0 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PPGAU Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo RICARDO FERREIRA DE ARAÚJO ARQUITETURA RESIDENCIAL EM JOÃO PESSOA-PB A experiência moderna nos anos 1970 Natal Março/ 2010 1 RICARDO FERREIRA DE ARAÚJO ARQUITETURA RESIDENCIAL EM JOÃO PESSOA-PB A experiência moderna nos anos 1970 Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em arquitetura e Urbanismo (PPGAU), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como exigência para a obtenção do título de Mestre em arquitetura e urbanismo. Orientadora: Profa. Dra. Nelci Tinem Natal Março/ 2010 1 Seção de Informação e Referência Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede Araújo, Ricardo Ferreira de. Arquitetura residencial em João Pessoa-PB: a experiência moderna nos anos 1970 / Ricardo Ferreira de Araújo. – Natal, RN, 2010. 301 f. : il. Orientadora: Nelci Tinem. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Tecnologia. Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. 1. Residências – Dissertação. 2. Experiência Moderna – Dissertação. 3. Anos 1970 – Dissertação. I. Tinem, Nelci. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. RN/UF/BCZM CDU 728 2 RICARDO FERREIRA DE ARAÚJO ARQUITETURA RESIDENCIAL EM JOÃO PESSOA-PB A experiência moderna nos anos 1970 Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em arquitetura e Urbanismo (PPGAU), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como exigência para a obtenção do título de Mestre em arquitetura e urbanismo. Aprovado em: _____/_____/_____ BANCA EXAMINADORA _________________________________________________ Profa. Dra. Nelci Tinem Orientadora – PPGAU/ UFRN _________________________________________________ Profa. Dra. Edja Bezerra Faria Trigueiro Examinadora interna – PPGAU/ UFRN _________________________________________________ Prof. Dr. Fernando Diniz Moreira Examinador externo – MDU/ UFPE Natal Março/ 2010 3 “Gracias a la vida, que me hai dado tanto....” (Violeta Parra) 4 AGRADECIMENTOS Muito obrigado Profa. Dra. Nelci Tinem, orientadora. Muito obrigado Aurora Dantas Maia, coordenadora do Arquivo Central da Prefeitura Municipal de João Pessoa. Muito obrigado Fhillipe, Rayssa e Luciana, alunos colaboradores do Curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIPÊ. Muito obrigado professores e funcionários do PPGAU-UFRN. Muito obrigado pais, irmãos e sobrinhos, amigos verdadeiros do coração e colegas de profissão, pelo carinho e atenção. 5 “(...) não é verdade que nesses trinta anos não se produziram coisas interessantes no Brasil. Simplesmente elas não puderam aparecer.” Júlio Katinsky 6 RESUMO Em meados da década de 1980, a Revista Projeto publicava o catálogo Arquitetura Brasileira Atual, com textos de apresentação de Hugo Segawa e Ruth Verde Zein, o qual apresentava um corpus de obras e arquitetos atuantes nas décadas de 60 e 70. Naqueles anos 1980, compreender a produção arquitetônica brasileira pós-64 tornava-se uma missão significativa para reacender o debate arquitetônico brasileiro enfraquecido pela ditadura militar. Em sua tese de doutoramento Spadoni (2003) tratou das “trajetórias” que caracterizaram a produção arquitetônica brasileira dos anos 1970. Marcada pela inventividade, esta produção mantinha-se alinhada com o pensamento moderno e somente na passagem dos anos 1970 para os anos 1980 sintonizava o debate internacional envolto com uma chamada arquitetura “pós- moderna”. Tomando como base a tese de Spadoni, este trabalho trata da experiência moderna observada nas habitações unifamiliares construídas em João Pessoa nos anos 1970. Em alguns casos a experiência moderna apresenta-se oculta e para observá-la é necessário buscar em sua essência o tipo de experiência, pois na aparência elas não se apropriam do vocabulário moderno. Outras experiências observadas remetem ao repertório do Movimento Moderno do período áureo brasileiro dos anos 1940-1960, a expressão do concreto bruto aparente da arquitetura moderna paulista dos anos 60, ou a experiências em que o clima quente e úmido da Região Nordeste influência fortemente a concepção arquitetônica. Mas também vamos encontrar um número restrito de casas em que a experiência moderna se distingue das demais. Trata de experiências que expõe o fazer construtivo, deixando o material aparente e aplicando ao tipo residencial a experiência da pré-fabricação industrial. Palavras-chave: Residências. Experiência Moderna. Anos 1970. 7 ABSTRACT In the mid-1980s, the magazine Projeto published the Actual Brazilian Architecture catalogue presenting texts by Hugo Segawa and Ruth Verde Zein with a corpus of works and engaged architects of the 1960s and 1970s. To comprehend the Brazilian architectural production post-1964, in those years of the 1980s, became a significant mission to reactivate the Brazilian architectural debate weakened by the military dictatorship. In his doctoral thesis Spadoni (2003) deals with the different ways which characterizes the Brazilian architectural production of the 1970s. Marked by inventiveness, this production was in tune with the modern thinking and in the transition period between the 1970s and the 1980s it synchronized with the international debate about post-modern architecture. Considering Spadoni’s doctoral thesis, this work deals with the modern experience observed in the one-family- houses built in the seventies in João Pessoa. Some modern experiences were not clear outside, to observe it, it was necessary to search for the type of experience into the spatial disposition and of the know-how constructive, because into the appearance some houses not make explicit the use of the modern language. Other observed experiences allude to the repertoire of the Brazilian period in the years 1940s-1960s, to the experience of the modern architecture in São Paulo of the 1960s, to the experiences in which the climate of the Northeastern region strongly influenced the architectural conception. We can also find in a reduced number of houses a particular experience: it refers to experiences that expose the constructive doing, which leave the material apparent and apply to the residential type the experience of the industrial pre-fabricated buildings. Key-words: Residences. Modern Experience. The 1970s. 8 LISTA DE IMAGENS Imagem 01 – Residência Jacy Cavalcanti/ 1979................................................. 20 Imagem 02 – Residência Acácio Colaço de Caldas Barros/ 1978....................... 20 Imagem 03 – Residência Paulo Germano Cavalcanti/ 1976................................ 20 Imagem 04 – Prancha 05 do projeto arquitetônico da Residência Jair Cunha... 21 Imagem 05 – Capa do Catálogo Mostra da Arquitetura Brasileira Atual/ 1985.... 24 Imagem 06 – Camelôs instalados na calçada do Paraíba Palace Hotel.............. 37 Imagem 07 – Camelôs instalados na calçada do Paraíba Palace Hotel.............. 37 Imagem 08 – Ênfase na horizontalidade.............................................................. 42 Imagem 09 – Dinâmica da coberta....................................................................... 42 Imagem 10 – Forma e escala do reservatório superior........................................ 42 Imagem 11 – Elementos formais gerados pela iluminação indireta (sheds)........ 43 Imagem 12 – Volumes que se projetam............................................................... 43 Imagem 13 – Residência Dr. Francisco Xavier Sobrinho..................................... 46 Imagem 14 – Residência Artur Gonsalves Ribeiro............................................... 46 Imagem 15 – Residência Túlio Augusto Neiva Morais......................................... 46 Imagem 16 – Residência Maria Zélia Mesquita de Carvalho............................... 47 Imagem 17 – Residência Maria Jaydeth M. Leite................................................. 47 Imagem 18 – Residência do arquiteto Marcos Marinho da Costa........................ 47 Imagem 19 – Residência Maria Solange Fonseca Maia....................................... 48 Imagem 20 – Residência Edísio Souto................................................................. 48 Imagem 21 – Residência Teones Barbosa de Lira............................................... 48 Imagem 22 – Residência Sr. Potengi Holanda de Lucena................................... 49 Imagem 23 – Residência Aécio Pereira Lima....................................................... 49 Imagem 24 – Residência Sr. José da Guia Ferreira Nóbrega.............................. 49 Imagem 25 – Residência Sr. Luís Régis Pessoa de Farias.................................. 50 Imagem 26 – Residência Múcio Antonio S. Souto................................................ 50 Imagem 27 – Residência do arquiteto Emile Pronk.............................................. 51 Imagem 28 – Residência Haroldo Coutinho de Lucena........................................ 51 Imagem 29 – WTC................................................................................................ 58 Imagem 30 – Edifício Nakagin.............................................................................. 58 Imagem 31 – CITICORP........................................................................................ 58 9 Imagem 32 – Estrutura geodésica........................................................................ 58 Imagem 33 – Malha suspensa – La Ville Spatiale................................................ 58 Imagem 34 – Plug-in-city...................................................................................... 58 Imagem 35 – Centre George Pompidou............................................................... 59 Imagem 36 – Ópera de Sidney............................................................................. 59 Imagem 37 – Edifício-sede AT&T.......................................................................... 60 Imagem 38 – Teatro do Mundo............................................................................ 63 Imagem 39 – Casa II............................................................................................ 64 Imagem 40 – Casa III........................................................................................... 64 Imagem 41 – Casa VI........................................................................................... 64 Imagem 42 – Edifício-sede da PETROBRÁS....................................................... 66 Imagem 43 – Edifício-sede da IBM...................................................................... 66 Imagem 44 – Edifício-sede da FIESP-CIESP-SESI.............................................. 66 Imagem 45 – Pavilhão da Cia. Siderúrgica Nacional........................................... 67 Imagem 46 – Pavilhão do Brasil, Expo Bruxelas.................................................. 67 Imagem 47 – Pavilhão de São Cristóvão............................................................. 67 Imagem 48 – Primeiras experiências casa-bola................................................... 68 Imagem 49 – Primeiras experiências casa-bola................................................... 68 Imagem 50 – Casa-bola II em construção............................................................ 68 Imagem 51 – Casa-bola II.................................................................................... 68 Imagem 52 – FAU-USP......................................................................................... 70 Imagem 53 – Pavilhão de Osaka.......................................................................... 70 Imagem 54 – Alojamento para estudantes, Cidade Universitária Armando Salles – Universidade de São Paulo..................................................................... 71 Imagem 55 – Alojamento para professores, Cidade Universitária de Brasília...... 71 Imagem 56 – Residência Alberto Ziegelmeyer..................................................... 72 Imagem 57 – Residência Dino Zammataro, Rodrigo Lefèvre/ 1971..................... 73 Imagem 58 – Residência Juarez Brandão Lopes, Rodrigo Lefèvre e Flávio Império/ 1968........................................................................................................ 73 Imagem 59 – Residência Marieta Vampré............................................................ 73 Imagem 60 – Edifício Aristeu Casado................................................................... 82 Imagem 61 – Edifício Passárgada........................................................................ 83 Imagem 62 – Edifício Lagoa Center..................................................................... 83 Imagem 63 – Edifício TELPA Centro.................................................................... 83 10 Imagem 64 – Edifício TELPA Bairro dos Estados................................................ 83 Imagem 65 – Edifício TELPA Tambaú.................................................................. 84 Imagem 66 – CEF - Proposta do arquiteto Mário Glauco Di Láscio.................... 85 Imagem 67 – CEF - Proposta do arquiteto Jorge Decken Debiagi...................... 85 Imagem 68 – Agência Cabo Branco CEF............................................................ 86 Imagem 69 – Hotel Tambaú................................................................................. 87 Imagem 70 – Centro Administrativo Estadual...................................................... 87 Imagem 71 – Estádio Ministro José Américo de Almeida – Almeidão.................. 87 Imagem 72 – Terminal Rodoviário de João Pessoa............................................. 88 Imagem 73 – Espaço Cultural.............................................................................. 88 Imagem 74 – Viaduto Damásio Franca................................................................ 89 Imagem 75 – Antigo Viaduto Dorgival Terceiro Neto, atual Via Expressa Miguel Couto/ 1978............................................................................................... 89 Imagem 76 – Residência do Sr. José Maria de Araújo Dantas............................ 92 Imagem 77 – Residência Gualberto Chianca....................................................... 93 Imagem 78 – Residência do arquiteto Emile Pronk............................................. 93 Imagem 79 – Residência Valter Vieira Toledo...................................................... 96 Imagem 80 – Residência Romualdo Francisco Urtiga......................................... 96 Imagem 81 – Residência José Cassildo Pinto..................................................... 97 Imagem 82 – Residência Carlos Lira Maranhão................................................... 97 Imagem 83 – Residência Jair Cunha.................................................................... 97 Imagem 84 – Residência Dr. Francisco Xavier Sobrinho..................................... 99 Imagem 85 – Residência Virgínio Veloso Freire Filho.......................................... 99 Imagem 86 – Residência Laureano Casado da Silva........................................... 100 Imagem 87 – Residência Haroldo Coutinho de Lucena........................................ 100 Imagem 88 – Residência Edísio Souto................................................................. 101 Imagem 89 – Residência Luís Carlos Carvalho.................................................... 101 Imagem 90 – Residência Antônio Queiroga Lopes............................................... 102 Imagem 91 – Fachada Norte – Rua Adolfo Loureiro França................................ 104 Imagem 92 – Desníveis observados da Rua Adolfo Loureiro França.................. 106 Imagem 93 – Área social gerada pelos Pilotis..................................................... 106 Imagem 94 – Área social gerada pelos Pilotis..................................................... 107 Imagem 95 – CORTE FG/ sistema de cobertura e beirais................................... 107 Imagem 96 – Residência Dr. Francisco Xavier Sobrinho..................................... 108 11 Imagem 97 – Residência Dr. Francisco Xavier Sobrinho..................................... 108 Imagem 98 – Residência Dr. Francisco Xavier Sobrinho...................................... 108 Imagem 99 – Implantação Residência Virgínio Veloso Freire Filho...................... 110 Imagem 100 – Volumetria Residência Virgínio Veloso Freire Filho...................... 111 Imagem 101 – Volumetria Residência Virgínio Veloso Freire Filho...................... 111 Imagem 102 – Proteção das aberturas Residência Virgínio Veloso Freire Filho....................................................................................................................... 112 Imagem 103 – Detalhes construtivos: superfície de concreto, pedra calcária e calha de concreto na Residência Virgínio Veloso Freire Filho........................... 112 Imagem 104 – Planta de coberta e esquema de distribuição do espaço............. 113 Imagem 105 – Setorização do espaço................................................................ 114 Imagem 106 – Desníveis...................................................................................... 114 Imagem 107 – Fachada Norte/ visão da Avenida São Paulo................................ 114 Imagem 108 – Fachada Norte/ visão da Avenida São Paulo................................ 114 Imagem 109 – Locação e Coberta Residência Laureano Casado da Silva.......... 116 Imagem 110 – Corte esquemático – prisma suspenso......................................... 117 Imagem 111 – Sistema estrutural.......................................................................... 118 Imagem 112 – Esquemas de sustentação da caixa suspensa na Residência Laureano Casado da Silva, à esquerda; e na arquitetura moderna paulista, à direita.................................................................................................................. 119 Imagem 113 – Tratamento exterior....................................................................... 120 Imagem 114 – Tratamento exterior....................................................................... 121 Imagem 115 – Fachada Norte/ vista da Avenida Ruy Carneiro em 1988............. 121 Imagem 116 – Representações do “grande abrigo” segundo Sanvitto (1994) Residência Haroldo Coutinho de Lucena.............................................................. 123 Imagem 117 – Representações do “grande abrigo” segundo Sanvitto (1994) Residência Haroldo Coutinho de Lucena.............................................................. 123 Imagem 118 – Novo terminal Rodoviário da cidade de João Pessoa-PB............ 123 Imagem 119 – Novo Terminal Rodoviário da cidade de João Pessoa-PB............ 123 Imagem 120 – Locação e Coberta Residência Haroldo Coutinho de Lucena...... 124 Imagem 121 – conceito do “grande abrigo” presente na Residência Haroldo Coutinho Lucena.................................................................................................... 126 Imagem 122 – esquema de alguns elementos arquitetônicos.............................. 128 Imagem 123 – volumetria Residência Haroldo Coutinho Lucena......................... 129 Imagem 124 – Locação e Coberta Residência Edísio Souto................................ 131 12 Imagem 125 – Solscítio de verão e inverno Residência Edísio Souto................. 132 Imagem 126 – Corte esquemático....................................................................... 133 Imagem 127 – Corte esquemático........................................................................ 133 Imagem 128 – Elementos vistos na fachada sul.................................................. 134 Imagem 129 – Volumetria Residência Edísio Souto............................................. 134 Imagem 130 – Residência Juventino Figueira Borges......................................... 135 Imagem 131 – Residência do arquiteto Amaro Muniz Castro.............................. 135 Imagem 132 – Residência do arquiteto Emile Pronk............................................ 135 Imagem 133 – Residência José Cassildo Pinto.................................................... 135 Imagem 134 – Residência Sr. Luís Régis Pessoa de Farias................................ 137 Imagem 135 – Residência Sr. João Wanderley.................................................... 137 Imagem 136 – Residência Sr. José Maria de Araújo Dantas................................ 138 Imagem 137 – Residência Sr. Rinaldo Souza e Silva........................................... 138 Imagem 138 – Residência Sr. Potengi Holanda de Lucena.................................. 138 Imagem 139 – Residência Sr. Luiz Carlos Carvalho............................................. 139 Imagem 140 – Residência Noêmia Beltrão........................................................... 139 Imagem 141 – Residência Sr. Marinaldo Barbosa................................................ 139 Imagem 142 – Locação e coberta Residência Luís Carlos Carvalho................... 140 Imagem 143 – Corte esquemático e sala de estar da Residência Luís Carlos Carvalho.................................................................................................................142 Imagem 144 – elementos presentes na fachada oeste........................................ 143 Imagem 145 – Configuração volumétrica............................................................. 143 Imagem 146 – Elementos pré-fabricados............................................................. 144 Imagem 147 – Interiores/ residências diversas..................................................... 144 Imagem 148 – Interiores/ residências diversas..................................................... 144 Imagem 149 – Interiores/ residências diversas..................................................... 144 Imagem 150 – Alguns elementos decorativos que podem apresentar-se nas chamadas “casas híbridas”.................................................................................... 145 Imagem 151 – vista da Rua da Residência Antonio Queiroga Lopes................... 146 Imagem 152 – Fachada Sul Residência Antonio Queiroga Lopes........................ 146 Imagem 153 – área da piscina Residência Antonio Queiroga Lopes................... 146 Imagem 154 – Locação e Coberta Residência Antonio Queiroga Lopes............. 147 Imagem 155 – Planta baixa Residência Antonio Queiroga Lopes........................ 148 Imagem 156 – diferentes soluções de coberta Residência Antonio Queiroga Lopes.................................................................................................................... 149 13 LISTA DE QUADROS Quadro 01 – Autores / datas que trataram da arquitetura moderna de um determinado período............................................................................................ 25 Quadro 02 – Conteúdos tratados por alguns autores pesquisados..................... 31 Quadro 03 – Modelo da ficha para anotação das informações preliminares sobre as residências construídas em João Pessoa nos anos 1970..................... 34 Quadro 04 – Número de pastas e de processos arquivados referentes às residências construídas em João Pessoa nos anos 1970.................................... 34 Quadro 05 – Número de residências encontradas no arquivo de interesse para a pesquisa............................................................................................. ........ 35 Quadro 06 – Distribuição do número de residências encontradas no arquivo por bairros............................................................................................................. 38 Quadro 07 – Arquitetos atuantes na cidade nos anos 1970................................ 39 Quadro 08 – Arquitetos atuantes na cidade entre 1930-1970............................. 40 Quadro 09 – Tipo de experiência e vocabulário moderno de um período........... 54 Quadro 10 – Panorama da produção arquitetônica internacional (Fins dos anos 1950 a meados dos anos 1980)................................................................... 56 Quadro 11 – Panorama da produção arquitetônica no cenário nacional (Fins dos anos 1950 a meados dos anos 1980)................................................... 64 Quadro 12 – Conjuntos Habitacionais construídos na cidade de João Pessoa no final dos anos 1960 financiados pelo SFH....................................................... 77 Quadro 13 – Conjuntos Habitacionais construídos na cidade de João Pessoa no início dos anos 1970 financiados pelo SFH........................................ 77 Quadro 14 – Conjuntos Habitacionais construídos na cidade de João Pessoa em meados dos anos 1970 financiados pelo SFH................................................ 78 14 LISTA DE MAPAS Mapa 01 – Bairros que formam os eixos de expansão da cidade de João Pessoa nos anos 1970........................................................................... 76 Mapa 02 – Conjuntos Habitacionais no início dos anos 1970.............................. 77 Mapa 03 – Conjuntos Habitacionais construídos entre 1975-1979...................... 79 Mapa 04 – Bairros mais beneficiados pela expansão da infraestrutura............... 80 Mapa 05 – Localização / Cabo Branco................................................................. 103 Mapa 06 – Localização / Bairro dos Estados........................................................ 109 Mapa 07 – Localização / Tambauzinho................................................................. 115 Mapa 08 – Localização / Praia do Bessa.............................................................. 122 Mapa 09 – Localização / Cabo Branco................................................................. 130 Mapa 10 – Localização / Manaíra......................................................................... 136 15 LISTA DE SIGLAS CAU/ UFPB – Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba PMJP – Prefeitura Municipal de João Pessoa CNPU – Comissão Nacional de Regiões Metropolitanas e Política Urbana SFH – Sistema Financeiro de Habitação BNH – Banco Nacional da Habitação IAB/ RJ – Instituto de Arquitetos do Brasil/ departamento do Rio de Janeiro CREA – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura CEF – Caixa Econômica Federal FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo CIESP – Confederação das Indústrias do Estado de São Paulo SESI – Serviço Social da Indústria FAU-USP – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo TELPA – Telecomunicações da Paraíba 16 SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO.................................................................................................... 18 1.1 Construção do Objeto de Estudo................................................................ 