UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA, ECOLOGIA E ZOOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA MESTRADO EM ECOLOGIA LUCAS VIEGAS FRANCISCO O efeito de invertebrados aquáticos na decomposição de detritos foliares: uma meta-análise Natal 2014 !! 1! LUCAS VIEGAS FRANCISCO O efeito de invertebrados aquáticos na decomposição de detritos foliares: uma meta- análise Natal 2014 Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia do Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como um dos requisitos à obtenção do título de Mestre em Ecologia. Orientador: Prof. Dr. Adriano Caliman Co-orientadora: Profa. Dra. Luciana Carneiro !! 2! UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA MESTRADO EM BIOECOLOGIA AQUÁTICA O efeito de invertebrados aquáticos na decomposição de detritos foliares: uma meta- análise LUCAS VIEGAS FRANCISCO Esta versão da dissertação, apresentada pelo aluno LUCAS VIEGAS FRANCISCO ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia do Departamento de Oceanografia e Limnologia, do Centro de Biociências, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foi julgada adequada e aprovada, pelos Membros da Banca Examinadora para a conclusão do Curso e obtenção do título de Mestrado em Ecologia. MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA: ___________________________________________ Profa. Dra. Luciana Silva Carneiro DBEZ / CB / UFRN ___________________________________________ Prof. Dr. André Megali Amado DBEZ / CB / UFRN ___________________________________________ Prof. Dr. Albert Luiz Suhett Ecologia / UEZO ___________________________________________ Natal/RN, 4 de julho de 2013. !! 3! LUCAS VIEGAS FRANCISCO O efeito de invertebrados aquáticos na decomposição de detritos foliares: uma meta- análise Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia do Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como um dos requisitos à obtenção do título de Mestre em Ecologia. COMISSÃO JULGADORA Profa. Dra. Luciana Silva Carneiro DBEZ/UFRN (Presidente) Prof. Dr. André Megali Amado DBEZ/UFRN (Presidente) Prof. Dr. Albert Luiz Suhett Aprovada em 4 de julho de 2013. Local de defesa: Sala ?, Centro de Biociências, campus da Univerisdade Federal do Rio Grande do Norte. !! 4! AGRADECIMENTOS Ao Dr. Adriano Caliman, que muito me ensinou, contribuindo para meu crescimento científico e intelectual, especialmente estimulando o autodidatismo. À Dra. Luciana Carneiro, que além de contribuir para o trabalho, acrescentou ao meu crescimento científico pelo estímulo de duras crises de crescimento. Aos professores membros da banca de avaliação deste trabalho, Dr. Albert Suhett (UEZO), Dr. André Megali e Dra. Luciana Carneiro (UFRN). Ao Dr. Sidinei Magela Thomaz, pela modéstia na indicação para eu fazer mestrado em Ecologia na UFRN. Aos incontáveis companheiros de curso e professores que me auxiliaram academicamente – à cooperação no universo acadêmico. À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pela oportunidade de realização do curso de mestrado. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, pela concessão da bolsa de mestrado. !! 5! Título: O efeito dos invertebrados aquáticos na decomposição de detritos foliares: uma meta- análise Resumo: Até o momento não há um estudo que objetivou sintetizar a magnitude e variação do papel dos invertebrados sobre a decomposição do detrito foliar em ambientes aquáticos. Existe uma falta de conhecimento sobre qual é o impacto geral desses organismos na decomposição foliar. Além do mais, existem controvérsias sobre como e quais devem ser os fatores mais influentes nesse processo ecológico. Por exemplo, em relação ao gradiente latitudinal ou térmico, ou ainda o tipo de metodologia empregada para avaliar o efeito dos invertebrados aquáticos pode e deve alterar o papel de diferentes grupos de decompositores e consequentemente o papel relativo dos invertebrados sobre a decomposição foliar. Desse modo, o objetivo deste estudo foi através de uma abordagem meta-analítica, entender como estes organismos afetam a decomposição do detrito foliar em ecossistemas aquáticos, e como este efeito varia de acordo com fatores ecológicos e metodológicos. Através da avaliação das taxas de decaimento exponencial (k) na presença e ausência de invertebrados 104 estudos independentes satisfizeram nosso critério de seleção e foram incluídos no banco de dados. A fim de tornar a amostra representativa, foram incluídas apenas as variáveis presentes em mais de 90% dos estudos. Não observou-se viés de publicação nos dados, entretanto, observou-se um decréscimo do efeito dos invertebrados ao longo do tempo, indicando que experimentos curtos revelam altas taxas relativas de detritivoria enquanto os longos apresentam taxas menores. Como esperado, estes resultados revelam que a presença dos invertebrados acelera a decomposição foliar. Além disso, a magnitude do efeito em escala global é consistente e não difere em relação ao tipo de ecossistema (lótico ou lêntico), temperatura ou latitude. Portanto, esta análise contradiz o argumento que invertebrados tem um maior papel na decomposição em ecossistemas de altas latitudes enquanto microrganismos deveriam ser mais importantes mais próximo aos trópicos. A falta de relação das magnitudes do efeito e a temperatura contradiz a previsão de alguma proporcionalidade entre esta variável e o papel relativo dos invertebrados na detritivoria. Considerando a distribuição das magnitudes de efeito, não observou-se nenhum viés quanto aos diferentes métodos de exclusão dos invertebrados (malhas, campo elétrico ou inseticida) ou ainda quanto a diferença entre as malhas (fina e grossa) nos estudos em litterbags. O que contrasta com parte da literatura, onde estes parâmetros metodológicos revelam algum efeito de tendenciosidade. Entretanto, é difícil afirmar que não existem efeitos aditivos do tipo de exclusão experimental pois existe uma escassez na quantidade de experimentos com inseticidas e campo elétrico. Além dos fatores metodológicos, outros fatores interferem significativamente na decomposição mediada por invertebrados, como a origem do detrito (alóctone ou autóctone) e a duração experimental. Provavelmente outros fatores que poderiam explicar o efeito dos invertebrados na decomposição foliar, como qualidade nutricional do detrito e características bioquímicas da água, não foram incluídos nesta análise devido um insuficiente número de dados disponíveis para uma síntese consistente. Esta síntese conclui que o papel dos invertebrados detritívoros deveria ser incluída em modelos biogeoquímicos, considerando o ciclo de nutrientes. Mais especificamente, estes modelos deveriam incorporar fatores mais estudados como a origem do detrito e a duração experimental. !! 6! Title: The effect of aquatic invertebrates on leaf litter decomposition – a meta-analysis Abstract: There is no study aimed to synthesize the magnitude and variation of aquatic invertebrates for the decomposition of leaf litter in aquatic ecosystems. Furthermore, there is also a lack of knowledge about what is the overall impact of these small organisms on leaf decomposition. Moreover, there are a number of controversies that are the most influential factors on one of the most important processes of aquatic ecology. For example, the influence of latitude and temperature or yet the methodology employed for measuring the effect of the aquatic detritivorous invertebrates. Therefore the aim of our study was, through a meta-analytic review, understand how these organisms affect the decomposition of foliar detritus in aquatic ecosystems, and how this effect varies according to the methodological and environmental parameters most used. Through the evaluation of decomposition rates (k) in the presence and absence of these invertebrates 104 independent studies satisfied our selection criteria and were included in the database. To intention present representativeness of the sample, each used parameter in this analysis need to be present in over 90% of the selected studies. No publication bias was detected, although we verified a significant decrease in the invertebrate decomposition effect in longer experimental duration, indicating that short experiments reveal higher detritivoria while longer experiments manifest lower mass loss. As expected, these results cast reveal that in general the presence of invertebrates accelerates the decomposition process. Furthermore the global effect size, these effect are consistent and do not differ in relation to aquatic ecosystem types (lotic, lentic or marine), temperature or latitude of the experiments, even presenting a slight increase importance of invertebrates in the decomposition process toward lower latitudes. Therefore, this analysis contradicts the argument that invertebrates have a greater role in the decomposition of aquatic ecosystems at higher latitudes while microorganisms would be more important at minors. Temperature result also contradicts the preview and results of this and other reviews where it could reveal some variation of invertebrate effect. No weakness of invertebrate exclusion methods (mesh bags, electric field or toxic) or even the standardized mesh bag difference (a standardized difference between coarse and fine mesh bags) was found. In contrast to the most of literature, these parameters did not show any significant relationship with the effect size. However should be difficult affirm there is no additive effects of experimental exclusion or also standardized mesh size difference. Conversely, other factors interfere significantly in the decomposition mediated by invertebrates such as detritus origin (allochthonous or autochthonous) and experimental duration. Probably other parameters besides the not included in this analysis could explain the effect of invertebrates on leaf decomposition, however an insufficient number of available parameters hamper this assay. We conclude that this synthesis indicates that the role of detritivorous invertebrates should be included in biogeochemical models, which consider nutrient cycling in temperate or tropical aquatic ecosystems. More specifically these models should incorporate environmental parameters such as detritus origin, as well methodological parameters such as experimental duration. !! Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 8 1.1 Controvérsias .................................................................................................................... 9 1.2 Fatores que influenciam a decomposição foliar aquática ............................................... 11 1.3 Objetivos ........................................................................................................................ 15 1.4 Hipóteses ........................................................................................................................ 15 2. MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................15 2.1. Busca e seleção dos trabalhos ....................................................................................... 15 2.2 Métrica utilizada para esta meta-análise ........................................................................ 18 2.3 Co-variáveis ................................................................................................................... 20 2.4 Análises estatísticas e Testes de heterogeneidade .......................................................... 22 3. RESULTADOS ................................................................................................................... 23 4. DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 32 4.1 Magnitude do efeito global ............................................................................................ 32 4.2 Co-variáveis ambientais e metodológicas ...................................................................... 34 5. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 38 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 40 6. ANEXOS ............................................................................................................................. 51 !! 8! 1. INTRODUÇÃO A decomposição da matéria orgânica vegetal é um processo central no que se refere a ciclagem e estoque de nutrientes (Hieber & Gessner 2002). Aproximadamente 120 bilhões de toneladas de carbono por ano são incorporados em ambientes terrestres pelo processo de produção primária (Beer et al. 2010). Entretanto apenas uma pequena fração do carbono fixado nos produtores primários terrestres é removido via herbivoria (e.g. Cebrian 1999, Cebrian & Lartigue 2004) ou é imobilizada em solos e sedimentos de ecossistemas aquáticos adjacentes (Boyero et al. 2011). Portanto, a maior parte da produção primária terrestre é decomposta pela ação de micro e macrorganismos decompositores - um processo importante para a redisponibilização de nutrientes inorgânicos novamente à cadeia produtiva. A decomposição foliar é o processo chave dirigido por assembleias de consumidores que promovem ascensão trófica da matéria orgânica presente no detrito vegetal (Webster & Benfield 1986). Estes organismos podem ser distinguidos em invertebrados detritívoros e microrganismos decompositores, em especial fungos e bactérias (Cummins & Klug 1979). Além de incrementar sua biomassa, os decompositores geram compostos inorgânicos e matéria orgânica particulada ou dissolvida (Webster & Benfield 1986, Gessner et al. 1999, Chung & Suberkropp 2008). De modo geral, os macrodetritívoros atuam no sequestro e sedimentação do carbono detrital através do aumento de sua biomassa e egestão respectivamente, enquanto os microrganismos decompositores operam na mineralização do carbono orgânico (ver Boyero et al. 2011). Os fragmentadores são o primeiro grupo de macrodetritívoros a decompor o folhiço (Wantzen et al. 2008), importantes para o processo de decomposição em ambientes aquáticos, tornam o detrito mais exposto a colonização microbiana (Webster & Benfield 1986, Abelho 2001, Gonçalvez 2007, Wantzen & Wagner 2006). Invertebrados demonstram uma alimentação preferencial por matéria orgânica detrital mais lábil e colonizada por microrganismos (i.e. baixas razões C:N e C:P; Graça et al. 2001, Swan & Palmer 2006). Este condicionamento microbiano (Cummins 1974; Bärlocher & Kendrick 1975, (Golladay et al. 1983, Wrigth & Covich 2005) resume-se ao enriquecimento nutricional do detrito através da !! 9! incorporação de nutrientes na biomassa dos microrganismos decompositores colonizadores (e.g. Krauss et al. 2011). Desse modo, os microrganismos decompositores são consumidos e até certo ponto competem com os invertebrados (Robinson et al. 1998, Graça 2001, Wantzen e Wagner 2006, Kominoski et al. 2011). 1.1 Controvérsias Considerando a importância dos invertebrados para a decomposição foliar, alguns estudos constataram que predominantemente o grupo dos fragmentadores, ou shredders, tem um significativo papel no processo de decomposição do detrito foliar (Gessner et al. 1991, Bird & Kaushik 1992, Albariño & Balseiro 1998, Proffitt & Devlin 2005, Cheshire et al. 2005, Chara et al. 2007, Dudgeon & Gao 2011), enquanto outros trabalhos apontam que a presença desse grupo tem pouco ou nenhum efeito sobre o processo de decomposição (Rowe et al. 1996, Mathuriau & Chauvet 2002, Wantzen & Wagner 2006, Gonçalves et al. 2006 e 2007, Rincón & Santelloco 2009, Menendez 2009). Seria esperado que existissem variações desse efeito ao considerar-se, por exemplo, fatores como a densidade de detrito (e.g. Webster & Benfield 1986, Dobson et al. 2002, Cheshire et al. 2005) e de detritívoros (e.g. Fazi & Rossi 2000, Gonçalves et al. 2007, revisado por Webster & Benfield 1986), as estações do ano (Pozo et al. 1997), o tipo de ecossistema (i.e lêntico ou lótico) ou região climática onde se encontra (Stout & Coburn 1989, Sponseller & Benfield 2001). Graça & Canhoto (2006) admitem que fatores abióticos explicariam a diferença entre os extremos de latitude, tropical e temperado, além de características relacionadas à disponibilidade e qualidade do detrito foliar. Entretanto, o fato é que não há um consenso quantitativo sobre qual o papel global dos invertebrados detritívoros (Graça 2001, Hieber & Gessner 2002, Graça & Canhoto 2006), tampouco os possíveis fatores que mudam sua dominância nas comunidades detritívoras (Hieber & Gessner 2002) e consequentemente influenciam a decomposição. Ainda de acordo com Graça e Canhoto (2006), a possibilidade da onipresença dos fungos em ambientes lóticos, com a densidade de invertebrados afetada por outros fatores, como qualidade e quantidade de detrito, deveria explicar a irrelevância ou importância desse grupo nos diferentes sistemas heterotróficos. Tem sido proposto que a decomposição foliar é determinada pelos mesmos fatores em ecossistemas aquáticos continentais e sob este aspecto não faria sentido distinções ecológicas dos termos tropical e temperado (ver Boulton et al. 2008). Entretanto, se os fatores que regulam são os mesmos, e estes variam entre regiões, poderia ser esperada diferença entre as regiões. Quanto aos invertebrados bentôncios, acredita-se que a decomposição mediada por !! 10! este grupo varie consideravelmente entre diferentes ecossistemas aquáticos do que em relação a decomposição pelos microrganismos, o que poderia ser resultado de uma maior variabilidade da comunidade formada por esse tipo de organismo (e.g. Webster & Benfield 1986, Irons et al. 1994, Hieber & Gessner 2002, Pozo et al. 2011). Considerando uma baixa densidade e diversidade de invertebrados nos trópicos (ver Dobson et al. 2002), a presença e atuação desses organismos deveria ser mais importante na faixa temperada, levando a maiores taxas de decomposição na região temperada (ver Irons et al. 1994, Wantzen & Wagner 2006). Por outro lado, alguns estudos constatam o inverso - a decomposição por microrganismos é relativamente mais afetada pela temperatura do que a decomposição pelos invertebrados, gerando maiores taxas de decomposição por ação dos microrganismos nos trópicos (ver Dang et al. 2009, Boyero et al. 2011), levando a uma conclusão contrária à de Irons et al. (1994) e Wantzen & Wagner (2006) a respeito do papel dos invertebrados. Entretanto, alguns trabalhos comparativos ainda constataram colonização e atividades microbianas menores em ambientes tropicais (e.g. Ferreira et al. 2011), o que contraria a primeira hipótese de um papel maior desse grupo nos trópicos. Ou seja, a detritivoria pelos invertebrados tropicais em geral parece ter pequena importância (e.g. Pringle & Ramírez 1998, Rosemond et al. 1998, Mathuriau & Chauvet 2002, Capello et al. 2004, Wright & Covich 2005, Rueda-Delgado et al. 2006). Porém, existe uma limitação de dados referentes à região tropical, restringindo uma comparação simples e direta com a região temperada. Numa revisão narrativa, (explicar revisão narrativa), com ampla descrição do papel dos invertebrados na decomposição de detritos em riachos admite-se que a maioria dos estudos (79,5%, n=47) sobre o papel de invertebrados aquáticos na decomposição foram conduzidos em ecossistemas de clima temperado (ver Graça 2001). Segundo Scheiner & Gurevitch (2001), se uma coleção de estudos é enviesada ou incompleta, as conclusões da análise dessa coleção seriam suspeitas ou no mínimo limitadas. Diante de tais controvérsias (i.e. o papel global dos invertebrados) e lacunas (i.e. o viés de estudos temperados), é fundamental um estudo global que pondere a grande quantidade de estudos realizados ao longo de uma vasta quantidade de ecossistemas aquáticos, numa abordagem quantitativa robusta que permita não apenas entender a importância dos invertebrados para o processo de decomposição, mas que considere e avalie a importância de fatores geográficos, ecológicos e metodológicos como potenciais interagentes capazes de afetar a variação deste processo. !! 