada na Rev Port Clin Geral 1997; 14:159-174. O documento está disponível em vários sítios na World Wide Web, como por exemplo, www.icmje.org ouwww.apmcg.pt/document/71479/450062.pdf. Recomenda-se aos autores a sua leitura atenta. Seções da publicação Editorial: de responsabilidade dos editores chefes ou dos editores convidados, deve ter no máximo 4.000 caracteres com espaço. Artigos Temáticos: devem trazer resultados de pesquisas de natureza empírica, experimental, conceitual e de revisões sobre o assunto em pauta. Os textos de pesquisa não deverão ultrapassar os 40.000 caracteres. Artigos de Temas Livres: devem ser de interesse para a saúde coletiva por livre apresentação dos autores através da página da revista. Devem ter as mesmas características dos artigos temáticos: máximo de 40.000 caracteres com espaço, resultarem de pesquisa e apresentarem análises e avaliações de tendências teórico- metodológicas e conceituais da área. Artigos de Revisão: Devem ser textos baseados exclusivamente em fontes secundárias, submetidas a métodos de análises já teoricamente consagrados, temáticos ou de livre demanda, podendo alcançar até o máximo de 45.000 caracteres com espaço. Opinião: texto que expresse posição qualificada de um ou vários autores ou entrevistas realizadas com especialistas no assunto em debate na revista; deve ter, no máximo, 20.000 caracteres com espaço. Resenhas: análise crítica de livros relacionados ao campo temático da saúde coletiva, publicados nos últimos dois anos, cujo texto não deve ultrapassar 10.000 caracteres com espaço. Os autores da resenha devem incluir no início do texto a referência completa do livro. As 39 referências citadas ao longo do texto devem seguir as mesmas regras dos artigos. No momento da submissão da resenha os autores devem inserir em anexo no sistema uma reprodução, em alta definição da capa do livro em formato jpeg. Cartas: com apreciações e sugestões a respeito do que é publicado em números anteriores da revista (máximo de 4.000 caracteres com espaço). Observação: O limite máximo de caracteres leva em conta os espaços e inclui texto e bibliografia. O resumo/abstract e as ilustrações (figuras e quadros) são considerados à parte. Apresentação de manuscritos 1. Os originais podem ser escritos em português, espanhol, francês e inglês. Os textos em português e espanhol devem ter título, resumo e palavras-chave na língua original e em inglês. Os textos em francês e inglês devem ter título, resumo e palavras-chave na língua original e em português. Não serão aceitas notas de pé-de-página ou no final dos artigos. 2. Os textos têm de ser digitados em espaço duplo, na fonte Times New Roman, no corpo 12, margens de 2,5 cm, formato Word e encaminhados apenas pelo endereço eletrônico (http://mc04.manuscriptcentral.com/csc-scielo) segundo as orientações do site. 3. Os artigos publicados serão de propriedade da revista C&SC, ficando proibida a reprodução total ou parcial em qualquer meio de divulgação, impressa ou eletrônica, sem a prévia autorização dos editores-chefes da Revista. A publicação secundária deve indicar a fonte da publicação original. 4. Os artigos submetidos à C&SC não podem ser propostos simultaneamente para outros periódicos. 5. As questões éticas referentes às publicações de pesquisa com seres humanos são de inteira responsabilidade dos autores e devem estar em conformidade com os princípios contidos na Declaração de Helsinque da Associação Médica Mundial (1964, reformulada em 1975,1983, 1989, 1989, 1996 e 2000). 6. Os artigos devem ser encaminhados com as autorizações para reproduzir material publicado anteriormente, para usar ilustrações que possam identificar pessoas e para transferir direitos de autor e outros documentos. 