21 1.2 Justificativa................................................................................................... 27 1.3 Objetivos....................................................................................................... 29 1.3.1 Objetivo geral............................................................................................. 29 1.3.2 Objetivos específicos................................................................................ 30 1.4 Procedimentos Metodológicos................................................................... 30 1.4.1 Pesquisa bibliográfica............................................................................... 30 1.4.2 Pesquisa em arquivo................................................................................. 33 1.4.3 Sistematização das informações.............................................................. 36 1.4.4 Pesquisa de campo................................................................................... 45 1.4.5 Definição dos elementos de análise........................................................ 52 1.5 Estrutura do Trabalho.................................................................................. 55 2 A EXPERIMENTAÇÃO MODERNA NOS ANOS 1970..................................... 56 2.1 O Cenário Internacional............................................................................... 56 2.2 A Experiência Moderna Brasileira nos Anos 1970..................................... 64 3 DA REALIDADE DO LUGAR............................................................................ 75 3.1 A Cidade de João Pessoa nos Anos 1970.................................................. 75 3.2 Da Arquitetura na Paisagem Urbana........................................................... 81 4 ARQUITETURA RESIDENCIAL MODERNA EM JOÃO PESSOA NOS ANOS 1970.................................................................................................. 90 4.1 Sobre a Experiência Moderna...................................................................... 90 4.1.1 Estratégias de organização espacial....................................................... 90 4.1.2 Decisões projetuais recorrentes.............................................................. 91 4.1.3 Elementos arquitetônicos......................................................................... 92 4.1.4 Materiais e técnicas construtivas........................................................... 93 4.2 A Experiência Moderna na Arquitetura Residencial de João Pessoa nos Anos 1970.................................................................................................... 94 4.3 Análise da Produção Arquitetônica............................................................ 103 17 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 151 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 155 ANEXOS............................................................................................................... 160 ANEXO 01 - FICHAS DE REGISTRO.................................................................. 161 ANEXO 02 - FICHAS DE ANÁLISE..................................................................... 244 18 1 INTRODUÇÃO Ao caminhar para a conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal da Paraíba (CAU/ UFPB) no segundo semestre de 1988, dois pensamentos antagônicos marcavam o debate arquitetônico brasileiro dos anos 1980: o pensamento moderno e o pensamento chamado pós-moderno, ambos eloqüentes e convincentes, naquele momento. As experiências do pensamento moderno constituíam a base da minha formação acadêmica (1983-1988), enquanto as experiências pós-modernas rondavam os ambientes extra-acadêmicos e povoavam o imaginário profissional alimentado pelas publicações especializadas da época. As lições modernas predominantes no meio acadêmico eram transmitidas através da utilização da planta livre, de um resultado volumétrico fortemente ligado à organização do espaço, da obediência à máxima “a forma segue a função”, da qualidade do material empregado, especialmente as soluções associadas ao concreto armado, do lançamento da estrutura independente segundo um traçado regular e modulado e do domínio de conhecimentos associados ao controle climático. A experiência pós-moderna era captada, através de revistas, nacionais e internacionais, e muitas vezes interpretada pela sua aparência. As imagens das obras de Aldo Rossi, Robert Venturi, Charles Moore, Mário Botta, Philip Johnson, James Stirling e Michael Graves, entre outros, serviam de referência exemplar para a chamada arquitetura pós-moderna. Ao mesmo tempo, essa experiência pós- moderna não era suficientemente discutida no meio acadêmico, talvez porque não se configurasse como uma alternativa para o corpo docente, em sua maioria de formação moderna, talvez porque houvesse pouca informação sobre o assunto por parte daqueles que o defendiam, uma vez que o debate sobre esse tema ainda era incipiente no Brasil. O conflito que essas “tendências opostas” geraram em minha formação profissional era um reflexo tardio do que havia se processado no cenário da produção arquitetônica brasileira na passagem dos anos 1970 para os anos 1980, quando a crítica à arquitetura moderna, e a chamada arquitetura pós-moderna, “esquentava” o debate arquitetônico nacional, um momento em que ainda mal 19 compreendíamos nossa produção arquitetônica moderna mais recente dos anos 1960-1970. A produção arquitetônica brasileira dos anos 1970 foi marcada pelo regime militar, pelas imposições da ditadura, pelo “milagre brasileiro” e por um forte vínculo com a arquitetura moderna. Um momento em que as experiências da arquitetura moderna brasileira foram ignoradas pela crítica internacional e em que as discussões internas distanciavam-se do debate internacional sobre as experiências ditas pós-modernas. Se na Europa e nos Estados Unidos as idéias em torno a uma arquitetura “pós-moderna” ganhavam espaço, no Brasil os arquitetos mantinham-se fortemente ligados às experiências modernas que marcaram os anos 1940-1960 e às experiências dos arquitetos paulistas dos anos 1960. Pesquisas sobre a arquitetura moderna na cidade de João Pessoa têm estudado, particularmente, a produção realizada entre as décadas de 1940 e 1960, período áureo do movimento moderno no Brasil. A perspectiva de realizar um estudo sobre arquitetura moderna para além dos anos 1960 é uma oportunidade de estudar uma produção pouco tratada no panorama da história da arquitetura brasileira e realizar uma pesquisa que possa contribuir com o conhecimento arquitetônico da cidade e com o enriquecimento do debate sobre a experiência moderna no Brasil. Interessa a este trabalho o entendimento dos acontecimentos e das experiências que marcaram a produção arquitetônica moderna dos anos 1970 e seu raio de influência sobre a arquitetura residencial de João Pessoa do mesmo período. Para isto, a pesquisa voltou-se para a investigação dos projetos residenciais aprovados nos anos 1970, encontrados no Arquivo Central da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). O registro desses projetos originais não somente os protegerá do desaparecimento, como também revelará particularidades do exercício profissional dos arquitetos atuantes na época, que muitas vezes apuravam a qualidade expressiva de seus desenhos com uma “sensibilidade artística” própria dessa época. 20 Imagem 01 – Residência Jacy Cavalcanti/ 1979 Arquitetos: Carlos Alberto Carneiro da Cunha/ Edmundo Ferreira Barros Fonte: Arquivo Central da PMJP. Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 02 – Residência Acácio Colaço de Caldas Barros/ 1978 Arquiteto: Hugo Miguel Gimenez Salinas Fonte: Arquivo Central da PMJP. Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 03 – Residência Paulo Germano Cavalcanti/ 1976 Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti Fonte: Arquivo Central da PMJP. Foto: Ricardo F. Araújo 21 Imagem 04 – Prancha 05 do projeto arquitetônico da Residência Jair Cunha, 1979 Arquiteto: ARQUITETURA 4 Fonte: Arquivo Central da PMJP. Foto: Ricardo F. Araújo 1.1 Construção do Objeto de Estudo Nos anos 1970, a crítica ao movimento moderno marcava o cenário da produção arquitetônica internacional, difundindo principalmente a imagem de uma arquitetura chamada de “pós-moderna”. Segundo Nesbitt (2006), entre 1965-1985 a crítica ao Modernismo era incrementada por exposições, publicações e debates que procuravam elucidar uma “crise” que se alastrava sobre a arquitetura moderna internacional e a atuação dos arquitetos modernos, desde o final da década de 1950 e início da década de 1960. No cenário nacional, a produção arquitetônica procurava adequar-se à conjuntura social e política, imposta pelo governo militar, por uma economia que realizava o chamado “milagre brasileiro” e por grupos culturais e artísticos em que se destacava a atuação de arquitetos, como João Batista Vilanova Artigas, Flávio Império, Rodrigo Lefévre e Sérgio Ferro, que davam certa conotação política a suas posições de resistência e combate ao regime militar. A atuação dos governos militares, impulsionada pelo “milagre brasileiro”, voltou-se para o desenvolvimento da indústria siderúrgica e da energia, gerada a partir do petróleo e das hidrelétricas, disponibilizando a esses setores grandes somas para investimentos. Também não descartou a investigação da energia nuclear como recurso energético nem recursos financeiros para a construção de um 22 sistema interligado de rodovias que promovesse a desejada integração nacional. A Rodovia Transamazônica, por exemplo, que seria responsável pela aproximação das Regiões Norte e Nordeste do restante do país, nunca chegou a cumprir esse papel. As construções de grande porte, promovidas pelas políticas desenvolvimentistas dos governos militares, estavam associadas ao crescimento dos setores industrial, hidrelétrico, de transportes, abastecimento, político- administrativo, escolar, urbano e habitacional (SEGAWA, 1999) que se estendiam por todo o território brasileiro, buscando garantir um sentido de integração e de engrandecimento nacional. Indústrias, hidrelétricas, centrais de abastecimentos (Ceasas), centros administrativos, escolas e conjuntos habitacionais, eram os tipos que compunham o cardápio de obras daqueles anos. O otimismo econômico dos anos 1970 planejou a construção de vilas e cidades, para a “colonização” do interior, situadas próximas das áreas de atividades mineradoras e de construção de hidrelétricas. Também, em 1974, surgiu a Comissão Nacional de Regiões Metropolitanas e Política Urbana (CNPU), que centralizou as decisões de planejamento. Surgiram os cursos de pós-graduação em planejamento urbano nas universidades brasileiras, passando-se a entender que as disciplinas de urbanismo nas escolas deveriam configurar-se a partir da lógica da conjuntura econômica e política, promovendo discussões voltadas às análises políticas e sociológicas ao invés de debates direcionados às soluções de concepção ou de desenho. Valorizava-se a questão da interdisciplinaridade. Durante a repressão política e cultural, as questões ligadas ao espaço urbano não eram as únicas a merecer a atenção dos grupos de jovens arquitetos politizados. Questões associadas ao problema da habitação popular também eram debatidas. Foram propostos programas habitacionais para a população excluída das políticas do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), com a urbanização de favelas e desenvolvimento de meios para fixar as populações de baixa renda em sítios consolidados. Para os arquitetos a questão habitacional, assim como a questão urbana, deixava de ser unicamente um problema de desenho, para transformar-se em um problema que se originava nas políticas voltadas para habitação. 23 O reducionismo da ação governamental da área habitacional nos anos de 1970-1980 dificilmente poderia ser caracterizado como “um programa”: a trajetória entre o conjunto do pedregulho, de Reidy, e às casas-embriões servidas basicamente com a instalação da parte hidráulica é suficiente para ilustrar o retrocesso ao longo dessas décadas (SEGAWA, 1999). De acordo com Segawa (1999) os programas habitacionais desenvolvidos pelo SFH, através do Banco Nacional da Habitação (BNH), também patrocinou a construção de residências de alto e médio padrão. A política do SFH tornava construções de elevado padrão construtivo acessível aos grupos sociais privilegiados, enquanto a população de baixo poder aquisitivo tinha acesso a casas de baixa qualidade arquitetônica, realizadas com poucos recursos técnico- construtivos. No campo cultural brasileiro, os anos 1970 foram marcados pela luta armada, pelo terror instaurado pela ditadura militar e pela resistência de jornalistas, escritores e cineastas. No campo da arquitetura o desenho e a prática no canteiro, estudados respectivamente por Artigas e pelo Grupo Arquitetura Nova, representaram tentativas de resistir e combater o regime militar. A repressão cultural imposta pelo Golpe de 64 trouxe sérias conseqüências para o desenvolvimento do conhecimento arquitetônico no país: a comunidade acadêmica foi perseguida, professores foram cassados e algumas publicações especializadas em arquitetura foram proibidas ou dificultadas (BASTOS, 2003, p. 05). Nos anos 1970 contávamos apenas com duas revistas de arquitetura: a Acrópole, que teve sua atuação encerrada pelo regime militar em 1972 e a Projeto que inicia suas atividades em 1977. A fraca presença da experiência moderna brasileira em publicações internacionais também contribuiu para enfraquecer o debate arquitetônico nacional nos anos 1970. A retomada do debate sobre a produção arquitetônica brasileira deu- se na passagem para os anos 1980 com a abertura política. Nos anos 1980 o interesse da crítica enfraquecida pelos anos do regime militar buscava compreender as experiências da arquitetura brasileira do período pós-1964 até o início da década de 1980, quando se prenunciava a presença no debate brasileiro da “post-modern architecture”. Em meados dos anos 1980 a Revista Projeto apresentou um encarte especial (Imagem 05), talvez o primeiro deles, naqueles anos pós-ditadura militar, sobre nossa arquitetura contemporânea, intitulado Arquitetura Brasileira Atual. Nele, Hugo Segawa e Ruth Verde Zein caracterizavam o ambiente brasileiro das últimas décadas de 1960 e 1970 e apresentavam “as tendências e as discussões do pós- 24 Brasília” em textos que antecipavam o conjunto de obras dos arquitetos brasileiros representativos daquelas décadas. Imagem 05 – Capa do Catálogo Mostra da Arquitetura Brasileira Atual/ 1985 Fonte: Revista Projeto, 1985 Sobre o ensino da arquitetura em fins de 1979, Lemos (1983) aponta a existência de trinta e nove escolas de arquitetura no Brasil, 21 mil alunos assistidos por 1600 professores e uma expressão arquitetônica em que as experiências de Oscar Niemeyer e João Batista Vilanova Artigas são os destaques. A literatura que trata da história da arquitetura moderna traz diversas abordagens. Encontramos diferentes autores que tratam de diferentes percepções sobre o assunto e caracterizam a arquitetura moderna como um movimento capaz de se renovar dentro de variados contextos históricos e lugares. A seguir, o Quadro 01 procura situar os autores que trataram da arquitetura moderna produzida ao longo do século XX. 25 Quadro 01 – Autores / datas que trataram da arquitetura moderna de um determinado período Elaboração: Ricardo F. Araújo Bruand (1981), por exemplo, tratou da experiência moderna produzida entre os anos 1930 e meados dos anos 1960; Segawa (1999) abordou o assunto percorrendo toda a produção realizada entre o início e o fim do século XX; Spadoni (2003) apresentou a arquitetura moderna particular do período 1970-1980. O quadro acima permitiu organizar os conteúdos de interesse para a pesquisa e observar quais os autores que trataram da arquitetura moderna nos anos 1970. Podemos dizer que o estudo da arquitetura moderna brasileira dos anos 1970 é recente e que o volume de publicações que tratam do assunto ainda é restrito. Os livros mais recentes sobre a experiência moderna nos anos 1970 foram publicados entre 2003 e 2004. No entanto, a base teórica da pesquisa centrou-se em referências que foram publicadas entre 1983 e 2004. São elas: Acayaba (1983), Arantes (2002), Bastos (2003), Khoury (2003), Segawa (1999) e Spadoni (2003). Sobre a experiência arquitetônica moderna internacional dos anos 1970, Curtis (2008), Moneo (2008) e Weston (2004) foram os títulos escolhidos por serem as publicações mais recentes sobre o assunto. Outros autores citados no Quadro I não tratam diretamente do recorte temporal objeto de estudo dessa pesquisa, mas abordam assuntos correlatos. Para Curtis (2008) o avanço tecnológico experimentado nas décadas de 1950 e 1960, o acúmulo de experiências bem sucedidas e uma crítica geradora de novas interpretações a respeito do movimento moderno, caracterizaram a produção 26 arquitetônica dos anos 1970 com um “pluralismo” que expressava as suas múltiplas “tendências”. Para Weston (2004), os arquitetos modernos encontraram na residência unifamiliar um dos tipos mais apropriados para a realização de experiências de diferentes naturezas: múltiplas tendências, teorias, formas e materiais. Em seu livro A Casa no Século XX ele comenta particularmente as diferentes experiências modernas construídas no Ocidente ao longo dos anos 1910-1990, contemplando os seus exemplares mais significativos. Dos anos 1970 ele destaca as Casas Trubek e Wislocki (1971-72) de Venturi, a casa de Westchester County, em Nova Iorque (1974-76) de Robert Stern e a casa Plocek (1976-82) de Michael Graves como referências da experiência “pós-moderna”. Para o autor esses exemplos apontam referências do passado e recorrem a efeitos cenográficos para expressar uma falsa solidez. Outra referência arquitetônica marcante dos anos 1970, citada por Weston, é a Casa VI (1972-75) de Peter Eisenman, que realizou diferentes experiências, em que submetia a linguagem moderna a uma série de complexas transformações formais equivalentes à dinâmica encontrada na sintaxe lingüística. Acayaba (1983), Arantes (2002), Bastos (2003), Khoury (2003), Sanvitto (1994), Segawa (1999) e Spadoni (2003), autores que tratam da arquitetura brasileira nos anos 1970, confirmam que nos anos 1970 os projetos de casas brasileiras não estabeleciam um diálogo com as experiências “pós-modernas” da Europa e dos Estados Unidos. Segundo Spadoni (2003), nos anos 1970, ainda mantínhamos uma tradição construtiva ligada às experiências realizadas entre os anos 1940-1960, período de grande prestígio da arquitetura moderna brasileira. Para ele, os anos 1970 devem ser compreendidos como um momento em que a produção brasileira tentava renovar-se, mantendo o legado moderno das décadas anteriores, buscando, ao mesmo tempo, caminhos que contemplassem o debate sobre a crítica ao movimento moderno. Ele destaca que os anos 1970, no Brasil, marcam um período de “transição” entre a arquitetura moderna e as tendências contemporâneas. Alguns autores concordam que na década de 1970 existia uma forte influência das experiências paulistas sobre a produção brasileira. De acordo com Bruand (1981) a experiência dos arquitetos paulistas tomou impulso após a construção de Brasília. Na visão de Acayaba (1983) a arquitetura residencial paulista dos anos 1970 se expressava pelas experimentações de uma “arquitetura corrente”, que é associada ao legado moderno brasileiro do período 1930-1960, ou por uma 27 “arquitetura de vanguarda”, a qual está se referindo à produção de Paulo Mendes da Rocha, Joaquim Guedes, Marcos Acayaba, Décio Tozzi e outros arquitetos formados em São Paulo. Bastos (2003) vai destacar a “ortodoxia do concreto aparente”, referindo-se ao “brutalismo paulista” da segunda metade da década de 1960, onde a expressão do concreto armado estava muito presente. Spadoni (2003) especula sobre a possibilidade do debate brasileiro sobre a chamada “arquitetura pós- moderna” ter enfraquecido a experiência brutalista paulista nos anos 1980. Este trabalho traz como tema a arquitetura residencial moderna em João Pessoa – PB nos anos 1970 e propõe analisar as experiências realizadas nas habitações unifamiliares construídas na cidade naqueles anos. Se a arquitetura moderna brasileira de prestígio internacional caracterizou-se pelo seu caráter experimental e inovador, o que a arquitetura residencial moderna em João Pessoa nos anos 1970 propõe? É uma produção em que podemos encontrar traços de uma continuidade moderna? Ou em algum momento ela busca a superação dessa linguagem? O que essa produção traz de particular para a compreensão da arquitetura brasileira? Ela reflete as experiências modernas realizadas no cenário nacional dos anos 1970? Para realizar uma análise dessa produção foi preciso buscar registros fidedignos do período. A observação de campo não era suficiente para delimitar o objeto de estudo. Assim a pesquisa no Arquivo Central da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) foi um passo importante para descobrir que casas eram de interesse para o desenvolvimento do trabalho. 1.2 Justificativa O exame do que foi a arquitetura moderna no Brasil dos anos 1970 ainda é limitado quando comparado a pesquisas dedicadas a outros períodos da produção moderna brasileira, como por exemplo, àquela realizada entre os anos 1930 e a inauguração de Brasília. Apesar do significativo volume de obras, a arquitetura brasileira dos anos 1970 ainda não foi devidamente tratada nas diferentes regiões do Brasil. Essa produção precisou de um tempo para começar a revelar-se e “assumir o lugar que lhe caberia a algumas décadas atrás” (SPADONI, 2003). 28 (...) não é verdade que nesses trinta anos não se produziram coisas interessantes no Brasil. Simplesmente elas não puderam aparecer. Dou os nomes de três ou quatro arquitetos, que fizeram experiências interessantíssimas e que só agora provavelmente terão possibilidade de publicar seus trabalhos no exterior, com a densidade que merecem (KATINSKY Apud SPADONI, 2003). Alguns eventos em meados dos anos 1970 tentavam recuperar o fôlego do debate brasileiro. Entre 1976-1978, por exemplo, o IAB/RJ reuniu depoimentos de arquitetos de diferentes estados do Brasil buscando ampliar a reflexão sobre a crítica à produção brasileira, sobre a estrutura profissional e sobre as formas de contribuição política e social da categoria. As discussões apontavam a significativa transformação da atuação profissional entre meados dos anos 1950 e 1976, principalmente a partir do projeto e da construção de Brasília (GUIMARAENS, 2000) O debate brasileiro acerca da qualidade da arquitetura pós Brasília, passados alguns anos, retomou uma postura crítica enfraquecida com a ditadura. Na retomada do debate arquitetônico que ocorreu em fins da década de 1970 e início da década de 1980, introduziu-se a questão da arquitetura que havia sido produzida nos últimos quinze anos, pós-60 ou pós-Brasília. Arquitetura esta que, no final da década de 1970 se julgava desconhecida devido à escassez de revistas especializadas, de congressos e debates. A partir dessa retomada, pelas tentativas de compreender o período numa perspectiva histórica, foi ficando clara a visão de Brasília como um marco na arquitetura contemporânea brasileira, apogeu ou coroamento de um período, ou ainda, como o início de um caminho estéril para a arquitetura nacional (BASTOS, 2003). A retomada do debate brasileiro suscitava inúmeras questões, entre elas, o destino da produção arquitetônica brasileira dos 15 anos após Brasília. Para muitos historiadores a construção de Brasília era entendida como o momento em que “se estancou a capacidade inventiva da arquitetura moderna brasileira”. Seria ela a última representante dessa arquitetura moderna? Ou início da arquitetura contemporânea? A retomada do debate brasileiro a partir de Brasília poderia permitir uma reavaliação da arquitetura moderna brasileira incorporando e avançando a crítica ao movimento moderno. Compreender a arquitetura brasileira dos anos 1970 é retomar um conjunto de informações perdidas no tempo, assim como discussões importantes sobre a qualidade da arquitetura moderna. É ampliar o significado de “singularidade e inventividade brasileira” para além de Brasília e distanciar-se do mito de que a construção da nova capital federal foi última representante da “genialidade” 29 brasileira, encerrando um ciclo vitorioso da arquitetura moderna no Brasil. É eliminar a idéia de um período estéril de inventividade que se seguiu à Brasília, onde nada de novo aconteceu. O enfraquecimento da crítica arquitetônica pós-64 contribuiu para que a arquitetura produzida desde então não tivesse, por muito tempo, visibilidade nem nacional, nem internacional. Para Verde Zein (1985), a ausência de crítica, que sempre marcou a arquitetura brasileira, tornou-se aguda no período pós-64, com a progressiva extinção das publicações especializadas, a repressão política pós-68 e a censura à imprensa, que só após 1975 se modifica. Para a cidade de João Pessoa os anos de 1970 é um período pouco conhecido e estudado em relação a sua produção arquitetônica. Produção essa que é moderna e, salvo exceções, permanece íntegra. Entretanto, o processo de expansão urbana tem ameaçado essa integridade: alguns edifícios foram demolidos e muitos descaracterizados e/ou reformados sem nenhum critério de qualidade. Antes que este patrimônio desapareça por completo é importante estudá-lo e torná- lo público como constituinte da história da arquitetura moderna e da cidade. Este trabalho visa discutir a cultura arquitetônica local, o conhecimento histórico, o debate e a crítica arquitetônica. A meta é despertar o interesse nessa produção, favorecer discussões nos meios acadêmicos e culturais da cidade sobre o tema e revelar o universo pouco conhecido de seus edifícios residenciais. É importante também o valor documental deste trabalho, contribuindo não apenas com o registro das obras, mas também com o resgate de profissionais pouco conhecidos pela historiografia da arquitetura moderna brasileira. 