11! 1.2 Fatores que influenciam a decomposição foliar aquática A decomposição em ambientes aquáticos pode ser determinada por fatores abióticos, como temperatura, tipo de ecossistêma, pH e estado trófico (Dangles et al. 2004, Rincón et al. 2009, Dang et al. 2009, Ferreira & Chauvet 2011, Woodward et al. 2012) e características do detrito como a estequiometria de nutrientes e presença de compostos químicos inibidores da ação dos decompositores, como lignina e taninos (Hunter et al. 2003, Lartigue 2004); características relacionadas aos decompositores, como densidade, composição e riqueza de espécies (Abelho 2001, Hieber & Gessner 2002). Além disso, pode-se considerar fatores biogeográficos como a latitude - uma variável que incorpora fatores abióticos (e.g. temperatura), ecológicos (e.g. produtividade) e evolutivos (e.g. tempo de especiação). Considerando a latitude, ao incorporar vários fatores, enumeram-se alguns aspectos que influenciam ou devem influenciar o papel dos invertebrados detritívoros na região temperada em relação à tropical. Primeiro, a maior previsibilidade de eventos sazonais e hidrológicos na região temperada influencia a disponibilidade de detrito foliar e parece interferir na distribuição dos invertebrados detritívoros (Pozo et al. 1998, Graça et al. 2005). A constância na disponibilidade do detrito foliar como recurso ao longo do ano em ambientes tropicais tem sido utilizada para explicar a escassez de invertebrados especializados em detritivoria (e.g. Gonçalves Jr. et al. 2007), onde predominam organismos onívoros. Segundo, a hipótese da adaptação dos insetos aquáticos para as águas frias (Irons et al. 1994), que considera uma maior densidade (Yule et al. 2009) e diversidade desse grupo nas frias águas temperadas (Wiggins & Mackay 1978, Balian et al. 2008), seria esperado uma maior atividade dos invertebrados nas regiões de baixa temperatura e grandes altitudes. Terceiro, de acordo com a teoria metabólica (e.g. West et al. 1997, Brown et al. 2004) a maior temperatura nos trópicos favorece a uma maior atividade biológica por parte dos microrganismos decompositores (Boulton et al. 2008), como bactérias e fungos, enquanto que sobre os organismos maiores há um papel relativamente menor. Quarto, a maior temperatura (comum nos trópicos) favorece a uma aceleração da atividade de microrganismos decompositores, deplecionando o oxigênio (e.g. Lewis et al. 1996, Connolly et al. 2004), o que pode limitar o estabelecimento de macroconsumidores na zona bentônica. Quinto, considerando que os detritívoros tropicais são predominantemente macroconsumidores, ou seja, maiores que seus equivalentes funcionais da região temperada (ver Moulton et al. 2010), espera-se que o método de estudo com litterbags subestime o papel do grupo nos trópicos ao impedir o acesso dessa fauna maior (como camarões, ver discussão), mesmo na malha grossa (Ardón et al. !! 12! 2009), que deveria permitir a entrada de macroconsumidores. O último aspecto que deve influenciar o papel dos invertebrados detritívoros na região temperada em relação à tropical é o aumento de defesas (químicas e estruturais) contra herbivoria em plantas tropicais em relação às plantas da região temperada (Irons et al. 1994, Wantzen & Wagner 2006, Li & Dudgeon 2008) que possivelmente afeta a contribuição dos invertebrados na decomposição ao deslocá-los para outras fontes de alimento menos refratárias. As diferenças físicas, ecológicas e evolutivas existentes entre os diferentes tipos de ecossistemas aquáticos (i.e. marinho, lênticos e lóticos) também podem ser um importante fator capaz de determinar a importância dos invertebrados para a decomposição da matéria orgânica. Para os ecossistemas continentais, o fluxo hidrológico é um parâmetro que pode interferir direta e indiretamente no processo de decomposição foliar (e.g. Abelho 2001, Paul et al. 2006, Boulton et al. 2008). Fatores relacionados a correnteza como a retenção (Canhoto & Graça 1998, Graça et al. 2005), solubilização, lixiviação, deposição e fragmentação do detrito foliar (Langhans et al. 2008), naturalmente diferem entre o ecossistema lótico e o lêntico. O fluxo favorece ainda à oxigenação e a desestratificação térmica da coluna d’água, aspectos que contribuem com a atividade aeróbica, predispondo à presença de invertebrados detritívoros (e.g. Crenshaw & Valett 2002, Piscart et al. 2011). Outro aspecto importante entre os ecossistemas lótico e lêntico é a diferença na razão margem/lâmina d’água. Ela predispõe respectivamente a um menor ou maior contato com o detrito de origem terrestre (Webster & Benfield 1986). Desse modo, a origem (i.e. alóctone ou autóctone) de matéria orgânica que irá preponderar como fonte de energia à comunidade de detritívoros pode ser inferida pelo tipo de ecossistema. Quanto aos ambientes marinhos, não há um posicionamento claro sobre qual deve ser o papel dos invertebrados em relação aos outros ecossistemas (ver Webster & Benfield 1986). É possível que as águas salgadas revelem índices extremamente variáveis em função da grande diversidade de subsistemas, e.g. manguezais, praias, restingas, mares e oceanos. Ambientes aquáticos podem ser distinguidos sob uma generalização da origem do detrito predominante, de modo que ecossistemas lênticos em geral são mais iluminados e apresentam uma tendência maior para o estabelecimento de algas e plantas aquáticas, enquanto que ecossistemas lóticos são mais dependentes da matéria orgânica alóctone (revisado por Vannote, 1980; Webster & Benfield 1986). Sabe-se que a origem do detrito determina fortemente sua qualidade, ou seja, a concentração de nutrientes e de compostos refratários (Abdel-Raheem 1997, Mathuriau & Chauvet 2002) que podem ser classificadas a partir do conhecimento da proporção de elementos químicos constituintes da biomassa !! 13! detrital, i.e. razões C:N, C:P e N:P (e.g. Swan & Palmer 2006, Tank et al. 2010) ou a proporção de lignina presente no detrito (Referência). Em geral, o detrito oriundo de fontes autóctones (i.e. macroalgas, macrófitas aquáticas e gramas marinhas “seagrasses”) apresenta relativamente menos componentes refratários (i.e. baixas razões C:N e C:P)e mais compostos secundários (e.g. Swan & Palmer 2006) por precisar investir menos em tecidos estruturais (mais ricos em celulose e lignina). Já o detrito alóctone, e.g. floresta ripária ou vegetação terrestre, em geral, apresenta compostos estruturais que aumentam as razões C:N e C:P (ver Chergui & Pattee 1990), conferindo a este uma menor qualidade comparada à vegetação aquática. Além disso, sabe-se que ao longo do processo de decomposição na interação invertebrados-microrganismos-detrito pode haver um sinergismo no sentido de acelerar a decomposição (Graça 2001). Entretanto, é possível que este mecanismo mude de acordo com a qualidade do detrito. Dessa maneira, a qualidade do detrito influencia diferentemente na decomposição, inibindo ou estimulando colonização pelos invertebrados (Armstrong et al. 1996, Gessner 2000, Kulezska & Holomuzki 2006, Ferreira et al. 2012). Além dos fatores ambientais, o tipo de manipulação experimental utilizado para avaliar os efeitos dos invertebrados na decomposição do detrito tem sido alvo de intensa discussão, visto que artefatos metodológicos podem super- ou subestimar a importância da macrofauna detritívora (revisado por Boulton & Boon 1991). Estudos experimentais a respeito da decomposição mediada por invertebrados em ambientes naturais manipulam a exclusão de invertebrados, através de basicamente três metodologias – o uso de inseticida, o campo elétrico ou o estudo com litterbags. O uso de inseticida é considerado a metodologia mais imparcial e com menor risco de incluir efeitos indesejáveis da manipulação experimental. Sua aplicação não alteraria, em princípio, a atividade de microrganismos no experimento controle e tampouco fatores físicos (e.g. Cuffney et al. 1984, 1990, Wallace et al. 1982, 1986, 1995). A manipulação através da implantação de campo elétrico, apesar de ser útil em locais onde grandes detritívoros atuam, por exemplo, águas tropicais (Pringle & Hamazaki 1997), apresenta restrições ao permitir a entrada de microinvertebrados, como camarões juvenis e pequenos invertebrados no experimento controle - algo que comprometeria a ideia de avaliar o efeito dos invertebrados (Benstead et al. 2009). Finalmente, experimentos que manipulam o acesso de invertebrados ao detrito através de malhas de diferentes aberturas, conhecidos como litterbags, têm sido os métodos mais comuns de estudo a respeito da decomposição em ecossistemas aquáticos. Entretanto, fortes críticas a este tipo de experimento baseiam-se no fato de que o controle (que deveria aoebas excluir o acesso da fauna ao detrito) apresentaria uma relativa maior retenção de detrito em !! 14! função da menor espessura da malha fina, enquanto a malha grossa permitiria perda de particulas do detrito, o que leva a uma superestimativa da importância dos invertebrados para o processo de decomposição (e.g. Brinson et al. 1981). Além disso, a malha fina poderia permitir a entrada de pequenos invertebrados (e.g. juvenis) que ficariam presos dentro da malha e livres de predadores até o fim do experimento (mais detalhes em Kamplicher & Bruckner 2009), contrariando a ideia conceitual da colonização microbiana não sofrer interferências diferentes entre os tratamentos (Boulton & Boon 1991). Considerando que a decomposição obedece uma sucessão de estágios ao longo do tempo (Gessner et al. 1999) é natural que a duração experimental seja um importante aspecto indicador do efeito dos invertebrados. A intensidade da decomposição do detrito foliar é inicialmente alta e geralmente desacelera rapidamente (decaimento exponencial), de modo que um mesmo cenário experimental pode apresentar diferentes taxas de decaimento do detrito ao considerar diferentes tempos amostrais. A lixiviação é o primeiro fator da decomposição que degrada os componentes mais lábeis (Webster & Benfield 1986, Benstead 1996, Gessner et al. 1999), enquanto a proporção de matéria mais refratária tende a aumentar, resistindo a ser decomposta por microrganismos (colonização ou condicionamento) e invertebrados (fragmentação). Por outro lado, mesmo o decaimento da biomassa sendo naturalmente mais rápido no início do processo, uma onda de críticas quanto a metodologia empregada nos estudos aponta vieses dos atuais trabalhos em direção a experimentos curtos sobre condições controladas, a fim de aumentar a probabilidade de resultados “publicáveis” (Carpenter 1996 e Kokko & Sutherland 1999). O controle poderia ocorrer na duração dos experimentos, em busca de resultados significativos (Cao & Hawkins 2005), neste caso um efeito positivo dos invertebrados sobre a decomposição foliar. Quanto aos fatores bióticos, a ação de invertebrados detritívoros tem sido apontada como um importante aspecto sendo, inclusive, seus mecanismos utilizados como base para a proposição de importantes generalizações, como por exemplo o “Princípio do Conceito do Rio Contínuo” (Vannote et al. 1980). Intrínsecas à ação de invertebrados estão também as características de sua comunidade, como por exemplo a densidade de indivíduos e o grupo alimentar predominante (e.g. coletores, raspadores, fragmentadores ou filtradores), uma vez que tais características podem afetar diferentemente a fragmentação do detrito e a especialização e uso complementar de diferentes frações de tamanho da matéria orgânica (Jonsson & Malmqvist 2000, Graça 2001, Hunter et al. 2003). Apesar do crescente número de evidências empíricas a respeito da atuação dos invertebrados sobre a decomposição do detrito foliar em ecossistemas aquáticos, nenhum !! 15! trabalho até o momento avaliou de forma sintética a relevância quantitativa destes organismos para o processo de decomposição, bem como se fatores biogeográficos, bióticos e abióticos influenciam este papel (Rincon & Santelloco 2009, Encalada et al. 2010, Moulton et al. 2010, Walpola et al. 2011). 1.3 Objetivos O objetivo geral dessa pesquisa foi quantificar o efeito global dos invertebrados bentônicos na decomposição foliar em ecossistemas aquáticos através de uma abordagem meta-analítica. Além disso, testou-se a influência da biogeografia (i.e. latitude), tipo do ecossistema aquático (i.e. marinho, lótico e lêntico), característica do detrito (i.e. alóctone ou autóctone), fator abiótico (i.e. temperatura) e condições experimentais (i.e. duração experimental e tipos de manipulação da presença/ausência de invertebrados) sobre o efeito dos invertebrados na decomposição do detrito foliar em ecossistemas aquáticos. 1.4 Hipóteses 1. Espera-se que o papel relativo dos invertebrados sobre o decaimento da biomassa foliar seja em média positivo, sendo predominantemente maior: 2. a medida que os experimentos são realizados em regiões de maior latitude; 3. sob menores temperaturas; em águas correntes (maior densidade de detritívoros); 4. sobre o detrito alóctone (mais barreiras celulares); 5. campo elétrico < inseticida < litterbags (devido singularidades de cada tipo de exclusão); 6. quanto maior for a diferença entre as malhas utilizadas (tratamento-controle) em estudos com litterbags; 7. em experimentos curtos, enquanto que nos estudos longos devem ser percebidas menores diferenças. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1. Busca e seleção dos trabalhos Buscou-se na literatura estudos que avaliassem o efeito dos invertebrados sobre a taxa de decomposição foliar em ambientes aquáticos. Foram ignorados trabalhos publicados em meios de comunicação não indexados por base de dados internacionais. Com esta medida procurou-se favorecer uma credibilidade dos dados, desse modo, utilizou-se trabalhos já !! 16! publicados pois estes passaram por um critério de revisão crítica e portanto asseguram maior critério a obtenção dos dados. Através dos bancos de dados do Web of Science (incluindo artigos de 1900-2012) e Aquatic Sciences and Fisheries Abstracts - ASFA (incluindo artigos de 1960-2012) determinou-se uma combinação específica de diferentes palavras-chave que melhor identificassem o processo de decomposição de detritos vegetais em diferentes ecossistemas aquáticos. O critério de busca refletiu três tópicos direcionadores, “detrito, macroinvertebrados e ambiente”. Utilizou-se os seguintes termos: (("macroalgal decomposition" or "macroalgal breakdown" or "macrophyte* breakdown" or "macroalgal decay" or "macrophyte* decay" or "macrophyte decomposition" or "breakdown of leaf" or "decomposition processe*" or "detritus decomposition" or "leaf decomposition" or "litter decomposition" or "detritus breakdown" or "leaf breakdown" or "litter breakdown" or "leaf decay" or "litter decay" or "detritus decay" or "leaf mass decay" or "litter mass decay" or "leaf mass loss" or "detritus mass decay" or "detritus mass loss")) and ((invertebrate* or macrofauna* or detritivo* or "benthic consumers" or decomposer*)) and ((aquatic or stream* or lake* or river* or lagoon* or mangrov* or creek* or pond* or marine or estuar* or freshwater or brackish or riparian or benthic)). Os asteriscos servem para incluir as variações ortográficas e consequentemente um maior número de derivados e trabalhos de potencial interesse. A busca pela literatura também foi complementada através da inspeção na lista de referências de 6 trabalhos de revisão sobre os efeitos de invertebrados aquáticos na decomposição foliar em ecossistemas aquáticos (ver Tabela S2). Conjuntamente estes critérios de busca bibliográfica resultaram numa lista primária de 638 publicações, sendo 538 publicações pelo Web of Science, 327 através do ASFA e ainda foram encontradas 8 publicações exclusivas nos trabalhos de revisão. Vale salientar que 325 publicações se repetiam entre as listas provenientes do banco de dados Web of Science e ASFA. As publicações indisponíveis tiveram os textos completos (full text) obtidos através do Portal do Periódicos Capes (CAPES 2012), outras fontes online ou pedidos diretamente aos autores, via e-mail. Os 638 estudos foram avaliados segundo os seguintes critérios de inclusão. Foram incluídas as pesquisas que avaliaram a decomposição foliar na presença e ausência de invertebrados, tanto estudos de campo quanto de laboratório. Os resultados múltiplos de um mesmo estudo foram considerados como efeitos independentes quando envolveram diferentes latitudes, temperaturas, tipos de ecossistemas, origens dos detritos foliares, métodos de controle dos invertebrados, malhagens (nos estudos com litterbags) e durações experimentais. Caso um mesmo estudo apresentasse resultados distintos da decomposição e envolvendo !! 17! diferentes variáveis como estação do ano ou profundidade da coluna d’água, considerou-se apenas um valor de decomposição, realizando-se uma média aritmética dos valores individuais. Esta medida foi tomada a fim de evitar pseudoreplicação dos dados. Caso o estudo apresentasse vários tratamentos e apenas um controle em comum considerou-se apenas um par de experimentos (tratamento vs. controle) ou conjuntos de experimentos, caso houvessem réplicas. Ou ainda, por exemplo, quando um experimento avaliou o efeito da decomposição por invertebrados tanto numa condição de poluição (controle poluído vs. tratamento poluído) ou natural (controle natural vs. tratamento natural), considerou-se somente sob condições naturais. Esta informação relaciona-se aos critérios de cálculos para avaliar-se o efeito relativo dos invertebrados sobre a decomposição do detrito foliar, de forma a evitar a dependência entre os efeitos em um mesmo estudo. Os critérios acima reduziram a lista primária de estudos a uma lista secundária que compreendeu um total de 135 publicações. Como variável resposta utilizada para avaliação da decomposição foliar optou-se pelo coeficiente de decaimento exponencial da biomassa k. Sendo, neste caso, a taxa de decomposição para os tratamentos, kt (presença de invertebrados) e outra para os controles, kc (ausência de invertebrados). Uma alternativa seria utilizar a biomassa perdida, porém utilizar o k em relação a massa é mais útil para avaliar a decomposição, pois ele incorpora o efeito do tempo na avaliação do processo e assim se ajusta melhor ao conceito de funcionamento ecossistêmico (e.g. Hooper et al. 2005). Assim, uma vantagem da abordagem pelo k é que permite comparar a taxa de decomposição na presença e ausência de invertebrados mesmo que cada experimento apresente um tempo de decomposição diferente. Quando os valores de k não foram descritos numericamente, mas apresentados em curvas de decaimento em gráficos, extraiu-se dos gráficos as coordenadas (x e y) dos valores de biomassa decomposta ou remanescente e o tempo de amostragem (ver Figura 1). Para obter esta informação, diretamente dos gráficos, foi utilizado o Software DigitizeIt a fim de mensurar numericamente esses valores entre os eixos x e y. Os valores dos dias amostrais foram coletados desses gráficos até o último dia do experimento ou quando a massa de detrito no tratamento atingisse zero. A partir dos valores da curva de decaimento, os dados foram usados para se ajustar a um modelo de decaimento para extrair o k em experimentos controle e tratamento. Assim Mt = M0 e –kt, sendo o tempo de decomposição, t, massa foliar final, Mt e massa foliar inicial, M0 (ver Olson 1963, Petersen & Cummins 1974). !! 