7. Os conceitos e opiniões expressos nos artigos, bem como a exatidão e a procedência das citações são de exclusiva responsabilidade dos autores. 8. Os textos são em geral (mas não necessariamente) divididos em seções com os títulos Introdução, Métodos, Resultados e Discussão, às vezes, sendo necessária a inclusão de subtítulos em algumas seções. Os títulos e subtítulos das seções não devem estar organizados com numeração progressiva, mas com recursos gráficos (caixa alta, recuo na margem etc.). 9. O título deve ter 120 caracteres com espaço e o resumo/abstract, com no máximo 1.400 caracteres com espaço (incluindo palavras-chave/key words), deve explicitar o objeto, os objetivos, a metodologia, a abordagem teórica e os resultados do estudo ou investigação. Logo abaixo do resumo os autores devem indicar até no máximo, cinco (5) palavras-chave. 40 palavras-chave/key words. Chamamos a atenção para a importância da clareza e objetividade na redação do resumo, que certamente contribuirá no interesse do leitor pelo artigo, e das palavras-chave, que auxiliarão a indexação múltipla do artigo. As palavras- chaves na língua original e em inglês devem constar no DeCS/MeSH (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/mesh/e http://decs.bvs.br/). Autoria 1. As pessoas designadas como autores devem ter participado na elaboração dos artigos de modo que possam assumir publicamente a responsabilidade pelo seu conteúdo. A qualificação como autor deve pressupor: a) a concepção e o delineamento ou a análise e interpretação dos dados, b) redação do artigo ou a sua revisão crítica, e c) aprovação da versão a ser publicada. As contribuições individuais de cada autor devem ser indicadas no final do texto, apenas pelas iniciais (ex. LMF trabalhou na concepção e na redação final e CMG, na pesquisa e na metodologia). 2. O limite de autores no início do artigo deve ser no máximo de oito. Os demais autores serão incluídos no final do artigo. Nomenclaturas 1. Devem ser observadas rigidamente as regras de nomenclatura de saúde pública/saúde coletiva, assim como abreviaturas e convenções adotadas em disciplinas especializadas. Devem ser evitadas abreviaturas no título e no resumo. 2. A designação completa à qual se refere uma abreviatura deve preceder a primeira ocorrência desta no texto, a menos que se trate de uma unidade de medida padrão. Ilustrações 1. O material ilustrativo da revista C&SC compreende tabela (elementos demonstrativos como números, medidas, percentagens, etc.), quadro (elementos demonstrativos com informações textuais), gráficos (demonstração esquemática de um fato e suas variações), figura (demonstração esquemática de informações por meio de mapas, diagramas, fluxogramas, como também por meio de desenhos ou fotografias). Vale lembrar que a revista é impressa em apenas uma cor, o preto, e caso o material ilustrativo seja colorido, será convertido para tons de cinza. 2. O número de material ilustrativo deve ser de, no máximo, cinco por artigo, salvo exceções referentes a artigos de sistematização de áreas específicas do campo temático. Nesse caso os autores devem negociar com os editores-chefes. 3. Todo o material ilustrativo deve ser numerado consecutivamente em algarismos arábicos, com suas respectivas legendas e fontes, e a cada um deve ser atribuído um breve título. Todas as ilustrações devem ser citadas no texto. 4. As tabelas e os quadros devem ser confeccionados no mesmo programa utilizado na confecção do artigo (Word). 