1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivo geral Analisar a experiência moderna presente na arquitetura residencial unifamiliar construída em João Pessoa nos anos 1970, para identificar a extensão da produção arquitetônica moderna brasileira e o caráter inovador das experiências realizadas na arquitetura residencial local. 30 1.3.2 Objetivos específicos 1. Situar a arquitetura residencial de João Pessoa no contexto da produção arquitetônica brasileira dos anos 1970 através dos projetos residenciais modernos encontrados no Arquivo da PMJP; 2. Mostrar os exemplares significativos dessa arquitetura residencial a partir dos registros gráficos encontrados no Arquivo Central da PMJP; 3. Observar, nas residências objeto de estudo, o raio de influência da experiência moderna brasileira dos anos 1970, tomando como referência a visão de autores brasileiros; 4. Através da observação de sua configuração, apontar os elementos característicos de uma arquitetura residencial distinta, ou seja, o que é particular na arquitetura residencial moderna de João Pessoa dos anos 1970. 1.4 Procedimentos Metodológicos Para atender os objetivos traçados foram realizadas as seguintes atividades: 1.4.1 Pesquisa bibliográfica A escolha do tema, arquitetura moderna nos anos 1970, induziu a uma leitura preliminar sobre o assunto para delimitar o objeto de estudo. A delimitação do objeto de estudo levou a definição dos temas a serem tratados na pesquisa e exigiu uma investigação sistemática que permitiu a ampliação das referências sobre o assunto, particularmente aquelas, cujo conteúdo tratava especificamente da produção arquitetônica moderna dos anos 1970 no cenário nacional e internacional. 31 Quadro 02 – Conteúdos tratados por alguns autores pesquisados Elaboração: Ricardo F. Araújo O Quadro 02 procurou organizar alguns autores apresentados no Quadro 01 e a organização dos conteúdos tratados em suas obras conforme os diferentes momentos da produção arquitetônica moderna. Este quadro foi útil para apreender o contexto geral e os diversos momentos da arquitetura moderna ao longo de toda “cadeia produtiva” em aproximadamente 50 anos, distinguir os autores que trataram dos anos 1970 e delimitar o referencial teórico a ser abarcado pelo trabalho. Na construção do objeto de trabalho, dois assuntos revelaram-se fundamentais: A CRÍTICA AO MOVIMENTO MODERNO – Trata do momento em que os ideais da arquitetura moderna são questionados no cenário internacional, fazendo emergir um debate relacionado à “eficácia” das propostas do movimento moderno, particularmente àquelas que buscavam solucionar o aparente “caos urbano” na passagem da década de 1950 para a década de 1960. É observada, principalmente, na visão de CURTIS (2008) e MONEO (2008); ARQUITETURA MODERNA BRASILEIRA NOS ANOS 1970 – Trata dos estudos que buscam explicações para a arquitetura moderna brasileira após a inauguração de Brasília, da relação da experiência arquitetônica 32 pós-64 com a emergência do “brutalismo paulista”, das experiências arquitetônicas no auge do “milagre brasileiro” e da produção do final dos anos 1970, com uma arquitetura pouco difundida. Esses assuntos são discutidos em Acayaba (1986), Arantes (2002), Bastos (2003), Khoury (2003), Segawa (1999), Sanvitto (1994) e Spadoni (2003). Curtis (2008) vai caracterizar de forma abrangente a arquitetura internacional dos anos 1970 e o que representou o pluralismo arquitetônico enquanto expressão de um período marcado pelas diferentes reflexões sobre ao pensamento moderno. Moneo (2008) comenta particularmente o pensamento de Aldo Rossi, Robert Venturi e Peter Eisenman, arquitetos e teóricos importantes para a compreensão das transformações na produção arquitetônica entre os anos 1960 e 1970 e do surgimento da arquitetura “pós-moderna”. Acayaba (1986) e Sanvitto (1994) destacam as experiências realizadas pela arquitetura paulista, particularmente os exemplares em que dominou a expressão do concreto armado aparente. Bastos (2003) assinala a importância dessa mesma arquitetura que, para ela, vai além dos limites da cidade de São Paulo e marca a produção arquitetônica brasileira dos anos 1970. Arantes (2002) e Khoury (2003) vão tratar particularmente das experiências realizadas pelo grupo Arquitetura Nova, representante paulista que, de certa forma, se contrapõe à hegemonia do “brutalismo paulista”. O trabalho de doutoramento de Francisco Spadoni (2003) foi a mais importante referência para a compreensão dos anos 1970 na arquitetura moderna brasileira e na delimitação de um corpus de arquitetos e obras que caracterizam a produção desse período. De acordo com Spadoni (2003) o entendimento da arquitetura brasileira na década de 1970 pode ser explicado pela observação de cinco trajetórias distintas, das quais quatro estão diretamente relacionadas à continuidade da experimentação moderna. A quinta dessas trajetórias é a experiência pós-moderna na passagem dos anos 1970 para os anos 1980, quando o debate da crítica ao movimento moderno começa a se ampliar no Brasil, fazendo eclodir as primeiras experiências pós- modernas no cenário da produção arquitetônica nacional. Segundo sua visão, é neste momento que se inicia a busca pela superação da linguagem moderna no Brasil. 33 A leitura desses títulos subsidiou o primeiro capítulo da dissertação e buscou construir uma visão geral das experiências da arquitetura moderna internacional entre os anos 1960-1970 e da produção arquitetônica brasileira da década de 1970. 1.4.2 Pesquisa em arquivo O Setor de Construção do Arquivo Central da PMJP guarda grande volume de documentos relacionados às construções realizadas em João Pessoa. Estão particularmente organizados e íntegros os registros de 1975 até a atualidade. Nele foram encontrados documentos que tratavam de: remembramento / desmembramento de terrenos, alinhamento de calçadas, levantamentos planimétricos, projetos de reforma e ampliação e projetos de construção, entre outros. A pesquisa no Arquivo permitiu dimensionar o objeto de trabalho e o tempo necessário para sua realização. Para encontrar as residências de interesse para a pesquisa foi necessário investigar um grande número de documentos de diferentes naturezas, como: alvarás de construção, cartas de “Habite-se” e processos de embargo. Foram considerados de interesse para este trabalho, projetos de residências que atendessem aos seguintes critérios: serem assinados por arquitetos, comprovadamente projetadas e/ou construídas nos anos 1970 (verificado através do carimbo de aprovação da PMJP) e que mantivessem todas as pranchas e desenhos correspondentes (plantas-baixas, cortes e fachadas) íntegros e em condições de serem manuseadas. Para o levantamento inicial foi elaborada uma ficha (conforme o modelo abaixo – Quadro 03), com o objetivo de sistematizar as informações contidas nos carimbos das pranchas de desenho e nos boletins de classificação. Foram organizados nas fichas os seguintes dados: nome do proprietário, endereço da obra, nome do arquiteto, seu registro no CREA, inscrição na PMJP, data de aprovação do projeto e referências construtivas sobre a obra como área do terreno, área de construção, área da cobertura, taxa de ocupação e índice de aproveitamento. 34 Quadro 03 – Modelo da ficha para anotação das informações preliminares sobre as residências construídas em João Pessoa nos anos 1970 Elaboração: Ricardo F. Araújo Para encontrar os registros arquitetônicos da década de 1970 foi necessário “revirar” 664 pastas-arquivos, as quais continham em média 25 processos cada, ou um total de 16.600 processos com o objetivo de encontrar material para o desenvolvimento da pesquisa. Quadro 04 – Número de pastas e de processos arquivados referentes às residências construídas em João Pessoa nos anos 1970 Elaboração: Ricardo F. Araújo Não foram encontrados os arquivos dos anos 1970 e 1971 e parte do arquivo dos anos 1972-1974 estava incompleto, com projetos “mutilados” ou deteriorados pela umidade. Devido à dificuldade de manuseio deste material e à falta de integridade do mesmo, o levantamento inicial restringiu-se ao período 1975-1979. As lacunas deixadas pelo arquivo não comprometeram os objetivos e a qualidade da pesquisa, uma vez que o volume de projetos encontrados constitui uma mostra significativa. Mesmo tendo que restringir-se ao recorte 1975-79, é importante ressaltar que este volume corresponde a 80% de toda construção civil realizada em João Pessoa nos anos 1970 (observem-se os quantitativos do Quadro 04). A decisão de não incluir os anos de 1970 a 1974, permitiu a concentração da pesquisa no manuseio de registros bem conservados, nos quais era possível 35 verificar a expressão arquitetônica das casas em projetos completos, com toda documentação gráfica: plantas baixas, cortes, fachadas e em alguns casos detalhes e perspectivas. Observe-se ainda, que o arquivo do primeiro ano da década de 1980 também foi pesquisado, porque foi comum encontrar um projeto de determinado ano em pastas de anos posteriores. Por exemplo: projetos aprovados em 1976 foram encontrados em processos de 1978; projetos aprovados em 1979 foram encontrados nas pastas de 1980 (ver Quadro 05). Os documentos não estavam arquivados por ano de aprovação do projeto, mas pelo ano em que o processo foi encerrado com a entrega da carta de “Habite-se”. Para que o maior número possível de projetos residenciais fosse contemplado, essa ação não poderia ser descartada. É evidente que para atingir o maior número possível de exemplares, o levantamento deveria ter avançado por mais alguns anos da década de 1980, mas isto inviabilizaria o prazo para a realização da pesquisa. Quadro 05 – Número de residências encontradas no arquivo de interesse para a pesquisa Elaboração: Ricardo F. Araújo Dos 16.600 processos verificados entre 1972-1980, foram examinados 14.550 processos correspondentes ao período 1975-1980. Neles foram descobertos 217 projetos residenciais que atendiam basicamente aos critérios acima enunciados, ou seja: tinham a autoria de um arquiteto, eram projetados ou construídos na década de 1970 e seus desenhos estavam íntegros. A observação do tipo de experiência moderna não se constituiu um critério nesta etapa inicial por acreditar que todas as residências encontradas eram construções modernas. Neste momento interessava levantar o quantitativo de obras, o número de residências, de interesse para a pesquisa. A identificação da experiência moderna se deu numa etapa posterior ou na etapa sistematização das informações colhidas no arquivo, tarefa que possibilitou 36 algumas descobertas sobre a produção arquitetônica da cidade de João Pessoa nos anos 1970 e a observação dos tipos de experiências arquitetônicas realizadas nas 217 casas encontradas no arquivo. O número de casas projetadas por arquitetos é pequeno quando comparado ao volume de construções realizadas em João Pessoa nos anos 1970. Vale à pena mencionar que o número de residências encontradas correspondeu apenas a 1,30% de toda a produção de construção civil realizada em João Pessoa entre os anos 1975-1980. Constatou-se que, naqueles anos, engenheiros civis e desenhistas assinavam a maior parte dos projetos arquitetônicos na cidade. Os projetos de alguns poucos edifícios institucionais, de lazer e residenciais eram da autoria de arquitetos. 1.4.3 Sistematização das informações Esta etapa correspondeu à sistematização do conhecimento sobre a arquitetura moderna, através do confronto entre a leitura das referências bibliográficas estudadas e da organização das informações provenientes do material pesquisado no Arquivo Central da PMJP. Além de oferecer obras de interesse para este trabalho, a pesquisa no arquivo possibilitou a descoberta de informações de diferentes naturezas, importantes para a compreensão de parte da história da produção arquitetônica da cidade de João Pessoa nos anos 1970. Por exemplo, na segunda metade da década de 1970, a Caixa Econômica Federal – CEF enviou cartas-convite para alguns poucos arquitetos solicitando a elaboração de estudo-preliminar para o Edifício-sede da Caixa Econômica Federal, Agência Cabo Branco, a ser construído na Via Expressa Miguel Couto, duas destas propostas estavam no arquivo da prefeitura. Foram encontradas ainda algumas fotografias (Imagem 06 / Imagem 07) anexadas aos processos que pediam a expulsão dos camelôs das calçadas em frente a estabelecimentos comerciais no centro da cidade1 e projetos de alguns edifícios multifamiliares e institucionais construídos na cidade naqueles anos. 1 Naqueles anos 1970, o comércio informal expandia suas atividades para áreas ainda consideradas nobres do centro da cidade, como o Viaduto Damásio Franca, defronte ao Paraíba Palace Hotel, e áreas próximas ao Parque Solon de Lucena (Lagoa). 37 No Capítulo II, apresentarei um breve panorama da produção arquitetônica moderna na cidade de João Pessoa nos anos 1970 com base neste material encontrado. Imagem 06 / Imagem 07 – Camelôs instalados na calçada do Paraíba Palace Hotel Fonte: Arquivo Central da PMJP A sistematização das informações do arquivo também permitiu identificar as localidades “preferidas” para a construção das casas modernas e a origem dos profissionais arquitetos que atuavam na cidade nos anos 1970. A distribuição das residências objeto de estudo por bairros (Quadro 06) destaca um eixo de construção residencial para a classe média entre o Centro da cidade e o mar: uma parte das residências foi construída nos bairros da Torre, Bairro dos Estados, Mandacaru, Tambauzinho e Miramar e outra parte foi construída nas praias de Tambaú, Cabo Branco, Manaíra e Bessa. A exceção é o bairro Cristo Redentor situado ao sul, entre o centro da cidade e os conjuntos habitacionais José Américo e Ernesto Geisel. 38 Quadro 06 – Distribuição do número de residências encontradas no arquivo por bairros Elaboração: Ricardo F. Araújo A preferência por estas localidades também estava relacionada à expansão da infra-estrutura urbana que se ampliava com a atuação do Projeto CURA, promovido pelo Governo do Estado da Paraíba no final dos anos 1970. Comparada com as décadas anteriores, os anos 1970 assistiram a expansão do número de arquitetos que passavam a atuar na cidade, uma década que propiciou a chegada de profissionais de diferentes regiões brasileiras. Uma extensa lista de profissionais foi levantada a partir do material coletado no arquivo, um total de 50 nomes (Quadro 07). Grande parte deles tinha registro no CREA de Pernambuco, mas também foram encontrados registros do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e um profissional com formação no exterior. Comparado com o Quadro 08, apresentado por Pereira (2008, p. 36) podemos dizer que a segunda metade dos anos 1970 representou um notável crescimento do número de profissionais em exercício na cidade, uma renovação significativa no quadro de arquitetos atuantes. 39 (*) Formado na Holanda Quadro 07 – Arquitetos atuantes na cidade nos anos 1970 Elaboração: Ricardo F. Araújo 40 Quadro 08 – Arquitetos atuantes na cidade entre 1930-1970 Fonte: Pereira (2008) Da extensa lista dos profissionais encontramos arquitetos com larga experiência, como Carlos Alberto Carneiro da Cunha, Mário Glauco di Láscio, Pedro Abrahão Dieb e Tertuliano Dionísio, e jovens profissionais recém-formados em Pernambuco, nos anos 1970, e que na década seguinte, anos 1980, projetariam seus nomes no cenário da arquitetura local, como Amaro Muniz Castro, Expedito Arruda e Régis de Albuquerque Cavalcanti. Os arquitetos Mário Glauco Di Láscio e Pedro Abrahão Dieb participaram da criação do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba (CAU-UFPB) em 1974. Juntaram-se a estes, alguns nomes presentes no Quadro 07, formando o corpo docente do curso da UFPB, os arquitetos Amaro Muniz Castro, Aristóteles Lobo Magalhães Cordeiro, Francisco de Assis Gonçalves da Silva, José Luciano Agra de Oliveira, Marcos Marinho da Costa, Maria Grasiela de Almeida Dantas, Nilo Martinez, Rômulo Sérgio de Carvalho e Ubiratan Vasconcelos Leitão da Cunha. Além destes, completaram o corpo docente, Hélio Costa Lima e João Lavieri. O fluxo de arquitetos para a cidade, possivelmente, esteve ligada a uma expansão do mercado de trabalho proporcionado pelo chamado “milagre brasileiro”, à criação do Curso de Arquitetura da UFPB e à instalação de agências locais de órgãos federais na cidade nesse mesmo período. Os arquitetos formados em Pernambuco predominaram até que as primeiras levas de profissionais formados na UFPB, no início dos anos 1980, passassem a 41 atuar no mercado local. Sobre a atuação dos arquitetos pernambucanos, por exemplo, vale destacar que, de acordo com o quadro apresentado por PEREIRA (2008), o arquiteto Acácio Gil Borsoi reduziu sua atuação na cidade no início da década. E, de fato, não foram encontrados no Arquivo Central da PMJP projetos de sua autoria após 1975. Também vale destacar, dentre o material encontrado, um conjunto de casas assinadas pelos arquitetos pernambucanos Antonio José do Amaral e Silva e Maria Berenice Fraga do Amaral, aqui domiciliados até meados da década de 1970. Da arquitetura residencial objeto de estudo, nesta etapa, foi anotado: tipos e dimensões de lotes, áreas de construção, programas de necessidades e técnicas/materiais construtivos utilizados. Para estes últimos (técnicas e materiais) foram constatadas as especificações existentes nos projetos e, particularmente, aquelas especificações dos boletins de classificação anexados aos projetos residenciais. No entanto, estes boletins não eram suficientes para identificação do tipo de experiência moderna, nem a autoria do profissional arquiteto era condição suficiente para afirmar sobre uma qualidade da produção arquitetônica moderna local. Fazia-se necessário “apurar” a observação sobre os projetos arquitetônicos e reconhecer neles elementos que remetessem à experiência moderna. A busca pelos elementos modernos ou a identificação de “impressões” que relacionassem as 217 casas com determinados tipos de experiências modernas foi uma atividade extenuante, mas estimulante. A meu ver, a forma é o elemento mais facilmente identificável numa obra arquitetônica e uma das “qualidades” que pode ser avaliada antes de outras. Por isto, primeiramente, foi levado em consideração a configuração formal das 217 casas, observando, particularmente a unidade de linguagem ou a similaridade de elementos que interligavam as fachadas e a volumetria, ou seja, o resultado final da forma. Nas fachadas das casas era possível identificar a “fenêtre en longuer” e as grandes aberturas, o que faz acreditar sobre uma preocupação dos arquitetos em integrar o interior com o exterior. Eram perceptíveis ainda os diferentes tipos de cobertura, soluções que denunciavam uma possível preparação dos arquitetos para lidar com a condição climática do lugar e o tratamento material dado às fachadas, valorizando-se o uso da pintura branca, do concreto aparente e de materiais mais naturais, como a pedra, por exemplo. 42 Do ponto de vista volumétrico, em algumas casas predominavam uma configuração “monolítica” ou uma massa em que a horizontalidade era a expressão mais enfatizada (Imagem 08). Em outros casos o que chamava a atenção era o movimento resultante do tratamento dinâmico dado à cobertura (Imagem 09) ou a forma e escala do reservatório d’água superior (Imagem 10) ou ainda os pequenos volumes que se projetavam para o exterior, como sheds (Imagem 11) e caixas suspensas (Imagem 12). A observação do volume ajudou a perceber que os resultados formais das casas eram conseqüência das decisões contidas na espacialização e até mesmo nas decisões técnico-construtivas, aspectos que até então não haviam sido observados adequadamente. Imagem 08 – Ênfase na horizontalidade Residência Sr. Antonio da Silva Morais/ 1975 / Antonio José do Amaral e Silva Fonte: Arquivo Central da PMJP. Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 09 – Dinâmica da coberta Residência Sr. Luís Régis Pessoa de Farias/ 1975/ Antonio José do Amaral e Silva Fonte: Arquivo Central da PMJP. Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 10 – Forma e escala do reservatório superior Residência Ary Carneiro Vilhena / 1977 / Régis de Albuquerque Cavalcanti Fonte: Arquivo Central da PMJP. Foto: Ricardo F. Araújo 43 Imagem 11 – Elementos formais gerados pela iluminação indireta (sheds) Residência José Cassildo Pinto/ 1979 / Jonas Arruda Silva Fonte: Arquivo Central da PMJP. Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 12 – Volumes que se projetam Residência E. Gerson Construções LTDA. / 1976 / Carlos Alberto Carneiro da Cunha Fonte: Arquivo Central da PMJP. Foto: Ricardo F. Araújo O que se constatou foi que observar unicamente o aspecto formal das 217 residências não era suficiente para tratar todos os tipos de experiências modernas presentes na arquitetura residencial de João Pessoa nos anos 1970. Era necessário aprofundar a observação ainda mais, para além dos elementos formais, buscando a experiência moderna do modo mais amplo possível. Foi então que passou a ser considerado os aspectos espaciais e técnico-construtivos para ampliar a compreensão sobre o universo das residências modernas estudadas. Do ponto de vista espacial, algumas casas apresentavam esquemas de plantas claramente geométricos em que era perceptível a concepção do espaço livre a partir de uma “malha”, ou modulação espacial. Ou esquemas que valorizavam o centro do espaço residencial (um jardim coberto de pérgulas de concreto ou a grande sala de jantar-estar) e os ambientes dispostos à sua volta. Ou ainda um interior marcado por desníveis. Das características associadas à estrutura de sustentação, por exemplo, a modulação estrutural, a estrutura autoportante, o uso do concreto armado, a expressão desse mesmo concreto, muitas vezes aparente, os pilotis e os elementos formais derivados da estrutura, como balanços, empenas, pérgulas e marquises, foram os elementos mais perceptíveis na arquitetura objeto de estudo. A propósito, a expressão do concreto aparente, por exemplo, foi um dos tratamentos mais 44 valorizados pela expressão gráfica dos arquitetos locais, seja no desenho das fachadas ou das perspectivas. Foi se constatando que as 217 casas encontradas no arquivo (ver em Anexo 01) apresentavam algum tipo de experiência que se relacionava claramente com decisões da arquitetura moderna. Como a observação inicial não foi suficiente para encontrar exemplares representativos da arquitetura objeto de estudo e diante da dificuldade de se trabalhar com todo este número, passou-se a “contar” os tipos de experiências modernas presentes em cada exemplar. Desta tarefa resultou a formação de dois grupos de casas: um que se caracterizava pela presença de pelo menos um tipo de experiência moderna (uso de técnicas construtivas associadas ao concreto armado, por exemplo) e outro grupo que se caracterizava pela presença de dois ou mais tipos de experiências modernas (modulação espacial, modulação da estrutura de sustentação, geometrização da forma, uso de técnicas construtivas associadas ao concreto armado, por exemplo). O primeiro grupo reuniu 101 casas e o segundo 116. A quantidade e a variedade de experiências modernas presentes nas casas do segundo grupo apontou objetos modernos por excelência, os quais favoreciam o avanço da pesquisa. A tarefa de dividir as 217 casas em dois grupos possibilitou a descoberta dos exemplares mais representativos da arquitetura objeto de estudo, a dimensionar o número de projetos a serem organizados em fichas de análise (ver em Anexo 2 2 ), a determinar o número de casas a serem incorporadas pela pesquisa de campo e pelo levantamento fotográfico e a reduzir o esforço para a escolha dos exemplares a serem analisados posteriormente. Considerando este procedimento, vale ainda salientar que o descarte das 101 residências do primeiro grupo não chegou a comprometer os objetivos da pesquisa, uma vez que os tipos de experiências formais, espaciais e técnico-construtivas observadas nelas mantiveram-se presentes nos 116 exemplares do segundo grupo. As casas do primeiro grupo não traziam experiências “representativas”, ou diferentes, elas se repetiam nas casas do segundo grupo. Considerando que o projeto arquitetônico de cada uma das 116 casas dispunha de uma média de 04 pranchas de desenhos, 464 pranchas foram 2 Neles estão organizadas as fichas das 116 residências selecionadas – as residências encontradas, as não encontradas e os óbitos. 45 reproduzidas através de scanner e gravadas em CD para organização das 116 fichas de análise. Desta maneira foi possível preservar o material do arquivo e evitar o manuseio e desgaste das pranchas originais, bem como permitir o livre acesso aos projetos sem precisar recorrer à burocracia do Estado, ou seja, torná-las disponíveis. Além do mais, com a organização e a observação voltada agora para as fichas de análise a experiência moderna foi se revelando mais facilmente. Elas foram importantes para sistematizar os conteúdos modernos a partir da análise dos esquemas das plantas e dos cortes, do tratamento das fachadas, do sistema estrutural adotado e da imagem exterior das 116 casas selecionadas. 1.4.4 Pesquisa de campo Buscou-se constatar o estado de conservação das 116 casas e limitar a observação do ponto de vista exterior, uma vez que o tempo gasto para conseguir permissão para adentrar as casas prejudicaria o cronograma do trabalho. Através da pesquisa de campo e do levantamento fotográfico foram feitas as seguintes constatações: Constatou-se certa dificuldade em observar integralmente as construções, devido à altura dos muros que as isolavam do entorno ou a massa de vegetação que encobria o volume arquitetônico. O entorno das casas modificou-se ao longo desses anos, logo a paisagem urbana também. A preocupação com a segurança, além de aumentar a altura do muro, tornou comum o uso da cerca elétrica, o que dificultou a aproximação ao imóvel. A mureta que, muitas vezes cumpria o papel de integrar a casa com o entorno foi substituída pela “fortificação”, pelo muro elevado que, pelo menos psicologicamente, funciona como uma barreira contra a violência urbana. O muro alto marca um tipo de relação muito diferente daquela dos anos 1970 entre o espaço público e o espaço privado. 