18! Figura 1 - Curvas de decomposição foliar. As linhas contínua e tracejada indicam os experimentos de decomposição em presença e ausência de invertebrados aquáticos, respectivamente. Os círculos indicam a biomassa média e respectiva variância para cada réplica/dia amostral. Quando os valores de k não estavam disponíveis em gráficos ou tabelas, estes foram obtidos indiretamente a partir da massa foliar inicial M0 e final Mt e do tempo total de decomposição, através da equação de decaimento citada acima. Analisou-se a consequência desse cálculo do k, ou seja, se as avaliações dos efeitos dos invertebrados provenientes do grupo de ks calculados através da fórmula de decaimento exponencial (n = 37) diverge em relação ao grupo de ks diretamente fornecidos por cada estudo (n = 419). Como esta análise revelou diferenças significativas entre os grupos (ver Anexo1B), possivelmente devido os ks originais serem mais fidedignos enquanto em ks calculados utiliza-se apenas dois pontos (massa inicial e final), preferiu-se apenas utilizar os ks originalmente fornecidos pelos autores em cada estudo. Caso os dados de k não pudessem ser obtidos através dos gráficos, ou numericamente, o próprio k foi solicitado para os autores, via e-mail. Os procedimentos acima reduziram o número de estudos da lista secundária a um total de 104 publicações, com 419 avaliações de efeito dos invertebrados sobre a decomposição e compreenderam a lista final de estudos utilizados. 2.2 Métrica utilizada para esta meta-análise Muitas medidas de magnitudes do efeito existem e a escolha de como calculá-las depende do tipo de dados primários (Rosenberg et al. 2001), das características de cada métrica meta-analítica e, o mais importante, dos objetivos da revisão. O LnR é uma das métricas mais empregadas em trabalhos meta-analíticos. Esta predominância pode ser fundamentada em três argumentos: primeiro, concede propriedades amostrais conhecidas ao !! 19! resultados que, ao serem logaritmizados, adquirem normalidade, sendo robustos, facilitando as análises estatísticas e livres de vieses para amostras pequenas; segundo, estima com proporcionalidade a diferença entre os tratamentos, sendo prontamente possível comparar as variações entre os estudos, assim, independente de como as variáveis respostas são expressas (e.g. k ou k in degree-days - kdd), a razão tratamento/controle é mantida; terceiro, permite a comparação das médias provenientes das métricas ponderada (a que inclui no cálculo informações sobre a variância em torno das médias do tratamento e controle) e não ponderada (a que considera apenas os valores das médias do tratamento e controle) (Hedges et al. 1999), sendo possível incluir um número maior de estudos, ou seja utilizar a métrica não ponderada, caso não haja diferença significativa entre essas médias (Gurevitch & Hedges 2001). Como nem todos os trabalhos retratam tamanho amostral e desvio padrão de suas médias da decomposição foliar, incorporar esses estudos (não ponderados) poderia aumentar a capacidade de interpretação das análises dos dados, ou seja, com mais informações sobre os fatores que podem estar relacionados à decomposição. A escolha da métrica ponderada ou não ponderada tem sido um aspecto bastante debatido em meta-análises, mais especificamente quanto ao trade-off entre precisão e abrangência das métricas, respectivamente (e.g. Gurevitch & Hedges 1999, Osenberg et al. 1999). No conjunto de dados reunidos testou-se, através da análise ponderada e não ponderada, a magnitude do efeito global da presença dos invertebrados sobre a decomposição foliar. Feito esse teste verificou-se que os valores de k não diferem significativamente entre as métricas ponderadas e não ponderadas (ver Anexo S1A). Portanto preferiu-se neste trabalho conduzir as análises dos dados através do cálculo de uma magnitude do efeito não ponderada em virtude desta abarcar maior conjunto de dados sem afetar a precisão dos resultados obtidos. Optou-se pela alternativa comum para respostas relativas entre grupos experimentais e controle, o Logaritmo natural da Razão (LnR) entre a média dos grupos controle e tratamento (Gurevitch & Hedges 2001). Para o LnR a resposta subsídio do tratamento foi a taxa média de decomposição na presença dos invertebrados (kt), enquanto que a resposta controle a taxa média na ausência desses organismos (kc). Consecutivamente outros testes foram realizados para assegurar a confiabilidade da escolha da métrica não ponderada. Realizou-se o funnel plot (Gurevitch e Hedges 2001; Anexo S1C), um gráfico realizado para checar a confiabilidade da métrica, verificar se existem padrões de viés de publicação em relação a determinados aspectos envolvidos no estudo. Neste caso, avaliou-se a relação relação entre as magnitudes do efeito e o fator de !! 20! publicação das revistas. Avaliou-se também a robustez da magnitude do efeito global pelo método de Rosenthal que obteve o fail safe number, ou seja, o número necessário de magnitudes do efeito com resultados não significativos, não publicados ou perdidos que seriam necessários adicionar à esta meta-análise a fim de mudar os resultados de significativos para não significativos (Rosenberg et al. 2001). A partir daqui este valor será tratado por NR. O cálculo não ponderado da magnitude do efeito fundamentou-se na comparação das médias de decaimento da biomassa na presença (kt) e na ausência de invertebrados (kc). Onde o valor do !"# = ln!(!!!!) pode variar de -∞ à +∞ e quanto maior a diferença entre o tratamento e o controle, maior a magnitude do efeito. Caso o efeito seja zero significa que não há diferença significativa entre os resultados do tratamento e controle. Médias positivas ou negativas indicariam uma tendência geral para um efeito acelerador ou retardante do experimento com invertebrados sobre a decomposição. Vale destacar que são consideradas significativas apenas as médias cujos intervalos de confiança não sobrepuserem o zero (detalhes em Rosenberg et al. 2001). A fim de tornar os resultados do Logaritmo natural da Razão mais entendíveis e inteligíveis, expressou-se os valores desta magnitude do efeito em termos percentuais (%) pela conversão através de uma regra de três inversa (McMullen & Lytle 2012). De modo que o valor percentual obtido indica a diferença proporcional das taxas de decomposição dos experimentos com e sem invertebrados. 2.3 Co-variáveis A partir das 419 magnitudes do efeito coletou-se as co-variáveis presentes que poderiam influenciar a decomposição do detrito foliar. Ou seja, as características relacionadas ao detrito, como, origem, qualidade nutricional, como % de C, N e P, C:N, C:P, % de lignina; características relacionadas ao ambiente como latitude, tipo ecossistêmico, temperatura, pH, Nitrogênio Inorgânico Dissolvido (NID), Ortofosfato; características relacionadas aos detritívoros, como, grupo funcional alimentar predominante de invertebrados, densidade e biomassa de invertebrados. Entretanto nem todas as co-variáveis procuradas estiveram disponíveis, assim, selecionou-se apenas as presentes em mais de 90% das magnitudes do efeito. Vale destacar que as demais co-variáveis estiveram presentes em menos de 50% dos trabalhos e, por receio de não representarem o grupo total de magnitudes do efeito, não foram abordadas nesta meta-análise. Cada estudo em particular naturalmente se detém a um subconjunto de diferentes co-variáveis, julgadas importantes para cada caso. Desse modo !! 21! foram efetivamente analisadas características ambientais, como temperatura, latitude, origem do detrito e tipo de ecossistema, e características metodológicas, como tipo de exclusão dos invertebrados, características das malhas, massa inicial de detrito e duração experimental. Salienta-se que os diferentes métodos de exclusão dos invertebrados, foram utilizados como uma medida categórica de co-variável em relação à taxa de decaimento exponencial (k) variável resposta. Assim, avaliou-se as diferentes formas para controlar a presença dos invertebrados, como a técnica do uso de litterbags, a exclusão elétrica e a utilização de inibidores químicos, inseticidas. Utilizou-se ainda a diferença entre as malhas grossa e fina (estudos com litterbags) como co-variável contínua. Como esperado, muitas variáveis são disponibilizadas em unidades de medidas diferentes, a fim de solucionar esta questão, buscou-se utilizar da melhor maneira os dados providos pelos estudos, seja pela conversão e padronização ou mesmo o cálculo indireto das mesmas. Assim, a latitude disponível em graus-minutos-segundos foi convertida à graus- decimais através do link da Comissão Federal de Comunicações (CFF, 2012) dos Estados Unidos. Ou ainda, quando as coordenadas latitudinais do experimento não foram disponibilizadas, o valor da latitude foi aproximado através do uso do Google Mapas (http://maps.google.com.br/), subsidiado pelas referências geográficas no texto. Caso os experimentos tivessem sido com litterbags, a diferença de abertura das malhas tratamento e controle foi avaliada através do índice de malhagem (IM), produto deste trabalho, é uma forma de padronizar a variação da abertura da malha fina, justamente porque ela varia entre os estudos. Desse modo, foi realizado o cálculo da diferença entre a malhagem grossa e fina, dividido pela malhagem fina (!" = [!−!"]/!"). Esta padronização (IM) permite avaliar a diferença entre malhas tratamento-controle, e consequentemente a possibilidade de algum viés caso haja uma resposta tendenciosa a medida que essa diferença aumenta. Considerando a potencialmente de cada estudo a produção de mais de uma magnitude do efeito, devido a possibilidade de independentes experimentos (detalhes em 2.2), constatou- se que em algumas situações haveria a necessidade de realizar uma média aritmética da variavéis reposta. Quando as co-variáveis selecionadas mesmo pertencendo a diferentes experimentos de um mesmo estudo não revelaram diferenças entre si (i.e. mesmas temperatura, latitude e origem do detrito). Assim, agrupou-se diferentes pares de tratamento- controle rendendo taxas de decaimento distintas em um mesmo estudo mas apresentando co- variáveis selecionadas valor idêntico, numericamente (co-variáveis contínuas) ou qualitativamente (co-variáveis categóricas). Desse modo, quando iguais, realizou-se cálculo !! 22! de agrupamento envolvendo a variável resposta taxa de decaimento, k (quanto aos dados não ponderados), seu tamanho amostral, n e respectivo desvio padrão, σ (quanto aos dados não ponderados). O k agrupado, resultou da média aritmética dos valores de k, o n agrupado, adveio da soma dos valores de n e o cálculo do σ agrupado, apoiou-se na equação seguinte σ = !"!! !! !! !"!! !! !!"!!"!! , onde o número 2 da equação remete ao número de estudos a serem agrupados, neste caso os estudos a e b (mais detalhes em Rosenberg et al. 2001). 2.4 Análises estatísticas e Testes de heterogeneidade Os cálculos das magnitudes do efeito de cada estudo incluído foram realizados com auxílio do Microsoft Excel 2010, as análises, categóricas e contínuas, pelo MetaWin (Rosenberg et al. 2001) e os gráficos foram gerados através do GraphPad Prism 6 (GRAPHPAD 2012). Os dados foram analisados utilizando modelos de efeitos fixos devido a opção por utilizar dados subsidiários não ponderados (onde não se inclui a variância) somente permitir o uso deste tipo de modelo (detalhes em Metodologia 2.2 e Anexo S1A). O gráfico dos quantis normais (detalhes em Wang & Bushman 1998) revelou alguns pontos distribuídos nas extremidades da regressão fora da área do intervalo de confiança, embora poucos pontos em relação ao todo, pondo em questão a normalidade dos dados (Anexo S1D). Desse modo optou-se por ser mais coerente, utilizando como critério de significância o valor de PRand., proveniente de uma randomização com 9999 iterações, bootstrap.. Para as análises categóricas, avaliou-se o valor da probabilidade da média, PRand., e a heterogeneidade da magnitude do efeito atribuída à diferenças entre (between) as subcategorias de cada co-variável analisada, QB, e.g. tipo ecossistêmico. A magnitude do efeito médio e IC ±95% bootstrapped dos grupos significativos foram comparados a fim de identificar variáveis responsáveis que poderiam conduzir os efeitos gerais nos tratamentos. Avaliou-se também PChi2 e Qw que correspondem a probabilidade de significância e a heterogeneidade dentro (within) da subcategoria, e.g. ecossistema marinho. Para as análises contínuas observou-se o valor de PChi2 associado ao QT da regressão que descreve a variação total nas magnitudes do efeito que pode ser atribuída à inconsistência do resultado, ou seja, se a heterogeneidade no modelo de regressão é maior que a esperada ao acaso. Sempre que o valor de PChi2 apresenta-se maior que o esperado ao acaso, evidencia-se heterogeneidade e seria possível compartimentalizar os dados buscando as origens desta variabilidade. Estes possíveis subagrupamentos provavelmente estariam relacionados às co- !! 23! variáveis categóricas que se revelassem significativas. De modo que sempre que uma análise contínua apresentou dados heterogêneos (PChi2 ≤ 0,05), ou seja, uma subestruturação na regressão, considerou-se a relação desta análise e a magnitude do efeito de cada subgrupo das análises categóricas disponíveis. Avaliou-se também o valor de PRand., que descreve a consistência do modelo, relativo à significância da inclinação da regressão linear. 3. RESULTADOS Foram avaliadas as co-variáveis que poderiam influenciar a decomposição. Dentre co- variáveis as categóricas, a origem do detrito, o tipo de ecossistema e o tipo de exclusão dos invertebrados estiveram presentes em 100% das 419 magnitudes do efeito. Quanto as co- variáveis contínuas, a latitude, a temperatura, a duração experimental e o índice de malhagem (tratamento-controle dos estudos com litterbags), estiveram presentes em mais de 90% (n=381) das 419 magnitudes do efeito (Tabela S1). A magnitude do efeito global evidenciou uma significativa aceleração da decomposição nos experimentos com invertebrados, sendo aproximadamente duas vezes mais rápida em relação aos experimentos controle, MEg = 116,7%, IC 95% bootstrapped 106,24 – 127,49% (ver Anexo S1B, Figura 2). Para a latitude, a regressão das magnitudes do efeito revelou heterogeneidade (QR = 13,8654, g.l. = 418, PChi2 = 0,0002) e não apresentou inclinação significativa (PRand. = 1,00; Figura 3a). O que significa que os efeitos dos invertebrados não são afetados por fatores biogeográficos. Vale observar que não foram encontrados estudos realizados em latitudes superiores a 65 graus, limitando os experimentos às zonas temperadas e tropical. Quanto a temperatura, não observou-se uma subestruturação na regressão (QR = 0,3817, g.l.= 380, PChi2 = 0,5367), tampouco efeito significativo em relação a esta variável (PRand. = 0,2179; Figura 3b). Isso sugere que os efeitos dos invertebrados não são importantes em diferentes faixas de temperatura. Quanto ao tipo de ecossistema, apesar de não observar-se diferenças nos efeitos dos invertebrados na decomposição quando comparados ecossistemas entre si (QB = 7,0171, g.l. = 2, PRand. = 0,0912; Figura 2a), apenas ecossistemas lóticos (ME = 119,71%, g.l. = 388, IC bias = 109,04 à 130,84% e Qw = 233,1145, PChi2 = 1,00) e lênticos (ME = 82,57%, g.l. = 27, IC bias = 46,74 à 122,66% e Qw = 13,9220, PChi2 = 0,9820) revelaram efeito positivo, enquanto !! 24! os marinhos não (ME = 9,31%, g.l. = 1, IC bias = -74,15 à 92,75% e Qw = 0,6692, PChi2 = 0,4133). Quanto à origem do detrito, os dados demonstram que existem diferenças entre os efeitos dos invertebrados na decomposição dos detritos de diferentes origens (QB = 4,2379, g.l. = 1, PRand. = 0,0109; Figura 2b), sendo positivo para ambos os tipos de detrito e indica que o efeito dos invertebrados é mais forte no detrito alóctone (ME = 119,40%, g.l. = 404, IC bias = 108,52 à 130,62% e Qw = 242,5249, PChi2 = 1,00) do que no autóctone (ME = 38,66%, g.l. = 13, IC bias = 0,04 à 78,63% e Qw = 3,7887, PChi2 = 0,9932). Quanto ao tipo de exclusão dos invertebrados, a magnitude do efeito indicou que as diferentes formas de exclusão não divergem significativamente entre si (QB = 1,0167, g.l. = 2, PRand. = 0,3811; Figura 2c), sendo o efeito positivo em todos os tipos de exclusão, ou seja, a exclusão com malhas (ME = 117,61%, g.l. = 411, IC bias = 107,24 à 128,67% e Qw = 249,1021, PChi2 = 1,00), campo elétrico (ME = 56,09%, g.l. = 4, IC bias = 33,37 à 89,56% e Qw = 0,2330, PChi2 = 0,9937) e inseticida (ME = 81,64%, g.l. = 1, IC bias = 36,05 à 127,23% e Qw = 0,1997, PChi2 = 0,6550) indicam magnitudes do efeito livres de viés metodológico. !! 25! Figura 2 - Magnitudes do efeito médio da taxa de decomposição foliar (LnRk) para co-variáveis categóricas. Os dados foram analisados utilizando modelos de efeitos fixos dos logaritmos da razão contra as seguintes variáveis preditoras, a. Tipos de ecossistema; lêntico, lótico ou marinho, NR = 42023,8, b. Origem do detrito; alóctone ou autóctone, NR (número de Rosenthal – fail safe number) = 42023,8 e c. Tipo de exclusão dos invertebrados; malhas, campo elétrico ou inseticida, NR = 42023,8. Nenhum dos subgrupos dentro de cada análise revelou heterogeneidade significativa (Pchi2 > 0,05). As barras ao redor das médias de LnRk e indicam o intervalo de confiança (IC) de ±95% corrigido de tendência por bootstrap com 9999 iterações. A magnitude do efeito pode ser entendida como a diferença entre a hipótese nula e a alternativa (Scheiner & Gurevitch 2001). Magnitudes do efeito positivas indicam que a presença dos invertebrados apresentam, em média, maior decomposição relativa. Magnitudes do efeito maiores que zero indicam que os tratamentos com a presença de invertebrados apresentam, em média, decomposição mais lenta. Magnitudes do efeito iguais a zero (linha tracejada) indicariam efeito não significativo, que a presença dos invertebrados não ocasiona um efeito de decomposição diferente do apresentado pelo tratamento sem invertebrados. Sobre !! 26! cada barra de IC estão, nesta ordem, o tamanho amostral e o percentual de magnitudes do efeito maiores (%↑) e menores (%↓) que zero. Abaixo de cada barra há uma letra indicando se existe diferença significativa entre as médias entre cada variável categórica. Os pontos representam a média para a magnitude de efeito com 95% de ICbootstrapped de cada categoria. O painel a direita revela a média agrupada da magnitude do efeito com 95% de ICbootstrapped. Quanto ao índice de malhagem, a regressão não apresentou heterogeneidade (QR = 0,0009, g.l. = 402, PChi2 = 0,9756) e não retratou inclinação significativa (PRand. = 0,5048; Figura 3c). Essa heterogeneidade sugere que as diferenças entre as malhagens não afetam de forma significativa o efeito atribuído aos invertebrados na decomposição. Quanto à duração experimental, a regressão apresentou heterogeneidade (QR = 11,2880, g.l. = 399, PChi2 = 0,0008) e inclinação negativa (PRand = 0,00078; Figura 3d). A heterogeneidade de modo geral indica uma subestrutura nos dados, ou seja, seria possível realizar sub-regressões uma vez que há heterogeneidade da regressão. !! 