5. Os gráficos devem estar no programa Excel, e os dados numéricos devem ser enviados, em 41 separado no programa Word ou em outra planilha como texto, para facilitar o recurso de copiar e colar. Os gráficos gerados em programa de imagem (Corel Draw ou Photoshop) devem ser enviados em arquivo aberto com uma cópia em pdf. 6. Os arquivos das figuras (mapa, por ex.) devem ser salvos no (ou exportados para o) formato Ilustrator ou Corel Draw com uma cópia em pdf. Estes formatos conservam a informação vetorial, ou seja, conservam as linhas de desenho dos mapas. Se for impossível salvar nesses formatos; os arquivos podem ser enviados nos formatos TIFF ou BMP, que são formatos de imagem e não conservam sua informação vetorial, o que prejudica a qualidade do resultado. Se usar o formato TIFF ou BMP, salvar na maior resolução (300 ou mais DPI) e maior tamanho (lado maior = 18cm). O mesmo se aplica para o material que estiver em fotografia. Caso não seja possível enviar as ilustrações no meio digital, o material original deve ser mandado em boas condições para reprodução. Agradecimentos 1. Quando existirem, devem ser colocados antes das referências bibliográficas. 2. Os autores são responsáveis pela obtenção de autorização escrita das pessoas nomeadas nos agradecimentos, dado que os leitores podem inferir que tais pessoas subscrevem os dados e as conclusões. 3. O agradecimento ao apoio técnico deve estar em parágrafo diferente dos outros tipos de contribuição. Referências 1. As referências devem ser numeradas de forma consecutiva de acordo com a ordem em que forem sendo citadas no texto. No caso de as referências serem de mais de dois autores, no corpo do texto deve ser citado apenas o nome do primeiro autor seguido da expressão et al. 2. Devem ser identificadas por números arábicos sobrescritos, conforme exemplos abaixo: ex. 1: “Outro indicador analisado foi o de maturidade do PSF” 11 ... ex. 2: “Como alerta Maria Adélia de Souza 4, a cidade...” As referências citadas somente nos quadros e figuras devem ser numeradas a partir do número da última referência citada no texto. 1. As referências citadas devem ser listadas ao final do artigo, em ordem numérica, seguindo as normas gerais dos Requisitos uniformes para manuscritos apresentados a periódicos biomédicos(http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html). 2. Os nomes das revistas devem ser abreviados de acordo com o estilo usado no Index Medicus (http://www.nlm.nih.gov/). 3. O nome de pessoa, cidades e países devem ser citados na língua original da publicação. Exemplos de como citar referências 42 Artigos em periódicos 1. Artigo padrão (incluir todos os autores) Pelegrini MLM, Castro JD, Drachler ML. Eqüidade na alocação de recursos para a saúde: a experiência no Rio Grande do Sul, Brasil. Cien Saude Colet 2005; 10(2):275-286. Maximiano AA, Fernandes RO, Nunes FP, Assis MP, Matos RV, Barbosa CGS, Oliveira-Filho EC. Utilização de drogas veterinárias, agrotóxicos e afins em ambientes hídricos: demandas, regulamentação e considerações sobre riscos à saúde humana e ambiental. Cien Saude Colet 2005; 10(2):483-491. 2. Instituição como autor The Cardiac Society of Australia and New Zealand. Clinical exercise stress testing. Safety and performance guidelines. Med J Aust 1996; 164(5):282-284 3. Sem indicação de autoria Cancer in South Africa [editorial]. S Afr Med J 1994; 84:15. 4. Número com suplemento Duarte MFS. Maturação física: uma revisão de literatura, com especial atenção à criança brasileira. Cad Saude Publica 1993; 9(Supl. 1):71-84. 5. Indicação do tipo de texto, se necessário Enzensberger W, Fischer PA. Metronome in Parkinson’s disease [carta]. Lancet 1996; 347:1337. Livros e outras monografias 6. Indivíduo como autor Cecchetto FR. Violência, cultura e poder. Rio de Janeiro: FGV; 2004. Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 8ª Edição. São Paulo, Rio de Janeiro: Hucitec, Abrasco; 2004. 7. Organizador ou compilador como autor Bosi MLM, Mercado FJ, organizadores. Pesquisa qualitativa de serviços de saúde. Petrópolis: Vozes; 2004. 