46 Imagem 13 – Residência Dr. Francisco Xavier Sobrinho / 1975 / Mário Glauco Di Láscio Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 14 – Residência Artur Gonsalves Ribeiro / 1976 / Régis de Albuquerque Cavalcanti Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 15 – Residência Túlio Augusto Neiva Morais/ 1978/ Carlos Alberto Carneiro da Cunha e Edmundo Ferreira Barros Foto: Ricardo F. Araújo O uso de fachadas de alumínio, ou do tipo “Night and Day”, apostas às casas, dificulta a visibilidade da construção original, particularmente nas casas que 47 tiveram o uso residencial substituído por atividades comerciais, de serviço ou institucionais. Imagem 16 – Residência Maria Zélia Mesquita de Carvalho / 1978 / Régis de Albuquerque Cavalcanti Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 17 – Residência Maria Jaydeth M. Leite / 1979 / Régis de Albuquerque Cavalcanti Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 18 – Residência do arquiteto / 1979 / Marcos Marinho da Costa Foto: Ricardo F. Araújo 48 Algumas construções, bem conservadas, escondem as vigas originais em concreto aparente com pintura; os revestimentos originais, como casquilho de tijolo aparente ou cerâmico, muitas vezes estão camuflados. Imagem 19 – Residência Maria Solange Fonseca Maia / 1977 / Régis de Albuquerque Cavalcanti Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 20 – Residência Edísio Souto / 1978 / Amaro Muniz Castro Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 21 – Residência Teones Barbosa de Lira / 1979 / Amaro Muniz Castro Foto: Ricardo F. Araújo 49 Vários “óbitos” ou “mortes anunciadas” foram constatados, particularmente na Orla marítima (Cabo Branco, Tambaú e Manaíra). Imagem 22 – Residência Sr. Potengi Holanda de Lucena / 1976 / Antonio José do Amaral e Silva Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 23 – Residência Aécio Pereira Lima / 1978 / Carlos Alberto Carneiro da Cunha e Edmundo Ferreira Barros Fonte: Arquivo Central da PMJP. Imagem 24 – Residência Sr. José da Guia Ferreira Nóbrega / 1978 / William Bernardo Sampaio Mendes Fonte: Arquivo Central da PMJP. 50 Diversas casas não foram encontradas devido à mudança de nome dos logradouros públicos, particularmente na praia do Bessa, que nos anos 1970 eram identificados apenas como Rua Projetada ou outros códigos diferentes dos atuais. Para “recompensar” a pesquisa de campo foram encontradas casas em excelente estado de conservação, sem alteração de uso, cuja configuração atual mantém a expressão original encontrada em seu projeto arquitetônico. Imagem 25 – Residência Sr. Luís Régis Pessoa de Farias / 1975 / Antonio José do Amaral e Silva Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 26 – Residência Múcio Antonio S. Souto / 1978 / Mário Glauco Di Láscio Foto: Ricardo F. Araújo 51 Imagem 27 – Residência do arquiteto / 1979 / Emile Pronk Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 28 – Residência Haroldo Coutinho de Lucena / 1979 / Expedito Arruda Foto: Ricardo F. Araújo Das 116 residências observadas em campo constatou que: 11 casas (ou 9,50% delas) não existem mais, passando a fazer parte dos ÓBITOS dos anos 1970; 46 casas (ou 43,10% elas) não foram encontradas devido à mudança de nome dos logradouros nos últimos anos; 59 residências (ou 47,40% delas) foram encontradas e fotografadas. A pesquisa de campo mostrou que os elementos formais decorrentes da estrutura e do controle climático assim como as superfícies de concreto aparente são elementos ainda facilmente perceptíveis nos exemplares residenciais modernos construídos em João Pessoa nos anos 1970. E isto, de certa maneira, revela preliminarmente que entre as experiências modernas mais marcantes desta produção o uso do concreto armado aparente e os mecanismos de controle climático 52 desempenharam um papel importante dentro da concepção dos arquitetos da cidade. 1.4.5 Definição dos elementos de análise Neste momento foi fundamental a listagem dos tipos de experiências modernas presentes nos 116 projetos selecionados. Para análise de alguns elementos modernos identificados inicialmente, como por exemplo, a “fenêtre en longuer”, a “planta centrífuga”, o uso do concreto aparente, era importante não somente situá-los no panorama da produção arquitetônica moderna como também associá-los a um vocabulário. A qual linguagem ou a que vocabulário moderno eles pertenciam? Para Curtis (2008), os anos 1970 abrigaram todo tipo de experiência, foi uma década que reteve o conhecimento arquitetônico da última etapa do movimento moderno e as primeiras experiências do pensamento dito “pós-moderno”. No Brasil, segundo Spadoni (2003), são anos em que a produção arquitetônica nacional estava vinculada às experiências do pós-Brasília e a algum experimentalismo. No processo de identificação das experiências modernas presentes nas casas objeto de estudo, além dos elementos formais e da configuração volumétrica, o programa, a configuração do espaço e os aspectos construtivos – materiais, tecnologia empregada, sistema estrutural portante, por exemplo – passaram a ser verificadas sistematicamente, observando-os repetidas vezes nos 116 projetos residenciais. Foi a aproximação ao conceito de partido arquitetônico que possibilitou a ampliação da percepção dos elementos arquitetônicos de origem moderna. O partido arquitetônico pode ser entendido como o conjunto de diretrizes definidas pelo arquiteto para a concepção dos objetos arquitetônicos. A sua observação pode revelar decisões pertinentes à realidade do lugar, ao tipo de lote urbano utilizado, ao esquema de implantação, as dimensões, à topografia, à condição climática, ao padrão espacial exigido, à amplitude do programa, às decisões formais decorrentes do programa e da estrutura, aos materiais e as técnicas construtivas empregadas em função da tecnologia disponível naquele momento e a um “vocabulário vigente”. O vocabulário de um idioma, por exemplo, é representado pelo conjunto de palavras que o compõe. Em arquitetura, o vocabulário é representado pela 53 expressão visual dos elementos arquitetônicos que traduzem as idéias de uma época, de uma geração. No caso deste trabalho, foi perseguida a expressão e linguagem dos elementos arquitetônicos nos anos 1970. Para descortinar algumas especificidades do vocabulário moderno no Brasil dos anos 1970, observou-se a classificação que aqueles autores brasileiros, apresentados no Quadro 01, atribuíram à arquitetura moderna brasileira ao longo da história. São diferentes denominações, observando-se cada período da historiografia da arquitetura moderna. Bastos (2003), por exemplo, aponta cinco classes para explicar não somente a expressão arquitetônica dos anos 1970, mas também para explicar a influência da arquitetura moderna brasileira dos anos 1960 na produção arquitetônica brasileira dos anos 1970. Spadoni (2003) vai destacar também cinco formas de compreender a arquitetura moderna brasileira nos anos 1970, apontando quais as experiências do passado se fizeram presentes na década de 70 e quais os aspectos experimentais/ inovadores próprios desses anos. Os dois autores destacam que a arquitetura moderna nos anos 1970 foi marcada pelas experiências formais da estrutura e do concreto aparente, particularmente presentes nas obras dos arquitetos paulistas. Entre as casas modernas construídas em João Pessoa nos anos 1970, também foram encontradas experiências relacionadas aos anos anteriores à construção de Brasília. Por isto, para compreensão das experiências associadas ao “legado moderno brasileiro”, observaram-se também as diferentes classes apresentadas por Bruand (1981) para explicar essas experimentações. Os autores contemplados na pesquisa bibliográfica (Quadro 01) ajudaram na caracterização das diferentes vertentes que contribuíram para a formação do vocabulário arquitetônico moderno brasileiro. Foi a partir destes autores que se estabeleceram as características da linguagem moderna presentes na arquitetura residencial objeto de estudo. Depois de listados os diferentes tipos de experiências encontradas na arquitetura residencial de João Pessoa dos anos 1970 foi feito uma relação direta, uma comparação, “um paralelo”, com àquelas experiências que eram realizadas no Brasil no mesmo período. A luz dos elementos arquitetônicos encontrados nas 116 casas e dos estudos sobre o vocabulário moderno brasileiro dos anos 1970 foi possível identificar, na arquitetura residencial de João Pessoa dos anos 1970, experiências modernas associadas ao: 54 a) Legado moderno brasileiro – o conjunto de experiências modernas próprias das décadas anteriores à construção de Brasília b) Moderno paulista – as experimentações associadas à linguagem moderna dos arquitetos paulistas nas décadas de 1960 e 1970 c) Experiências de racionalização e pré-fabricação – uma série de experiências relacionadas a uma linguagem moderna particular, uma arquitetura associada à racionalização e a pré-fabricação. Arantes (2002), Khoury (2003) e Bruna (2002) tratam da pré-fabricação industrial, ou da pré-moldagem no local, para expressar um modo de fazer arquitetônico próprio dos anos 1970, que se baseava na economia e numa classe média esclarecida que passa a ter acesso aos serviços profissionais de arquitetura. O Quadro 09, a seguir, resume os diferentes tipos de experiências encontradas na arquitetura residencial moderna de João Pessoa nos anos 1970 e sua relação com o vocabulário moderno brasileiro do mesmo período. Quadro 09 – Tipo de experiência e vocabulário moderno de um período Elaboração: Ricardo F. Araújo 55 1.5 Estrutura do Trabalho Esta dissertação está organizada em cinco partes: Introdução, três capítulos e conclusão. A Introdução traz a justificativa do tema, a construção do objeto de trabalho, a definição dos objetivos, os procedimentos metodológicos e instrumentos utilizados para alcançar os objetivos traçados. O primeiro capítulo trata da experiência arquitetônica moderna internacional e brasileira dos anos 1970, anos marcados por tendências conflitantes no cenário internacional e por um, ainda, forte vínculo com as experiências modernas no cenário nacional. O objetivo deste capítulo é mostrar a relação existente entre essas duas faces do mesmo contexto, fundamental para o entendimento da arquitetura residencial moderna de João Pessoa nos anos 1970. O segundo capítulo trata de contextualizar a produção arquitetônica da cidade de João Pessoa nos anos 1970 cruzando informações encontradas no arquivo da PMJP e em trabalhos realizados anteriormente. Este capítulo tem como objetivo analisar como essa arquitetura se desenvolveu na cidade de João Pessoa, observando seus principais eixos de crescimento no período estudado, os agentes dessa produção e a criação do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPB. O terceiro capítulo apresenta a arquitetura residencial realizada na cidade de João Pessoa, nos anos 1970, observando suas características modernas e a natureza dessas experiências. Analisando especificamente o esquema de implantação (desde o lote e suas dimensões até o programa e a área construída), a organização espacial das atividades exigidas pelo programa, a configuração volumétrica, as técnicas construtivas utilizadas e o tipo de linguagem ou de expressão associado ao vocabulário moderno. Para finalizar, algumas considerações sobre a arquitetura objeto de estudo e o que veio a seguir; alguns questionamentos e afirmações provisórias, reflexões e sugestões para avançar em relação ao universo descortinado por este trabalho. 56 2 A EXPERIMENTAÇÃO MODERNA NOS ANOS 1970 2.1 O Cenário Internacional No Quadro 10 está sintetizado o panorama da arquitetura moderna no cenário internacional entre os anos 1960-1980, destacando três acontecimentos relevantes no período: “inquietações teóricas” em relação ao pensamento moderno, o pluralismo arquitetônico e o advento de uma arquitetura chamada “pós-moderna” que acreditava colocar um final na “crise” estabelecida dentro do Movimento Moderno. Quadro 10 – Panorama da produção arquitetônica internacional (Fins dos anos 1950 a meados dos anos 1980) Elaboração: Ricardo F. Araújo Moneo (2008) afirma que diferentes inquietações marcaram o universo teórico da arquitetura nos anos 1960 e destaca três arquitetos: Aldo Rossi pela busca de uma história da cidade, cujo protagonista é o tipo arquitetônico; Robert Venturi pelo combate a ortodoxia moderna defendendo uma arquitetura marcada pelo simbolismo; e Peter Eisenman pela “aventura intelectual de resgatar o autêntico espírito da modernidade”, pensada a partir das mudanças que afetaram a linguagem da arquitetura moderna. Para Curtis (2008) a década de 1970 foi marcada pela diversidade de experiências e pelo pluralismo arquitetônico que trouxe novidades, mas que, se comparada à década de 1960, realizou apenas mudanças sutis no pensamento arquitetônico internacional. 57 Buscando o reflexo destes acontecimentos sobre a década dos anos 1970, podemos antes de tudo afirmar que nenhuma outra década da experiência moderna esteve tão aberta à diversidade de pensamentos e ao debate crítico do movimento moderno. Curtis (2008) afirma que nos anos 1970, no cenário da produção arquitetônica internacional, existiam dois caminhos a seguir: 1) continuar experimentando sobre bases modernas ou; 2) contestar o movimento moderno, esperando superar sua linguagem e inovar o repertório arquitetônico segundo um pensamento pós-moderno. No final da década era muito comum ouvir o refrão: “a arquitetura moderna está morta”. Esse slogan encorajava a opinião de que um período estava em decadência e que outro estava prestes a surgir [...]. A coisa “mais nova” (e mais rara) que se podia esperar era uma edificação que fosse simplesmente muito boa, quaisquer que fossem as suas relações com tradições próximas e distantes, seja como for, que se encaixasse nas prescrições dos modistas ou nos anseios da velha guarda (CURTIS, 2008, p. 589-590). Com o debate arquitetônico voltado para a crítica ao movimento moderno, esperava-se que uma nova arquitetura surgisse, estivesse ela presa ao legado moderno ou a uma proposta que o contestasse. No entanto, para Curtis (2008), eram caminhos que tinham um objetivo comum: a busca da qualidade arquitetônica. A inovação nos anos 1970 estava no empenho dos arquitetos em descobrir uma arquitetura que mantivesse a qualidade, independente dos artifícios que os arquitetos pudessem utilizar. O valor do pluralismo estava na possibilidade da transformação arquitetônica, em encontrar uma arquitetura superior àquela que estava sendo realizada naquele momento. Durante os anos 1970 o debate internacional ampliou seu raio de abrangência levando a crítica ao movimento moderno e a idéia de uma arquitetura “pós-moderna” para diferentes territórios e culturas. No Brasil, chegou com força na passagem dos anos 1970 para os anos 1980, “reanimando” o debate arquitetônico brasileiro enfraquecido pela ditadura militar. O pensamento arquitetônico dos anos 1970 também estava voltado para a extensão da tecnologia desenvolvida pelo movimento moderno na década de 1960, calcadas no aprimoramento técnico-construtivo e na possibilidade de execução de estruturas de grande porte. As experiências dos metabolistas japoneses, as experimentações de Richard Buckmunster Fuller através das cúpulas geodésicas de 58 amarração triangular, as malhas suspensas de Yona Friedman e as experiências utópicas dos anos 1960 do grupo Archigram, formavam a base experimental dos anos 1970. Experimentações dedicadas, particularmente, ao desenvolvimento de uma capacidade técnica capaz de realizar a construção de megaestruturas e o aperfeiçoamento de tecnologias ainda pouco utilizadas, fossem elas promovidas a partir de estruturas modulares pré-fabricadas ou pela maturidade técnica alcançada com a utilização do aço e do concreto armado. Imagem 29 – WTC / Minoru Yamasaki / 1969 Fonte: Curtis (2008) Imagem 30 – Edifício Nakagin / Kisho Kurokawa / 1972 Fonte: http://www.domusweb.it/en/from-the-archive/kurokawa-s-capsules/ Imagem 31 – CITICORP / Hugh Stubbins / 1978 Fonte: Curtis (2008) Imagem 32 – Estrutura geodésica / Buckmunster Fuller / 196(?) Fonte: http://conquestofspace.wordpress.com/2008/03/06/buckmunster-filler/ Imagem 33 – Malha suspensa – La Ville Spatiale / Yona Friedman/ 1960 Fonte: http://www.megastructure-reloaded.org/yona-friedman/ Imagem 34 – Plug-in-city/ Archigram/ 1967 Fonte: Argan (1992) 59 Imagem 35 – Centre George Pompidou / Renzo Piano & Richard Rogers / 1971-1977 Fonte: Curtis (2008) A experiência arquitetônica internacional nos anos 1970 apresentava soluções diversas: racionalização da construção, instalações aparentes, acabamentos cromados em aço inoxidável, cortinas de vidro reflexivo presas sem escoras ou montantes, blocos de concreto sem revestimento, vigas pré-moldadas, superfícies revestidas com metal, trama estrutural de tubos de aço e escadas rolantes, entre outras. Ou seja, uma arquitetura de elevado padrão técnico-construtivo que seguia a linguagem construída e cultivada pelo movimento moderno. Segundo Spadoni (2003), o cardápio arquitetônico dos anos 1970 pode ser representado tanto pela elevada qualidade da experiência moderna presente nas obras de Jorn Utzon, Louis Kahn, Denis Lasdun e Carlo Scarpa, quanto pelas primeiras experiências arquitetônicas rotuladas de pós-modernas (AT&T de Philip Johnson) ou ainda pelas experiências que buscavam a proximidade da obra com o contexto existente (James Stirling) ou pela valorização da imagem da arquitetura com a inovação formal (Arata Isozaki, Frank Gehry e Tadao Ando). Imagem 36 – Ópera de Sidney / Jorn Utzon / 1970 Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Opera_de_Sydney.png 60 Imagem 37 – Edifício-sede AT&T / Philip Johnson / 1979 Fonte: Curtis (2008) O pensamento descontente com o movimento moderno já se esboçava desde o final dos anos 1950 quando as críticas estavam dirigidas a sua “dificuldade” em resolver problemas gerados nas cidades européias após a II Guerra. Nos anos 1960 as críticas continuaram insistindo na necessidade de lidar com transformações de ordem internacional como, por exemplo, as preocupações de ordem ambiental e ecológica, o avanço da Informática e a especulação do mercado financeiro. Essas críticas cresceram com a utilização da expressão moderna por uma arquitetura corporativa que representava grandes empresas e era a marca de uma propaganda capitalista, pragmática e carente de reflexões teóricas que fundamentassem a atividade de arquitetos insatisfeitos com a atuação profissional corrente. No contexto do segundo pós-guerra europeu e da degradação das cidades norte-americanas na década de 1960, sucumbiam algumas das mais importantes propostas modernas, particularmente àquelas preocupadas em resolver os problemas sociais urbanos e os de participação democrática. Os esquemas bem-intencionados patrocinados por Estados da Europa preocupados com o bem-estar social ou pela clientela abastada nos Estados Unidos haviam exposto muitas de suas contradições para que a arquitetura que haviam adotado permanecesse incólume aos ataques. A arquitetura moderna era culpada de desconsiderar as necessidades humanas, de não se misturar, de carecer de sinais de identidade e associação, de ser um instrumento para a opressão de classes (CURTIS, 2008, p. 590). 61 No entanto, as críticas dirigidas a essa produção arquitetônica e urbanística do final da década de 1950 e meados da década de 1960, não devem ser entendidos como uma crítica ao movimento moderno. Na verdade essa crítica voltava-se para um “tipo de arquitetura” que se afastava do ideal democrático e não realizava o pensamento das vanguardas modernas. Esse “tipo de arquitetura” voltava-se para a propaganda de grupos sociais e econômicos dominantes e distanciava-se do projeto moderno que pretendia defender o interesse das classes economicamente menos favorecidas. Naquele momento a preocupação ainda era com os desequilíbrios sociais que o sistema capitalista gerava. A reconstrução das cidades européias do pós-guerra e o tipo de planejamento adotado pelas cidades norte-americanas com a expansão econômica dos Estados Unidos nos anos 1960 colocavam o problema urbano como tema central das discussões propostas pela revisão crítica ao movimento moderno. A base dessa revisão crítica estava nas questões urbanas colocadas por Aldo Rossi em seu livro de 1966, A Arquitetura da Cidade. Ele defendia a revisão do determinismo funcionalista moderno propondo resolver os problemas urbanos diferentemente dos seus antecessores modernos, incluindo a preservação do legado histórico presente nas cidades européias. A princípio a arquitetura “pós-moderna” buscava romper com o pensamento das vanguardas arquitetônicas modernas e uma das maneiras encontradas de se dissociar desse pensamento era desprezar o seu conteúdo formal utilizando uma imagem que se apropriava das referências históricas. De preferência, trazia o passado para falar de uma arquitetura do futuro. Buscar o passado não implicava na reprodução de estilos. Segundo Moneo (2008), o pensamento de Aldo Rossi implicava na “reinterpretação da essência da arquitetura associada à história do lugar, à noção de tipo arquitetônico como origem e princípio da arquitetura e da cidade, ao monumento, à memória, às características do território urbano e ao fato arquitetônico representado pelos diferentes modos de construir” (MONEO, 2008, p. 98-100). Baseado em uma incursão pelas questões da linguagem arquitetônica, surge nos Estados Unidos uma vertente liderada por Robert Venturi, cuja crítica se dirigia particularmente ao vocabulário moderno. Para Venturi (1966) a linguagem moderna não tinha mais os mesmos significados de sua origem. Em seu livro, Complexidade 62 e Contradição em arquitetura, ele propunha a riqueza de novos significados para a arquitetura, marcados pela ambigüidade e pela contradição. São, portanto, a complexidade, a ambigüidade e a tensão o que mais o seduz, aquilo que ele gostaria de ser capaz de analisar e explicar. Venturi se sente assim próximo da arquitetura que não entrega o jogo; que não é óbvia; que exige como condição prévia para o seu entendimento, que sejamos capturados por ela; que vai além do gosto pelas formas primárias e transparentes (MONEO, 2008, p. 54). Para Moneo (2008, p. 55-56), na visão de Robert Venturi a arquitetura passava a ser valorizada pela complexidade do seu pensamento e pela condição de unicidade de toda obra de arte. As anomalias e distorções poderiam gerar uma arquitetura diferenciada, marcada pelas assimetrias, justaposições, quebras e rupturas, fragmentações e mudanças de escala. Interessava-lhe pensar a fenestração com mais liberdade, buscar as arquiteturas que desafiassem a ordem estabelecida, que rompessem com os princípios da ortodoxia moderna. Tornando relativos os pressupostos modernos, Venturi passava a afirmar que as partes não são necessariamente elementos subordinados ao todo, ainda que elas possam contribuir para a sua apreensão. As vertentes que contestavam a arquitetura moderna reinterpretavam os estilos históricos, reaproveitando elementos arquitetônicos como o frontão, as colunas, os arcos e as cornijas. Difundiam a idéia de que a sofisticação formal estava atrelada à combinação de jogos volumétricos, a efeitos gerados pela combinação de elementos históricos e à idéia de que o edifício podia parecer o que não era: como os painéis de madeira pintados à mão que fingia ser de mármore ou as falsas aberturas com painéis de vidro sobre panos cegos de alvenaria ou elementos arquitetônicos sem função. Outra provocação ao movimento moderno foi liderada por Peter Eisenman em fins dos anos 1960. Para Moneo (2008, p. 137) o objetivo de Peter Eisenman era levar a arquitetura moderna à plenitude não alcançada, “por ter se distraído com questões de estilo e por fazer do funcionalismo o seu estandarte”. Para Eisenman, os arquitetos deveriam libertar-se da função, do lugar, da técnica e do programa, o salto da arquitetura moderna estaria na reestruturação dos seus princípios formais. Sua teoria baseia-se na Geometria e na análise do conceito teórico de estrutura, 63 observando os meios técnicos para a realização da arquitetura como também os procedimentos estéticos que originavam a sua forma. A proposta de Eisenman está presente numa série de casas construídas entre 1968-1978, enumeradas de acordo com a ordem cronológica de sua realização. Textura, cor, forma, frontalidade, obliqüidade, recuos, alongamentos, compressão e deslizamentos, podem ser lidos em sua arquitetura. Recusa a geometria como instrumento para gerar figuras facilmente reconhecíveis, não busca formas pré- concebidas. Conceitos como adição e subtração, cheios e vazios, rotação e translação, camadas e níveis, estratos e deslocamentos têm lugar numa arquitetura que pretende ser abstrata e indiferente a qualquer referência existente. Eisenman valoriza o processo projetual, a descrição da trajetória lógica que explica a concepção do projeto, registrando e revelando os vários estágios da obra arquitetônica. Desta maneira, desvincula a arquitetura do processo “tradicional” de concepção ao liberá-la dos condicionantes do lugar, função, técnica e programa. Em sua arquitetura o processo de concepção passa a ser o próprio objeto arquitetônico. Através do pensamento de Rossi, Venturi e Eisenman um novo universo teórico se delineia e por toda a década de 1970 marca o debate arquitetônico internacional, surgindo os edifícios “pós-modernos”. Imagem 38 – Teatro do Mundo / Aldo Rossi / 1979 Fonte: http://www.designboom.com/history/teatromondo.html Fonte: http://architecturaldesign.rietveldacademie.nl/?cat=28 64 Da esquerda para direita Imagem 39 – Casa II, Peter Eisenman / 1969-1970 Imagem 40 – Casa III, Peter Eisenman / 1969-1970 Imagem 41 – Casa VI, Peter Eisenman / 1969-1970 Fonte: Moneo (2008) 2.2 A Experiência Moderna Brasileira nos Anos 1970 Quadro 11 – Panorama da produção arquitetônica no cenário nacional (Fins dos anos 1950 a meados dos anos 1980) Elaboração: Ricardo F. Araújo Se no cenário arquitetônico internacional dos anos 1970, prosseguiam as reflexões geradas pela revisão crítica ao movimento moderno dos anos 1960, no Brasil, a produção arquitetônica mantinha-se alinhada a uma tradição moderna, tomando como referência as experiências dos anos 1950-1960 realizadas no cenário internacional e o legado da arquitetura moderna brasileira dos 1930-1960. Assumiu- se a continuidade da experiência moderna ao propor-se a reinventar as habilidades construtivas que nutriam a arquitetura nacional há pelo menos 40 anos, adiando ao máximo possível a contestação ao movimento moderno. 