27! Figura 3 - Análise de regressão linear das co-variáveis contínuas versus as magnitudes do efeito da taxa de decomposição foliar (LnR k). Resultados estão divididos em a. Latitude (graus), Q = 13,8654, PChi2(inclinação) = 0,0002, NR (número de Rosenthal – fail safe number) = 42023,8, b. Temperatura (oC), Q = 0,3817, PChi2(inclinação) = 0,5367, NR = 36384,5, c. Índice de Malhagem, sendo o cálculo da diferença entre a malhagem grossa e fina, dividido pela malhagem fina (!" = [!" −!"]/!"), Q = 0,0009, PChi2(inclinação) = 0,9756, NR = 41954,3, d. Duração experimental (dias), Q = 11,2880, PChi2(inclinação) = 0,0008, NR = 37620,3. Os dados foram analisados utilizando modelos de efeitos fixos dos logaritmos da razão contra as variáveis preditoras. Tendo a e d apresentado heterogeneidade nos dados e significativa a regressão apenas em d. O painel a direita revela a média da magnitude do efeito com 95% de ICbootstrapped. Devido à duração experimental e à latitude apresentarem análises com heterogêneidade, foram realizadas sub-regressões utilizando-se as co-variáveis categóricas. Considerando a latitude e a origem do detrito, o detrito autóctone apresentou regressão homogênea (QR = 1,23, g.l. = 13, PChi2 = 0,2656) com inclinação negativa (PRand. = 0,0089; Figura 4a). Entretanto, o baixo tamanho amostral possivelmente compromete a estimativa (NR = 23,4). Quanto ao detrito alóctone, a regressão da latitude apresentou heterogeneidade !! 28! (QR = 14,7925, g.l. = 404, PChi2 = 0,00012) e inclinação não significativa (PRand. = 1,00; Figura 4b). Ao contrapor a latitude em relação ao tipo de ecossistema, o sistema lêntico apresentou regressão homogênea (QR = 0,1172, g.l. = 27, PChi2 = 0,7321) e inclinação não significativa (PRand. = 0,7110; Figura 4c). Entretanto, o baixo tamanho amostral possivelmente compromete a estimativa (NR = 140,3). Considerando o sistema lótico, a regressão da latitude apresentou heterogeneidade (QR = 14,2348, g.l. = 388, PChi2 = 0,00016) e inclinação não significativa (PRand. = 1,00; Figura 4d). Ao avaliar-se a latitude, apenas com o detrito alóctone de acordo com o tipo de ecossistema, percebeu-se para ecossistemas lênticos uma regressão homogênea (QR = 0,3332, g.l. = 14, PChi2 = 0,56377) sem inclinação significativa (PRand. = 0,7851; Figura 4e). Entretanto, o baixo tamanho amostral possivelmente compromete a estimativa (NR = 23,4). Enquanto para ecossistemas lóticos observou-se uma subestruturação dos dados na regressão (QR = 14,0347 , g.l. = 387, PChi2 = 0,00018) e inclinação não significativa (PRand. = 0,999; Figura 4f). A justificativa de não realizarem-se sub-análises considerando o ambiente marinho se dá em função de seu baixo número amostral. !! 29! Figura 4 - Análise da latitude versus as magnitudes do efeito da taxa de decomposição foliar (LnRk). Resultados estão divididos em a. Detrito autóctone, Q = 1,23, g.l. = 13, PChi2(inclinação) = 0,2656, PRand. = 0,0089, NR (número de Rosenthal – fail safe number) = 23,4; b. Detrito alóctone, Q = 14,7925, g.l. = 404, PChi2(inclinação) = 0,00012, PRand. = 0,0001, NR = 38909,1. c. Ecossistema lêntico, Q = 0,1172, g.l. = 27, PChi2(inclinação) = 0,7321, PRand. = 0,7110, NR = 140,3; d. Ecossistema lótico, Q = 14,2348, g.l. = 388, PChi2(inclinação) = 0,00016, PRand. = 1,00, NR = 36504,5; e. Detrito alóctone sendo o ecossistema lêntico, Q = 0,3332, g.l. = 14, PChi2(inclinação) = !! 30! 0,56377, PRand. = 0,7851, NR = 23,4 e; f. Detrito alóctone sendo o Ecossistema lótico, Q =14,0347, g.l. = 387, PChi2(inclinação) = 0,00018, PRand. = 0,999, NR = 36420,3. Análise realizada com modelo de efeito fixo através da resposta do log da razão para taxa da decomposição foliar (LnRk) tendo como tratamento-controle a presença-ausência dos invertebrados. As justificativas de não se realizar sub-regressões da duração experimental com os diferentes tipos de exclusão fundamentam-se no fato de que apenas um tipo de exclusão - as malhas (litterbags) - corresponde a mais de 95% dos dados. Portanto, devido ao baixo número amostral das outras metodologias de exclusão, os resultados, predominantemente, representam os valores correspondentes ao método com malhas. Quanto a duração experimental e a origem do detrito, o detrito autóctone apresentou regressão homogênea (QR = 2,3317, g.l. = 11, PChi2 = 0,12676) e inclinação próxima a significância positiva (PRand. = 0,0783; Figura 5a). Entretanto, o baixo tamanho amostral possivelmente compromete a estimativa (NR = 1,3). Considerando o detrito alóctone, a regressão apresentou homogeneidade (QR = 52,1327, g.l. = 387, PChi2 < 0,0001) e a inclinação negativa (PRand. = 0,0001; Figura 5b). Ao contrapor a duração experimental em relação ao tipo de ecossistema, o ecossistema lêntico apresentou regressão homogênea (QR = 1,6743, g.l. = 26, PChi2 = 0,19568) e inclinação negativa (PRand. = 0,0194; Figura 5c). Entretanto, o baixo tamanho amostral possivelmente compromete a estimativa (NR = 129,7). Enquanto ao ecossistema lótico, a regressão da duração apresentou heterogeneidade (QR = 10,2625, g.l. = 370, PChi2 = 0,00136) e a inclinação negativa (PRand. = 0,0001; Figura 5d). Apesar de indícios de subestruturação nos dados, não se avaliou a duração experimental em ecossistemas lóticos de acordo com a origem do detrito, pois percebeu-se que para o detrito autóctone não houve nenhuma magnitude do efeito disponível, de modo que a análise anterior (Figura 5d) representa os dados referentes apenas ao detrito alóctone. !! 31! Figura 5 - Análise da duração experimental versus as magnitudes do efeito da taxa de decomposição foliar (LnRk). Resultados estão divididos em a. Detrito autóctone, Q = 2,3317, PChi2(inclinação) = 0,12676, NR (número de Rosenthal – fail safe number) = 1,3; b. Detrito alóctone, Q = 52,1327, PChi2(inclinação) < 0,0001, NR = 14865,1. c. Ecossistema lêntico, Q = 52,1327, PChi2(inclinação) < 0,0001, NR = 129,7; d. Ecossistema lótico, Q = 10,2625, PChi2(inclinação) = 0,00136, NR = 32572,5. Análises realizadas através de modelo de efeito fixo através da resposta do logaritmo da razão para taxa da decomposição foliar (LnRk) tendo com tratamento-controle a presença-ausência dos invertebrados aquáticos. !! 32! Não se percebeu nenhuma lacuna (gap) ao plotar o índice de impacto das revistas pela magnitude do efeito global (ver funnel plot em Anexo S1C) e calculou-se que seriam necessários de 36384,5 à 42023,8 magnitudes do efeito com resultado nulo para tornar insignificativo o resultado obtido da magnitude do efeito global. Esses resultados dão indícios que os dados estão livres de vieses o que enrobustecem as análises de magnitudes do efeito, tornando-as mais confiáveis. 4. DISCUSSÃO 4.1 Magnitude do efeito global Um considerável número de estudos avaliaram o efeito dos invertebrados detritívoros aquáticos, especialmente em ecossistemas lóticos, possivelmente, devido à extensa variabilidade do efeito desse grupo de acordo com as mais variadas condições ambientais. Além da diversidade de fatores ambientais que poderiam influenciar a avaliação do efeito relativo dos invertebrados sobre a decomposição foliar, sabe-se que aspectos metodológicos também podem influenciar esta avaliação. Revisões narrativas tradicionais, suportadas pela experiência de seus autores, tem revelado a dificuldade da avaliação do papel relativo dos invertebrados na decomposição foliar (revisões como Graça 2001; Graça et al. 2001; Abelho 2001), apesar da popularidade de técnicas, em especial o uso de litterbags (Boulton & Boon 1991; Abelho 2001; Graça 2001; Liski et al. 2005). Enquanto um número de trabalhos afirma que a presença dos invertebrados afeta a taxa de decomposição foliar, outras publicações contêm informações contrárias. Diante da necessidade de entender quais os fatores são importantes a fim de explicar esta variabilidade na taxa de decomposição, buscando apontar as lacunas desta área do conhecimento. Assim, através desse estudo, percebeu-se que são escassos os trabalhos que quantificam o efeito relativo dos detritívoros e sua variação ao longo de algum fator importante, particularmente numa abordagem integradora, que incorpore, por exemplo, grandes faixas latitudinais e de temperatura (mas veja Irons et al. 1994, Boyero et al. 2011, Woodward et al. 2012). Do mesmo modo, alguns sub-parâmetros de co-variáveis importantes também foram escassos. Por exemplo, apesar do grande número de trabalhos encontrados em ecossistemas aquáticos, raros foram realizados em ecossistemas marinhos (n = 2). Também foram raros os estudos que restringiam os invertebrados por meio de inseticidas (n = 2), comprometendo a confrontação com outros tipos de exclusão. Desse modo, este foi o primeiro cálculo meta-analítico do efeito dos invertebrados aquáticos sobre o !! 33! decaimento do detrito foliar utilizando todos os estudos disponíveis em escala global que empregaram o método de avaliação por tratamento-controle. Esta meta-análise encontrou uma intensificação significativa da decomposição foliar atribuída à ação dos invertebrados detritívoros. Esta magnitude do efeito é independente dos fatores categóricos, como o tipo de ecossistema ou a metodologia empregada para exclusão dos invertebrados e também não tem relação com co-variáveis contínuas, como latitude, temperatura e malhagem. A carência de poder constatar um padrão da variação do efeito dos invertebrados sobre a decomposição foliar influenciado pelos principais fatores que orbitam essa questão tem sido uma constante nas últimas décadas (Webster & Bensfield 1986, Irons et al. 1994, Wallace et al. 1996, Graça 2001, Abelho 2001, Graça & Canhoto 2006, Boyero et al. 2011). O presente trabalho contribui apresentando uma solução para esta lacuna, além de trazer novas informações para o crescimento de um conhecimento sintetizador que avalia o efeito e o comportamento da detritivoria diante das co-variáveis ambientais e metodológicas que poderiam afetá-la. Previsivelmente, muitas variáveis importantes para o processo de decomposição não apresentaram número suficiente de avaliações consistentes, chegando algumas a não serem analisadas. Apesar destas variáveis terem sido escolhidas tanto devido a sua relevância para o processo quanto a sua disponibilidade na literatura, este estudo certamente deixou de incluir outras variáveis reconhecidamente importantes mediadoras do processo de decomposição, como características abióticas - pH, oxigênio, concentração de nutrientes e características bióticas - diversidade, abundância e biomassa de invertebrados. Assim, a não inclusão destas informações deu-se à indisponibilidade destes dados na maior parte da literatura. Como a maior parte dos dados disponíveis sobre a decomposição foi integrada através dos critérios meta-analíticos, constitui-se aqui uma síntese quanti-qualitativa do efeito geral dos invertebrados. Um dos propósitos de uma meta-análise é criar subsídios para se derivar hipóteses em futuros experimentos e avaliações (Osenberg et al. 1999, Lajeunesse 2010). Através da resposta dos LnR foi facilmente possível traduzir em reduções percentuais o papel dos invertebrados detritívoros, estes resultados podem ser diretamente utilizados no futuro através de modelos preditivos (detalhes em McMullen & Lytle 2012). Percebeu-se que os estudos sobre a ação de invertebrados devem incluir um maior número de informações relacionados à fauna, ao ambiente e às condições experimentais, de forma que futuras avaliações possam ser mais precisas ao se buscar quais condições ecológicas são mais ou menos importantes a este processo. !! 34! 4.2 Co-variáveis ambientais e metodológicas O entendimento do papel dos invertebrados detritívoros possivelmente sofre como principal discordância (ou controvérsia) a dificuldade de avaliá-lo sob diferentes condições ambientais, tipos de ecossistemas e ao longo do gradiente latitudinal (e os parâmetros que variam com este gradiente). Recentemente, existe um esforço maior em busca de um entendimento do efeito relativo da detritivoria, considerando aspectos geográficos a nível continental ou mesmo mundial (Irons et al. 1994, Boyero et al. 2011, Woodward et al. 2012). Em uma dessas buscas Boyero et al. 2011 encontraram uma relação positiva do efeito dos invertebrados sobre a detritivoria foliar ao longo da latitude, apesar de neutra para a temperatura, o que pode indicar que outros fatores diferentes da temperatura estão determinando nessa relação. Por exemplo, a diversidade ou a composição de espécies de decompositores ou mesmo alguma variação na qualidade do detrito poderia influenciar a detritívoria ao longo da latitude (e.g. Wantzen & Wagner 2006). A maior refratariedade do detrito de origem tropical, relacionada à compostos secundários (Boyero et al. 2009, Gimenes et al. 2010), desfavoreceria o papel dos invertebrados detritívoros nos trópicos. Entretanto, contrariando o obtido em Boyero et al. (2011) e as predições de um maior papel dos invertebrados na região temperada em detrimento da tropical, este trabalho revelou que nem a temperatura (Figura 3a), tampouco a latitude (Figura 3b), influenciam significativamente o efeito relativo dos invertebrados detritívoros. Não variar com a latitude significa que os efeitos dos invertebrados não são afetados por fatores biogeográficos que podem determinar variações nas características dos decompositores, do detrito e consequentemente do papel relativo de cada um na decomposição foliar. De certa forma, a falta de relação do efeito dos invertebrados quanto à temperatura corrobora a ausência da relação com a latitude, uma vez que ambas variáveis são fortemente relacionadas. Nem por isso, outros parâmetros que variam ao longo da latitude (e.g. aspectos evolutivos ou ecológicos) não deixariam de influenciar na ação dos detritívoros. Duas possibilidades poderiam explicar esta ausência. Primeiro, a temperatura de fato não interfere na ação dos invertebrados ou no papel relativo que os invertebrados têm na decomposição. Segundo, e mais provável, os efeitos da temperatura estariam ocultos em função de outras variáveis que expressam seus efeitos de maneira contrária e anulam o efeito final avaliado. A sazonalidade, por exemplo, sabe-se que a presença de estações do ano bem definidas interfere na disponibilidade de detrito, densidade de invertebrados e no papel relativo deste grupo na !! 35! decomposição foliar (Battle & Mihuc 2000). Assim, sub-análises considerando a sazonalidade devem revelar alguma relação do papel dos invertebrados. Apesar da magnitude do efeito global não apresentar relação com a latitude ou temperatura, observou-se uma subestruturação com a latitude, de modo que o efeito da latitude poderia estar condicionado a outros fatores tais como a origem do detrito e o tipo de ecossistema (Figura 5). Quando avaliou-se a origem do detrito, o baixo tamanho amostral para o detrito autóctone impediu uma abordagem consistente do efeito dos invertebrados. Por outro lado, a heterogeneidade da magnitude do efeito em relação à latitude nos ecossistemas lóticos, possivelmente, guardou relação com as diversas possibilidades de condições ambientais que as águas correntes podem assumir (Niu & Dudgeon 2011), o que poderia afetar diferentemente a detritivoria. Assim, estudos em ecossistemas lóticos devem revelar uma relação do efeito dos invertebrados sobre a decomposição foliar de acordo com a ordem de grandeza dos rios (e.g. Webster & Benfield 1986, Graça & Canhoto 2006). Dentro dos ecossistemas, o marinho foi o único a não revelar uma magnitude do efeito significativa. Entretanto, devido à escassez de experimentos neste ecossistema, é prudente afirmar que este estudo limita-se a tecer considerações aos efeitos positivos dos invertebrados em águas continentais - lóticas e lênticas. Vale destacar que o papel dos invertebrados tendencia a ser maior em ecossistemas lóticos, embora não difira significativamente em relação aos ecossistemas lênticos. Além disso o número de magnitudes do efeito de ecossistemas lóticos (n = 389) é bem superior aos realizados em ecossistemas lênticos (n = 28), o que pode ter reduzido o poder da análise. Sabe-se que ambientes lóticos tem sido utilizados para avaliar parâmetros importantes da comunidade detritívora, como a estrutura e função ecossistêmica (Jonson & Malmqvist 2003, Encalada et al. 2010), provavelmente, devido à fonte energética desses ambientes em geral ser mais dependente da detritivoria do que em ecossistemas lênticos (e.g. Wantzen & Wagner 2006). Por isso, a biomassa, a diversidade e a densidade de invertebrados é, em geral, muito maior em ecossistemas lóticos do que em lênticos, o que explicaria um maior número de estudos sobre detritivoria nestes ecossistemas. Desse modo, espera-se que o aumento de trabalhos em ecossistemas lênticos propiciem maior segurança na análise (fail safe number) e possam revelar uma diferença entre os dois ecossistemas, permanecendo um maior efeito dos invertebrados nas águas correntes (ver Nakano & Murakami 2001, Carpenter et al. 2005, Nowlin et al. 2007). Outro ponto importante, não considerado neste estudo, é a ordem dos rios. Sabe-se que a ordem de grandeza dos rios influencia diretamente a decomposição do detrito foliar (Vannote et al. !! 36! 1980), pois afeta fatores importantes, como oxigenação da coluna d’água, abundância de invertebrados detritívoros, taxas de abrasão (Allan & Castillo 2007, Medeiros et al. 2009) e disponibilidade e origem do detrito foliar (Graça & Canhoto 2006). Quanto à origem do detrito foliar o efeito dos invertebrados foi positivo para ambos os tipos, sendo mais forte para o detrito alóctone (predominante em ecossistemas lóticos) e menos intenso para o detrito autóctone (predominante em ecossistemas lênticos; Figura 2b). Esta diferença pode ajudar a explicar uma tendência de efeitos aparentemente mais fortes, embora não significativamente, para ecossistemas lóticos. Corroborando as predições, já que o detrito alóctone é mais duro e refratário, sendo relativamente mais fracionado pelos invertebrados do que o detrito autóctone, onde a própria decomposição microbiana provavelmente é a principal via de degradação. Uma hipótese realmente sustentada foi a de que o efeito dos invertebrados em ecossistemas lênticos é baixo, afinal estes ambientes têm baixa densidade de invertebrados, já que na maioria das vezes sua região bentônica apresenta relativamente menores concentrações de oxigênio (Allan & Castillo 2007; Medeiros et al. 2009). Entretanto, dois aspectos poderiam confundir a comprovação experimental desta hipótese em relação à origem do detrito. Primeiro, a predominância de invertebrados em águas correntes dificulta a separação dos efeitos físicos (i.e. lixiviação e abrasão) e do efeito dos invertebrados detritívoros (Langhans et al. 2008). Segundo, o detrito autóctone predominante em ecossistemas lênticos, como lagos e rios maiores (Vannote et al. 1980), onde há uma maior abundância relativa da ação microbiana com uma diminuição da atuação dos invertebrados fragmentadores (Graça et al. 2001; Graça & Canhoto 2006). Deste modo, o ecossistema lótico apresentaria uma superestimativa do papel dos invertebrados devido ao predomínio de detrito alóctone, enquanto o mesmo é subestimado em ecossistemas lênticos devido ao predomínio de detrito autóctone. A fim de superar essa dificuldade poderia se testar o efeito da qualidade do detrito em cada ecossistema. Para isso seria necessário ter informações por exemplo sobre o conteúdo de lignina, razão C/N, etc. O que não está disponível na maioria dos estudos. Considerando que a ação dos invertebrados em canalizar a energia para níveis tróficos superiores é mais importante no detrito alóctone que no autóctone, a perda ou desaparecimento de invertebrados pode desacoplar a dependência trófica que ecossistemas aquáticos têm de matéria orgânica alóctone. Sem dúvida, isso deve ser mais relevante em ecossistemas lóticos, onde predomina a entrada de matéria alóctone. Apesar dos resultados não apresentarem diferença significativa entre a metodologia de exclusão de invertebrados (Figura 2c), o que corrobora o resultado de outros estudos (e.g. !! 