8. Instituição como autor Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Controle de plantas aquáticas por meio de agrotóxicos e afins. Brasília: DILIQ/IBAMA; 2001. 9. Capítulo de livro Sarcinelli PN. A exposição de crianças e adolescentes a agrotóxicos. In: Peres F, Moreira JC, organizadores. É veneno ou é remédio. Agrotóxicos, saúde e ambiente. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2003. p. 43-58. 10. Resumo em Anais de congressos Kimura J, Shibasaki H, organizadores. Recent advances in clinical neurophysiology. 43 Proceedings of the 10th International Congress of EMG and Clinical Neurophysiology; 1995 Oct 15-19; Kyoto, Japan. Amsterdam: Elsevier; 1996. 11. Trabalhos completos publicados em eventos científicos Coates V, Correa MM. Características de 462 adolescentes grávidas em São Paulo. In: Anais do V Congresso Brasileiro de adolescência; 1993; Belo Horizonte. p. 581-582. 12. Dissertação e tese Carvalho GCM. O financiamento público federal do Sistema Único de Saúde 1988-2001 [tese]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública; 2002. Gomes WA. Adolescência, desenvolvimento puberal e sexualidade: nível de informação de adolescentes e professores das escolas municipais de Feira de Santana – BA [dissertação]. Feira de Santana (BA): Universidade Estadual de Feira de Santana; 2001. Outros trabalhos publicados 13. Artigo de jornal Novas técnicas de reprodução assistida possibilitam a maternidade após os 40 anos. Jornal do Brasil; 2004 Jan 31; p. 12 Lee G. Hospitalizations tied to ozone pollution: study estimates 50,000 admissions annually. The Washington Post 1996 Jun 21; Sect. A:3 (col. 5). 14. Material audiovisual HIV+/AIDS: the facts and the future [videocassette]. St. Louis (MO): Mosby- Year Book; 1995. 15. Documentos legais Brasil. Lei nº 8.080 de 19 de Setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União 1990; 19 set. Material no prelo ou não publicado Leshner AI. Molecular mechanisms of cocaine addiction. N Engl J Med. In press 1996. Cronemberg S, Santos DVV, Ramos LFF, Oliveira ACM, Maestrini HA, Calixto N. Trabeculectomia com mitomicina C em pacientes com glaucoma congênito refratário. Arq Bras Oftalmol. No prelo 2004. Material eletrônico 16. Artigo em formato eletrônico Morse SS. Factors in the emergence of infectious diseases. Emerg Infect Dis [serial on the Internet] 1995 Jan-Mar [cited 1996 Jun 5];1(1):[about 24 p.]. Available from: http://www.cdc.gov/ncidod/EID/eid.htm Lucena AR, Velasco e Cruz AA, Cavalcante R. Estudo epidemiológico do tracoma em comunidade da Chapada do Araripe – PE – Brasil. Arq Bras Oftalmol [periódico na Internet]. 2004 Mar-Abr [acessado 2004 Jul 12];67(2): [cerca de 4 p.]. Disponível em: 44 http://www.abonet.com.br/abo/672/197-200.pdf 17. Monografia em formato eletrônico CDI, clinical dermatology illustrated [CD-ROM]. Reeves JRT, Maibach H. CMEA Multimedia Group, producers. 2ª ed. Version 2.0. San Diego: CMEA; 1995. 18. Programa de computador Hemodynamics III: the ups and downs of hemodynamics [computer program]. Version 2.2. Orlando (FL): Computerized Educational Systems; 1993. Os artigos serão avaliados através da Revisão de pares por no mínimo três consultores da área de conhecimento da pesquisa, de instituições de ensino e/ou pesquisa nacionais e estrangeiras, de comprovada produção científica. Após as devidas correções e possíveis sugestões, o artigo será aceito se tiver dois pareceres favoráveis e rejeitado quando dois pareceres forem desfavoráveis. 