65 [...] embora apartada do debate internacional originado nos anos de 1950 e 60, que propugnava, em tese, a revisão dos postulados modernos, a produção brasileira a partir dos anos de 1970 fez de sua visão amaneirada do moderno um retorno à linguagem sem discurso; ao contrário do panfleto europeu e americano, creditou a permanência do projeto à sua continuidade figurativa e o que foi pensado num primeiro momento como estrutural passou a ser, sem assumi-lo, lingüístico. (...) Se não for assim, como justificaríamos a profusão de estruturas aparentes, vedos sem revestimentos, etc. que a partir da década de 1970, inundaram nosso imaginário construído como uma espécie de dogma? (SPADONI, 2003, p.106). Ao distanciar-se do debate internacional a arquitetura moderna brasileira dos anos 1970 voltava-se para uma produção sem discurso, a não ser àquele ao qual já estava habituado, particularmente influenciado pela expressão da estrutura. Nos anos 1970, estávamos muito mais familiarizados com o vocabulário moderno dos arquitetos paulistas do que com o debate “pós-moderno” internacional. Comentando o concurso para o Pavilhão de Osaka, cujo projeto vencedor era de Paulo Mendes da Rocha, Spadoni aponta a dificuldade do júri em estabelecer a premiação, devido a um “pluralismo já presente na produção desse momento, que se afastava das posições canônicas das versões oficiais do moderno brasileiro” (SPADONI, 2003, p. 196). Da experiência moderna nos anos 1970 Spadoni destaca quatro trajetórias: 1) Moderno como expressão, que explorava a utilização do potencial tecnológico sobre a forma e a estrutura; 2) Experimentalismo, que buscava nas experimentações uma saída para a renovação do vocabulário moderno brasileiro; 3) Figura e Estrutura, que relacionava a imagem e o valor simbólico da arquitetura a sua proposta estrutural; 4) “A linha apagada do tempo”, que incluía as experiências de pré-fabricação e de democratização do acesso ao trabalho do arquiteto do grupo Arquitetura Nova, constituídos pelos arquitetos Flávio Império, Rodrigo Lefévre e Sérgio Ferro3. A idéia de “Moderno como expressão” está associada à sobrevida de atributos modernos na expressão da arquitetura dos anos 1970. [...] O que chamamos de expressão do moderno é a atitude representada no cenário internacional entre finais da década de 1950 e início de 1970 de buscar a sobrevida do movimento pela extensão de suas modalidades mais significativas. Essas modalidades poderiam estar expressas na abstração das formas, na vontade da estrutura ou mesmo na indefinição do espaço [...] Mas como o moderno também é o novo, seria preciso ao mesmo tempo gerar uma ultrapassagem de sua última parada que, entendemos, precisou da expressão (SPADONI, 2003, p. 123). 3 De certa forma, a obra de João Filgueiras Lima (Lelé) também poderia ser incluída na “linha apagada do tempo”. 66 O vocabulário da arquitetura moderna dos anos 1950-1960 estava nas opções formais e estruturais de arquitetos que viam no conhecimento técnico acumulado ao longo de décadas, a possibilidade de superar certo anacronismo experimentado pelo movimento moderno na passagem da década de 1950 para 1960. Essa vertente optou por seguir em frente com as experiências formais e estruturais e uma vontade de superação sem contestação do movimento moderno. Foi na direção das experiências com o concreto armado que a experimentação brasileira se desenvolveu. Passou-se a acreditar na continuidade da arquitetura moderna pelo potencial expressivo que a estrutura ainda poderia vir a assumir. Os primeiros edifícios corporativos brasileiros, na década de 1960, são os melhores exemplos do “moderno como expressão”, ao promover uma arquitetura expressiva pela idéia de peso ou de massa, uma arquitetura que se expressava por meio de grandes volumes de composição e expressão plástica. Buscava expressar- se por uma escala diferente daquela utilizada por Mies Van der Rohe, no Seagram’s Building, por exemplo, e se dispunha a refazer a linguagem. Os edifícios-sede da PETROBRÁS, no Rio de Janeiro, da IBM e da FIESP/CIESP/SESI, em São Paulo, são algumas das referências arquitetônicas que ilustram o moderno como expressão. Da esquerda para direita Imagem 42 – Edifício-sede da PETROBRÁS, Roberto Gandolfi, José Gandolfi, Luiz F. Neto, José Sanchotene, Abraão Assad e Vivente de Castro/ 1968 Fonte: http://www.seebla.com.br/historia.asp Imagem 43 – Edifício-sede da IBM, Croce, Aflalo & Gasperini arquitetos/ 1971-1974 Fonte: http://www.aflaloegasperini.com.br/projeto_detalhe.php?id=179 Imagem 44 – Edifício-sede da FIESP-CIESP-SESI, Rino Levi/ 1969-1979 Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/rino-levi-em-cores-edificio-da-21-12-2001.html 67 A segunda trajetória enunciada por Spadoni, o “Experimentalismo”, propunha ir além das conquistas do legado moderno brasileiro com uma disposição inventiva marcada pela experimentação. Essa experimentação, no Brasil dos anos 1970, estava presente na obra de três grandes arquitetos: João da Gama Filgueiras Lima com inovações no campo da pré-fabricação e da pré-moldagem, na obra de Severiano Mário Porto com construções que utilizavam materiais próprios da floresta amazônica e na obra de Sérgio Bernardes com seus pavilhões de estrutura arqueada e técnicas construtivas mistas. Essas experimentações somavam-se àquelas ligadas à utilização do aço na construção civil, aos lençóis de concreto e à impermeabilização feita com material plástico. Da esquerda para direita Imagem 45 – Pavilhão da Cia. Siderúrgica Nacional, Sérgio Bernardes/ 1953-1954 Fonte: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq111/arq111_00.asp Imagem 46 – Pavilhão do Brasil, Expo Bruxelas, Sérgio Bernardes/ 1958 Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.026/764/pt Imagem 47 – Pavilhão de São Cristóvão, Sérgio Bernardes/ 1954 Fonte: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq111/arq111_00.asp Eduardo Longo vai se juntar a esse grupo privilegiado com a inovação técnica e formal das suas experiências com as “casas-bola”. Rejeitando, de certa forma, a produção moderna cada vez mais homogênea, as suas experimentações colocavam problemas estruturais, propunham materiais novos e buscavam uma nova linguagem. A construção da primeira “casa-bola” no início da década de 1970 estendeu- se por toda a década. A idéia nasce de uma espécie de visão que tem numa viagem, sobre a vontade de construir em série a partir de estruturas simplificadas. A idéia da bola surge, de forma quase natural, da possibilidade de compor essas 68 formas em conjunto no espaço. Era ao mesmo tempo um problema construtivo e plástico (SPADONI, 2003, p. 160). Ao recusar a solução da estrutura em triangulações, como fizera Buckmunster Fuller, preferiu a estrutura cubo-esférica, fazendo dessa experiência o marco do seu trabalho, no qual a forma e o processo construtivo estavam fundidos. Imagem 48 – Primeiras experiências casa-bola, Eduardo Longo/ 1974 Fonte: http://www.yapi.com.tr/Haberler/kuresel-utopya_54857.html Imagem 49 – Primeiras experiências casa-bola, Eduardo Longo/ 1979 Fonte: http://leonardofinotti.blogspot.com/2008/11/eduardo-longo-casa-bola.html Da esquerda para direita Imagem 50 – Casa-bola II em construção, Eduardo Longo/ 1981 Fonte: http://www.eduardolongo.com/projetos.html Imagem 51 – Casa-bola II, Eduardo Longo/ 1981 Fonte: http://www.panoramio.com/photo/2008469 Em comum esses arquitetos buscavam experiências que ampliassem o repertório moderno, inconformados com a possibilidade de produzir a partir de referências técnicas e formais “ortodoxas”. A trajetória denominada “Figura e Estrutura” está ligada ao modo de fazer arquitetura dos arquitetos paulistas no final dos anos 1960 liderado por João Batista Vilanova Artigas. Embora a experiência desenvolvida por Artigas marque o desempenho de um grupo de arquitetos paulistas, essa arquitetura definida pela 69 estrutura portante e pela expressão do concreto armado aparente já estava presente na obra de Niemeyer, de Reidy e de Bernardes. Se tivéssemos que apontar uma marca que resumisse as aspirações do projeto moderno brasileiro nos anos de 1970 é provável que a escolha recaísse sobre a valorização do sistema portante como definidor de uma idéia de arquitetura. Mais do que uma ação eminentemente técnica, essa marca viria representar a sedimentação de uma atitude de projeto que encerrou o ciclo do primeiro moderno brasileiro, com Brasília e o “recentramento” de Niemeyer – também com Reidy no MAM do Rio de Janeiro e mesmo Bernardes com seus pavilhões -, e teve reflexo direto na produção dos arquitetos de São Paulo, sendo o motor do trabalho que Artigas passa a desenvolver (SPADONI, 2003, p. 174). Nos anos 1960, a arquitetura moderna paulista ampliou o legado das experiências realizadas no Brasil, somando-se às experiências desenvolvidas pelos arquitetos cariocas e influenciando a arquitetura brasileira por mais duas décadas (BASTOS, 2003). A preferência pelo concreto armado em estado bruto e a ênfase na expressão decorrente da moldagem das superfícies da estrutura portante, gerou uma imagem potente dessa arquitetura. A arquitetura paulista buscava assumir a continuidade da experiência moderna a partir dos elementos definidores de sua estrutura, entendida não somente como parte relacionada à função estática, mas também à sua lógica e modo operacional. No entanto, buscava diferenciar-se pela expressão de sua imagem. A Figura segundo Spadoni é um artifício usado para pensar questões estéticas do “brutalismo paulista” e está associada à reelaboração de uma expressão arquitetônica moderna ou da sua estrutura de sustentação: marcado por 04 apoios, pela expressão prisma elevado caracterizado como uma “caixa suspensa” e pela expressão do concreto estrutural exposto como matéria bruta, sem acabamento. São obras representativas dessa trajetória a FAU-USP de João Batista Vilanova Artigas e o Pavilhão de Osaka de Paulo Mendes da Rocha, como também inúmeras obras residenciais e bancárias que por toda a década de 1970 sedimentaria o vocabulário da experiência arquitetônica paulista. 70 Imagem 52 – FAU-USP, João Batista Vilanova Artigas/ 1961-1969 Fonte: http://www.arcoweb.com.br/artigos/um-pouco-de-historia-a-saga-15-03-2007.html Fonte: http://www.cs.cmu.edu/~artigas/home/fau/ Imagem 53 – Pavilhão de Osaka, Paulo Mendes da Rocha/ 1969-1970 Fonte: http://quando-as-catedrais-eram-brancas.blogspot.com/2009/03/adenda-as-tres-ultimas- entradas.html Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/07.026/3302?page=3 Para Spadoni a “Linha apagada do tempo”, representada pela experiência do Grupo Arquitetura Nova é a última vertente que representa a continuidade moderna nos anos 1970 e aquela que propôs novas experiências que se apagaram no tempo: a da pré-fabricação, da pré-moldagem artesanal e democratização do território da construção civil brasileira. Segundo Bruna (2002), na década de 1960 a experiência da pré-fabricação já mostrava o seu caráter experimental e inovador. O alojamento para estudantes da Universidade de São Paulo, de Eduardo Knesse de Mello, Joel Ramalho Júnior e Sidney de Oliveira, em 1961, é o exemplo citado como pioneiro dessa experiência. Seguindo o mesmo tipo de experiência, são citados o edifício-garagem do Ministério da Educação e Cultura em Brasília, de Luís Aciolly, em 1971, e a Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, em 1969, uma obra inteiramente pré-fabricada no canteiro de obras. Das experiências de Lélé destaca o alojamento para professores da Universidade de Brasília, de 1962, onde inclusive os painéis vazados foram inteiramente produzidos no canteiro de obras, o Hospital de Taguatinga, de 71 1970, e as Secretaria do Governo do Estado da Bahia, de 1974. Rino Levi também é citado com as indústrias do Grupo Permetal, de 1973, e Minisa S/A comércio e indústria, de 1975. Da esquerda para a direita Imagem 54 – Alojamento para estudantes, Cidade Universitária Armando Salles – Universidade de São Paulo, Eduardo Knesse de Melo, Joel Ramalho Júnior e Sidney de Oliveira/ 1961 Imagem 55 – Alojamento para professores, Cidade Universitária de Brasília, João Filgueiras Lima (Lélé) / 1962 Fonte: Bruna (2002) Arquitetura Nova é a insígnia sob a qual um grupo de arquitetos paulistas – Sérgio Ferro, Flávio Império e Rodrigo Lefèvre – formados pela FAU-USP e que nos anos 1960-1970 assumiram um posicionamento crítico frente às relações de trabalho do sistema capitalista e do regime imposto pela ditadura militar. Suas idéias estavam centradas no desejo de modificar as relações de trabalho no canteiro de obras e fazer da produção arquitetônica brasileira um instrumento da luta de classes naqueles anos de opressão. O grupo buscava caminhos que promovessem uma arquitetura responsável e comprometida com o aprimoramento das relações sociais. Acreditavam que a industrialização crescente da construção não pudesse atender as necessidades da sociedade, porque entendiam que ela favorecia a oposição entre os donos do capital e os que eram obrigados a vender sua força de trabalho: “a modernização capitalista impedia avanços sociais” (ARANTES, 2002). O grupo também passou a divergir da posição de Artigas que defendia o desenho/desígnio como instrumento de combate ao regime militar e entendia que o poder de decisão estava unicamente nas mãos daqueles que dominavam o desenho e o conhecimento técnico-acadêmico. Criticava especialmente a divisão do trabalho 72 e o distanciamento entre trabalho intelectual e trabalho manual, confrontando a prática da prancheta com a experiência vivida no canteiro de obras. Defendia uma expressão estética baseada no conhecimento das técnicas construtivas conhecidas, baratas e livres dos maneirismos técnico-construtivos modernos, que Arantes (2002) e Khoury (2003) trataram como a “poética da economia”. Formados na FAU-USP, os arquitetos assimilaram a idéia de que pela experimentação era possível chegar à inovação da arquitetura; entretanto estavam convencidos que o objeto de sua criação não deveria estar vinculado à imagem expressa pelo “brutalismo paulista”, que entendiam como excessivamente formalista (e porque não dizer “burguesa e capitalista”) e apartada dos reais problemas construtivos. Segundo Arantes (2002, p. 71) a “poética da economia” fundamentou as propostas estéticas do grupo na carência de recursos dos usuários, diante das exigências materiais e das convenções de linguagem do modelo industrial dominante. Nesse caso, a “carência” deixava de ser obstáculo para tornar-se um meio de promover um modo alternativo de construir, cuja expressão resultava numa estética que privilegiava o aparente, das instalações até a matéria resistente e rústica moldada pelo operário. A imagem da arquitetura revelava o processo construtivo através da natureza “crua” da ação operária e dos materiais utilizados: queria “despir a obra”, mostrar o esforço humano que a tornou possível, acreditando que os materiais de revestimento encobriam as marcas do trabalho e distanciavam o trabalhador das informações necessárias para a realização da construção. Imagem 56 – Residência Alberto Ziegelmeyer Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/01.001/3352?page=4 73 Imagem 57 – Residência Dino Zammataro, Rodrigo Lefèvre/ 1971 Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/01.001/3352?page=4 Imagem 58 – Residência Juarez Brandão Lopes, Rodrigo Lefèvre e Flávio Império/ 1968 Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/01.001/3352?page=2 Imagem 59 – Residência Marieta Vampré Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.075/331 74 A “economia” também estava na poética construtiva, havia um “desejo” de amenizar os problemas da população de baixo poder aquisitivo em face de ausência de políticas públicas para a habitação popular, buscando nas experiências com as casas de classe média, as inovações que subsidiariam moradias de qualidade e baixo custo. Entre os autores que estudaram a arquitetura moderna brasileira dos anos 1970, a visão de Spadoni é a que oferece o panorama mais amplo sobre assunto, ao contemplar os diferentes tipos de experiências, ou tendências, que marcaram àqueles anos. Sua classificação foi particularmente útil para direcionar o olhar sobre as casas do universo pesquisado e identificar a linguagem utilizada. As observações de Arantes, Bruna e Khoury são específicas de uma experiência brasileira particular dos anos 1970, útil para caracterizar a experimentação presente em um pequeno grupo de residências que faz parte da mostra pesquisada. 75 3 DA REALIDADE DO LUGAR 3.1 A Cidade de João Pessoa nos Anos 1970 Para ilustrar o panorama urbano e construtivo da cidade de João Pessoa nos anos 1970 foi tratada uma breve caracterização do seu processo de expansão, observando particularmente, a construção dos Conjuntos habitacionais e a realização de sua produção arquitetônica. Naqueles anos, alguns poucos escritórios existentes na cidade dividiam com escritórios de outras localidades, especialmente de Recife, uma parcela do mercado destinado aos arquitetos. Como foram observados no arquivo, os anos 1970 marcaram particularmente a construção de casas para uma população de alto poder aquisitivo em bairros essencialmente residenciais, localizados entre o Centro e as praias. Mas também podemos afirmar que entre o Centro e a orla marítima foi possível identificar residências destinadas a uma classe média que experimentava ascensão econômica, enquanto à população de menor poder aquisitivo eram destinadas as localidades mais próximas ao Centro da cidade ou as regiões periféricas da mesma. No final dos anos 1960, a cidade de João Pessoa já se situava entre o sistema viário definido pelas BR 230 e BR 101, e sua malha urbana se desenvolvia nos seguintes eixos de crescimento: um que acompanhava a orla marítima, outro que seguia na direção Centro-praia, formado pela construção do Conjunto Castelo Branco e implantação do Campus I da Universidade Federal da Paraíba, e ainda na direção do Distrito Industrial (Mapa 01). Na primeira metade dos anos 1970, com a política de expansão econômica do “milagre brasileiro”, a cidade experimentou um crescimento e modernização de algumas áreas. A construção de unidades habitacionais de alto padrão financiadas com recursos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) propiciou um adensamento significativo das áreas situadas nos bairros nobres entre o Centro e o litoral, especialmente em Tambaú (GONÇALVES, 1999). A ocupação gradativa dos bairros litorâneos reforçava a idéia de que essa ocupação do solo passava a ser constante. As casas de veraneio, por exemplo, transformavam-se em residências permanentes e o comércio começava a surgir nestas regiões, consolidando aos poucos o eixo de expansão urbana originada nas praias de Tambaú e Cabo Branco, seguindo pelas 76 praias de Manaíra e Bessa. Neste momento, a população de baixa renda buscava as áreas mais próximas ao Centro da cidade. Nessa época, apesar do processo crescente de valorização do solo, a população de baixa renda ainda dispunha da possibilidade de localizar-se nas áreas internas ao anel rodoviário, em grande parte, inclusive, nas franjas dos bairros nobres, beneficiando-se dos serviços ali implantados e da possibilidade de encontrar, próximos ao local de moradia, empregos domésticos e pequenos biscates (GONÇALVES, 1999). Apesar de ser uma área ainda valorizada, o Centro e cercanias representavam, para a população de baixa renda, fácil acesso a rede de serviços e garantia de trabalhos temporários em casas de família ou em atividades informais dentro do setor comercial mais ativo da cidade. Mapa 01 – Bairros que formam os eixos de expansão Elaboração: Ricardo F. Araújo Gonçalves (1999) ainda destaca, ao comparar os quadros 12 e 13 abaixo, que o número de unidades habitacionais destinadas à população de baixa renda no início dos anos 1970 diminuiu em relação à década de 1960 na cidade de João Pessoa, acompanhando uma tendência que se verificava em todo o território nacional. Neste 77 momento, a única ação da política estadual de habitação voltou-se para a expansão do Conjunto Castelo Branco, para a implantação do Conjunto João Agripino (entre o Centro e a Orla marítima) e do Conjunto Costa e Silva nas proximidades do Distrito Industrial (Mapa 02). Quadro 12 – Conjuntos Habitacionais construídos na cidade de João Pessoa no final dos anos 1960 financiados pelo SFH Fonte: Gonçalves (1999) Quadro 13 – Conjuntos Habitacionais construídos na cidade de João Pessoa no início dos anos 1970 financiados pelo SFH Fonte: Gonçalves (1999) Mapa 02 – Conjuntos Habitacionais no início dos anos 1970 Elaboração: Ricardo F. Araújo 78 Na segunda metade da década de 1970, com a redução dos recursos federais disponíveis para financiar a construção de unidades habitacionais para a classe média e alta, a política habitacional do Estado passou a intensificar a construção de conjuntos populares, um crescimento superior aos anos anteriores. Entre 1975 e 1979 (ver Quadro 14), o Governo Ivan Bichara construiu mais do dobro das unidades habitacionais que a primeira metade da década de 1970. Os novos conjuntos construídos nessa época consolidaram ainda mais a expansão do eixo Centro-praia, redimensionando sua malha urbana com a ampliação do Conjunto Castelo Branco, e ainda com a implantação dos Conjuntos Ernani Sátiro, José Américo, Ernesto Geisel e José Vieira Diniz (Mapa 03). Quadro 14 – Conjuntos Habitacionais construídos na cidade de João Pessoa em meados dos anos 1970 financiados pelo SFH Fonte: Gonçalves (1999). 79 Mapa 03 – Conjuntos Habitacionais construídos entre 1975-1979 Elaboração: Ricardo F. Araújo O crescimento da cidade nos anos 1970 também correspondeu a investimentos do poder público na modernização urbana. Entre elas estava criação do código de urbanismo (1976), a implantação de um anel viário em torno à área central, pavimentação asfáltica e redimensionamento de algumas ruas e avenidas, deslocamento da rodoviária da área central para as proximidades da estação ferroviária e a implantação do Projeto CURA, que visava dotar os bairros da orla marítima – Cabo Branco, Tambaú e Manaíra – e o bairro do Cristo Redentor de infra- estrutura e equipamentos urbanos essenciais para o fortalecimento da especulação imobiliária que tinha como alvo uma população de alto poder aquisitivo. Neste período, O Bairro dos Estados e Tambauzinho completavam os setores de maior interesse para esta classe (Mapa 04). Ao final dos anos 1970, 11% dos domicílios estavam situados em conjuntos habitacionais de grande porte, localizados em áreas afastadas da região central. Os investimentos em infra-estrutura urbana ampliavam a capacidade de atendimento da rede elétrica, de 78,65% para 89,36% dos domicílios, da rede de água, de 56,32% para 86,52%, e da rede de esgoto, de 13,53% para 34,45% (GONÇALVES, 1999). 80 Mapa 04 – Bairros mais beneficiados pela expansão da infraestrutura Elaboração: Ricardo F. Araújo A valorização das áreas atendidas pelas melhorias de infra-estrutura determinou o processo de estratificação social da cidade. Um dos fenômenos associados a esse processo foi a transferência de parte da população de baixa renda para municípios circunvizinhos, como Bayeux e Santa Rita, que passavam à condição de “bairros pobres” da capital, forçando os grupos menos favorecidos a se distanciarem do núcleo urbano principal. Isto favoreceu o crescimento de favelas por toda a cidade, associado ainda à queda do poder aquisitivo da população e agravado por diferentes conjunturas de desemprego e miséria (GONÇALVES, 1999). O número de favelas duplicou durante a década de 1970, de 16, no início daqueles anos, para 31, no final, e continuou proliferando pela década seguinte, principalmente nas faixas de domínio da BR-230, rodovia de ligação com o município vizinho de Cabedelo ou em outras áreas carentes de infra-estrutura como vales dos rios, mangues, morros e terrenos situados debaixo das linhas de transmissão de energia elétrica. 81 3.2 Da Arquitetura na Paisagem Urbana Da produção arquitetônica da cidade de João Pessoa nos anos 1970, a pesquisa no arquivo apontou que depois do tipo residencial unifamiliar, os projetos de edifícios residenciais de uso multifamiliar e os edifícios corporativos e empresariais foram os tipos mais construídos na cidade. Também podem ser encontrados ainda, projetos de agências bancárias, clínicas, concessionárias e galpões industriais, de armazenagem e abastecimento, como os do Ceasa em João Pessoa, projetados pela Hidroservice de São Paulo. Dos edifícios multifamiliares duas experiências distintas marcam os anos 1970: o Edifício Aristeu Casado (Imagem 60), um dos primeiros grandes edifícios, de 12 pavimentos situados próximo ao mar da praia de Manaíra e o Edifício Passárgada (Imagem 61), o primeiro edifício residencial multifamiliar com unidades duplex na praia de Tambaú. Das edificações empresariais, destaque para o Edifício Lagoa Center (Imagem 62), situado no Centro da cidade, na esquina da Avenida Camilo de Holanda com o Parque Solon de Lucena, que aproveita o potencial paisagístico do lugar. De escala reduzida, dispõe de um pavimento térreo com lojas, um terraço panorâmico no segundo pavimento voltado para a Lagoa e quatro pavimentos-tipo destinados a salas e consultórios. Nitidamente influenciado pela expressão brutalista, pelo prisma elevado e uso do concreto aparente, a altura deste edifício compete com o ponto mais alto das copas das árvores do parque, integrando-o à paisagem sem agressão visual. Dos edifícios corporativos destacam-se projetos desenvolvidos pelo escritório do arquiteto Sérgio Tepermman & Associados, particularmente os três edifícios de transmissão da extinta TELPA, Telecomunicações da Paraíba: edifícios de pequenas proporções, se comparados com outros edifícios corporativos construídos nas grandes cidades brasileiras no mesmo período, que se caracterizam pelo seu aspecto hermético, destinados aos terminais das linhas telefônicas, construídos em diferentes bairros – Centro (Imagem 63), Bairro dos Estados (Imagem 64) e Tambaú (Imagem 65) – localidades que conformam o principal eixo de crescimento da cidade nos anos 1970, ou seja, o sentido centro-praia. É perceptível nas construções da época a experiência dominante do concreto armado, seja como solução construtiva ou como recurso para evidenciar a expressão do material bruto. Ainda associada à preocupação construtiva podemos 82 destacar certa preferência por materiais como casquilhos de tijolo aparente, revestimentos cerâmicos, texturas, uso da cor, do vidro fumê e dos caixilhos de alumino natural. Imagem 60 – Edifício Aristeu Casado (multifamiliar), Mário Glauco Di Láscio / 1978 Foto: Ricardo F. Araújo (2008) 83 Imagem 61 – Edifício Passárgada (multifamiliar/ apartamento duplex), Expedito Arruda / 1979 Foto: Ricardo F. Araújo (2008) Imagem 62 – Edifício Lagoa Center (empresarial), J. A. Hawatt/ 1978 Foto: Ricardo F. Araújo (1988) Imagem 63 – Edifício TELPA Centro, Sérgio Tepermman / 1978 Foto: Ricardo F. Araújo (1988) Imagem 64 – Edifício TELPA Bairro dos Estados, Sérgio Tepermman/ 1978 Foto: Ricardo F. Araújo (1988) 84 Imagem 65 – Edifício TELPA Tambaú, Sérgio Tepermman/ 1978 Foto: Ricardo F. Araújo (1988) Uma experiência marcante na produção arquitetônica de João Pessoa, que foi pouco conhecida e divulgada foi apresentação de idéias, através de cartas convite, para a construção do edifício-sede da Agência Cabo Branco da Caixa Econômica Federal. No arquivo da PMJP foram encontradas duas das três propostas apresentadas4: uma do arquiteto Mário Glauco Di Láscio (Imagem 66) e outra do arquiteto gaúcho Jorge Decken Debiagi (Imagem 67). Foram encontrados os esquemas de implantação, as perspectivas e os documentos que apresentavam os partidos arquitetônicos adotados pelos dois arquitetos. A partir dos esquemas de implantação e das perspectivas, as propostas revelavam uma nítida influência das experiências modernas das décadas de 1940-60. A proposta do arquiteto Mário Glauco Di Láscio lembrava os grandes edifícios corporativos norte-americanos, enquanto a proposta do arquiteto Jorge Decken Debiagi tinha uma expressão muito mais próxima às experiências brasileiras modernas da década de 1960, especialmente as experiências observadas nos edifícios da Petrobrás, IBM e FIESP. 