37! Cuffney et al. 1990; Wallace et al. 1995; Rasmussen et al. 2012), o baixo número de magnitudes do efeito de experimentos em campo elétrico (n = 5) e inseticida (n = 2) limitam a conclusão deste estudo. Uma consideração importante sobre tipo exclusão é quanto a contribuição dos invertebrados nas regiões tropical e temperada. Acredita-se que enquanto os ambientes temperados abrigam pequenos crustáceos, como anfípodas e decápodes, nos trópicos grandes decápodes atuariam como detritívoros, especialmente camarões e caranguejos (detalhes em Wantzen & Wagner 2006, Wantzen et al. 2008). Com isso, possivelmente, experimentos que não permitem o acesso de grandes organismos ao detrito subestimam a atuação da fauna detritívora nos ambientes tropicais e superestimam-na em regiões temperadas. Desse modo, talvez seja coerente atentar para do método de exclusão e para a latitude. Por outro lado, esta diferença ecológica e consequentemente metodológica dificulta a comparação dos resultados de decomposição entre regiões de latitudes discrepantes. Experimentos em litterbags não revelaram resultados heterogêneos a medida que aumenta-se o contraste entre as malhas das bolsas fina e grossa (Figura 3c), indicando que variações na abertura de malha entre os experimentos não são responsáveis por tendenciar os dados. Isto contraria a hipótese de que malhas maiores deveriam ser mais suscetíveis a perda de biomassa por abrasão e fragmentação (e.g. Webster & Benfield 1986). Alguns autores argumentam ainda que esta deveria ser a maior falha dos estudos com litterbags das últimas 4 décadas nos ambientes terrestres, sugerindo uma apuração rigorosa de seus resultados (meta- análise por Kamplicher & Bruckner 2009). Contrariando esta crítica, o presente estudo não revelou viés associado ao diferencial dos tamanhos de malha. Possivelmente nos experimentos com litterbags são escolhidas malhagens apropriadas para cada tipo de comunidade detritívora aquática o que deve minimizar os efeitos indesejados apontados por Kamplicher & Bruckner (2009). Desse modo, apesar dos resultados em geral não serem afetados pelas variáveis ambientais também não são as condições experimentais que os tendenciam, o que dá maior consistência aos resultados encontrados. Lamentavelmente, outros aspectos que não o ecológico ou o tipo de metodologia empregada também influenciaram a análise. Vale salientar que desde a última revisão do assunto, realizada por Graça (2001), a proporção de trabalhos em ambientes temperados continua praticamente inalterada, com mais de 80% dos estudos realizados em regiões temperadas. Uma revisão meta-analítica em ambientes terrestres também aponta para um mesmo viés latitudinal nos estudos sobre decomposição foliar (ver Kamplicher & Bruckner 2009). Contudo, a escassez de experimentos nos trópicos diminui as possibilidades de avaliações mais detalhadas. Sabe-se ainda que a biodiversidade nos trópicos é extraordinária, !! 38! especialmente considerando áreas úmidas e costeiras, devendo refletir numa miríade de possibilidades em termos de condições e recursos aos decompositores e, consequentemente, caminhos alternativos ao fluxo de energia no ciclo da matéria. Os dados apresentam em geral uma relação negativa das magnitudes do efeito ao longo da duração experimental (Figura 3d), o que corrobora a previsão de uma maior atuação relativa dos invertebrados em estágios iniciais da sucessão degradativa. Sugerindo que a matéria orgânica torne-se menos reativa à decomposição por invertebrados com o avanço de seu estágio de degradabilidade. Assim, se a utilização do detrito pela macrofauna depende do “condicionamento microbiano” e este é mais evidente em detritos de estágios iniciais de decomposição, logo, à medida que o detrito se torna excessivamente pobre para os microrganismos ele se tornaria menos atraente para a atuação de invertebrados. Aparentemente os efeitos da interação do tempo com a qualidade do detrito são independentes dos efeitos da interação do tempo com o tipo de ecossistema, uma visão reforçada pelos resultados dos ambientes lênticos e detritos autóctones. Por outro lado, uma maior inclinação da regressão para ecossistemas lóticos possivelmente relaciona-se à maior densidade e diversidade de invertebrados detritívoros neste tipo de ecossistema (e.g. Graça 2001; Hunter et al. 2003; Graça & canhoto 2006). 5. CONCLUSÃO Este trabalho sumariza a direção e magnitude do efeito dos invertebrados aquáticos sobre o processo de decomposição foliar através de uma revisão meta-analítica incluindo os fatores ambientais e metodológicos mais estudados. Em escala global, invertebrados aceleram o processo de decomposição foliar em ambientes aquáticos, porém estes resultados são mais consistentes para ambientes aquáticos continentais, para decomposição de detritos alóctones e em estágios iniciais de decomposição. Essa relação com ecossistemas continentais possivelmente fundamenta-se por serem fortemente subsidiados por matéria orgânica alóctone (Cole et al. 1994, Barros et al. 2011), mais degradável pelos invertebrados, especialmente em ambientes lóticos. Por outro lado ao contrário do que se tem sugerido, os efeitos da atividade dos invertebrados independem da temperatura ou latitude. Entretanto os invertebrados detritívoros devem apresentar um importante papel funcional na ciclagem de matéria e energia em diferentes regiões biogeográficas com variados contextos ambientais e climáticos (Palacios et al. 2013). A relação geral dos efeitos dos invertebrados ao longo das escalas temporais ajusta-se a perspectiva da decrescente contribuição da detritivoria no processo de !! 39! decomposição. Considerando uma abordagem que envolva aspectos biogeográficos, o papel dos invertebrados deve revelar uma influência do clima e vegetação ao longo do tempo. Outro aspecto importante é que os resultados são consistentes ao longo de diferentes metodologias de controle dos invertebrados e não são afetados pela variação de abertura das malhas nos estudos com litterbags (contrariando a perspectiva de Kamplicher & Bruckner 2009). Desta forma, o efeito avaliado dos invertebrados decompositores não é um artefato experimental (ou do tipo de metodologia empregada). Percebeu-se também que os estudos sobre a ação de invertebrados devem incluir um maior número de informações relacionadas aos tipos de ecossistema lêntico e marinho, à estequiometria do detrito e às condições abióticas, como pH, nutrientes disponíveis na coluna de água (e.g. nitratos e fosfatos), densidade e diversidade de invertebrados, de forma que futuras meta-análises possam ser mais precisas ao se buscar sob quais condições ecológicas o papel dos invertebrados é mais ou menos importantes. !! 40! 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Abdel-Raheem, A. M. 1997. Colonization pattern of aquatic hyphomycetes on leaf packs in subtropical stream. Mycopathologia, 138: 163–171. Abelho, M. 2001. From Litterfall to Breakdown in Streams: A Review. The Scientific World, 1: 656-680. Albariño, R.J. & Balseiro, E.G. 1998. Larval size and leaf conditioning in the breakdown of Nothofaguspumilio leaves by Klapopteryx kuscheli (Insecta, Plecoptera) in a South Andean stream. Int. Rev. Gesamten Hydrobiol., 83: 397–404. Allan, J.D. & Castillo, M.M. 2007. Stream ecology, structure and function in running waters. Chapman & Hall, 2ed. London. Alongi, D.M. The ecology of tropical soft-bottom benthic ecosystems. Oceanography and marine Biology, 28: 381-496. Ardón, M. & Pringle. M., Eggert, S.L. 2009. Does leaf chemistry differentially affect breakdown in tropical versus temperate streams? Importance of standardized analytical techniques to measure leaf chemistry. J. N. Am. Benthol. Soc., 28(2):000–000. Armstrong J., Armstrong W. & Van der Putten W. H., 1996, Phragmites die-back: bud and root death, blockages within the aeration of vascular systems and the possible role of phytotoxins, New Phytol. 133: 399–414. Balian, E.V., Lévêque, C., Segers, H. & Martens, K. (eds). 2008. Freshwater Animal Diversity Assessment (Series: Developments In Hydrobiology, Vol. 198). Springer, New York. Bärlocher, F. & Kendrick, B. 1975. Leaf-Conditioning by Microorganisms. Oecologia, 20(4): 359-362. Barros, N., Cole, J. J., Tranvik, L. J., Prairie, Y. T., Bastviken, D., Huszar, V. L. M., del Giorgio, P. & Roland, F. 2011. Carbon emission from hydroelectric reservoirs linked to reservoir age and latitude. Nat. Geosci., 4: 593-596 doi:10.1038/ngeo1211. Bastviken, D., Tranvik, L. D., Downing, J. A., Crill, P. M. & Enrich-Prast, A. 2011. Freshwater Methane Emissions Offset the Continental Carbon Sink. Science, 331: 50. Benfield, E.F. Decomposition of leaf material. In: Hauer FR, Lamberti G.A., editors. Methods in stream ecology. 2nd Edition. San Diego: Academic Press; 2007. p. 711–21. Benstead, J. P. 1996. Macroinvertebrates and the processing of leaf litter in a tropical stream. Biotropica, 28: 367–375. Benstead, J.P., March, J.G., Pringle, C.M., Ewel, K.C. & Short, J.W. 2009. Biodiversity and ecosystem function in species-poor communities: community structure and leaf litter breakdown in a Pacific island stream. Journal of the North Amerincan Benthological Society, 28(2): 454-465. Bird, G.A. & Kaushik, N.K. 1992. Invertebrate colonization and processing of maple leaf litter in aforested and an agricultural reach of a stream. Hydrobiologia, 234: 65–77. !! 41! Borenstein, M., Hedges, L. Higgins, J. P. T. & Rothstein. H. R. 2009. Introduction to Meta- Analysis. Chichester (UK): John Wiley & Sons, Ltd. ISBN: 978-0-470-05724-7. Boulton, A. J. & Boon, P. I. 1991. A review of methodology used to measure leaf litter decomposition in lotic environments: time to turn over an old leaf? Aust. J. Mar. Freshwater Res., 42: 1–43. Boulton, A. J., Boyero, L., Covich, A. P., D., M., Lake, S., & Pearson, R. 2008. Are tropical streams ecologically different from temperate streams? Em: Tropical Stream Ecology. Elsevier, London, UK, pp. 257-284. Boulton, A.J. & Boon, P.I. 1991. A review of methodology used to measure leaf litter decomposition in lotic environments - time to turn over an old leaf. Australian Journal of Marine And Freshwater Research. 42(1): 1-43. Boyero, L., Pearson, R. G., Gessner, M. O., Barmuta, L. A., Ferreira, V., Graça, M. A. S., Dundgeon, D., Boulton, A. J., Callisto, M., Chauvet, E., Helson, J. E., Bruder, A., Albariño, R. J., Yule, C. M., Arunachalam, M., Davies, J. N., Figueroa, R., Fleker, A. S., Ramírez, A., Death, R. G., Iwata, T., Mathooko, J. M., Mathuriau, C., Gonçalves Jr., J. F., Moretti, M. S., Jingut, T., Lamothe, S., M’Erimba, C., Ratnarajah, L., Schindler, M. H., Castela, J., Buria, L. M., Cornejo, A., Villanueva, V. D. & West, D. C. 2011. A global experiment suggests climate warming will not accelerate litter decomposition in streams but might reduce carbon sequestration. Ecology Letters, 14: 289-294. Boyero, L., Ramírez, A., Dudgeon, D. & Pearson, R.G. 2009. Are tropical streams really different? Journal of the North American Benthological Society, 28, 397–403. Brown, J.H., Gilloly, J.F., Allen, A.P., Savage, V.M. & West G.B. 2004. Toward a Metabolic Theory of Ecology. Ecology, 85(7): 1771-1789. Brinson, M.M., A.E. Lugo, & S. Brown. 1981. Primary productivity, decomposition and consumer activity in freshwater wetlands. Annual Review of Ecology and Systematics, 12:123-161. Canhoto, C. & Graça, M.A.S. 1998. Leaf retention: a comparative study between stream categories and leaf types. Verh. Int. Verein. Limnol., 26: 990-993. Canhoto, C. & Laranjeira, C. 2007. Leachates of Eucalyptus globulus in Intermittent Streams Affect Water Parameters and Invertebrates. Internat. Rev. Hydrobiol., 92(2): 173-182. Cao, Y. & Hawkins, C.P. 2005. Simulating biological impairment to evaluate the accuracy of ecological indicators. Journal of Applied Ecology, 42(5): 954–965. CAPES. Portal de Periódicos da Capes. Disponível em: . Cappello, S., Marchese, M.R. & Ezcurra de Drago, I.. 2004. Descomposición de hojas de Salix humboldtiana y colonización por invertebrados en la llanura de inundación del rio Paraná Mádio. Amazoniana, 18: 125–143. Capps, K. A., Graca, M. A. S., Encalada A. C. & Fleckera, A. S. 2011. Leaf-litter decomposition across three flooding regimes in a seasonally flooded Amazonian watershed. Journal of Tropical Ecology, 27: 205-210. !! 42! Carpenter, S. R. 1996. Microcosm experiments have limited relevance for community and ecosystem ecology. Ecology, 77: 677–680. Carpenter, S. R., Cole, J. J., Pace, M. L., Van de Bogert, M., Bade, D. L., Bastviken, D., Gille, C. M., Hodgson, J. R., Kitchell, J. F. & Kritzberg, E. S. 2005. Ecosystem subsidies: Terrestrial support of aquatic food webs from c-13 addition to contrasting lakes. Ecology, 86: 2737-2750. Cebrian, J. & Lartigue, J. 2004. Patterns of Herbivory and Decomposition in Aquatic and Terrestrial Ecosystems. Ecological Monographs, 74(2): 237–259. Cebrian, J. 1999. Patterns in the fate of production in plant communities. Am. Nat., 154: 449– 468. Chara, J., Baird, D., Telfer, T. & Giraldo, L. 2007. Internat. Rev. Hydrobiol. 92(2): 183-198. Chauvet, E., Giani N. & Gessner, M. O. 1993. Breakdown and invertebrate colonization of leaf-litter in 2 contrasting streams – significance of Oligochaetes in a large river. Can. J. Fish. Aquat. Sci., 50: 488–495. Chergui, H. & Pattee, E. 1990: The influence of season on the breakdown of submerged leaves. Arch. Hydrobiol., 120: 1–12. Cheshire, K.M., Boyero, L. & Pearson, R.G. 2005. Food webs in tropical Australian streams: shredders are not scarce. Freshwater Biology, 50: 748-769. Chung, N. & Suberkropp, K. 2008 Influence of shredder feeding and nutrientes on fungal activity and community structure in headwater streams. Fundamental and Applied Limnology. 173: 35-45. Cole, J. J., Caraco, N. F., Kling, G. W. & Kratz, T. K. 1994. Carbon-dioxide supersaturation in the surface waters of lakes. Science, 265: 1568-1570. Connolly, N. M., Crossland, M.R. & Pearson, R.G. 2004. Effect of low oxygen on survival, emergence, and drift of tropical stream macroinvertebrates. Journal of the North American Benthological Society, 23: 251–270. Comissão Federal de Comunicações, CFF – Federal Communications Comission, FCC. 2012. Em COMUT. Programa de Comutação Bibliográfica. Disponível em: Crenshaw, C. L. & Valett, H. M. 2002. The effect of coarse particulate organic matter on fungal biomass and inverte- brate density in the subsurface of a headwater stream. Journal of the North American Benthological Society, 21: 28–42. Csada, R. D., James, P. C. & Espie, R. H. M. 1996. The ‘‘file drawer problem’’ of non- significant results: does it apply to biological research? Oikos, 76: 591–593. Cuffney, T. F., Wallace, J. B. & Webster, J. R. 1984. Pesticide manipulation of a headwater stream: Invertebrate re- sponses and their significance for eco- system processes. Freshwater !! 43! Invert. Bioi., 3: 153-71. Cuffney, T.F., Wallace, J.B., Lugthart, G.J. 1990. Experimental evidence quantifying the role of benthic invertebrates in organic matter dynamics of headwater streams. Freshwater Biology, 23: 281-99. Cummins, K.W. 1974. Structure and function of stream ecosystems. BioScience, 24: 631-641. Cummins, K.W. & Klug, M.J. 1979. Feeding Ecology of Stream Invertebrates. Annual Review Ecol. Syst. 10: 147-172. Dang, C. K., Schindler, M., Chauvet, E. & Gessner, M. O. 2009. Temperature oscillation coupled with fungal community shifts can modulate warming effects on litter decomposition. Ecology, 90: 122-131. Danger, M. Cornut, J. Elger & A. Chauvet, E. 2012. Effects of burial on leaf litter quality, microbial conditioning and palatability to three shredder taxa. Freshwater Biology, 57(5):1017-1030. Dangles, O., Gessner, M. O., Guerold, F. & Chauvet, E. 2004.Impacts of stream acidification on litter breakdown: Implications for assessing ecosystem functioning. J. Appl. Ecol., 41: 365-378. Dobson M., Mathooko J.M., Magana A. & Ndegwa F.K. 2002. Macroinvertebrate assemblages and detritus processing in Kenyan highland streams: more evi- dence for the paucity of shredders in the tropics? Freshwater Biology, 47, 909–919. Dudgeon, D. & Gao, B.W. 2011. The influence of macroinvertebrate shredders, in leaf type and decomposition on litter breakdown in a Hong Kong stream. Fundam. Appl. Limnol. 178(2): 147-157. Encalada, A. C., J. Calles, Ferreira, V., Canhoto, C. M. & Graça, M. A. S. 2010. Riparian land use and the relationship between the benthos and litter decomposition in tropical montane streams. Freshwater Biology, 55(8): 1719-1733. Esteves, F.A. 1998. Fundamentos de limnologia. Interciência. 2ª ed., Rio de Janeiro, 602p. Fazi, S. & Rossi, L. 2000. Effects of macro-detritivores density on leaf detritus processing rate: a macrocosm experiment. Hydrobiologia, 435: 127–134. Ferreira, V. & Chauvet, E. 2011. Synergistic effects of water temperature and dissolved nutrients on litter decomposition and associated fungi. Glob. Change Biol. 17:551-564. Ferreira, V. Encalada, A.C. & Graça, M.A.S. 2012. Effects of litter diversity on decomposition and biological colonization of submerged litter in temperate and tropical streams. Freshwater Science, 31(3): 945-962. 2012. Fleituch, T. 2001. Beech Leaf Breakdown and POM Storage along an Altitudinal Stream Gradient. Internat. Rev. Hydrobiol., 86(4-5): 515-525. Gates, S. 2002. Review of methodology of quantitative reviews using meta-analysis in ecology. Journal of Animal Ecology, 71: 547–557. !! 44! Gessner, M. 2000. Breakdown and nutrient dynamics of submerged Phragmites shoots in the littoral zone of a temperate hardwater lake. Aquatic Botany, 66: 9–20. Gessner, M. O., Chauvet, E. & Dobson, M. 1999. A perspective on leaf litter breakdown in streams. Oikos, 85(2): 377-384. Gessner, M. O., Swan, C. M., Dang, C. K., Mckie, B. G., Bardgett, R. D., Wall, D. H. & Hättenschwiler, S. 2010. Diversity meets decomposition. Trends in Ecology and Evolution, 25(6): 372-380. Gessner, M.O., Meyer, E., & Schwoerbel, J. 1991. Rapid processing of fresh leaf litter in an uplandstream. Verh. Int. Verein. Limnol., 24: 1846–1850. Gimenes, K.Z., Cunha-Santino, M.B. & Bianchini Jr., I. 2010. Decomposição de Matéria Orgânica Alóctone e Autóctone em Ecossistemas Aquáticos. Oecologia Australis, 14(4): 1036-1073. Golladay S. W.,Webster J. R. & Benfield E. F. 1983. Factors affecting food utilization by a leaf shredding aquatic insect: leaf species and conditioning time. Holarctic Ecology, 6: 157- 162. Gonçalves, J. F., Graça, M. A. S. & Callisto, M. 2006. Leaf-litter breakdown in 3 streams in temperate, Mediterranean, and tropical Cerrado climates. Journal of the North American Benthological Society, 25: 344–355. Gonçalves, J. F., Graça, M. A. S. & Callisto, M. 2006. Leaf-litter breakdown in 3 streams in temperate, Mediterranean, and tropical Cerrado climates. Journal of the North American Benthological Society, 25: 344–355. Gonçalves, J. F., Graça, M. A. S. & Callisto, M. 2007. Litter decomposition in a Cerrado savannah stream is retarded by leaf toughness, low dissolved nutrient levels and low density of shredders. Freshwater Biology, 52: 1440–1451. Google Earth Website. Disponível em Graça, M. A. S. 2001. The Role of Invertebrates on Leaf Litter Decomposition in Streams – a Review. International Review of Hydrobiology, 86: 383-393. A. Graça, M.A.S. & Canhoto, C. 2006. Leaf litter processing in low order streams. Limnetica, 25(1-2): 1-10. Graça, M. A. S., Ferreira, R. C. F., and Coimbra, C.N. 2001. Litter processing along a stream gradient: the role of invertebrates and decomposers. J. N. Am. Benthol. Soc., 20(3): 408-420. B. Graça, M.A.S., Barlocher, F. & Gessner, M.O. (eds.). 