45 PARECER COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA UFRN - FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - FACISA PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP DADOS DO PROJETO DE PESQUISA Título da Pesquisa: Influência das mídias sociais na autopercepção corporal e comportamento alimentar na comunidade acadêmica da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi- UFRN Pesquisador: Daline Fernandes de Souza Araújo Área Temática: Versão: 1 CAAE: 75053517.9.0000.5568 Instituição Proponente: Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí Patrocinador Principal: Financiamento Próprio DADOS DO PARECER Número do Parecer:2.283.213 Apresentação do Projeto: Esse estudo caracteriza-se como uma pesquisa transversal e quantitativa, onde coleta de dados será realizada única e exclusivamente através de um questionário virtual aplicados aos discentes da FACISA via Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA). Objetivo da Pesquisa: O projeto tem como objetivo: Analisar as influências das mídias sociais sob a autopercepção da imagem corporal e no comportamento alimentar da comunidade acadêmica da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi/Santa Cruz-RN. Como objetivo específicos: identificar os principais hábitos que justificam a insatisfação corporal e a percepção da autoimagem corporal do público-alvo; investigar a prevalência de comportamento alimentar inadequado e relacionar aos dados sóciodemográficos; Relacionar a utilização das redes sociais sobre a aparência e o comportamento alimentar na busca de um corpo ideal. Avaliação dos Riscos e Benefícios: Foram previstos conforme preceitos éticos, constando tanto no projeto como no TCLE. A 46 pesquisadora descreveu: RISCOS Durante a realização dos questionários e do estudo, haverá riscos mínimos, como o constrangimento em responder as questões, então sugere-se que sejam respondidas em lugar tranquilo e reservado e com livre acesso a internet. Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo. BENEFÍCIOS Os dados obtidos servirão de referência para se criar estratégias como palestras, oficinas que discutam sobre a influência das mídias sociais no comportamento alimentar a exemplo das informações de blogueiras sobre alimentação saudável. Visando não apenas os fatos resultantes da pesquisa, o projeto fará o esclarecimento das mudanças causadas ou influenciadas pelas mídias sociais da internet, para que seja dada mais ênfase ao assunto por meio de projetos, rodas de conversas, reflexão e visão crítica para que o conteúdo tecnológico não interfira de maneira negativa na vida das pessoas. E construção de material (folders e cartilhas) sobre comportamento alimentar, transtornos de imagem, bem como divulgação da importância do acompanhamento com nutricionista e/ ou psicólogo. Comentários e Considerações sobre a Pesquisa: A pesquisa se encontra em conformidade com os preceitos éticos previstos na Res. 466/CONEP Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória: Todos foram apresentados Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações: Não há pendências. A pesquisa se encontra em conformidade com os preceitos éticos previstos na Res. 466/CONEP Considerações Finais a critério do CEP: 1. Apresentar relatório parcial da pesquisa, semestralmente, a contar do início da mesma. 2. Apresentar relatório final da pesquisa até 30 dias após o término da mesma. 3. O CEP FACISA deverá ser informado de todos os efeitos adversos ou fatos relevantes que alterem ocurso normal do estudo. 4. Quaisquer documentações encaminhadas ao CEP FACISA deverão conter junto uma Carta de Encaminhamento, em que conste o objetivo e justificativa do que esteja sendo apresentado. 5. Caso a pesquisa seja suspensa ou encerrada antes do previsto, o CEP FACISA deverá ser comunicado estando os motivos expresso no relatório final a ser apresentado. 6. O TCLE deverá ser obtido em duas vias, uma ficará com o pesquisador e a outra com o sujeito de pesquisa. 