4 A proposta não encontrada foi a do arquiteto Cláudio Meireles Fontes. 85 Imagem 66 – Proposta do arquiteto Mário Glauco Di Láscio / 1977-78 Fonte: Arquivo Central da PMJP Imagem 67 – Proposta do arquiteto Jorge Decken Debiagi/ 1977-1978 Fonte: Arquivo Central da PMJP No entanto, o escritório que realizou o projeto final foi o do arquiteto Jerônimo Pontual, sediado em Recife, que concluiu a construção no início dos anos 1980. A grande caixa suspensa sobre a estrutura de concreto aparente, as vigas longitudinais monumentais e o balanço voltado para a esquina da Rua 13 de Maio com a Via expressa Miguel Couto evidenciou a expressão do edifício aos moldes da “escola paulista” dos anos 1960 (Imagem 68). 86 Imagem 68 – Agência Cabo Branco CEF, Jerônimo Pontual / 1978-1980 Foto: Ricardo F. Araújo (1988) É importante assinalar que essas experiências arquitetônicas do início dos anos 1970 foram marcadas por construções de grande porte, uma arquitetura comprometida o crescimento que modificava a imagem da cidade. Destaque para o Hotel Tambaú (Imagem 69), projetado por Sérgio Bernardes e inaugurado em 1971; para o Centro Administrativo Estadual (Imagem 70), de Tertuliano Dionísio, de 1973 e para o Estádio José Américo de Almeida (Imagem 71) – Almeidão. Em fins dos anos 1970, destaque para o projeto do Terminal Rodoviário da cidade (Imagem 72), da autoria do arquiteto Glauco Campelo, projeto de 1979 e nitidamente influenciado pelas lições do “brutalismo paulista” e o Espaço Cultural (Imagem 73), de Sérgio Bernardes, inaugurado no início dos anos 1980, marcado também pelas experiências do concreto armado e pela cobertura espacial em estrutura metálica. 87 Imagem 69 – Hotel Tambaú, Sérgio Bernardes/ 1969-71 Foto: Ricardo F. Araújo (1988) Imagem 70 – Centro Administrativo Estadual, Tertuliano Dionísio/ 1973-75 Foto: Ricardo F. Araújo (1988) Imagem 71 – Estádio Ministro José Américo de Almeida – Almeidão, arquiteto (?)/ 1975(?) Foto postal: Ambrosiana postais, São Paulo 88 Imagem 72 – Terminal Rodoviário de João Pessoa, Glauco Campelo/ 1979 Foto: Ricardo F. Araújo (1988) Imagem 73 – Espaço Cultural, Sérgio Bernardes/ 1980 Foto: Ricardo F. Araújo (1988) As obras viárias de intervenção sobre a malha urbana também foram importantes para reforçar a idéia de uma cidade que se renovava com a modernização de sua estrutura urbana e transformava sua paisagem: a construção do viaduto Damásio Franca, inaugurado em 1970 (Imagem 74), ligando a cidade baixa à cidade alta, e da Via expressa Miguel Couto (Imagem 75), em 1978, ligando a cidade alta à cidade baixa. 89 Imagem 74 – Viaduto Damásio Franca/ 1970 Foto postal: Edicard – Edições Culturais Ltda., São Paulo Imagem 75 – Antigo Viaduto Dorgival Terceiro Neto (1978), atual Via Expressa Miguel Couto / 1978 Fonte: http://wwww.fotolog.com/ajor2004/58868032 90 4 ARQUITETURA RESIDENCIAL MODERNA EM JOÃO PESSOA NOS ANOS 1970 4.1 Sobre a Experiência Moderna De acordo com o Dicionário Aurélio (2007), por experiência entende-se “prática adquirida com o exercício constante de uma arte ou ofício”; também pode ser entendida como algo que se realiza com base na experimentação ou na observação sistemática e repetitiva de um determinado conhecimento. Podemos ver a experiência na arquitetura moderna como um “conjunto de práticas” que se repetiram e se aperfeiçoaram, particularmente, ao longo do século XX. Os primeiros arquitetos modernos geraram um conhecimento arquitetônico particular capaz de se renovar constantemente e modificar a expressão arquitetônica em diferentes momentos da história contemporânea. Na historiografia da arquitetura as diferentes experiências realizadas pelos arquitetos modernos representaram não somente a inovação da linguagem arquitetônica, como também, com o conhecimento acumulado e seu aperfeiçoamento, a renovação do próprio vocabulário moderno. Com a difusão do know-how produzido a linguagem moderna chegou aos mais diferentes contextos culturais. Entre as inúmeras experiências realizadas pelos primeiros arquitetos modernos, alguns mecanismos e práticas projetuais reaparecem de forma sistemática na cidade de João Pessoa nos anos 1970. 4.1.1 Estratégias de organização espacial Desníveis de pisos. A articulação de diferentes níveis de piso interligados por degraus, escadas ou rampas está, por um lado, relacionada à setorização das atividades e, por outro, à valorização dos espaços internos, uma vez que esses desníveis redundam na variação das alturas dos pés-direitos e enriquecem a configuração final dos espaços. Modulação espacial e estrutural – A utilização da modulação na organização espacial e na proposta estrutural visava à racionalização dos espaços e da construção e conseqüentemente a economia de recursos; 91 Planta “centrífuga” – A planta centrífuga articula os espaços a partir de um centro privilegiado que forma um sistema integrado com os outros espaços que se afastam desse centro segundo uma hierarquia 4.1.2 Decisões projetuais recorrentes Racionalização da forma – A concepção do espaço moderno, fortemente associada à investigação de novos métodos construtivos, modificou sensível e visivelmente a configuração formal do edifício, ou seja, a ênfase na ortogonalidade e nas formas “puras” eram decisões arquitetônicas apoiadas na racionalidade construtiva; “Grande abrigo” – Decisão prévia que define o espaço através de uma única cobertura que por sua projeção delimita um contingente de área para o agenciamento do programa. Solução associada ao concreto armado, vislumbrada em João Pessoa nos anos 1970, mas que somente na década seguinte (anos 1980) transforma-se numa decisão largamente utilizada pelos arquitetos locais; Lajes e telhados. A laje plana, inclinada ou “asa de borboleta” é uma das imagens mais difundidas da arquitetura moderna brasileira. Da mesma forma, o movimento dos telhados gera uma expressão dinâmica nas coberturas e valoriza a percepção do edifício. A utilização de lajes inclinadas e telhados de alturas e caimentos variáveis, especificamente em João Pessoa, podem amenizar a temperatura no interior da residência. Especialmente quando há aberturas nos pontos elevados dessas coberturas (Imagem 76): favorece a ventilação cruzada, a exaustão do ar quente e a iluminação natural. 92 Imagem 76 – Residência do Sr. José Maria de Araújo Dantas Arquitetos Antônio José do Amaral e Silva e Maria Berenice Fraga do Amaral/ 1976 Fonte: Arquivo Central da PMJP Foto: Ricardo F. Araújo 4.1.3 Elementos arquitetônicos Uso de pilotis – Um dos mais evidentes tópicos do movimento moderno. É um recurso recorrente – com matizes – na tradição arquitetônica moderna brasileira; Grandes aberturas. Esse recurso possibilita uma potente relação com a paisagem e o meio físico e em muitos casos são associadas aos elementos de controle climático. Elementos associados à estrutura – São elementos como os balanços, as empenas cegas, as marquises e os amplos beirais, entre outros, que assumem grande parte do caráter expressivo do edifício. Em alguns casos, têm a função de proteger as aberturas do excesso de insolação e/ou dos ventos que trazem a chuva ou de gerar áreas sombreadas; Elementos associados ao controle climático – Diferentes soluções que procuram favorecer a iluminação e a ventilação no interior da edificação, particularmente quando o esquema de implantação não é favorável e não é possível conseguir ventilação “cruzada” e iluminação natural. É um recurso vastamente usado pelos arquitetos modernos brasileiros. Na arquitetura objeto de estudo estes elementos são: sheds (Imagem 77/ Imagem 78), meias paredes, beirais generosos, brises verticais e horizontais e o elemento vazado. 93 Imagem 77 – Residência Gualberto Chianca Arquiteto Expedito Arruda / 1979 Imagem 78 – Residência do arquiteto Arquiteto Emile Pronk / 1979 Fonte: Arquivo Central da PMJP Fotos: Ricardo F. Araújo 4.1.4 Materiais e técnicas construtivas Uso do concreto aparente O uso do concreto armado e aparente como material desvendava o processo de execução e deixava à mostra as marcas do processo de “concretagem”, particularmente na estrutura portante. De maneira geral, nos anos de 1970, atribuiu-se à técnica do concreto aparente um caráter de linguagem. Elementos pré-fabricados. A utilização de elementos pré-fabricados, como blocos de cimento destinados aos planos de vedação, vigotas de concreto armado para encaixe e sustentação das lajotas cerâmicas que formavam as lajes, escadas helicoidais e similares, faz parte de uma experiência particular, que se distinguiu não tanto pelos seus resultados, mas principalmente pela atenção que dava ao processo de concepção/construção da obra, notadamente ao canteiro de obras. O resultado formal desta experiência gerou uma arquitetura 94 inspirada na chamada “poética da economia”, onde o que interessava era o barateamento dos custos da obra. Esses mecanismos e práticas projetuais freqüentes nos inúmeros projetos das residências construídas em João Pessoa nos anos 1970 são os elementos sobre os quais se centrará a análise da arquitetura objeto de estudo. 4.2 A Experiência Moderna na Arquitetura Residencial da João Pessoa nos Anos 1970 Da observação das 116 casas escolhidas, 86 (ou 74,1%) delas apresenta em sua arquitetura o “know-how” acumulado pela cultura arquitetônica do século XX, tanto em sua essência como em sua aparência. Corresponde a uma produção vinculada às experiências da arquitetura moderna brasileira do período 1940-1960, descritas por Bruand (1981), ou às experiências ligadas à expressão das estruturas de concreto armado aparente do pós-Brasília. As outras 30 residências (ou 25,9%) trazem uma experiência distinta. Chamadas de “casas híbridas”, elas têm em sua concepção espacial e técnico- construtiva princípios que reportam à experiência moderna, porém a linguagem formal presente nelas não determina a imagem das casas modernas. Sobre as experiências associadas à expressão das estruturas de concreto aparente, as casas modernas expressavam o que Bastos (2003) chamou de “a ortodoxia do concreto aparente”, uma “marca registrada” de um corpus de obras realizadas por arquitetos paulistas, entre os anos 1960-1980. Nessas casas a experiência com o concreto aparente, cujo tratamento realçava sua aparência “bruta”, buscava diminuir os custos finais da obra, eliminando os altos gastos com o acabamento das superfícies exteriores. O que ficava aparente era decorrência natural da moldagem do concreto. No entanto, Sanvitto (1994) destaca o vocabulário moderno paulista para além da expressão do concreto aparente. De acordo com ela, a arquitetura paulista dos anos 1960 caracterizou-se pela expressão da estrutura portante como elemento gerador da forma e do espaço interno. Do ponto de vista formal pela idéia do “prisma elevado” e do ponto de vista da expressão espacial, pela idéia do “grande abrigo”. 95 O prisma elevado, ainda de acordo com Sanvitto (1994, p. 91), é uma tendência de pensar o edifício como um objeto autônomo que parece romper sua ligação com o solo. Sua expressão pode ser observada nos edifícios que recuam os planos de vedação do pavimento térreo, deixando aparecer um volume principal em que fica claro seu valor hierárquico. O conceito do “grande abrigo”, por sua vez, pode ter duas variações: “numa delas o grande abrigo é uma cobertura que não chega até as divisas do terreno [...] na outra variável é um fechamento que cobre o terreno entre as divisas laterais, sendo a largura do lote um dos configuradores do espaço”. Outra característica da experiência moderna presente nas residências pesquisadas é a preocupação com o controle climático. Segundo Bruand (1981) o desafio dos primeiros arquitetos modernos que se instalaram no nordeste brasileiro foi o desenvolvimento de experiências que pudessem controlar o clima quente e úmido da região litorânea. Esse problema é contornado com a utilização do ar condicionado ou com a captação da ventilação natural facilitada pela regularidade das temperaturas médias e pela brisa marinha em um edifício bem orientado. A despreocupação dos arquitetos nordestinos com o frio permite, por exemplo, experimentar as paredes que não chegam até o teto, deixando o ar passar livremente sem comprometer a intimidade dos interiores. Algumas casas, inspiradas em Luiz Nunes, utilizam panos de cobogós com o objetivo de amenizar a ação do calor no interior da edificação. Encontramos, também, tanto as experiências com materiais construtivos, realizadas por Acácio Gil Borsoi e Delfim Amorim. O primeiro tem preferência pelo tijolo aparente e pela madeira “enquanto complementos das estruturas de concreto armado e dos panos de vidro” (BRUAND, 1981, p. 146); já o segundo utiliza a telha canal sobre laje de concreto para amenizar os problemas de infiltração, de inversão térmica e de fissuras nas lajes de concreto, submetidas à incidência contínua do sol forte da região (AMORIM, 1991). Essas soluções são resultados de experiências de adaptação ao clima, à paisagem e ao lugar, que se valorizam por atender satisfatoriamente requisitos econômicos, funcionais e estéticos. A preocupação com o controle climático gera elementos formais atrelados tanto à função de proteção solar e de favorecimento da ventilação, quanto ao tratamento da cobertura. 96 A cobertura é um dos elementos que define a imagem da casa e assume as mais diferentes formas: a) telhados com um, dois ou mais caimentos, estrutura de madeira e telhas cerâmicas (Imagem 79), b) lajes impermeabilizadas, planas ou inclinadas (Imagem 80/ Imagem 81) e c) lajes planas cobertas por telhas de cimento amianto (cujo uso era permitido na época). Imagem 79 – Residência Valter Vieira Toledo Arquiteto Régis de Albuquerque Cavalcanti/ 1978 Imagem 80 – Residência Romualdo Francisco Urtiga Arquiteto Amaro Muniz Castro/ 1979 Fonte: Arquivo Central da PMJP Foto: Ricardo F. Araújo Este último tipo de cobertura, de laje plana, algeroz, calhas e montantes de madeira que recebem a cobertura de telhas onduladas de cimento amianto (Imagem 81) ou do tipo “kalhetão” (Imagem 82) inclinadas a 5%, podem ser escondidas por uma platibanda de alvenaria ou por vigas invertidas que assumem a função da platibanda. A laje plana impermeabilizada (Imagem 80) era a solução mais utilizada para cobrir pequenos espaços como varandas, banheiros e halls de passagem ou, até mesmo, terraços e salas. 97 Imagem 81 – Residência José Cassildo Pinto Arquiteto Jonas Arruda Silva/ 1979 Fonte: Arquivo Central da PMJP Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 82 – Residência Carlos Lira Maranhão Arquiteto Mário Gouveia Borba/ 1978 Fonte: Arquivo Central da PMJP Foto: Ricardo F. Araújo A laje inclinada também é outra solução muito utilizada e pode ser pré-moldada ou de concreto (Imagem 83) com mais de 20% de inclinação, onde a telha cerâmica, ou de fibrocimento, se apóia diretamente sobre ela, correspondendo ao tipo de cobertura desenvolvida nas experiências de Delfim Amorim (AMORIM, 1991). Imagem 83 – Residência Jair Cunha Arquiteto Grupo Arquitetura 04 / 1979 Fonte: Arquivo Central da PMJP Foto: Ricardo F. Araújo 98 Os exemplares da arquitetura residencial moderna de João Pessoa nos anos 1970, a serem mostrados a seguir, foram todos construídos entre 1975 e 1979, são de autoria de arquitetos e o critério de escolha dos mesmos levou em consideração a unidade de linguagem do vocabulário moderno presente nos projetos, observando- se particularmente o aspecto formal das fachadas, o resultado final volumétrico, a concepção do espaço e a utilização das técnicas construtivas. Também foi levado em consideração o estado de conservação física e documental destas casas, ou seja, o estado de conservação das pranchas de desenho do projeto arquitetônico e a existência da edificação nos dias de hoje. Dos 116 projetos, escolhemos 07, que procuram sintetizar os tipos de experiências presentes na arquitetura residencial da cidade de João Pessoa nos anos 1970. No entanto, podemos afirmar que 06 deles sintetizam a experiência moderna, enquanto 01 trata de um “fenômeno” comum naqueles anos, ou seja, de um tipo de experiência que embora na essência tratasse do vocabulário moderno na aparência a linguagem presente era outra. Das 06 casas modernas podemos dizer que além de exemplificar os diferentes tipos de experiências modernas, cada uma delas representa uma localidade diferente da cidade, ou os bairros “preferidos” pela população naqueles anos 1970 para a construção de suas residências (Bairro dos Estados, Tambauzinho, e as praias de Manaíra, Tambaú e Cabo Branco). São ainda exemplares representantes de cada um dos nomes de projeção no cenário profissional da cidade naqueles anos. Representam arquitetos com grande experiência como Mário Glauco Di Láscio, Antonio José do Amaral e Silva e Maria Berenice Fraga do Amaral e jovens profissionais, que na década dos anos 1980 projetam seus nomes no mercado local, como: Armando Ferreira de Carvalho, Amaro Muniz de Castro, Expedito Arruda e Régis de Albuquerque Cavalcanti. Vale destacar ainda, que a área de construção destas residências variava entre 150 e 400 m², ou seja, tratava-se de residências destinadas a uma classe média emergente e a uma camada da população de elevado poder aquisitivo. Para representar o universo das experiências modernas realizadas na cidade de João Pessoa nos anos 1970, foram escolhidas as seguintes residências: 1. Residência Dr. Francisco Xavier Sobrinho, de 1975, do arquiteto Mário Glauco de Láscio – Essa residência foi escolhida pela generosidade de seu 99 espaço interior, pela presença da área livre possibilitada pelos pilotis e pelo tratamento das fachadas: uma combinação de superfícies de tijolo aparente, azulejo decorado e superfícies brancas, elementos esses associados ao vocabulário do legado moderno brasileiro. Imagem 84 – Residência Dr. Francisco Xavier Sobrinho Foto: Lucyana Lira (2008) 2. Residência Virgínio Veloso Freire Filho, de 1979, do arquiteto Régis de Albuquerque Cavalcanti – A expressão plástica marcada por uma geometria simples, tratamento das superfícies externas, caixilhos de madeira com venezianas móveis e vocabulário espacial associado à planta “centrífuga” são os elementos que dão destaque a essa residência. Imagem 85 – Residência Virgínio Veloso Freire Filho Foto: Lucyana Lira (2008) 100 3. Residência Laureano Casado da Silva, de 1977, projeto do arquiteto Mário Glauco Di Láscio – O que chama a atenção nesse caso é a presença da “fenêtre en longuer” e a expressão da estrutura portante, o tratamento das superfícies em concreto aparente e a presença de um vocabulário que remete às experiências formais do mesmo concreto armado associado ao legado moderno. Imagem 86 – Residência Laureano Casado da Silva Foto: Lucyana Lira (2008) 4. Residência Haroldo Coutinho de Lucena, de 1979, do arquiteto Expedito Arruda – Nesse caso a expressão da estrutura, marcada particularmente pela presença das experiências ligadas à arquitetura moderna paulista de finais de 1960, como a utilização do concreto aparente e o conceito do “grande abrigo”, são os elementos de destaque. Imagem 87 – Residência Haroldo Coutinho de Lucena Foto: Ricardo F. Araújo (1988) 101 5. Residência Edísio Souto, de 1978, projeto dos arquitetos Amaro Muniz de Castro e Armando Ferreira de Carvalho – Os elementos voltados para o controle climático como definidores de uma proposta formal e uma volumetria marcadamente horizontal são os diferenciais desse exemplar. Imagem 88 – Residência Edísio Souto Foto: Rayssa Martins (2008) 6. Residência Luís Carlos Carvalho, de 1976, projeto dos arquitetos Antonio José do Amaral e Silva e Maria Berenice Fraga do Amaral. Essa residência se distingue pelo seu caráter experimental, tanto em relação à organização espacial destinada a um usuário distinto identificado com os anos 1970, quanto em relação ao desejo de utilizar elementos pré-fabricados, que anunciavam naquele momento, uma nova forma de construir. Imagem 89 – Residência Luís Carlos Carvalho Foto: Acervo dos arquitetos Antonio José do Amaral e Silva e Maria Berenice Fraga do Amaral (1976) 102 7. Residência Antônio Queiroga Lopes, de 1976, projeto dos arquitetos Getúlio Pereira Nóbrega e Luiz Nazário Medeiros Cavalcanti. Ela representa exemplares de expressão não exatamente moderna, ou exemplares residenciais em que a essência espacial e técnico-construtiva é moderna. Sua imagem pode ser associada a uma moda ou a um gosto particular do cliente. Imagem 90 – Residência Antônio Queiroga Lopes Foto: Lucyana Lira (2008) 103 4.3 Análise da Produção Arquitetônica 1. RESIDÊNCIA DR. FRANCISCO XAVIER SOBRINHO Ficha de Registro Ficha de Análise Mapa 05 – Localização / Cabo Branco Elaboração: Ricardo F. Araújo 104 Localizada a uma quadra da beira mar da praia do Cabo Branco (ver Mapa 05) esta casa foi construída num lote medindo 25m x 30m, na esquina da Rua Adolfo Loureiro França com a Avenida Antonio Lira. Olhando desde a Rua Adolfo Loureiro (Fachada Norte) é possível perceber uma construção dividida em dois blocos, interligada por uma rampa (Imagem 91) que passa por dentro de um jardim. Sob um dos blocos está uma área livre definida pelos pilotis. Imagem 91 – Fachada Norte – Rua Adolfo Loureiro França Elaboração: Ricardo F. Araújo A experiência presente na concepção espacial resulta uma volumetria expressiva, destacada particularmente pela rampa que liga o pavimento social e de serviço ao pavimento íntimo. Os desníveis de planos, o bloco suspenso sobre os pilotis e a contraposição entre telhado inclinado e laje plana determinam a sua expressão formal, a imagem mais representativa da Residência Dr. Francisco Xavier Sobrinho. O programa está distribuído em dois pavimentos, térreo e superior. O pavimento térreo é definido por dois planos diferentes, sendo a diferença de cota entre um plano e outro de 1,50m. No plano inferior do pavimento térreo, ao nível da rua, temos uma extensa área livre de lazer sob pilotis, área de serviço e dois acessos, um de uso social e outro de serviço integrado com a rampa de acesso dos veículos (Planta Baixa 01). No segundo plano encontramos o setor social e de serviço onde está localizado o abrigo para dois automóveis, sala de estar, salas para refeições, uma 105 para jantar e a outra para almoço (esta última não corresponde à copa), terraço, lavabo social, gabinete (ou escritório), copa/cozinha com despensa, lavanderia e dependência completa para empregada (Planta Baixa 02). No pavimento superior define-se o setor íntimo da residência, onde estão quatro quartos (duas suítes) e um banheiro social (Planta Baixa 02). Planta Baixa 01 – Pilotis Elaboração: Ricardo F. Araújo Planta Baixa 02 – Térreo e Pavimento Superior Elaboração: Ricardo F. Araújo 106 A organização espacial das atividades previstas no programa é uma experiência interessante, porque distribui os espaços em três níveis diferentes apesar da topografia plana do lote (Imagem 92). Parte do pavimento térreo eleva-se 1,50 m em relação ao nível das ruas, sobre um talude, de onde parte uma rampa em direção ao bloco superior onde se localizam os quartos. A área gerada pelos pilotis sob este pavimento transforma-se numa agradável área social integrada aos jardins (Imagem 93/ Imagem 94) Essa liberação do solo possibilitada pelo uso dos pilotis é uma das experiências modernas mais exploradas na geração dos espaços concebidos no século XX. Imagem 92 – Desníveis observados da Rua Adolfo Loureiro França Elaboração: Ricardo F. Araújo Imagem 93 – Área social gerada pelos Pilotis Foto: Luciana Lyra/ Rayssa Martins (2008) 107 Imagem 94 – Área social gerada pelos Pilotis Foto: Luciana Lyra/ Rayssa Martins (2008) Apesar de na representação do Corte FG (Imagem 95) não estar especificada a solução técnico-construtiva da coberta, entende-se que o telhado de duas águas é formado por estrutura de madeira com telhas cerâmicas e na rampa que dá acesso aos quartos, laje impermeabilizada. Chama atenção a solução dada aos beirais, os quais não parecem um prolongamento da mesma solução do telhado. Os mesmos parecem executados em concreto ou feitos de laje pré-fabricada, lembrando, em parte, solução semelhante àquelas utilizadas por Delfim Amorim. Imagem 95 – CORTE FG/ sistema de cobertura e beirais Elaboração: Ricardo F. Araújo Destaca-se, ainda, do ponto de vista formal: os balanços decorrentes da estrutura, as aberturas (seteiras com caixilhos de madeira, janela do tipo “maximar”, tabiques fixos/venezianas e vidro), o tratamento das superfícies exteriores com 108 materiais contrastantes como o tijolo e o concreto aparente (Imagem 96/ Imagem 97) e painéis de azulejos decorados (Imagem 98). O que não se pode confirmar é se o revestimento é original, do período da construção. Mas podemos dizer que, do ponto de vista da imagem, estas experiências formais muito se assemelham a um vocabulário associado ao legado moderno brasileiro dos anos 1940-1950, particularmente ao conjunto de obras assinadas por Acácio Gil Borsoi no mesmo período. Imagem 97 Imagem 98 Fotos: Luciana Lyra / Rayssa Martins (2008) Imagem 96 – Residência Dr. Francisco Xavier Sobrinho 109 2. RESIDÊNCIA VIRGÍNIO VELOSO FREIRE FILHO Ficha de Registro Ficha de Análise Mapa 06 – Localização / Bairro dos Estados Elaboração: Ricardo F. Araújo 110 Esta residência, projeto do arquiteto Régis de Albuquerque Cavalcanti, de 1979, está localizada no Bairro dos Estados. Foi construída num lote fora dos padrões da época, medindo 19,35m x 50,00m, com testada única. Imagem 99 – Implantação Elaboração: Ygor Nunes A experiência formal é uma das expressões mais fortes deste projeto, destacada particularmente pelo seu jogo de volumes (Imagem 100), alguns se projetam em balanço, contrapondo-se uns aos outros (Imagem 101). Os beirais, feitos de placas de concreto para proteger as janelas com caixilhos de madeira (Imagem 102), reforçam a expressão dos volumes, o tratamento dado às superfícies exteriores5, uma superfície “enrugada” feita de concreto (Imagem 103), moldada nas fôrmas da concretagem, e que se contrapõe com as paredes de pedra calcária do abrigo semi-enterrado (Imagem 103). A grande calha em concreto, perceptível na fachada norte, projeta-se para o exterior, funcionando como uma espécie de “gárgula” (Imagem 103), mais um elemento de destaque na edificação, que parece ter como função unir os diferentes blocos que formam a configuração volumétrica final da Residência Virgínio Veloso Freire Filho. 