2005. Methods to Study Litter Decomposition: A Practical Guide, 13 – 18. Springer. Printed in The Netherlands. Gurevitch, J. & Hedges, L.V. 2001. Meta-analysis: combining results of independent experiments. In: Design and Analysis of Ecological Experiments, 2nd ed. (ed. Scheiner, S.M. & Gurevitch, J.). Oxford University Press, Oxford, pp. 347–369. !! 45! Gurevitch J. & Hedges L.V. 1999. Statistical issues in ecological meta-analyses. Ecology, 80: 1142–1149. Hedges, L.V. & Olkin, I. 1985. Statistical Methods for Meta-Analysis. Academic Press, Orlando, FL. Hedges, Larry V., Jessica Gurevitch, and Peter S. Curtis. 1999. The meta-analysis of response ratios in experimental ecology. Ecology, 80: 1150–1156. Hieber, M. & Gessner, M. O. 2002. Contribution of Stream Detrivores, Fungi, and Bacteria to Leaf Breakdown Based on Biomass Estimates. Ecology, 83(4): 1026–1038. Hillebrand, H. & Cardinale, B. J. 2010. Ecology. A critieque for meta-analyses and productivity-diversity relationship, 91(9): 2545-2549. Hooper, D. U., Chapin III, F. S., Ewel, J. J., Hector, A., Inchausti, P., Lavorel, S., Lawton, J. H., Lodge, D., Loreau, M., Naeem, S., Schmid, B., Setälä, H., Symstad, A. J., Vandermeer J., & Wardle, D. A. 2005. Effects of biodiversity on ecosystem functioning: a consensus of current knowledge. Ecological Monographs, 75: 3-35. Hunter M. D., Adl S., Pringle C. M. & Coleman D. C. 2003. Relative effects of macroinvertebrates and habitat on the chemistry of litter during decomposition. Pedobiologia, 47: 101–15. INTERNATIONAL BIOLOGICAL PROGRAMME (IBP). 7 Mariylebone Road, London NWI Blackweel Scientific Publications. Oxford and Edinburgh (1° Ed.). Methods for Estimating the Primary Production of forests (Handbook n° 12). 1967. Irons, J. G., Oswood, M. W., Stout, R. J. & Pringle, C. M. 1994. Latitudinal patterns in leaf litter breakdown: is temperature really important? Freshwatater Biology, 32: 401–411. Johnson, B. T. 1989. DSTAT: Software for the meta-analytic review of research literatures. Hillsdale, N. J.: Lawrence Erlbaum. Jonsson, M. & Malmqvist, B. 2000. Ecosystem process rate increases with animal species richness: evidence from leaf-eating, aquatic insects. Oikos (89): 519-523. Jonsson, M. & Malmqvist, B. 2003. Mechanisms behind positive diversity effects on ecosystem functioning: testing the facilitation and interference hypotheses. Oecologia, 134: 554–559. Kampichler, C. & Bruckner, A. 2009. The role of microarthropods in terrestrial decomposition: a meta-analysis of 40 years of litterbags studies. Biological Reviews, 83: 375- 389. Kokko, H. & Sutherland, W. J. 1999. What do impact factors tell us? Trends in Ecology and Evolution, 14: 382–384. Kominoski, J. S., L. B. Marczak & Richardson, J. S. 2011. Riparian forest composition affects stream litter decomposition despite similar microbial and invertebrate communities. Ecology, 92(1): 151-159. !! 46! Koricheva, J. 2003. Non-significant results in ecology: a burden or a blessing in disguise? Oikos 102, 397–401. Lartigue, J. 2004. Patterns of herbivory and decomposition in aquatic and terrestrial ecosystems. Ecol. Monogr., 74: 237-259. Körner, C. 2007. The use of ‘altitude’ in ecological research. Trends in Ecology and Evolution, 22(11): 569-574. Krauss, G.J., Solé, M., Krauss, G., Schlosser, D., Wesenberg, D. & Bärlocher, F. 2011. Fungi in freshwaters: ecology, physiology and biochemical potential. Federation of European Microbiological Societies, 620-651. Kulesza, A.E. & Holomuzki J.R. 2006. Amphipod Performance Responses to Decaying Leaf Litter of Phragmites Australis and Typha Angustifolia from a Lake Erie Coastal Marsh. Wetlands, 26(4): 1079-1088. Lajeunesse, M.J. 2010. Achieving synthesis with meta-analysis by combining and comparing all available studies. Ecology, 91: 2561–2564. Langhans, S., Tiegs, S. D., Gessner, M. O. & Tockner, K. 2008. Leaf-decomposition heterogeneity across a riverine floodplain mosaic. Aquatic Sciences, 70: 337–346. Lartigue, J. 2004. Patterns of herbivory and decomposition in aquatic and terrestrial ecosystems. Ecol. Monogr., 74: 237-259. Leroux, S. J. & Loreau. M. 2008. Subsidy hypothesis and strength of trophic cascades across ecosystems. Ecology Letters, 11: 1147-1156. Leroy, C. J. & Marks, J. C., 2006: Litter quality, stream characteristics and litter diversity influence decomposition rates and macroinvertebrates. Freshwater Biology, 51: 605–617. Lewis, W. M. J. 1996. Tropical lakes: how latitude makes a difference. In Perspectives in Tropical Limnology. SPB, Amsterdam: 43–64. Li, A.O.Y., & Dudgeon, D. 2008. The effects of leaf litter characteristics on feeding and fitness of a tropical stream shredder. Marine and Freshwater Research, 59:897–901. Lindeman, R. L. 1942. The trophic-dynamic aspect of ecology. Ecology, 23: 399–418. Liski, J., Palosuo, T., Peltoniemi, M. & Sievänen, R. 2005. Carbon and decomposition model Yasso for forest soils. Ecological Modelling, 189: 168–182. Lortie, C. J., Aarssen, L. W., Budden, A. E. , Koricheva, J. K., Leimu, R. & Tregenza, T. 2007. Publication bias and merit in ecology. Oikos, 116: 1247-1253. March, J. G., Benstead, J. P., Pringle, C. M., and Ruebel, M. W. 2001. Linking shrimp assemblages with rates of detrital processing along an elevational gradient in a tropical stream. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences, 58: 470–478. Mathuriau, C., & Chauvet, E. 2002. Breakdown of leaf litter in a neotropical stream. Journal of the North American Benthological Society, 21: 384–396. McGaw, B. 1997. Meta-analysis. In J. P. Keeves Ed., Educational research, methodology, and !! 47! measurement: an international handbook (2nd ed.), pp. 371-380. Cambridge: Elsevier Science Ltd. McMullen L.E. & Lytle, D.A. 2012. Quantifying invertebrate resistance to floods: a global- scale meta-analysis. Ecological Applications, 22(8): 2164–2175. Medeiros, A. O., Pascoal, C., & Graça, M. A. S. 2009. Diversity and activity of aquatic fungi under low oxygen conditions. Freshwater Biology, 54: 142–149. Menendez, M. 2009. Response of early Ruppia cirrhosa litter breakdown to nutrient addition in a coastal lagoon affected by agricultural runoff. Estuarine, Coastal and Sheif Science, 82: 608-614. Merrix, F. L., Lewis, B. R. & Ormerod, S. J. 2006. The effects of low pH and palliative liming on beech litter decomposition in acid-sensitive streams. Hydrobiologia, 571: 373–381. Moulton, T. P., Magalhaes-Fraga, S. A. P., Brito, E. F. & Barbosa, F. A. 2010. Macroconsumers are more important than specialist macroinvertebrate shredders in leaf processing in urban forest streams of Rio de Janeiro, Brazil. Hydrobiologia, 638(1): 55-66. Nakano, S. & Murakami, M. 2001. Reciprocal subsidies: Dynamic interdependence between terrestrial and aquatic food webs. Proc. Natl. Acad. Sci. U. S. A., 98: 166-170. Niu, S. Q. & Dudgeon, D. 2011. The influence of flow and season upon leaf-litter breakdown in monsoonal Hong Kong streams. Hydrobiologia, 663: 205–215. Nowlin, W. H., Gonzalez, M. J., Vanni, M. J., Stevens, M. H. H., Fields, M. W. & Valentei, J. J. 2007. Allochthonous subsidy of periodical cicadas affects the dynamics and stability of pond communities. Ecology, 88: 2174-2186. Olson, J. S. 1963. Energy storage and balance of producers and decomposers in ecological systems. Ecology, 44: 322–331. Osenberg, C. W., Sarnelle, O., Cooper, S. D. & Holt, R. D. 1999. Resolving Ecological Questions through Meta-Analysis: Goals, Metrics, and Models. Ecology, 81(4): 1105-1117. Parmesan, C. & Yohe, G. 2003. A globally coherent fingerprint of climate change impacts across natural systems. Nature, 421: 37–42. Paul, M. J., Meyer, J. L. & Couch, C. A. 2006. Leaf breakdown in streams differing in catchment land use. Freshwater Biology, 51: 1684–1695. Petersen, R. C. & Cummins, K. W. 1974. Leaf processing in a woodland stream. Freshwater Biology, 4: 343–368. Piscart, C., Navel, S., Maazouzi, C., Montuelle, B., Cornut, J., Mermillod-Blondin, F., Creuzé des Chtelliers, M., Simon, L. & Marmonier, P. 2011. Leaf litter recycling in benthic and hyporheic layers in agricultural streams with different types of land use. Science of the Total Environment, 409: 4373–4380. Pozo, J., Basaguren, A., Elósegui, A., Fabre, E. & Chauvet, E. 1998. Afforestation with Eucalyptus globulus and leaf litter decomposition in streams of northern Spain. !! 48! Hydrobiologia, 373/374: 101-109. Pringle, C. M., & Hamazaki, T. 1997. Effects of fishes on algal responses to storms in a tropical stream. Ecology, 78: 2432–2442. Pringle, C. M., & Ramírez, A. 1998. Use of both benthic and drift sampling techniques to assess tropical stream invertebrate communities along an altitudinal gradient, Costa Rica. Freshwater Biology, 39: 359–373. Proffitt, C. E. & Devlin, D. J. 2005. Grazing by the intertidal gastropod Melampus coffeus greatly increases mangrove leaf litter degradation rates. Marine Ecology Progress Series, 296: 209-218. Quinn, G. P., & Keough, M. J. 2002. Experimental design and data analysis for biologists. Cambridge University Press, Cambridge. Rasmussena, J. J., Monberga, R. J., Baattrup-Pedersena, A., Cedergreenc, N., Wiberg- Larsena, P., Strobelc, B. & Kronvanga, B. 2012. Effects of a triazole fungicide and a pyrethroid insecticide on the decomposition of leaves in the presence or absence of macroinvertebrate shredders. Aquatic Toxicology, 118–119: 54–61. Rincon, J. & Santelloco, R. 2009. "Aquatic fungi associated with decomposing Ficus sp leaf litter in a neotropical stream." Journal of the North American Benthological Society, 28(2): 416-425. Robinson, C. T., Gessner, M. O. & Ward, J. V. 1998. Leaf breakdown and associated macroinvertebrates in alpine glacial streams. Freshwater Biology, 40: 215–228. Rodhe, K. 1992. Latitudinal Gradients in Species Diversity: The Search for the Primary Cause. Oikos, 65(3): 514-527. Rosemond, A.D., Pringle, C.M., and Ramírez, A. 1998. Macroconsumer effects on insect detritivores and detritus processing in a tropical stream. Freshwater Biol., 39: 515–523. Rosenberg, M. S., Adams, D. C. & Gurevitvh, J. 2001. MetaWin 2.1: statistical software for meta-analysis. Sinauer Associates, Sunderland. Rueda-Delgado, G., Wantzen, K. M. & Beltran Tolosa, M. 2006. Leaf-litter decomposition in an Amazonian flood- plain stream: impacts of seasonal hydrological changes. Journal of the North American Benthological Society, 25: 233–249. Rowe, J.M., Meegan, S.K., Engstrom, E.S., Perry, S.A., & Perry, W.B. 1996. Comparison of leaf processing rates under different temperature regimes in three headwater streams. Freshwater Biol., 36: 277–288. Scheiner, S. M. & Gurevitch, J. Design and Analysis of Ecological Experiments. 2001. Oxford University Press, USA. Chapter 18: 349-369. ISBN 0-19-513187-8; 0-19-513188-6. Shaftel, R. S., King, R. S. & Back, J. A. Breakdown rates, nutrient concentrations, and macroinvertebrate colonization of bluejoint grass litter in headwater streams of the Kenai Peninsula, Alaska. Journal of the North American Benthological Society, 30(2): 386-398. !! 49! Sponseller, R.A. & Benfield, E.F. 2001. Influences of land use on leaf breakdown in southern Appalachian headwater streams: a multiple-scale analysis. Journal of the Northern American Benthological Society, 20: 44–59. Stout, B.M. & Coburn, C.B. Jr. 1989. Impact of highway construction on leaf processing in aquatic habitats of eastern Tennessee. Hydrobiologia, 178: 233–242. Swan, M. & Palmer, A. L. 2006. Preferential feeding by an aquatic consumer mediates non- additive decomposition of speciose leaf litter. Oecologia, 149: 107–114. Tank, J.L., E.M. Rosi-Marshall, Griffiths, N.A., Entrekin, S.A. & Stephen, M.L. 2010. A review of allochthonous organic matter dynamics and metabolism in streams. J. N. Am. Benthol. Soc., 29(1): 118–146. Thorp, J. P. & Covich, M. P. Ecology and Classificaion of North American Freshwater Invertebrates. 1991. 2nd ed. Academic Press. Tilman, D., Knops, D. & Wedin, J. 1996. Productivity and sustainability influenced by biodiversity in grassland systems. Nature, 379: 718–720. Tranvik, L. A., Downing, J. A., Cotner, J. B., Loiselle, S. A, Striegl, R. G., Ballatore, T. J., Dillon, P., Finlay, K., Fortino, K., Knoll, L. B., Kortelainen, P. L., Kutser, T., Larsen, S., Laurion, I., Leech, D. M., McCallister, S. L., McKnight, D. M., Melack, J. M., Overholt, E., Porter, J. A., Prairie, Y., Renwick, W. H., Roland, F. Sherman, B. S., Schindler, D. W., Sobek, S., Tremblay, A. Vanni, M. J., Verschoor, A. M., Wachenfeldt, E. & Weyhenmeyera, G. A. 2009. Lakes and reservoirs as regulators of carbon cycling and climate. Limnol. Oceanogr., 54(6, part 2): 2298–2314. Vannote, R. L., Minshall, G. W., Cummins, K. W., Sedell, J. R. & Cushing, C.E. 1980. The river continuum concept. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences, 37: 130–137. Wallace, J. B . , Webster, J. R . , Cuffney, T. F. 1982. Stream detritus dynamics: Regulation by invertebrate consumers . Gecologia, 53: 197-200. Wallace, J. B., Vogel, D. S., & Cuffney, T. F. 1986. Recovery of a headwater stream from an insecticide-induced community disturbance. Journal of the North American Benthological Society, 5: 115–126. Wallace, J.B., Cuffney, T.F., Webster, J.R., Lugthart, G.J., Chung, K., & Goldowitz, B.S. 1991. A five-year study of export of fine organic particles from headwater streams: effects of season, extreme dis-charges, and invertebrate manipulation. Limnol. Oceanog., 36: 670. Walpola, H., Leichtfried, M., Amarasinghe, M. & Füreder, L. 2011. Leaf Litter Decomposition of Three Riparian Tree Species and Associated Macroinvertebrates of Eswathu Oya, a Low Order Tropical Stream in Sri Lanka. International Review of Hydrobiology, 96(1): 90-104. Wang, M. C., & Bushman, B. J. 1998. Using the normal quantile plot to explore meta-analytic data sets. Psychological Methods, 3: 46-54. Wantzen, K. M., R. Wagner, R. Suetfeld, & W. J. Junk. 2002. How do plant-herbivore interactions of trees influence coarse detritus processing by shredders in aquatic ecosystems !! 50! of different latitudes? Verhandlungen der Internationalen Vereinigung fu ̈r theoretische und ange- wandte Limnologie, 28: 815–821. Wantzen, K. M. & Wagner, R. 2006. Detritus processing by invertebrate shredders: a neotropical-temperate comparison. Journal of the North American Benthological Society, 25(1): 216-232. Wantzen, K. M., Yule, C. M., Mathooko, J. M. & Pringle, C. M. 2008. Organic matter processing in tropical streams. Pages 44-64 in D. Dudgeon (ed.): Tropical stream ecology. Elsevier, London. Webster, J. R. & Benfield, E.F. 1986. Vascular plant breakdown in freshwater ecosystems. Annual Review of Ecology and Systematics, 17: 567–594. Webster, J. R., Wallace, J. B. & Benfield, E. F. 1995. Organic processes in streams of the eastern United States. In: River and Stream Ecosystems (Eds C.E. Cushing, K.W. Cummins & G.W. Minshall). Elsevier, Amsterdam. Ecosystems of the world, 22: 117–187. West, G.B., Brown, J.H. & Enquist, B.J. 1997. A general model for the origin of allometric scaling laws in biology. Science, 276, 122–126. Wieder, R.K. & Lang, G.E., 1982. A critique of the analytical methods used in examining decomposition data obtained from litter bags. Ecology, 63: 1636–1642. Wiggins, G.B. & Mackay, R.J. 1978. Some relationships between systematics and trophic ecology in Neartic aquatic insects, with special reference to Trichoptera. Ecology, 59(6): 1211-1220. Woodward, G., Gessner, M. O., Giller, P. S., Gulis, V., Hladyz, S., Lecerf, A., Malmqvist, B., McKie, B.G., Tiegs, S.D., Cariss, H., Dobson, M., Elosegi, A., Ferreira, V., Graça, M. A. S., Fleituch, T., Lacoursiere, J. O., Nistorescu, M., Pozo, J., Risnoveanu, G., Schindler, M., Vadineanu, A., Vought, L. B. M. & Chauvet, E. 2012. Continental-scale effects of nutrient pollution on stream ecosystem functioning. Science 336: 1438-1440 doi:10.1126/science.1219534. Wright, M. S. & Covich, A. P. 2005. Relative Importance of Bacteria and Fungi in a Tropical Headwater Stream: Leaf Decomposition and Invertebrate Feeding Preference. Microbial Ecology, 49(4): 536-546. Yule, C.M., Leong, M.Y., Ratnarajah, L., Schmidt, K., Wong, H.M., Pearson, R.G. & Boyero, L. 2009. Shredders in Malaysia: abundance and richness are greater in cool highland tropical streams. Journal of the North American Benthological Society, 28, 404–415. !! 51! 6. ANEXOS !! 52! Figura S1. Effect size em função do A. tipo de effect size; não-ponderado ou ponderado, B. forma de obtenção do k; original (fornecido pelo autor) ou calculado, ou seja, convertido pelo modelo de decaimento de Pertersen & Cummins (1974), C. funnel plot; índice de impacto de 5 anos referente a cada effect size, D. plotagem do quantil normal. Os dados foram analisados utilizando modelos de efeitos fixos para a resposta do logaritmo da razão da taxa de decomposição foliar para experimentos do tipo tratamento controle, na presença e ausência de invertebrados (LnRk). Vale notar que effect sizes maiores que zero indicam que os tratamentos com invertebrados apresentam, em média, decomposição relativamente mais rápida. Valores iguais a zero indicariam que a presença dos invertebrados, em média, não ocasiona um efeito na decomposição diferente do apresentado pelo tratamento sem invertebrados. Resultados negativos indicam que a presença dos invertebrados apresentam, em média, menor decomposição relativa. As figuras A e B apresentam effect sizes médios e sobre os quais barras de Intervalo de Confiança (IC) indicam intervalo de confiança de ±95% corrigido de tendência por bootstrap com 9999 iterações. Nenhum dos subgrupos, dentro de cada análise, revelou heterogeneidade significativa (PChi2 < 0,05). Acima das barras de IC estão, em ordem, os tamanhos amostrais e o percentual de trabalhos de cada effect size, para cada categoria, que resultaram valores relativos de effect size menores (%↓) e maiores (%↑) que zero. Abaixo de cada barra de IC há uma letra indicando se existe diferença significativa entre os subcategorias de cada co-variável. M ag ni tu de d o ef ei to (L nR k ) D !! 53! Tabela S1. Tabela Geral de estudos e co-variáveis utilizadas na meta-análise. Id., número de identificação de cada publicação; Referência Bibliográfica; Latitude (latitude em graus-decimais de onde foi realizado o experimento); Temperatura (oC); Tipo de ecossistema (lótico, lêntico ou marinho); Origem do detrito (autóctone (Autóc.) ou alóctone (Alóc.)); Tipo de exclusão (forma de exclusão da fauna detritívora, por mesh bags (mb), inseticida (ins) e campo elétrico (el)), IM; Índice de Malhagem (cálculo da diferença entre a malhagem grossa e fina, dividido pela malhagem fina (!" = [!" −!"]