7. Em conformidade com a Carta Circular nº. 003/2011CONEP/CNS, faz-se obrigatório a rubrica em todas as páginas do TCLE pelo sujeito de pesquisa ou seu responsável e pelo pesquisador. 47 Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados: Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação Informações Básicas PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_P 02/09/2017 Aceito do Projeto ROJETO_971953.pdf 14:47:09 Projeto Detalhado / Projeto_de_Pesquisa_Midias_Sociais.pd f 02/09/2017 Daline Fernandes de Aceito Brochura 14:46:30 Souza Araújo Investigador TCLE / Termos de TCLE_NOVO.pdf 02/09/2017 Daline Fernandes de Aceito Assentimento / 14:46:07 Souza Araújo Justificativa de Ausência Outros Folha_de_Identificao_do_CEP_FACISA. 02/09/2017 Daline Fernandes de Aceito pdf 12:43:10 Souza Araújo Folha de Rosto Folha_de_Rosto.pdf 31/08/2017 Daline Fernandes de Aceito 16:09:50 Souza Araújo Outros Declarao_de_Compromisso_tico.pdf 31/08/2017 Daline Fernandes de Aceito 15:08:25 Souza Araújo Declaração de Termo_de_Confidenciabilidade_CEPFA 31/08/2017 Daline Fernandes de Aceito Pesquisadores CISAA.pdf 15:07:35 Souza Araújo Declaração de Carta_de_Anuencia.pdf 31/08/2017 Daline Fernandes de Aceito Instituição e 15:01:33 Souza Araújo Infraestrutura Situação do Parecer: Aprovado Necessita Apreciação da CONEP: Não SANTA CRUZ, 19 de Setembro de 2017 Assinado por: Osvaldo de Goes Bay Junior (Coordenador) CEP: UF: RN (84)3291-2411 48 FORMULÁRIOS DA PESQUISA Body Checking Questionnaire - BCQ Adaptado: (CAMPANA, 2007) Marque um ‘’X’’ na alternativa que melhor descreve a frequência com que você tem estes comportamentos atualmente: Body Checking Questionnaire – BCQ 1. Eu pego na dobra dos meus braços para medir a gordura. 2. Eu esfrego (ou toco) minhas coxas quando estou sentada para checar a gordura. 3. Eu meço o diâmetro das minhas pernas para ter certeza de que têm o mesmo tamanho de antes. 4. Eu observo se minhas coxas se esfregam uma na outra. 5. Eu tento provocar comentários dos outros a respeito do quanto estou gorda. 6. Eu observo se minhas gorduras balançam. 7. Eu encolho a minha barriga para ver como ela fica quando tento deixá-la completamente reta. 8. Eu experimento meus anéis para ver se servem como antes. 9. Eu observo se tenho celulite nas coxas quando estou sentada. 10. Eu deito no chão para sentir se meus ossos tocam o solo. 11. Eu ajusto minhas roupas ao redor do meu corpo tão apertadas quanto possível para ver como me pareço. 12. Eu me comparo com as modelos de TV, revistas e/ou da internet. Nunca Raramente Às Vezes Frequentemente Muito Frequentemente 49 Male Body Checking Questionnaire – MBCQ (FERREIRA et al., 2012) Marque um ‘’X’’ na alternativa que melhor descreve a frequência com que você tem estes comportamentos atualmente: Male Body Checking Questionnaire – MBCQ 1. Checo a firmeza de meus braços para confirmar que não perdi nenhuma massa muscular. 2. Olho meus músculos abdominais – ‘’tanquinho’’ – no espelho. 3. Quando me olho no espelho, contraio os para confirmar a igualdade entre eles. 4. Comparo o tamanho de meus músculos com o de outras pessoas. 5. Comparo minha “magreza” ou definição muscular com a de outras pessoas. 6. Comparo meus músculos com os dos atletas ou das celebridades. 7. Comparo minha “magreza” ou definição muscular com a dos atletas ou das celebridades. 8. Peço a outras pessoas para tocarem em meus músculos para confirmar o tamanho e a firmeza deles. 9. Peço a outras pessoas para comentarem sobre a definição ou o tamanho de meus músculos. 10. Belisco a gordura da minha barriga e costas (por exemplo, os pneuzinhos) para checar a minha “magreza”. 11. Comparo minha “magreza” ou a definição de meus músculos peitorais com a de outras pessoas. 