5 O tratamento texturizado das superfícies somente pôde ser observado com o levantamento fotográfico, pois apesar da boa representação gráfica do projeto, não estava claro esse tipo de acabamento nos desenhos. 111 Imagem 100 – Volumetria Maquete eletrônica elaborada por Ygor Nunes Imagem 101 – Volumetria Maquete eletrônica elaborada por Ygor Nunes 112 Imagem 102 – Proteção das aberturas Fotos: Luciana Lyra/ Rayssa Martins (2008) Imagem 103 – detalhes construtivos: superfície de concreto, pedra calcária e calha de concreto Fotos: Ricardo F. Araújo (2008) Do ponto de vista da implantação no lote, a casa sugere um esquema espacial que parece prosseguir em diferentes direções (Imagem 104), o que lembra o esquema da planta baixa “centrífuga”, no qual os espaços partem de um centro. Esta forma de distribuição, em geral, por se espalhar, resulta em uma configuração espacial e volumétrica que faz o objeto arquitetônico parecer ter grandes proporções. Mas não é o que observamos no caso desta residência. Quando comparada com o programa de outras residências construídas na cidade no mesmo período e destinadas a uma classe de alto poder aquisitivo, observamos que esta residência não apresenta um programa extenso, embora disponha de espaços interiores de dimensões generosas. Ela consta de três quartos (uma suíte), WC, banheiro social, sala de estar/jantar integrada, mezanino com gabinete, terraço social, cozinha, dependência completa para empregada, área de 113 serviço e abrigo para dois automóveis, distribuídos numa área total construída de 270,00 m². Entre os espaços interiores encontra-se uma pérgula central que sinaliza através de uma mudança de nível, uma área de transição entre a sala de jantar e o hall de circulação (Imagem 105) que dá acesso aos quartos no pavimento superior. Um dos artifícios modernos, também presentes nesta casa, estava na criação de planos semi-enterrados e/ou elevados em relação ao nível da rua (Imagem 106). Com isto foi possível criar uma topografia interior que não correspondia às condições naturais do terreno, modificando-o e valorizando as perspectivas visuais dos espaços interiores. Isto se tornou possível devido aos diferentes níveis de pisos gerados, que se interligavam por meio de pequenas escadarias, e pelas diferentes alturas das paredes internas. Este artifício mudava a noção de escala da residência, especialmente quando observada a partir da rua (Imagem 107). Foi através dos desníveis interiores que o programa se distribuiu, o que faz acreditar que a concepção do espaço, a partir da planta “centrífuga” e o jogo de volumes foram os elementos determinantes da concepção da Residência Virgínio Veloso Freire Filho. Imagem 104 – Planta de coberta e esquema de distribuição do espaço Elaboração: Ricardo F. Araújo 114 Imagem 105 – Setorização do espaço Elaboração: Ricardo F. Araújo Imagem 106 – Desníveis Elaboração: Ricardo F. Araújo Imagem 107 / Imagem 108 – Fachada Norte/ visão da Avenida São Paulo Fonte: Arquivo Central da PMJP. Foto: Ricardo F. Araújo 115 3. RESIDÊNCIA LAUREANO CASADO DA SILVA Ficha de Registro Ficha de Análise Mapa 07 – Localização / Tambauzinho Elaboração: Ricardo F. Araújo 116 Imagem 109 – Locação e coberta Elaboração: Ygor Nunes Construída num lote de 17,50m x 54,00m, na Avenida Ruy Carneiro, a experiência moderna nesta residência revela-se pela expressão da forma e da estrutura em concreto armado aparente. Com área total de 550,20 m² seu programa distribui-se por dois pavimentos. No térreo: sala de estar, sala para refeições, gabinete, quarto para hóspede, WC. Bo. Social, cozinha com despensa, área de serviço, dependência completa para empregada, abrigo para 02 automóveis e amplas áreas destinadas a vida social com um amplo deck de piscina e terraço social (Planta baixa 03). No pavimento superior: 03 suítes com varandas, roupeiro e estar íntimo com varanda (Planta Baixa 04). Planta Baixa 03 – Térreo Elaboração: Ricardo F. Araújo 117 Planta Baixa 04 – Pavimento Superior Elaboração: Ricardo F. Araújo A Residência Laureano Casado da Silva foi uma das construções que mais suscitou dúvidas quanto à natureza da experiência presente na sua estrutura: tratava-se de uma experiência predominantemente formal ou atendia a uma exigência funcional do programa? Sua imagem, ou configuração formal, pressupunha uma ligação com a experiência moderna paulista dos anos 1960, devido à expressão do concreto bruto aparente e ao prisma suspenso. A documentação arquitetônica deixava bastante evidente a caixa suspensa no projeto da Residência Laureano Casado da Silva (Imagem 110). Imagem 110 – Corte esquemático – prisma suspenso Elaboração: Ricardo F. Araújo 118 De acordo com Sanvitto (1994) o prisma elevado na arquitetura moderna paulista foi definido como uma tendência de pensar o edifício como um objeto autônomo que rompe sua ligação com o solo. Esta expressão pode ser observada nos edifícios que recuam ao máximo os planos de vedação do pavimento térreo, deixando aparecer uma massa elevada, que deixa claro qual é o elemento formal dominante. No entanto, uma observação mais atenta da estrutura de sustentação desta residência mostrou que o prisma suspenso se apoiava em grandes vigas transversais com aproximadamente 70 cm de altura em concreto aparente. Estas vigas transversais se apoiavam em pilares maciços de concreto posicionados no limite lateral do terreno e ainda em dois pilares robustos dispostos nas laterais da caixa suspensa (Imagem 111). O prisma está apoiado sobre vigas que vencem um vão livre de aproximadamente 8m e o espaço gerado abaixo desta estrutura corresponde a um grande terraço social. Imagem 111 – Sistema estrutural Elaboração: Ricardo F. de Araújo Constatou-se que essa experiência não correspondia exatamente ao “prisma elevado” da arquitetura moderna paulista dos anos 1960. O sistema estrutural responsável pela sua sustentação não correspondia àquele definido por Sanvitto, diferenciava do modo como os arquitetos paulistas recuavam os apoios inferiores para evidenciar a caixa suspensa. No caso da Residência Laureano Casado, o grande prisma elevado é sustentado por um sistema de pilares e vigas transversais que deixa a caixa suspensa e evidente apenas em um dos lados (Imagem 112). 119 Imagem 112 – Esquemas de sustentação da caixa suspensa na Residência Laureano Casado da Silva, à esquerda; e na arquitetura moderna paulista, à direita. Elaboração: Ricardo F. de Araújo A utilização do concreto armado aparente e a configuração formal que foi dada à estrutura na Residência Laureano Casado da Silva revelava não um prisma suspenso, mas uma estrutura de sustentação aos moldes da tradição construtiva do concreto armado. O bloco suspenso destaca mais a idéia de peso e massa, do que a idéia de uma estrutura que faz “cantar os pontos de apoio”. Além da expressão do prisma elevado e do concreto aparente, a modulação do espaço e da estrutura portante (Planta Baixa 05 e Planta Baixa 06) constitui-se o caráter determinante da concepção da Residência Laureano Casado da Silva, existindo “certa proximidade” com a arquitetura moderna paulista dos anos 1960. No entanto, a expressão da forma estrutural, distanciada da definição de Sanvitto, confirma também que a Residência Laureano Casado da Silva não representa ainda uma expressão fiel da arquitetura paulista em João Pessoa nos anos 1970. Planta Baixa 05 – Modulação estrutural do Térreo Elaboração: Ricardo F. Araújo 120 Planta Baixa 06 – Modulação estrutural do Pavimento Superior Elaboração: Ricardo F. Araújo Outros elementos formais que se destacam na residência Laureano Casado da Silva são: a “fenêtre en longuer”, que aparece em toda fachada norte e em parte das fachadas leste e oeste, o uso do vidro fumê, instalado sem a proteção de caixilhos, aplicado diretamente sobre o concreto, aplicação das artes, através do painel decorativo da autoria de Francisco Brennand, o tratamento das superfícies exteriores em concreto aparente e a aplicação de revestimento cerâmico em volumes exteriores, naqueles que correspondem aos banheiros do pavimento superior. Imagem 113 – Tratamento exterior Maquete eletrônica elaborada por Ygor Nunes 121 Imagem 114 – Tratamento exterior Maquete eletrônica elaborada por Ygor Nunes Imagem 115 – Fachada Norte/ vista da Avenida Ruy Carneiro em 1988 Foto: Ricardo F. Araújo 122 4. RESIDÊNCIA HAROLDO COUTINHO DE LUCENA Ficha de Registro Ficha de Análise Mapa 08 – Localização / Praia do Bessa Elaboração: Ricardo F. Araújo 123 Das experiências formais da arquitetura moderna paulista, descritas por Sanvitto, este exemplar corresponde particularmente ao conceito de “grande abrigo” (Imagem 116/ Imagem 117), a partir da coberta que se aproxima dos limites do lote. Imagem 116 / Imagem 117 – Representações do “grande abrigo” segundo Sanvitto (1994) Fonte: Sanvitto (1994, p. 73) A idéia do grande abrigo já era uma experiência perceptível na arquitetura da cidade nos anos 1970. Em 1979 era finalizada a construção do “novo” Terminal Rodoviário de João Pessoa (Imagem 118/ Imagem 119), projeto do arquiteto Glauco Campelo, o qual compartilhava também com o mesmo tipo de experiência técnico- construtiva da arquitetura moderna paulista daqueles anos: o uso de concreto aparente. Imagem 118 – Novo Terminal Rodoviário da cidade de João Pessoa-PB Foto postal: Ambrosiana postais, São Paulo Imagem 119 – Novo Terminal Rodoviário da cidade de João Pessoa-PB Foto: Ricardo F. Araújo (1988) 124 Situada na praia do Bessa, a Residência Haroldo Coutinho de Lucena, tem um programa distribuído em dois pavimentos (Planta Baixa 07 e Planta Baixa 08) edificados em terreno de esquina medindo 18m x 50m, tendo 430,00 m² de área construída. No térreo o programa consta de amplo terraço social, sala de jantar, 02 salas de estar, lavabo social, copa com despensa, cozinha e área de serviço. É interessante observar a ausência da dependência de empregada no projeto. No pavimento superior: sala de estudo, WC. Bo. Social, 02 quartos e 02 suítes com varandas. Imagem 120 – Locação e coberta Elaboração: Ygor Nunes Planta Baixa 07 – Térreo Elaboração: Ricardo F. Araújo 125 Planta Baixa 08 – Pavimento Superior Elaboração: Ricardo F. Araújo Uma posição estratégica do lote de esquina valoriza a imagem da grande cobertura plana que avança sobre os limites laterais do lote (Planta Baixa 09 e Planta Baixa 10). O tratamento formal dado à cobertura está justificado pelo fato de que o terreno situa-se de frente para sul/sudeste, orientação dos ventos dominantes e, consequentemente, da chuva. A grande cobertura, plana e suspensa, não define apenas o “grande abrigo”, como também representa um elemento funcional que protege as aberturas (caixilhos de madeira com tabiques móveis e panos de vidro temperado) da ação direta de forças naturais. A idéia do grande abrigo, como na Residência Haroldo Coutinho de Lucena, vai incorporar algumas preocupações, em sua concepção espacial e formal, relativas ao controle climático apontadas por Armando Holanda (1976). 126 Imagem 121 – Conceito do “grande abrigo” presente na Residência Haroldo Coutinho Lucena Fonte: Arquivo Central da PMJP. Elaboração: Ricardo F. Araújo Planta Baixa 09 – Marcação do grande abrigo no Térreo Elaboração: Ricardo F. Araújo 127 Planta Baixa 10 – Marcação do grande abrigo no Pavimento Superior Elaboração: Ricardo F. Araújo Trata-se de uma residência que se destaca formalmente pela grande cobertura plana com empenas laterais cegas e pergolado exterior em balanço, executados em concreto aparente (Imagem 107). Diferentemente da Residência Laureano Casado, a Residência Haroldo Coutinho destaca-se pela leveza de sua estrutura de concreto, uma experiência mais próxima das idéias defendidas por Artigas e seus seguidores paulistas. Vale ainda destacar que, além da forte expressão da estrutura, esta residência foi um dos poucos exemplares que apresentou o teto-jardim. Ele corresponde ao mesmo tempo ao teto do terraço social e ao jardim do segundo pavimento, dando a sensação de que a área verde é continua no piso dos quartos. Uma solução que, do ponto de vista exterior, se confunde com uma jardineira quando observamos acima do teto vigas em balanço, formando uma espécie de pergolado externo, o qual se estende por toda a fachada indo até o limite das empenas laterais. 128 Imagem 122 – Esquema de alguns elementos arquitetônicos Elaboração: Ricardo F. Araújo 129 Imagem 123 – Volumetria Elaboração: Ygor Nunes 130 5. RESIDÊNCIA EDÍSIO SOUTO Ficha de Registro Ficha de Análise Mapa 09 – Localização / Cabo Branco Elaboração: Ricardo F. Araújo 131 Localizada no bairro do Cabo Branco em lote de 21m x 53,50m, trata-se de uma construção térrea com área de 412,24 m², que abriga um extenso programa: abrigo para dois automóveis, terraço social, sala de estar/ jantar integradas, lavabo social, copa, cozinha com despensa, área de serviço, banheiro de serviço, três dependências para empregados, quatro quartos (duas suítes) com varanda, banheiro social, sauna e piscina (Planta Baixa 11). Imagem 124 – Locação e coberta Elaboração: Ricardo F. Araújo Planta Baixa 11 – Térreo Elaboração: Ricardo F. Araújo 132 A Residência Edísio Souto, dos arquitetos Amaro Muniz Castro e Armando Ferreira de Carvalho, projeto de 1978, apresenta um esquema de implantação em que o volume da casa busca aproveitar da melhor maneira possível a captação dos ventos dominantes, distribuindo a maior parte do programa em torno da área da piscina, setor que recebe forte incidência de luz natural em todos os períodos do ano (Imagem 125). Imagem 125 – Solscítio de verão e inverno Elaboração: Fhillipe Germano A experiência moderna marcante deste projeto está relacionada ao controle climático, a partir de um esquema de implantação que favorece a entrada do vento e da iluminação natural. Seu esquema de implantação em “U” é um recurso favorável à distribuição do vento e da luz natural numa casa de configuração horizontal. Os 133 arquitetos decidiram pela utilização de elementos construtivos que assegurassem o conforto térmico também no interior da construção (Imagem 126): um jardim interno protegido por um pergolado situado entre o setor social e íntimo da casa; e um shed que acompanha o alinhamento de banheiros. A escolha de elementos deste tipo garante a ventilação cruzada. Imagem 126 – Corte esquemático Elaboração: Ricardo F. Araújo Imagem 127 – Elementos identificados na coberta Elaboração: Ricardo F. Araújo O extenso pano de esquadrias de madeira, com tabiques móveis e vidro, prevalece no setor social e íntimo, enquanto no setor de serviço as aberturas são do tipo “boca de lobo” posicionada a 1,80m de altura, as quais garantem aeração e iluminação natural permanente na cozinha, como também oferece alguma privacidade aos patrões quando estes utilizam a piscina. A laje plana foi coberta com telhas de fibrocimento e um sistema de vigas invertidas assume a função da platibanda, escondendo o telhado (Imagem 127). A volumetria marcada pela horizontalidade contrapõe-se aos elementos verticalizados, como o reservatório d’água superior e sheds (Imagem 128). 134 Imagem 128 – Elementos vistos na fachada sul Elaboração: Ricardo F. Araújo Imagem 129 – Volumetria Elaboração: Ygor Nunes Vale destacar que experiências muito semelhantes às realizadas na Residência Edísio Souto foram observadas em muitas outras casas. A utilização de sheds, por exemplo, foi um dos elementos mais comumente encontrados nas casas pesquisadas e que muitas vezes contribuía para ressaltar a horizontalidade das construções residenciais. Pode ser visto como um elemento de destaque nos projetos de todos os arquitetos preocupados com o controle climático (Imagem 130/ Imagem 131/ Imagem 132/ Imagem 133). 135 Imagem 130 – Residência Juventino Figueira Borges/ 1979 Arquiteto: Amaro Muniz Castro Imagem 131 – Residência do arquiteto/ 1979 Arquiteto: Amaro Muniz Castro Fonte: Arquivo Central da PMJP Foto: Ricardo F. Araújo (2008) Imagem 132 – Residência do arquiteto/ 1979 Arquiteto: Emile Pronk Fonte: Arquivo Central da PMJP Foto: Ricardo F. Araújo (2008) Imagem 133 – Residência José Cassildo Pinto/ 1979 (óbito) Arquiteto: Jonas Arruda Silva Fonte: Arquivo Central da PMJP. Foto: Ricardo F. Araújo 136 6. RESIDÊNCIA LUÍS CARLOS CARVALHO Ficha de Registro Ficha de Análise Mapa 10 – Localização / Manaíra Elaboração: Ricardo F. Araújo 137 Entre as residências pesquisadas, um reduzido número de casas forma um grupo particular, uma produção arquitetônica que se destaca em meados da década de 1970. São residências projetadas entre 1975-1976 pelo escritório dos arquitetos Antonio José do Amaral e Silva e Maria Berenice Fraga do Amaral, um tipo de experiência que valorizava o fazer construtivo e que contava com a participação da indústria da construção civil, um modo de fazer arquitetônico que assumia um caráter “experimental” naqueles anos. A preocupação com o controle climático também pode ser observado nestas casas construídas em lotes urbanos padrões, terrenos de 12x30 m2, situados, geralmente, no Bairro dos Estados ou na orla marítima da cidade de João Pessoa. Das oito casas encontradas no arquivo, similares a residência Luiz Carlos Carvalho, quatro delas ainda possuem a função residencial (Imagem 134/ Imagem 135/ Imagem 136/ Imagem 137), uma está abandonada (Imagem 138) e três já não existem mais (Imagem 139/ Imagem 140/ Imagem 141). Imagem 134 – Residência Sr. Luís Régis Pessoa de Farias/ 1975 – Bairro dos Estados Fonte: Arquivo Central da PMJP. Fotos: Ricardo F. Araújo Imagem 135 – Residência Sr. João Wanderley / 1975 – Tambaú Fotos: Ricardo F. Araújo/ Débora Kyvia 138 Imagem 136 – Residência Sr. José Maria de Araújo Dantas / 1976 – Cabo Branco Fotos: Ricardo F. Araújo / Fhillipe Germano Imagem 137 – Residência Sr. Rinaldo Souza e Silva/ 1975 – Tambauzinho Fotos: Luciana Lyra / Rayssa Martins Imagem 138 – Residência Sr. Potengi Holanda de Lucena/ 1975 – Manaíra Fotos: Ricardo F. Araújo 139 Da esquerda para direita Imagem 139 – Residência Sr. Luiz Carlos Carvalho/ 1975 – Manaíra Imagem 140 – Residência Noêmia Beltrão/ 1976 – Manaíra Imagem 141 – Residência Sr. Marinaldo Barbosa/ 1976 – Praia do Bessa Fonte: Arquivo Central da PMJP. Fotos: Ricardo F. Araújo O fazer arquitetônico nestas casas denunciavam experiências próximas às realizadas pelo grupo Arquitetura Nova. A similaridade não estava nas experiências formais relativas à abóbada que marcou a imagem do grupo, mas sim na idéia de uma “poética” associada à economia da execução da obra, em que os elementos construtivos podiam ficar aparentes: das instalações até a matéria resistente e “rústica” moldada pelo operário. Essa experiência sintetizava ainda uma produção arquitetônica referendada na industrialização da construção e na utilização racional de técnicas construtivas populares que, em seu modo de fazer, deixam aparente o fazer industrial e o fazer artesanal. Entretanto, a defesa do canteiro e de uma política de habitação voltada para as classes menos favorecidas, que permeavam o fazer arquitetônico do grupo paulista e que encontrava na experimentação um modo de “resistir” a ditadura militar, não eram características dos exemplares encontrados em João Pessoa. O processo de construção proposto pelo grupo Arquitetura Nova era rápido e econômico “[...] levantava-se rapidamente toda a alvenaria sem pensar em elétrica e hidráulica. Como as instalações eram todas sobrepostas às paredes, apenas depois é que entram na obra encanador e eletricista”6. Para Arantes (2002), nas experiências realizadas por Flávio Império, Rodrigo Lefèvre e Sérgio Ferro, para que a estrutura de canos hidráulicos ficasse presa externamente na parede, foi preciso inventar meios de suportá-la, aperfeiçoar as juntas e desfazer-se de toda “maçaroca” que ficava dentro das paredes. Tirar os canos de dentro da parede não tinha como objetivo apenas a racionalização da construção, mas também mostrar o desenho complexo que está contido no exercício do profissional encanador. 6 Comentário de Osmar Penteado de Souza e Silva (ARANTES, 2004) 140 A Residência Luís Carlos Carvalho tem essas preocupações; é uma casa urbana situada na Avenida Guarabira, Manaíra, num lote plano de 12m x 30m, com o lado voltado para a rua a oeste. Foi demolida em 2006 para a construção de um edifício multifamiliar de 10 pavimentos. Diferentemente de outras residências construídas no período tem um programa “enxuto” distribuído numa área de construção que não ultrapassa 160 m². Na época se constituía em um novo tipo residencial destinado à famílias de classe média “esclarecida”, nos moldes de uma construção de qualidade e baixo custo da obra. As decisões a respeito de sua implantação apontam um diferencial entre os projetos da época: uma casa voltada para os fundos com um jardim, enquanto à frente estava destinado ao setor de serviço (a cozinha, a lavanderia, a dependência de empregada), o “quarador” e o acesso do automóvel. A sala de jantar e estar integrada volta-se para um terraço social nos fundos de onde se avista o amplo jardim. A casa está dividida em dois pavimentos (Planta Baixa 12 e Planta Baixa 13). O térreo abriga, além dos ambientes acima citados, um banheiro social e três quartos (uma suíte). No primeiro pavimento encontra-se um mezanino com o escritório e a oficina de gravuras, ambientes destinados aos proprietários, ele médico, ela artista plástica. A mureta curva voltada para o lado da rua separa o acesso do automóvel e social da área de serviço. Imagem 142 – Locação e coberta Elaboração: Ricardo F. Araújo 141 Planta Baixa 12 – Térreo Elaboração: Ricardo F. Araújo Planta Baixa 13 – Pavimento Superior Elaboração: Ricardo F. Araújo 142 O espaço é marcado pelo pé-direito duplo da sala, um vazio que amplia o interior e destaca a presença da escada helicoidal (Imagem 143), “quase” um elemento escultural posicionado no meio da área social, perceptível em diferentes pontos da sala de jantar/estar e do mezanino. O grande pano de esquadrias de madeiras abre-se completamente gerando uma integração total das áreas externas (terraço e jardim) com a sala de estar/ jantar. Imagem 143 – Corte esquemático e interior da residência (sala de estar) Elaboração: Ricardo F. Araújo Foto / Fonte: Acervo pessoal dos arquitetos Amaral e Berenice O vazio gerado pela escada é o elemento que favorece a expressão plástica da Residência Luís Carlos Carvalho (Imagem 144/ Imagem 145) que, por sua vez, é marcada pelo tratamento do telhado, que se distingue pela oposição de diferentes coberturas: uma plana e outra fortemente inclinada, ambas as lajes sobrepostas com telhas de fibrocimento, que permitiu inclinações diferenciadas. O reservatório d’água superior, que acompanha a inclinação do telhado, as paredes exteriores pintadas de branco, as vigas demarcadas em concreto aparente, placas de concreto em volta das aberturas e os elementos de proteção contra a chuva, foram outros elementos identificados que reforçavam a expressão plástica desta construção. 143 Imagem 144 – elementos presentes na fachada oeste Elaboração: Ricardo F. Araújo Fonte: Arquivo Central da PMJP Imagem 145 – Configuração volumétrica Elaboração: Ygor Nunes Das experiências associadas à “poética da economia”, destacam-se no interior da residência (Imagem 146): as vigotas de concreto aparente, as lajotas cerâmicas, os módulos radiais em concreto aparente da escada helicoidal, a estrutura de ferro galvanizado diretamente aplicado sobre as peças pré-fabricadas e os blocos de cimento natural ou pintados à cal que deixam à mostra as juntas secas. 