/!")); Duração experimental (dias) e FI – 5 (fator de impacto dos últimos cinco anos da revista onde o estudo foi publicado). As linhas referem-se às 419 magnitudes do efeito dos invertebrados sobre a decomposição foliar, o que as tornam independentes umas das outras é a divergência em no mínimo uma co-variável. Os títulos de algumas das revistas foram abreviados segundo o ISI Journal Title Abbreviations em Id. Referência Bibliográfica Latitude (graus) Temperat ura (oC) Tipo de ecossiste ma Orige m do detrit o Tipo de exclus ão IM Duração experiment al (dias) FI-5 1 Walpola et al. (2011) Int Rev Hydrobiol 96(1):90-104 6,2542 25,6 lótico Alóc. mb 7 131 1,742 1 Walpola et al. (2011) Int Rev Hydrobiol 96(1):90-104 6,2542 25,6 lótico Alóc. mb 7 91 1,742 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 14,9 lótico Alóc. mb 19,83 40 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 15,2 lótico Alóc. mb 19,83 40 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 13,1 lótico Alóc. mb 19,83 40 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 13,8 lótico Alóc. mb 19,83 40 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 14 lótico Alóc. mb 19,83 40 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 12,9 lótico Alóc. mb 19,83 40 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 14,5 lótico Alóc. mb 19,83 40 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 15 lótico Alóc. mb 19,83 40 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 13,3 lótico Alóc. mb 19,83 40 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 14,1 lótico Alóc. mb 19,83 40 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 14,9 lótico Alóc. mb 19,83 60 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 15,2 lótico Alóc. mb 19,83 60 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 13,1 lótico Alóc. mb 19,83 60 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 13,8 lótico Alóc. mb 19,83 60 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 14 lótico Alóc. mb 19,83 60 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 12,9 lótico Alóc. mb 19,83 60 6,007 !! 54! 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 14,5 lótico Alóc. mb 19,83 60 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 15 lótico Alóc. mb 19,83 60 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 13,3 lótico Alóc. mb 19,83 60 6,007 2 Kominoski et al. (2011) Ecology 92(1):151-159 49,3111 14,1 lótico Alóc. mb 19,83 60 6,007 3 Hopkins et al. (2011) Water Air.Soil Pollution 214:409-421 43 13,9 lótico Alóc. mb 19 28 1,892 3 Hopkins et al. (2011) Water Air.Soil Pollution 214:409-421 43 14,2 lótico Alóc. mb 19 28 1,892 3 Hopkins et al. (2011) Water Air.Soil Pollution 214:409-421 43 12,5 lótico Alóc. mb 19 28 1,892 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 8,6 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 8,3 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 8,8 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 7,5 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 9,3 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 9 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 8,9 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 7,2 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 9,3 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 8,2 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 9,4 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 7,3 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 7,4 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 7,8 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 7 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 9,7 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 10,2 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 10,3 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 9,1 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 4 Dangles et al. (2011) Ecology 92(3):733-743 0,35 9,2 lótico Alóc. mb 0,67 70 6,007 !! 55! 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 41,4 1,9 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 30,4333 12,3 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 19,6333 15,5 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 43,3 11,3 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 19,45 17,3 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 37,4667 11,9 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 22,7167 15,4 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 10,7167 26 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 43,7 9,7 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 5,1167 24,4 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 48,3333 5,4 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 9,3333 18 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 36,3833 10,1 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 0,6167 16,5 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 3,25 23,7 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 20,2167 15,6 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 41,35 12,7 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 9,15 24,1 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 40,1333 8,2 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 18,5333 21,8 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 11,15 24,7 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 6 Boyero et al. (2011) Ecology Letters 14(3):289-294 43,25 6,2 lótico Alóc. mb 19 56 15,389 7 Riipinen et al. (2010) Freshwater Biology 55:346-359 53,7167 lótico Alóc. mb 19 35 3,625 7 Riipinen et al. (2010) Freshwater Biology 55:346-359 53,7167 lótico Alóc. mb 19 77 3,625 7 Riipinen et al. (2010) Freshwater Biology 55:346-359 54,5833 lótico Alóc. mb 19 35 3,625 7 Riipinen et al. (2010) Freshwater Biology 55:346-359 49,9333 lótico Alóc. mb 19 75 3,625 7 Riipinen et al. (2010) Freshwater Biology 55:346-359 49,9333 lótico Alóc. mb 19 125 3,625 8 Moulton et al. (2010) Hydrobiologia 638: 55-66 23,9667 20 lótico Alóc. mb 49 48 2,069 8 Moulton et al. (2010) Hydrobiologia 638: 55-66 23,9667 20,6 lótico Alóc. mb 49 48 2,069 8 Moulton et al. (2010) Hydrobiologia 638: 55-66 23,9667 22,9 lótico Alóc. mb 49 64 2,069 !! 56! 8 Moulton et al. (2010) Hydrobiologia 638: 55-66 23,9667 23 lótico Alóc. mb 49 64 2,069 8 Moulton et al. (2010) Hydrobiologia 638: 55-66 23,9667 23,4 lótico Alóc. mb 49 64 2,069 9 Hladyz et al. (2010) Freshwater Biology 55(9): 1916-1929 53,4128 5,8 lótico Alóc. mb 19 3,625 9 Hladyz et al. (2010) Freshwater Biology 55(9): 1916-1929 53,4128 5,4 lótico Alóc. mb 19 3,625 9 Hladyz et al. (2010) Freshwater Biology 55(9): 1916-1929 45,9431 4,9 lótico Alóc. mb 19 3,625 9 Hladyz et al. (2010) Freshwater Biology 55(9): 1916-1929 45,9431 4,5 lótico Alóc. mb 19 3,625 9 Hladyz et al. (2010) Freshwater Biology 55(9): 1916-1929 53,0086 6,6 lótico Alóc. mb 19 3,625 9 Hladyz et al. (2010) Freshwater Biology 55(9): 1916-1929 53,0086 7,3 lótico Alóc. mb 19 3,625 10 Encalada et al. (2010) Freshwater Biology 55(8): 1719-1733 0,1 17,8 lótico Alóc. mb 19 63 3,625 10 Encalada et al. (2010) Freshwater Biology 55(8): 1719-1733 0,1 18,6 lótico Alóc. mb 19 63 3,625 10 Encalada et al. (2010) Freshwater Biology 55(8): 1719-1733 0,1 17,8 lótico Alóc. mb 19 63 3,625 10 Encalada et al. (2010) Freshwater Biology 55(8): 1719-1733 0,1 18,6 lótico Alóc. mb 19 63 3,625 11 Brady et al. (2010): Hydrobiologia 651(1): 93-100 41,2 lêntico Alóc. mb 32 2,069 13 Schindler & Gessner (2009) Ecology 90(6): 1641-1649 47,7975 2,3 lótico Alóc. mb 19 55 6,007 14 Rincon & Santelloco (2009) J N Am Benthol Soc 28(2): 416-425 10,9667 28,3 lêntico Alóc. mb 19,83 31 3,251 14 Rincon & Santelloco (2009) J N Am Benthol Soc 28(2): 416-425 10,9667 28,4 lótico Alóc. mb 19,83 31 3,251 16 Piscart et al. (2009) Environmental Pollution 157(3): 1011-1018 48,5336 8,2 lótico Alóc. mb 11 66 3,746 16 Piscart et al. (2009) Environmental Pollution 157(3): 1011-1018 48,5336 8,5 lótico Alóc. mb 11 66 3,746 !! 57! 16 Piscart et al. (2009) Environmental Pollution 157(3): 1011-1018 48,5336 8,7 lótico Alóc. mb 11 66 3,746 17 Nanda et al. (2009) Wetlands Ecology.Management 17(4): 417-421 35,8333 lótico Alóc. mb 4 123 1,43 17 Nanda et al. (2009) Wetlands Ecology.Management 17(4): 417-421 35,8333 lêntico Alóc. mb 4 187 1,43 18 Menendez (2009) Estuarine Coastal.Shelf Science 82(4): 608-614 40,6497 22 lêntico Autóc . mb 9 32 2,622 19 McKie et al. (2009) Oecologia 160(4): 757-770 63,8 lótico Alóc. tx 42 3,888 20 McKie & Malmqvist (2009) Freshwater Biology 54(10): 2086-2100 64,4339 0,3 lótico Alóc. mb 19 57 3,625 26 Benstead et al. (2009) J N Am Benthol Soc 28(2): 454-465 5,3167 25,6 lótico Alóc. el 39 3,251 27 Al-Riyami et al. (2009) Int Rev Hydrobiol 94(1): 16-28 23 13,6 lótico Alóc. mb 9 32 1,742 29 Medeiros et al. (2008) Fundamental.Applied Limnology 172(1): 59-70 42,1833 8,6 lótico Alóc. mb 9 56 1,403 29 Medeiros et al. (2008) Fundamental.Applied Limnology 172(1): 59-70 42,1833 9,3 lótico Alóc. mb 9 56 1,403 29 Medeiros et al. (2008) Fundamental.Applied Limnology 172(1): 59-70 42,1833 8,4 lótico Alóc. mb 9 64 1,403 29 Medeiros et al. (2008) Fundamental.Applied Limnology 172(1): 59-70 42,1833 8,8 lótico Alóc. mb 9 64 1,403 29 Medeiros et al. (2008) Fundamental.Applied Limnology 172(1): 59-70 42,1833 10,2 lótico Alóc. mb 9 64 1,403 30 Lecerf et al. (2008) Freshwater Biology 53(8): 1658-1672 44,0519 7,4 lótico Alóc. mb 19 38 3,625 30 Lecerf et al. (2008) Freshwater Biology 53(8): 1658-1672 43,9114 6,5 lótico Alóc. mb 19 38 3,625 30 Lecerf et al. (2008) Freshwater Biology 53(8): 1658-1672 43,3339 11,8 lótico Alóc. mb 19 32 3,625 30 Lecerf et al. (2008) Freshwater Biology 53(8): 1658- 43,3417 8,3 lótico Alóc. mb 19 32 3,625 !! 58! 1672 30 Lecerf et al. (2008) Freshwater Biology 53(8): 1658-1672 43,4122 8,1 lótico Alóc. mb 19 69 3,625 30 Lecerf et al. (2008) Freshwater Biology 53(8): 1658-1672 43,4133 7 lótico Alóc. mb 19 69 3,625 31 Langhans et al. (2008) Aquatic Sciences 70(3): 337-346 46 9,3 lótico Alóc. mb 19 80 2,641 31 Langhans et al. (2008) Aquatic Sciences 70(3): 337-346 4 8 lêntico Alóc. mb 19 102 2,641 31 Langhans et al. (2008) Aquatic Sciences 70(3): 337-346 46 7,4 lêntico Alóc. mb 19 102 2,641 32 Chung & Suberkropp (2008) Fundamental.Applied Limnology 173(1): 35-46 35,75 lótico Alóc. mb 4 95 1,403 33 Bobeldyk & Lamberti (2008) J Great Lakes Res 34(2): 265-275 46,1667 18,9 lótico Alóc. mb 28 1,873 33 Bobeldyk & Lamberti (2008) J Great Lakes Res 34(2): 265-275 46,1667 18,2 lótico Alóc. mb 28 1,873 33 Bobeldyk & Lamberti (2008) J Great Lakes Res 34(2): 265-275 46,1667 18,5 lótico Alóc. mb 28 1,873 34 Tiegs (2007) J N Am Benthol Soc 26(1): 70-77 46 7,7 lêntico Alóc. mb 19 80 3,251 34 Tiegs et al. (2007) J N Am Benthol Soc 26(1): 70-77 46 9,3 lótico Alóc. mb 19 80 3,251 35 Petrin et al. (2007) Can J Fish Aquat Sci 64(11): 1563-1572 64,2167 lêntico Alóc. mb 19 41 2,632 35 Petrin et al. (2007) Can J Fish Aquat Sci 64(11): 1563-1572 64,25 lêntico Alóc. mb 19 41 2,632 36 Mesquita & Cassio (2007) Fundamental.Applied Limnology 168(3): 221-230 39 9,7 lótico Alóc. mb 19 84 1,403 36 Mesquita & Cassio (2007) Fundamental.Applied Limnology 168(3): 221-230 39 7,4 lótico Alóc. mb 19 84 1,403 37 Goncalves et al. (2007) Freshwater Biology, 2007. 52(8): 1440-1451 40,1 10 lótico Alóc. mb 19 63 3,625 37 Goncalves et al. (2007) Freshwater Biology, 2007. 40,1 16,8 lótico Alóc. mb 19 35 3,625 !! 59! 52(8): 1440-1451 37 Goncalves et al. (2007) Freshwater Biology, 2007. 52(8): 1440-1451 19,2667 15,5 lótico Alóc. mb 19 75 3,625 38 Gama et al. (2007) Int Rev Hydrobiol 92(3): 229-241 40,3061 11,5 lótico Alóc. mb 1 90 1,742 39 Francis et al. (2007) Ecosystems 10(7): 1057-1068 25,7833 lêntico Alóc. mb 19 4,85 39 Francis et al. (2007) Ecosystems 10(7): 1057-1068 19,8167 lêntico Alóc. mb 19 4,85 39 Francis et al. (2007) Ecosystems 10(7): 1057-1068 25,7833 lêntico Alóc. mb 19 4,85 39 Francis et al. (2007) Ecosystems 10(7): 1057-1068 19,8167 lêntico Alóc. mb 19 4,85 39 Francis et al. (2007) Ecosystems 10(7): 1057-1068 25,7833 lêntico Alóc. mb 19 4,85 39 Francis et al. (2007) Ecosystems 10(7): 1057-1068 19,8167 lêntico Alóc. mb 19 4,85 40 Dewson et al. (2007) Ecological Applications 17(6): 1797-1808 40,8096 13 lótico Alóc. mb 4 5,38 40 Dewson et al. (2007) Ecological Applications 17(6): 1797-1808 40,8186 18 lótico Alóc. mb 4 5,38 40 Dewson et al. (2007) Ecological Applications 17(6): 1797-1808 41,0779 19 lótico Alóc. mb 4 5,38 41 Chara et al (2007) Int Rev Hydrobiol 92(2): 183-198 2,5314 16,9 lótico Alóc. mb 124 120 1,742 42 Bergfur et al. (2007) Freshwater Biology 52(8): 1618-1633 60,35 lótico Alóc. mb 15,67 55 3,625 42 Bergfur et al. (2007) Freshwater Biology 52(8): 1618-1633 60,2 lótico Alóc. mb 15,67 118 3,625 42 Bergfur et al. (2007) Freshwater Biology 52(8): 1618-1633 60,05 lótico Alóc. mb 15,67 118 3,625 42 Bergfur et al. (2007) Freshwater Biology 52(8): 1618-1633 61,0333 lótico Alóc. mb 15,67 55 3,625 42 Bergfur et al. (2007) Freshwater Biology 52(8): 1618-1633 60,5833 lótico Alóc. mb 15,67 118 3,625 42 Bergfur et al. (2007) Freshwater Biology 52(8): 1618-1633 60,1333 lótico Alóc. mb 15,67 118 3,625 43 Swan & Palmer (2006) Oecologia 147(3): 469-478 39,5167 8 lótico Alóc. mb 67 3,888 43 Swan & Palmer (2006) Oecologia 149: 107-114 39,25 23,2 lótico Alóc. mb 75 3,888 !! 60! 44 Ribas et al. (2006) Austral Ecology 31(6): 783-790 21,1167 21,9 lótico Alóc. mb 24 70 2,074 45 McKie et al. (2006) Journal of Applied Ecology 43(4): 780-791 64 lótico Alóc. mb 19 39 5,804 46 Löhr et al. (2006) Hydrobiologia 560: 51-61 8 18,2 lótico Alóc. mb 4 200 2,069 46 Löhr et al. (2006) Hydrobiologia 560: 51-61 8 21,6 lótico Alóc. mb 4 200 2,069 46 Löhr et al. (2006) Hydrobiologia 560: 51-61 8 21,6 lótico Alóc. mb 4 200 2,069 46 Löhr et al. (2006) Hydrobiologia 560: 51-61 8 21,8 lótico Alóc. mb 4 200 2,069 47 Langhans et al .(2006) Oecologia 147(3): 501-509 46 9 lótico Alóc. mb 19 30 3,888 47 Langhans et al. (2006) Oecologia 147(3): 501-509 46 16,5 lótico Alóc. mb 19 30 3,888 48 Kulesza et al. (2006) Wetlands 26(4): 1079-1088 42,2167 23 lêntico Autóc. tx 127 1,766 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,0789 10,7 lótico Alóc. mb 19 25 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,0892 10,6 lótico Alóc. mb 19 25 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5956 9,5 lótico Alóc. mb 19 25 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5331 11,5 lótico Alóc. mb 19 25 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5247 10,3 lótico Alóc. mb 19 25 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5336 11 lótico Alóc. mb 19 25 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5347 10,8 lótico Alóc. mb 19 25 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,57 10,7 lótico Alóc. mb 19 25 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5678 11 lótico Alóc. mb 19 25 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5411 11 lótico Alóc. mb 19 25 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655- 40,0789 10,7 lótico Alóc. mb 19 94 3,625 !! 61! 1669 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,0892 10,6 lótico Alóc. mb 19 94 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5956 9,5 lótico Alóc. mb 19 94 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5331 11,5 lótico Alóc. mb 19 94 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5247 10,3 lótico Alóc. mb 19 94 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5336 11 lótico Alóc. mb 19 94 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5347 10,8 lótico Alóc. mb 19 94 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,57 10,7 lótico Alóc. mb 19 94 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5678 11 lótico Alóc. mb 19 94 3,625 49 Gulis et al. (2006) Freshwater Biology 51(9): 1655-1669 40,5411 11 lótico Alóc. mb 19 94 3,625 50 Goncalves et al. (2006) J N Am Benthol Soc 25(2): 344-355 40,1 10,6 lótico Alóc. mb 19 94 3,251 50 Goncalves et al. (2006) J N Am Benthol Soc 25(2): 344-355 37,1333 13,3 lótico Alóc. mb 19 94 3,251 50 Goncalves et al. (2006) J N Am Benthol Soc 25(2): 344-355 19,2733 15,5 lótico Alóc. mb 19 94 3,251 51 Ferreira et al. (2006) Archiv Fur Hydrobiologie 165(4): 493-513 40,0997 22,7 lótico Alóc. mb 19 1,403 53 Ake-Castillo et al. (2006) Hydrobiologia 559: 101-111 18,5333 marine Alóc. mb 3,58 150 2,069 54 Yanai & Koch (2005) Ecological Research 20(4): 471-480 43,3833 6 lótico Alóc. mb 40 1,705 55 Pfauder & Zimmer (2005) Eur j Soil Biol 41(3-4): 135-141 51 marine Autóc. mb 84 1,889 !! 62! 56 Pascoal et al. (2005) J N Am Benthol Soc 24(4): 784-797 41,45 12,6 lótico Alóc. mb 19 37 3,251 56 Pascoal et al. (2005) J N Am Benthol Soc 24(4): 784-797 41,45 13,8 lótico Alóc. mb 19 37 3,251 57 Lecerf et al. (2005) Oecologia 146(3): 432-442 43,45 7,2 lótico Alóc. mb 19 37 3,888 57 Lecerf et al. (2005) Oecologia 146(3): 432-442 43,45 8,2 lótico Alóc. mb 19 37 3,888 58 Usio & Townsend (2004) Ecology 85(3): 807-822 45,8167 8 lótico Alóc. mb 124 50 6,007 59 Fleituch & Leichtfried (2004) Int Rev Hydrobiol 89(5-6): 508-518 49,8667 5,8 lótico Alóc. mb 49 56 1,742 59 Fleituch & Leichtfried (2004) Int Rev Hydrobiol 89(5-6): 508-518 47,85 6,1 lótico Alóc. mb 49 56 1,742 61 Costantini et al (2004) Journal of Tropical Ecology 20: 325-335 15 11 lêntico Autóc . mb 69 56 2,021 62 Pascoal et al. (2003) Freshwater Biology 48(11): 2033-2044 41,4333 13,1 lótico Alóc. mb 19 35 3,625 63 Menendez et al. (2003) Hydrobiologia 495(1-3): 159-169 40,9667 12,4 lótico Alóc. mb 49 90 2,069 63 Menendez et al. (2003) Hydrobiologia 495(1-3): 159-169 40,9667 20,6 lótico Alóc. mb 49 90 2,069 63 Menendez et al. (2003) Hydrobiologia 495(1-3): 159-169 40,9 9,8 lótico Alóc. mb 49 90 2,069 63 Menendez et al. (2003) Hydrobiologia 495(1-3): 159-169 40,9 14,7 lótico Alóc. mb 49 90 2,069 63 Menendez et al. (2003) Hydrobiologia 506(1-3): 729-735 40,35 19 lêntico Autóc . mb 9 2,069 64 Dokkum et al. (2002) Hydrobiologia 482(1-3): 69-77 52,6833 4,4 lêntico Autóc. mb 499 38 2,069 64 Dokkum et al. (2002) Hydrobiologia 482(1-3): 69-77 52,6833 20,2 lêntico Autóc. mb 499 38 2,069 65 Usio & Townsend (2002) Oikos 98(3): 512-522 45,8167 12,5 lótico Alóc. mb 0 43 3,604 66 Rosemond et al. (2002) Limnology.Oceanography 47(1): 278-289 10,4333 lótico Alóc. mb 79 25 4,013 !! 63! 67 Mancinelli et al. (2002) Oecologia 133(3): 402-411 42,3167 lêntico Autóc. mb 2,33 45 3,888 68 Schofield et al. (2001) Freshwater Biology 46(9): 1191-1204 35 17,2 lótico Alóc. el 44 3,625 68 Schofield et al. (2001) Freshwater Biology 46(9): 1191-1204 35 12,9 lótico Alóc. el 56 3,625 70 March et al. (2001) Can J Fish Aquat Sci 58(3): 470-478 18,3333 lótico Alóc. el 25 2,632 72 Sabetta et al (2000) Hydrobiologia 439(1-3): 49-60 42,3167 22,6 lêntico Autóc. mb 249 40 2,069 73 Rossi & Costantini (2000) Marine Ecology-Progress Series 203: 145-159 40,2 13 lêntico Autóc . mb 1 30 3,086 73 Rossi & Costantini (2000) Marine Ecology-Progress Series 203: 145-159 40,2 19 lêntico Autóc . mb 1 30 3,086 73 Rossi & Costantini (2000) Marine Ecology-Progress Series 203: 145-159 40,2 23 lêntico Autóc . mb 1 30 3,086 76 Battle et al. (2000) Hydrobiologia 418: 123-136 30,2167 12 lêntico Autóc. mb 32,33 28 2,069 78 Rosemond et al. (1998) Freshwater Biology 39(3): p. 515-523 10,4333 25 lótico Alóc. el 15 3,625 79 Schulze & Walker (1997) Regul River 13(6): 557-577 35 16 lótico Alóc. mb 82,33 56 80 Baldy & Gessner (1997) CR Acad Sci III-Vie 320(9): 747-758 54,1 12 lótico Alóc. mb 5,43 28 0,173 81 Robinson et al. (1998) Freshwater Biology 40: 215-228 46,4833 0,8 lótico Alóc. mb 9 230 3,625 81 Robinson et al. (1998) Freshwater Biology 40: 215-228 46,4833 1,4 lótico Alóc. mb 9 45 3,625 81 Robinson et al. (1998) Freshwater Biology 40: 215-228 46,4833 1,8 lótico Alóc. mb 9 230 3,625 81 Robinson et al. (1998) Freshwater Biology 40: 215-228 46,4833 2,3 lótico Alóc. mb 9 230 3,625 82 Komínková et al. (2000) Aquatic Microbial Ecology 46,9 lêntico Autóc mb 13 2,724 !! 