12. Comparo o tamanho de meus músculos peitorais com o tamanho dos músculos de outras pessoas. 13. Comparo a largura dos meus ombros com a largura dos ombros de outras pessoas. 14. Contraio meus músculos peitorais diante do espelho para confirmar a igualdade entre eles. 15. Contraio meus músculos diante do espelho à procura de linhas ou estriamentos neles. 16. Meço meus músculos com uma fita métrica. 17. Aperto a gordura ou estico a pele do meu corpo para acentuar o músculo escondido pela gordura. 18. Chego o tamanho e a forma de meus músculos na maioria das superfícies espelhadas (por exemplo, nas janelas de carros, nas vitrines de lojas, nos espelhos etc.). 19. Belisco ou aperto meus músculos para confirmar o tamanho e a firmeza deles. Nunca Raramente Às Vezes Frequenteme Muito Frequenteme 50 Questionário Holandês do Comportamento Alimentar – QHCA Almeida, Loureiro e Santos (2001) adaptado Responda às questões abaixo marcando “X” em uma das alternativas (SIM ou NÃO) a seguir: Perguntas SIM NÃO 1. Quando você tem que se pesar, você come menos do que normalmente comeria? 2. Você tem vontade de comer quando não tem nada para fazer? 3. Você tem vontade de comer quando está emocionalmente perturbado(a)? 4. Se você vê outros comendo, você também quer comer? 5. Você tem vontade de comer quando está desiludido(a)? 6. Ao comer muito em um dia, você come menos do que o habitual nos dias seguintes? 7. Você tenta não comer entre as refeições porque está observando seu peso? 8. Você tem vontade de comer quando está assustado(a)? 9. Ao preparar uma refeição, você tendência a comer alguma coisa gostosa? 10. Decididamente você come comidas que são pouco “engordativas”? 11. Você tem vontade de comer quando está de mau humor? 12. Se você tem algo delicioso para comer, você come imediatamente? 13. Você considera seu peso de acordo com o que você come? 14. Você tem vontade de comer quando está chateada ou impaciente? 15. Você consegue deixar de comer alimentos gostosos? 16. Você tenta comer menos do que gostaria de comer nos horários de refeição? 17. Você tem vontade de comer quando está irritado (a)? 18. Você observa (presta atenção) o que você come? 19. Ao passar perto de uma lanchonete ou restaurante, você fica com vontade de comprar alguma coisa gostosa? 20. Você recusa comida ou bebida oferecidas a você por estar preocupado (a) com seu peso? 21. Você tem vontade de comer quando está ansioso (a), preocupado (a) ou tenso (a)? 22. Decididamente você come menos com o objetivo de não ficar mais pesado (a)? 23. Se a comida cheirar bem e lhe parecer boa, você come mais que o habitual? 24. Você tem vontade de comer quando as coisas não estão dando certo? 25. Se a comida é saborosa, você come mais que o habitual? 26. Você tenta não comer à noite porque está observando seu peso? 27. Você tem vontade de comer quando alguém deixa você triste? 28. Se você vê ou sente cheiro de algo delicioso, tem desejo de comê-lo? 29. Ao passar perto de uma padaria, você fica com vontade de comprar alguma coisa gostosa? 30. Você tem vontade de comer quando está deprimido (a) ou desanimado (a)? 31. Você come mais que o usual quando vê outros comendo? 32. Você tem vontade de comer quando está se sentindo sozinho (a)? 33. Você tem vontade de comer quando alguma coisa desagradável está prestes a acontecer? 51 Escala de Figuras de Silhuetas (EFS) Stunkard (1983) A figura a seguir indica garotas na primeira e garotos na segunda. Cada corpo possui um número abaixo. Use essa figura e os números para responder as questões a seguir: Marque um ‘’X’’ na opção que melhor descreve sua opinião: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 O seu corpo parece mais com qual dessas imagens? Qual dessas imagens mostra como você gostaria de ser?