64! 22: 271-282 . 83 Dudgeon & Gao (2011) Fundamental.Applied Limnology 178(2): 147-157 22,4167 15,6 lótico Alóc. mb 19 1,403 84 Robinson & Gessner (2000) Oecologia 122: 258-263 46,4911 4,8 lótico Alóc. mb 9 77 3,888 87 Muto et al. (2010) Hydrobiologia 658(1): 111-126 48,3514 2 lótico Alóc. mb 9 270 2,069 87 Muto et al. (2010) Hydrobiologia 658(1): 111-126 48,3514 2 lótico Alóc. mb 9 270 2,069 87 Muto et al. (2010) Hydrobiologia 658(1): 111-126 48,3514 2 lótico Alóc. mb 9 270 2,069 88 Petrin et al. (2008) Sci Total Environ 394(2-3): 321-30 64 lótico Alóc. mb 19 42 3,536 88 Petrin et al. (2008) Sci Total Environ 394(2-3): 321-30 63 lótico Alóc. mb 19 42 3,536 88 Petrin et al. (2008) Sci Total Environ 394(2-3): 321-30 57 lótico Alóc. mb 19 42 3,536 90 Crowl et al. (2006) J N Am Benthol Soc . 25(1): 198-208 18,3 23 lêntico Alóc. mb 20 3,251 91 Boyero et al. (2006) Archiv für Hydrobiologie 166(4): 453-466 18,9847 lótico Alóc. mb 13 42 1,403 92 Mathews & Kowalczewsk (1969) Journal of Ecology 57(2): 543-552 51 lótico Alóc. mb 110,11 225 6,02 92 Mathews & Kowalczewsk (1969) Journal of Ecology 57(2): 543-552 51 lótico Alóc. mb 110,11 264 6,02 94 Graça & Pereira (1995) Archiv für Hydrobiologie 134(1): 119-128 40,3833 14,3 lótico Alóc. mb 9 160 1,403 95 Imbert & Pozo (1989) Hydrobiologia, 1989. 182: 1-14 43,2333 10,3 lótico Alóc. mb 4 63 2,069 96 Schlief & Mutz (2009) Hydrobiologia 624(1): 205-217 52 13,5 lótico Alóc. mb 15,67 42 2,069 96 Schlief & Mutz (2009) Hydrobiologia 624(1): 205-217 52 14,4 lótico Alóc. mb 15,67 42 2,069 97 Stockley et al. (1998) Science of The Total Environment 210-211: 427-435 54,25 lótico Alóc. mb 54,56 250 3,536 98 Piscart et al. (2011) Sciece.Total Environment 409: 4370-4380 46 5,6 lótico Alóc. mb 5 84 3,536 98 Piscart et al. (2011) Sciece.Total Environment 409: 4370-4380 46 6,3 lótico Alóc. mb 5 84 3,536 98 Piscart et al. (2011) Sciece.Total Environment 409: 4370-4380 46 6,4 lótico Alóc. mb 5 84 3,536 !! 65! 98 Piscart et al. (2011) Sciece.Total Environment 409: 4370-4380 46 6,1 lótico Alóc. mb 5 84 3,536 98 Piscart et al. (2011) Sciece.Total Environment 409: 4370-4380 46 4,7 lótico Alóc. mb 5 84 3,536 99 Dieter et al. (2011) Aquatic Sciences 73: 599-609 41,7667 12 lótico Alóc. mb 15 40 2,641 99 Dieter et al. (2011) Aquatic Sciences 73: 599-609 52,35 3,9 lótico Alóc. mb 15 38 2,641 99 Dieter et al. (2011) Aquatic Sciences 73: 599-609 41,7 11,8 lótico Alóc. mb 15 48 2,641 99 Dieter et al. (2011) Aquatic Sciences 73: 599-609 38,1333 11,5 lótico Alóc. mb 15 50 2,641 99 Dieter et al. (2011) Aquatic Sciences 73: 599-609 42,2 5,6 lótico Alóc. mb 15 47 2,641 100 Camacho et al. (2009) Biotropica 41(5): 625-632 18 25,5 lótico Alóc. mb 13,14 28 2,57 100 Camacho et al. (2009) Biotropica 41(5): 625-632 9 24,6 lótico Alóc. mb 13,14 28 2,57 101 Lecerf et al. (2006) Arch. Hydrobiol. 165(1): 105–126 44 6,8 lótico Alóc. mb 19 27 1,403 101 Lecerf et al. (2006) Arch. Hydrobiol. 165(1): 105–126 44 7,2 lótico Alóc. mb 19 27 1,403 101 Lecerf et al. (2006) Arch. Hydrobiol. 165(1): 105–126 44 6,5 lótico Alóc. mb 19 27 1,403 101 Lecerf et al. (2006) Arch. Hydrobiol. 165(1): 105–126 44 7,4 lótico Alóc. mb 19 27 1,403 102 Auber et al. (2011) Ecotxology 20: 2042–2055 48,1125 13,5 lótico Alóc. mb 19 29 3,185 103 Gantes et al. (2011) Journal of Freshwater Ecology (1): 1-14 34,5667 21 lótico Alóc. mb 2,33 216 0,474 103 Gantes et al. (2011) Journal of Freshwater Ecology (1): 1-14 34,5667 21,5 lótico Alóc. mb 2,33 216 0,474 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 7,5 lótico Alóc. mb 19 43 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 7,4 lótico Alóc. mb 19 44 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 9,3 lótico Alóc. mb 19 42 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 7,2 lótico Alóc. mb 19 41 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 7 lótico Alóc. mb 19 43 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 8 lótico Alóc. mb 19 44 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 7,4 lótico Alóc. mb 19 43 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 7,8 lótico Alóc. mb 19 41 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 8,7 lótico Alóc. mb 19 28 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 8,9 lótico Alóc. mb 19 28 32,452 !! 66! 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 7,2 lótico Alóc. mb 19 28 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 8,3 lótico Alóc. mb 19 28 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 7,1 lótico Alóc. mb 19 28 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 8,4 lótico Alóc. mb 19 28 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 9,6 lótico Alóc. mb 19 26 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 8,3 lótico Alóc. mb 19 28 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 9,3 lótico Alóc. mb 19 28 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 9,9 lótico Alóc. mb 19 26 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 9 lótico Alóc. mb 19 28 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 10,6 lótico Alóc. mb 19 26 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 10 lótico Alóc. mb 19 26 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 8,3 lótico Alóc. mb 19 26 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 5,8 lótico Alóc. mb 19 33 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 5,1 lótico Alóc. mb 19 33 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 6 lótico Alóc. mb 19 32 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 6,2 lótico Alóc. mb 19 33 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 5,4 lótico Alóc. mb 19 32 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 5,8 lótico Alóc. mb 19 29 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 4,9 lótico Alóc. mb 19 29 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 8,4 lótico Alóc. mb 19 11 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 8,6 lótico Alóc. mb 19 11 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 8,8 lótico Alóc. mb 19 11 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 9,1 lótico Alóc. mb 19 11 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 8,1 lótico Alóc. mb 19 11 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 9,9 lótico Alóc. mb 19 11 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 8,3 lótico Alóc. mb 19 11 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 8 lótico Alóc. mb 19 11 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 9,9 lótico Alóc. mb 19 11 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 7,9 lótico Alóc. mb 19 11 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 64,0167 0,8 lótico Alóc. mb 19 57 32,452 !! 67! 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 64,0167 0,9 lótico Alóc. mb 19 56 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 64,0167 0,8 lótico Alóc. mb 19 56 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 64,0167 0,4 lótico Alóc. mb 19 59 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 64,0167 0,7 lótico Alóc. mb 19 64 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 64,0167 0,6 lótico Alóc. mb 19 64 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 4,2 lótico Alóc. mb 19 78 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 2,4 lótico Alóc. mb 19 78 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 2,2 lótico Alóc. mb 19 75 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 2,2 lótico Alóc. mb 19 74 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 2,5 lótico Alóc. mb 19 75 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 2,2 lótico Alóc. mb 19 74 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 4,1 lótico Alóc. mb 19 75 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 2,9 lótico Alóc. mb 19 75 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 1,8 lótico Alóc. mb 19 75 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 2,3 lótico Alóc. mb 19 75 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 40,5 12,3 lótico Alóc. mb 19 26 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 40,5 10,3 lótico Alóc. mb 19 26 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 40,5 10,9 lótico Alóc. mb 19 26 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 4,3 lótico Alóc. mb 19 36 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 8,7 lótico Alóc. mb 19 36 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 5 lótico Alóc. mb 19 39 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 5,4 lótico Alóc. mb 19 38 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 4,7 lótico Alóc. mb 19 37 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 4,5 lótico Alóc. mb 19 39 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 4,2 lótico Alóc. mb 19 36 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 2,4 lótico Alóc. mb 19 73 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 4,6 lótico Alóc. mb 19 36 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 4,2 lótico Alóc. mb 19 37 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 3,4 lótico Alóc. mb 19 40 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 3,7 lótico Alóc. mb 19 42 32,452 !! 68! 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 3,1 lótico Alóc. mb 19 41 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 3,9 lótico Alóc. mb 19 39 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 3,4 lótico Alóc. mb 19 39 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 3,8 lótico Alóc. mb 19 40 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 4,3 lótico Alóc. mb 19 39 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 5,4 lótico Alóc. mb 19 42 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 3,5 lótico Alóc. mb 19 38 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 5,1 lótico Alóc. mb 19 39 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 7,5 lótico Alóc. mb 19 77 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 7,4 lótico Alóc. mb 19 44 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 9,3 lótico Alóc. mb 19 42 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 5,4 lótico Alóc. mb 19 73 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 6,1 lótico Alóc. mb 19 76 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 8 lótico Alóc. mb 19 44 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 8,8 lótico Alóc. mb 19 42 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 7,5 lótico Alóc. mb 19 43 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 47,35 6,4 lótico Alóc. mb 19 73 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 8,6 lótico Alóc. mb 19 47 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 8,7 lótico Alóc. mb 19 47 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 7,2 lótico Alóc. mb 19 47 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 8,2 lótico Alóc. mb 19 47 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 6,9 lótico Alóc. mb 19 47 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 7 lótico Alóc. mb 19 47 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 7,1 lótico Alóc. mb 19 47 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 43,5 8,3 lótico Alóc. mb 19 47 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 7,9 lótico Alóc. mb 19 73 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 7,6 lótico Alóc. mb 19 73 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 8,7 lótico Alóc. mb 19 73 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 7,2 lótico Alóc. mb 19 73 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 8,8 lótico Alóc. mb 19 73 32,452 !! 69! 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 9,4 lótico Alóc. mb 19 73 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 8,2 lótico Alóc. mb 19 73 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 44,2667 6,5 lótico Alóc. mb 19 73 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 4,9 lótico Alóc. mb 19 68 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 5,1 lótico Alóc. mb 19 69 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 6,1 lótico Alóc. mb 19 68 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 6,2 lótico Alóc. mb 19 69 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 5,5 lótico Alóc. mb 19 68 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 5,7 lótico Alóc. mb 19 69 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 4,8 lótico Alóc. mb 19 69 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 5,6 lótico Alóc. mb 19 69 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,5 4,9 lótico Alóc. mb 19 69 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 7,5 lótico Alóc. mb 19 45 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 6,9 lótico Alóc. mb 19 45 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 7,9 lótico Alóc. mb 19 45 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 8,3 lótico Alóc. mb 19 45 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 9,4 lótico Alóc. mb 19 45 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 7,7 lótico Alóc. mb 19 45 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 7,3 lótico Alóc. mb 19 45 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 53,3833 7,2 lótico Alóc. mb 19 45 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 64,0167 0,8 lótico Alóc. mb 19 57 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 64,0167 0,9 lótico Alóc. mb 19 56 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 64,0167 0,8 lótico Alóc. mb 19 56 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 64,0167 0,4 lótico Alóc. mb 19 59 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 64,0167 0,8 lótico Alóc. mb 19 56 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 64,0167 0,7 lótico Alóc. mb 19 64 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 64,0167 0,6 lótico Alóc. mb 19 64 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 3,6 lótico Alóc. mb 19 132 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 1,8 lótico Alóc. mb 19 127 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 1,5 lótico Alóc. mb 19 123 32,452 !! 70! 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 1,6 lótico Alóc. mb 19 125 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 1,7 lótico Alóc. mb 19 123 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 1,4 lótico Alóc. mb 19 125 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 3,5 lótico Alóc. mb 19 123 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 2,2 lótico Alóc. mb 19 123 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 1,2 lótico Alóc. mb 19 123 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 50 1,6 lótico Alóc. mb 19 123 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 40,5 11,5 lótico Alóc. mb 19 51 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 40,5 8,9 lótico Alóc. mb 19 57 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 40,5 10,4 lótico Alóc. mb 19 52 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 40,5 10,4 lótico Alóc. mb 19 57 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 40,5 10,1 lótico Alóc. mb 19 42 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 40,5 10,5 lótico Alóc. mb 19 57 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 40,5 10,5 lótico Alóc. mb 19 50 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 40,5 9,9 lótico Alóc. mb 19 57 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 1,7 lótico Alóc. mb 19 110 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 6,8 lótico Alóc. mb 19 109 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 3,1 lótico Alóc. mb 19 110 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 3,9 lótico Alóc. mb 19 110 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 2,8 lótico Alóc. mb 19 109 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 2,8 lótico Alóc. mb 19 110 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 2,6 lótico Alóc. mb 19 143 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 3,3 lótico Alóc. mb 19 53 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 2,1 lótico Alóc. mb 19 109 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 45,5833 2,6 lótico Alóc. mb 19 110 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 2,2 lótico Alóc. mb 19 83 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 2,3 lótico Alóc. mb 19 85 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 2 lótico Alóc. mb 19 84 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 2,7 lótico Alóc. mb 19 82 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 2,1 lótico Alóc. mb 19 82 32,452 !! 71! 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 2,6 lótico Alóc. mb 19 86 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 2,8 lótico Alóc. mb 19 82 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 3,9 lótico Alóc. mb 19 85 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 2,1 lótico Alóc. mb 19 81 32,452 104 Woodward et al. (2012) Science (336): 1438-1440 56,1167 1,7 lótico Alóc. mb 19 82 32,452 Tabela S2. Tabela de referências bibliográficas provenientes de estudos de revisão sobre invertebrados decompositores. !! 72! Id. Referência utilizada Estudo de revisão de onde originou a referência útil 81 Robinson et al. (1998) Freshwater Biology 40: 215-228 Graça et al (2001) International Review of Hydrobiology 86: 383-393 81 Robinson et al. (1 998) Freshwater Biology 40: 215-228 Graça et al (2001) International Review of Hydrobiology 86: 383-393 81 Robinson et al. (1998) Freshwater Biology 40: 215-228 Graça et al (2001) International Review of Hydrobiology 86: 383-393 81 Robinson et al. (1998) Freshwater Biology 40: 215-228 Graça et al (2001) International Review of Hydrobiology 86: 383-393 91 Boyero et al (2006) Archiv für Hydrobiologie 166(4): 453-466 Tank et al. (2010) Journal of the North American Benthological Society 29(1): 118-146 92 Mathews & Kowalczewsk (1969) Journal of Ecology 57(2): 543-552 Anderson & Sedell (1979) Ann. Rev. Entomol. 24: 351-77 92 Mathews & Kowalczewsk (1969) Journal of Ecology 57(2): 543-552 Anderson & Sedell (1979) Ann. Rev. Entomol. 24: 351-77 95 Imbert.Pozo (1989) Hydrobiologia, 1989. 182: 1-14 Graça et al (2001) International Review of Hydrobiology 86: 383-393 96 Schlief & Mutz (2009) Hydrobiologia 624(1): 205-217 Kupisch et al. (2012) Ecological Modelling 247: 157-167 96 Schlief & Mutz (2009) Hydrobiologia 624(1): 205-217 Kupisch et al. (2012) Ecological Modelling 247: 157-167 97 Stockley et al (1998) Science of The Total Environment 210-211: 427-435 Graça et al (2001) International Review of Hydrobiology 86: 383-393 !! 73! 27 Al-Riyami et al (2009) International Review of Hydrobiology 94(1): 16-28 Liess & Francoeur (2010) Water Environment Research 81(10): 1903-1944 94 Pereira & Graça (1995) Archiv für Hydrobiologie 134(1): 119-128 Boulton et al. 2008 Invertebrate Systematics 22(2): 103-116