144 Imagem 146 – Elementos pré-fabricados Elaboração: Ricardo F. Araújo Foto: Acervo pessoal dos arquitetos Amaral e Berenice Além da “estética ligada à economia”, em comum com as experiências do grupo Arquitetura Nova, estava presente nos projetos dos Amaral, o mobiliário executado em alvenaria de tijolos simples ou em placas de concreto aparente (Imagem 147/ Imagem 148/ Imagem 149), os “móveis imóveis” encontrados nas propostas de Artigas e Mendes da Rocha. Imagem 147 Imagem 148 Imagem 149 Interiores – residências diversas projetadas pelos arquitetos Fotos: Acervo pessoal dos arquitetos Amaral e Berenice 145 7. CASAS HÍBRIDAS São casas que têm em sua concepção espacial e técnico-construtiva a experiência moderna, mas que do ponto de vista formal não estabelecem um diálogo com os elementos plástico-formais próprios do Movimento Moderno. Vale destacar que estas casas, em geral, são projetos assinados por engenheiros e desenhistas, porém, nesse caso, os exemplares encontrados são assinados por arquitetos. Nelas, a experiência moderna estava no uso da planta livre, na modulação espacial e estrutural, nos esquemas de implantação, na preocupação com o conforto térmico, na dinâmica dos seus espaços internos gerada pela variação de desníveis, na estrutura autoportante em concreto armado e nas lajes pré-moldadas. Porém, sua imagem trazia muitas vezes elementos arquitetônicos que remetiam a uma arquitetura “pseudo-colonial”7 com a presença do telhado em quatro ou duas águas, vergas em arco batido ou arco pleno, elementos decorativos como “pinhas” e “lampiões”, balcões de ferro fundido, portas “almofadadas”, painéis de azulejos e bordas em relevo emoldurando portas e janelas (Imagem 150). Imagem 150 – Alguns elementos decorativos que podem apresentar-se nas chamadas “casas híbridas” Fotos: Rayssa Martins / Luciana Lyra A Residência Antonio Queiroga Lopes (Imagem 151/ Imagem 152/ Imagem 153), de 1976, dos arquitetos Getúlio Pereira Nóbrega e Luiz Nazário Medeiros Cavalcanti, é o exemplar mais “fidedigno” deste tipo de experiência. 7 O “pseudo-colonial” foi o mais comumente encontrado, mas havia também o “estilo mediterrâneo”. 146 Imagem 151 – Vista da Avenida Mato Grosso Foto: Ricardo F. Araújo Imagem 152 – Fachada Sul Imagem 153 – Área da piscina Fotos: Luciana Lyra Situada no Bairro dos Estados, trata-se de uma casa térrea, com alguns desníveis internos, de 312,45 m² de área construída, edificada em terreno de 60m x 40m (2.400 m²), do tipo mais conhecido como “cabeça de quadra” (Imagem 154). Sua implantação está em posição favorável à captação da ventilação natural, sem obstáculos circunvizinhos, permitiu que os arquitetos posicionassem a sala de estar e o setor íntimo da mesma de modo a captarem a ventilação dominante. Neste sentido os quartos foram os mais privilegiados por estarem elevados em relação ao nível da Rua Projetada e voltados para o lado da piscina. A preocupação com o clima quente e úmido do lugar é outra experiência moderna que também podem ser associadas estes tipos de casas. 147 Imagem 154 – Locação e coberta Elaboração: Ricardo F. Araújo O esquema da sua planta-baixa (Imagem 155) sugere que o programa foi distribuído em volta de um jardim interno que serve de passagem entre o abrigo de automóveis e a copa. No entanto, este jardim não se configura como um núcleo valorizado da casa e ainda não sugere o esquema da planta “centrífuga”. O que é evidente é a configuração espacial concebida a partir de uma modulação, perceptível particularmente no setor íntimo da residência e a diferença de níveis verificados entre o setor social e o setor íntimo, que se reflete na volumetria da casa. 148 Imagem 155 – Planta baixa Elaboração: Ricardo F. Araújo A volumetria ainda é marcada por uma diversidade de soluções para o telhado, onde são observados três tipos diferentes de soluções para a cobertura (Imagem 156): a) telhado de “quatro águas” executado sobre laje plana pré-moldada, estrutura de madeira e telhas cerâmicas; b) laje inclinada sob telhas cerâmicas apoiada diretamente sobre a mesma; c) laje plana sob telhas de fibrocimento, escondida por platibanda. Os elementos que compõem as fachadas (Imagem 150) – pinhas, balcões de ferro, lampiões, azulejos e portas almofadadas – revelam uma preferência estética que não está presente nos exemplares modernos. Ao estabelecer os elementos formais desta residência, os arquitetos optaram por um “estilo” ou “moda” que em nada correspondia a um “procedimento moderno”. O resultado formal é uma casa burguesa de “aparência estilística”, uma arquitetura facilmente aceita, senão desejada. 149 Imagem 156 – diferentes soluções de coberta Elaboração: Ricardo F. Araújo Estas casas representam os tipos de experiências mais recorrentes na arquitetura objeto de estudo. Elas confirmam a continuidade de decisões fortemente atreladas ao legado moderno do período 1940-1960, à experiência moderna dos arquitetos paulistas dos anos 1960 e ao uso de elementos pré-fabricados pela indústria. De uma maneira geral, não buscou a superação da linguagem moderna. Podemos dizer que a arquitetura residencial moderna na cidade de João Pessoa nos anos 1970 trata de uma produção arquitetônica ainda atrelada às experiências modernas que a precedem. Entretanto, alinha-se ao período de forma 150 generalizada, com sua imagem associada à hegemonia do concreto armado, à exposição do fazer arquitetônico e a uma forte preocupação com o controle do clima quente e úmido da região. 151 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Curtis (2008), ao caracterizar a arquitetura moderna internacional, e Spadoni (2003), o cenário arquitetônico brasileiro, ambos percebiam na produção arquitetônica dos anos 1970 um forte vínculo com a experiência moderna das décadas anteriores. A afirmação desse vínculo, por esses autores, ajudou muito na identificação das experiências realizadas na arquitetura objeto de dessa dissertação. Considerando o “know-how” da cultura arquitetônica do século XX, é possível afirmar que grande parte das decisões espaciais, formais e técnico-construtivas verificadas na arquitetura objeto de estudo está apoiada no ideário moderno. Transformando em números os resultados da pesquisa realizada em João Pessoa, podemos dizer que dos 116 projetos de residências modernas (Anexo 02) da década de 1970 encontrados no arquivo da PMJP: Trinta e três (33) estão associadas ao “legado moderno” Trinta e sete (37) estão centradas na preocupação com o clima quente e úmido da região que determinou o partido adotado, Oito (08) têm como elemento de definição as experiências realizadas pelos arquitetos paulistas entre os anos 1960 e 1970, principalmente no que diz respeito ao uso do concreto aparente, Oito (08) utilizam elementos pré-fabricados, buscando alguma inovação formal e técnico-construtiva e atendendo a um grupo social que passa a ter acesso aos serviços profissionais dos arquitetos objetivando racionalidade e redução dos custos da obra, Trinta (30) atendem a interesses comerciais e certos modismos que influenciam as preferências estéticas dos clientes em geral, e em que a experiência moderna era mais perceptível na concepção espacial e na técnica construtiva utilizada do que na linguagem formal. Os elementos constantes em todas as casas modernas estudadas foram: os esquemas de planta livre, sempre organizados a partir de um sistema modulado, experiência que tanto definia a dimensão do espaço como determinava a estrutura; os desníveis de piso, freqüentemente utilizado para marcar a setorização das 152 atividades; os esquemas volumétricos centrados na geometrização da forma, na horizontalidade ou nas composições dinâmicas dos telhados inclinados; o tratamento material, dado repetidamente pelo contraste das superfícies claras, normalmente brancas, com a madeira, o concreto aparente, a cerâmica ou materiais naturais como a pedra; a atenção sempre presente ao controle climático do lugar, a presença da pérgula e a ampla utilização das estruturas de concreto armado. Algumas experiências, como o teto-jardim, o grande abrigo e os elementos pré-fabricados, além de marcar um número reduzido de obras, representam experiências menos freqüentes na arquitetura residencial da cidade de João Pessoa nos anos 1970, o que dá certa distinção às casas em que estas experiências se fazem presentes. São poucos os arquitetos atuantes na cidade naqueles anos familiarizados com este tipo de experiência. A maioria deles estava mais interessada no modo de fazer arquitetura dos arquitetos paulistas entre as décadas de 1960 e 1970 ou com as experiências associadas ao legado moderno das décadas anteriores à construção de Brasília. Estudar os anos 1970 trouxe uma percepção particular no que diz respeito à imagem da arquitetura moderna naqueles anos: a de que seu caráter inovador estava associado à exposição do fazer arquitetônico. Inclusive no cenário internacional, a imagem da arquitetura moderna se renovava ao deixar perceptível a tecnologia construtiva expondo treliças metálicas, porcas e parafusos, tirantes, dutos de instalações, entre outros, modificando a estética arquitetônica moderna. Os arquitetos atuantes na cidade, naqueles anos 1970, pareceram pouco identificados também com este tipo de experiência. A produção desses arquitetos, exceto honrosas exceções que confirmam a regra, revelava a especificidade da formação acadêmica e a prática profissional comum nesse momento, ambas atendendo a demanda de mercado. No Brasil dos anos 1970, parece que a experiência da pré-fabricação e a exposição do fazer arquitetônico foram responsáveis por difundir um senso estético diferenciado, algumas vezes inovador, ao deixar aparentes os blocos cerâmicos, as nervuras das lajes, a estrutura de escadas helicoidais, as instalações prediais e o tratamento das superfícies. Ilustra bem esse tratamento a Residência Leão Mansur, no município de Paudalho (PE), projeto de Delfim Amorim de 1970: 153 Quase todos os materiais se apresentam sem revestimentos, o que confere aos espaços uma rusticidade coerente com os fins a que se destina a habitação. Até a laje de coberta, neste caso, pré-moldada, se apresenta à vista na sua face interior, com sua estrutura de vigotas de concreto armado que suportam blocos cerâmicos (AMORIM, 1991). Experiências desse tipo aperfeiçoaram a arquitetura do nordeste, uma produção que sempre esteve amplamente preocupada com o controle climático do lugar. Nas experiências observadas em João Pessoa, em alguns exemplares os materiais utilizados também eram responsáveis pela amenização da temperatura no interior das casas. Embora a arquitetura residencial moderna da cidade de João Pessoa nos anos 1970 não seja protagonista de aspectos inovadores, a atuação profissional na cidade apresentava “novidades”. Quando comparado com as décadas anteriores, os anos 1970 representaram uma expansão do mercado de trabalho para os arquitetos: eles passaram a atuar, não somente nos escritórios, mas também em agências locais de órgãos federais, em unidades estaduais, em autarquias e em vários setores da Universidade Federal da Paraíba (incluindo a Prefeitura do Campus e o Curso de Arquitetura). Paralelamente, nesse momento, uma classe média urbana passa a ter acesso ao trabalho do arquiteto e a buscar os seus serviços, ou seja, a forma de concretizar a tão desejada casa moderna, de forma econômica, como convinha a esse grupo social emergente. Embora não acrescente singularidade digna de registro à arquitetura moderna brasileira dos anos 1970 a arquitetura pessoense revela qualidade em algumas experiências, cujo know-how era amplamente difundido nacionalmente, não se distinguindo da arquitetura moderna produzida em todo o país naqueles anos. Esse trabalho tem como meta contribuir para o debate sobre a produção arquitetônica dos anos 1970 e, se possível, não se limitar ao estudo de experiências modernas já assimiladas e amplamente difundidas pela historiografia da arquitetura moderna brasileira. Entretanto, no decorrer desse trabalho, ficou evidente que alguns temas mereciam aprofundamento, como por exemplo: 1) A produção paulista da virada da década de 1960 para 1970, enquanto uma expressão da arquitetura brasileira não se limitou a São Paulo. Não seria interessante uma investigação que buscasse a influência dessa 154 produção na cidade de João Pessoa a partir de uma pesquisa da produção de jovens arquitetos formados entre os anos 1960-1980? 2) A questão da pré-fabricação em arquitetura era um dos temas mais sedutores entre as décadas de 1960 e 1970. Não valeria a pena desenvolver pesquisas que tratassem de obras e arquitetos que tivessem realizado experiências de pré-fabricação industrial ou pré-moldagem artesanal, entre os anos 1970-1990 no Nordeste? 3) Da mesma forma, valeria um estudo da utilização e influência dos elementos pré-fabricados na arquitetura residencial do nordeste brasileiro, particularmente entre os anos 1970-1980. Desta forma espera-se que essa dissertação tenha contribuído com a produção de algum conhecimento e passe a estimular novos estudos, novas idéias e futuras pesquisas sobre a produção arquitetônica de nossa cidade. 155 REFERÊNCIAS ACAYABA, Marlene Milan. Residências em São Paulo, 1947-1975. São Paulo: Projeto, 1986. ALBERTON, Josicler Orbem. Influência Modernista Residencial de Florianópolis. Florianópolis, 2006. Dissertação (mestrado) – PPGAU, Universidade Federal de Santa Catarina. AMORIM, Luiz (org.). Delfim Amorim Arquiteto. Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de Pernambuco. 2. ed. 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International working party for document and conservation of buildings, sites and neighborhoods of the modern movement. Disponível em: 160 7. ANEXOS 161 ANEXO 01 FICHAS DE REGISTRO PROJETOS DE ARQUITETURA (ARQUIVO CENTRAL DA P.M.J.P. ANOS 1975-1979) 7. ANEXOS 162 Ano: 1975 02 - (Caixa 05- A) Proprietário: Afrânio B.Cavalcanti Local: Lotes wº 16/17 da quadra 71 do loteamento da Antiga Propriedade “veado sobradinho” Bairro dos Estados – João Pessoa Arquiteto: Tertuliano Dionísio CREA/Inserção na P.M.J.P: CREA: 3460 d 2ªR Aprovação na P.M.J.P: 03/ Outubro /1975 Dados: Área do Terreno: 1000,00m² Área da construção: 250,00m² Índice de Aproveitamento: 26,1% 04 - (Caixa 05- C) Proprietário: Celeida F. Monteiro Galvão Local: Rua Adolfo Cirne, 101- Vizinhos-87-109- João Pessoa (PB) Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti CREA/Inserção na P.M.J.P: CREA: 0446/75 -2ª Região Visto: 711- 16ª Região Aprovação na P.M.J.P: 10/setembro/1975 Dados: Área do Terreno: 291,49 m² Área da construção: 152,08 m² Área da Coberta: 159,00 m² Taxa de Ocupação: 54% Índice de Aproveitamento: 52% 08 - (Caixa 04- F) Proprietário: Dr. Francisco Xavier Sobrinho Local: Rua Antonio Lira-Tambaú-João Pessoa (PB) Arquiteto: Mário Glauco de Láscio CREA/Inserção na P.M.J.P: CREA: 1405 D-2º Região Visto: nº9- 16ª Região Aprovação na P.M.J.P: 16/setembro /1975 Dados: Área do Terreno: 750,00m² Área da construção: 326,00m² Taxa de Ocupação: 52% Área da Coberta: 401,42m² Índice de Aproveitamento: 0,68% 163 09 - (Caixa 03- G) Proprietário: Sr. Geradez Tomaz Local: Rua Tabelião José Ramalho Leite Silva– Parque Cabo Branco- João Pessoa (PB) Arquiteto: Maria Grasiela de A. Dantas CREA/Inserção na P.M.J.P: CREA: 3440 16º Região Visto: não encontrado Aprovação na P.M.J.P: 30/outubro /1975 Dados: Área do Terreno: 760,00m² Área da construção: 334,44m² Taxa de Ocupação: 0 2789% Área da Coberta: 335,44m² Índice de Aproveitamento: 0 4400% 11 - (Caixa 01- I) Proprietário: Sr. Ivanio Trigueiro Bezerra Local: Rua Deputado José Mariz, lote 6- João Pessoa (PB) Arquiteto: Maria da Graça Carneiro Pessoa Maria Alice dos Anjos Rosa Virginia de Sá Bomfim CREA/Inserção na P.M.J.P: CREA: 4772 -D 2º Região Nº de Inscrição: 726 -16ªRegião Aprovação na P.M.J.P: 27/Janeiro /1975 Dados: Área do Terreno: 360,00m² Área da construção: 179,25m² Área da Coberta: 192,65m² 18 - (CAIXA N - 02) Proprietário: Natanael Rohr da Silva. Local: Visconde de Cairú, s/n – lote nº 9 da quadra “N” do antigo Loteamento Parque do Cabo Branco. Arquiteto: Pedro Abrahão Dieb. CREA/Inscrição na P.M.J.P: Aprovação na P.M.J.P: 09/01/1975. Dados: Área do Terreno: 384,00m² Área da construção: 170,55m² Taxa de Ocupação: 0,55% Índice de Aproveitamento: 0,44% 164 22 - (CAIXA R - 03) Proprietário: Rinaldo de Sousa e Silva Local: Setor 19, quadra 20, lote 386- Av. Epitácio Pessoa- João Pessoa (PB) Arquiteto: Antonio José do Amaral e Silva Mª Berenice Fraga do Amaral CREA/Inserção na P.M.J.P: CREA: 3578-D. Visto: 556 224-72 Aprovação na P.M.J.P: 13/fevereiro /1975 Dados: Área do Terreno: 487m² Área da construção: 237m² Taxa de Ocupação: 0,486% Área da Coberta: 237m² Índice de Aproveitamento: 0,486% 23-(CAIXA S - 04) Proprietário: Dr. Luiz Sálvio Galvão Dantas Local: Rua Desp. José Eduardo de Holanda, em cruzamento com a rua Tabelião Antonio Carneiro, lote 047 da quadra 044, praia de Cabo Branco - João Pessoa (PB) Arquiteto: Maria Grasiela de A. Dantas CREA/Inserção na P.M.J.P: CREA: 344- D 16ª Região Visto: Não encontrado Aprovação na P.M.J.P: 21/julho /1975 Dados: Área do Terreno: 450,00m² Área da construção: 278,00m² Taxa de Ocupação: 0,40% Índice de Aproveitamento: 0,6169% 165 ANO: 1975 encontrado em 1976 01 Proprietário SR. ANTONIO DA SILVA MORAIS Local RUA MANUEL MADRUGA, s/n – Loteamento São Joaquim Arquitetos ANTÔNIO JOSÉ DO AMARAL E SILVA CREA/ Inscrição na PMJP 3578 – D Aprovação na PMJP 27/OUTUBRO/75 Dados Área do terreno: 704,00 m2. Área de construção: 224,00 m2. Indice de ocupação: 3,13% Indice de aproveitamento: 3,13% 02 Proprietário ANTONIO IBRAILDO DE ARAÚJO Local AVENIDA RIO GRANDE DO NORTE – Bairro dos Estados Arquiteto PEDRO ABRAHÂO DIEB CREA/ Inscrição na PMJP 2090-D/ 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 01/AGOSTO/75 Dados Área do terreno: 2.640,00 m2. Área de construção: 462,00 m2. Indice de ocupação: 0,175% Indice de aproveitamento: 0,237% 03 Proprietário BRÁULIO PEREIRA LINS Local RUA LIONILDO FERNANDES DE OLIVEIRA Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 28/AGOSTO/75 Dados Área do terreno: 432,00 m2. Área de construção: 183,60 m2. Indice de ocupação: 44% Indice de aproveitamento: 42% 166 04 Proprietário CELEIDA F. MONTEIRO GALVÃO Local RUA ADOLFO CIRNE, 101 Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 10/SETEMBRO/75 Dados Área do terreno: 291,49 m2. Área de construção: 152,08 m2. Indice de ocupação: 52% Indice de aproveitamento: 54% 05 Proprietário DR. JOSÉ VERIATO DE SOUSA Local AVENIDA PIAUÍ c/ AVENIDA ALAGOAS – Bairro dos Estados Arquiteto HUGO MIGUEL JIMÉNEZ SALINAS CREA/ Inscrição na PMJP 1836-D/ 2ª. REGIÃO VISTO 54/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 03/DEZEMBRO/75 Dados Área do terreno: 958,00 m2. Área de construção: 280,00 m2. Indice de ocupação: 0,23 Indice de aproveitamento: 0,29 06 Proprietário SR. GENUÍNO JOSÉ RAIMUNDO Local RUA SAFFA SAID ABEL – Loteamento Jardim Tambauzinho Arquiteto PEDRO ABRAHÂO DIEB CREA/ Inscrição na PMJP 2090-D/ 2ª. REGIÃO 131 – 16ª. REGIÂO Aprovação na PMJP 15/AGOSTO/75 Dados Área do terreno: 936,00 m2. Área de construção: 325,00 m2. Indice de ocupação: 0,34% Indice de aproveitamento: 0,38% 167 07 Proprietário LUÍZ RÉGIS PESSOA DE FARIAS Local RUA MAESTRO OSVALDO EVARISTO DA COSTA – Bairro dos Estados Arquitetos ANTÔNIO JOSÉ DO AMARAL E SILVA MARIA BERENICE FRAGA DO AMARAL CREA/ Inscrição na PMJP 3578 – D 224-72 Aprovação na PMJP 25/NOVEMBRO/75 Dados Área do terreno: 640,00 m2. Área de construção: 243,30 m2. Indice de ocupação: 0,395 Indice de aproveitamento: 0,383 08 Proprietário DR. PEDRO SOLIDÔNIO PALITOT Local AVENIDA MARIA ELIZABETH c/ FRUTUOSO DANTAS - Tambaú Arquiteto MÁRIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP Aprovação na PMJP 10/JANEIRO/75 Dados Área do terreno: 600,00 m2. Área de construção: 285,00 m2. Indice de ocupação: 0,47 Indice de aproveitamento: 0,94 09 Proprietário DR. VALDES CUNHA CAVALCANTI Local AVENIDA GENERAL GERALDO COSTA c/ AVENIDA GENERAL EDSON RAMALHO - Tambaú Arquiteto GLÁUCIA CAVALCANTI ANUNCIAÇÃO CREA/ Inscrição na PMJP 5404 VISTO 682 – 16ª. REGIÃO 07386 Aprovação na PMJP 27/OUTUBRO/75 Dados Área do terreno: 480,00 m2. Área de construção: 205,00 m2. Indice de ocupação: 0,50 Indice de aproveitamento: 0,43 168 ANO: 1975 encontrado em 1977 01/ CAIXA 01 – LETRA C Proprietário CLÓVIS BEZERRA CAVALCANTI Local AVENIDA RIO GRANDE DO SUL – Bairro dos Estados Arquiteto MARIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405/D – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 02/DEZEMBRO/1975 Dados Área do terreno: 900,00 m2. Área de coberta: Área de construção: 391,00 m2. Indice de ocupação: 0,58 Indice de aproveitamento: 0,43 02/ CAIXA 03 – LETRA F Proprietário FRANCISCO DE CHAGAS DUARTE Local RUA JUIZ AMARO BEZERRA S/N – Cabo Branco Arquiteto TERTULIANO DIONÍSIO CREA/ Inscrição na PMJP 3460/D – 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 17/OUTUBRO/1975 Dados Área do terreno: 480,00 m2. Área de coberta: 254,69 m2. Área de construção: 223,00 m2. Indice de ocupação: 47% Indice de aproveitamento: NÃO CITADO 03/ CAIXA 01 – JOSÉ Proprietário SR. JOSÉ IRAN DE LACERDA Local RUA ESPÍRITO SANTO – Bairro dos Estados Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. Região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 22/DEZEMBRO/1975 Dados Área do terreno: 1.024,00 m2. Área de coberta: 317,57 m2. Área de construção: 351,12 m2. Indice de ocupação: Indice de aproveitamento: 169 04/ CAIXA 01 – JOÃO Proprietário JOÃO WANDERLEY Local AVENIDA NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES - Tambaú Arquiteto ANTONIO JOSÉ DO AMARAL E SILVA MARIA BERENICE FRAGA DO AMARAL CREA/ Inscrição na PMJP 3578 – D/ 2ª. Região VISTO 224/72 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 22/SETEMBRO/1975 Dados Área do terreno: 400,00 m2. Área de coberta: 97,50 m2. Área de construção: 195,46 m2. Indice de ocupação: 0,243 Indice de aproveitamento: 0,487 05/ CAIXA 04 – LETRA M Proprietário MAX BORGES SAEGER Local RUA BANCÁRIO FRANCISCO MENDES Arquiteto CARLOS ALBERTO CARNEIRO DA CUNHA CREA/ Inscrição na PMJP 1562 – D/ 2ª. Região VISTO 296 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 11/DEZEMBRO/1975 Dados Área do terreno: 2.300,00 m2. Área de coberta: 378,85 m2. Área de construção: 378,85 m2. Indice de ocupação: 0,16 Indice de aproveitamento: 0,16 06/ CAIXA 02 – LETRA V Proprietário DR. VITORIO PETRUCCI Local RUA JÚLIA FREIRE - Torre Arquiteto TERTULIANO DIONÍSIO CREA/ Inscrição na PMJP 3460/D – 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 16/ SETEMBRO/1975 Dados Área do terreno: 400,00 m2. Área de construção: 370,00 m2. Indice de ocupação: 41 % Indice de aproveitamento: 41 % 170 ANO: 1975 encontrado em 1979 01/ CAIXA 03 – LETRA F Proprietário FRANCISCO DE MEDEIROS NÓBREGA Local JARDIM OCEANIA - Bessa Arquitetos CARLOS ALBERTO MELO DE ALMEIDA Crea/ Inscrição na PMJP 24.233 532 – 16ª. REGIÃO 13.691 Aprovação na PMJP 08/JANEIRO/75 Dados Área do terreno: 450,00 m2. Área da coberta: 107,36 m2. Área de construção: 97,20 m2. Indice de ocupação: 21,0% Indice de aproveitamento: 21,0% 171 ANO: 1976 01/ CAIXA 04 – LETRA A Proprietário ARTUR GONSALVES RIBEIRO Local AVENIDA MATO GROSSO c/ AVENIDA PIAUÍ – Bairro dos Estados Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 25/AGOSTO/76 Dados Área do terreno: 800,00 m2. Área de construção: 316,00 m2. Indice de ocupação: 52% Indice de aproveitamento: 52% 02/ CAIXA 04 – LETRA A Proprietário DR. ADÃO LEITE Local AVENIDA CAMPOS SALES – Jardim Oceania/ Bessa Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 05/JANEIRO/76 Dados Área do terreno: 750,00 m2. Área de construção: 274,15 m2. Indice de ocupação: 40% Indice de aproveitamento: 40,2 03/ CAIXA 06 – LETRA A Proprietário AUGUSTO RODRIGUES DA SILVA Local RUA DR. FRUTUOSO DANTAS c/ AVENIDA BUARQUE – Cabo Branco Arquiteto MÁRIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP Aprovação na PMJP 22/DEZEMBRO/76 Dados Área do terreno: 510,00 m2. Área de construção: 343,60 m2. Indice de ocupação: Indice de aproveitamento: 172 04/ CAIXA 03 - ANTONIO Proprietário ANTONIO EDUARDO AQUINO Local AVENIDA SÃO GONÇALO c/ AVENIDA UMBUZEIRO Arquiteto ANTONIO EDUARDO DE AQUINO CREA/ Inscrição na PMJP 60541 – 6ª. REGIÃO VISTO 680 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 19/MAIO/76 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 119,24 m2. Indice de ocupação: 0,41 Indice de aproveitamento: 0,33 05/ CAIXA 01 – LETRA C Proprietário CLÁUDIO EMMANUEL G. DA SILVA Local AVENIDA MINAS GERAIS s/n – Bairro dos Estados Arquiteto FRANCISCO DE ASSIS GONÇALVES DA SILVA CREA/ Inscrição na PMJP 5994 - D Aprovação na PMJP 15/OUTUBRO/76 Dados Área do terreno: Área de construção: Indice de ocupação: Indice de aproveitamento: 06/ CAIXA 02 – LETRA D Proprietário CARLOS ALBERTO MELO DE ALMEIDA Local AVENIDA MATO GROSSO c/ AVENIDA PIAUÍ – Bairro dos Estados Arquiteto CARLOS ALBERTO MELO DE ALMEIDA CREA/ Inscrição na PMJP 24233 – D/ 6ª. REGIÃO VISTO 532 Aprovação na PMJP 11/MAIO/76 Dados Área do terreno: 390,00 m2. Área de construção: 171,77 m2. Índice de ocupação: 44% Índice de aproveitamento: 44% 173 07/ CAIXA 01 – LETRA G Proprietário DR. GERALDO TEIXEIRA DE CARVALHO Local AVENIDA CAMILO DE HOLANDA c/ RUA SANDOVAL DE OLIVEIRA Arquiteto RÔMULO SÉRGIO CARVALHO CREA/ Inscrição na PMJP 5963 – D/ 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP Anotado no CREA em 04/fevereiro/76 Dados Área do terreno: 455,00 m2. Área de construção: 353,80 m2. Índice de ocupação: 44,30 % Índice de aproveitamento: 1,28 % 08/ CAIXA 01 – LETRA I Proprietário SR. GUNTER SCHERER WAHLING Local AVENIDA JOÃO MAURÍCIO - Tambaú Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 01/NOVEMBRO/76 Dados Área do terreno: 495,60 m2. Área de construção: 377,47m2. Índice de ocupação: 44,83% Índice de aproveitamento: 09/ CAIXA 04 – LETRA I Proprietário DR. IVAN RODRIGUES DE CARVALHO Local AVENIDA JOÃO MAURÍCIO - Tambaú Arquiteto MÁRIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP Aprovação na PMJP 19/MAIO/76 Dados Área do terreno: 1.750,00 m2. Área de construção: 468,00 m2. Indice de ocupação: 0,37 Indice de aproveitamento: 0,26 174 10/ CAIXA 03 – LETRA J Proprietário JORGE GUENTCH OGLUIAN Local AVENIDA CAMPOS SALES, 3196 – Jardim Oceania/ Bessa Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 07/ABRIL/76 Dados Área do terreno: 1.250,00 m2. Área de construção: 439,25 m2. Índice de ocupação: 0,21 % Índice de aproveitamento: 0,36% 11/ CAIXA 01 - JOSÉ Proprietário SR. JOSÉ ARI GADELHA DO AMARAL Local AVENIDA AMAPÁ c/ AVENIDA SÃO PAULO – Bairro dos Estados Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 07/JANEIRO/76 Dados Área do terreno: 658,00 m2. Área de construção: 266,00 m2. Índice de ocupação: 0,40% Índice de aproveitamento: 0,40% 12/ CAIXA 03 - JOSÉ Proprietário SR. JOSÉ MARIA DE ARAÚJO DANTAS Local AVENIDA MARIA ELIZABETH c/ RUA TABELIÃO JOSÉ RAMALHO Arquitetos ANTÔNIO JOSÉ DO AMARAL E SILVA MARIA BERENICE FRAGA DO AMARAL CREA/ Inscrição na PMJP 3578 – D 224-72 Aprovação na PMJP 02/ABRIL/76 Dados Área do terreno: 788,00 m2. Área de construção: 250,00 m2. Índice de ocupação: 0,379 Índice de aproveitamento: 0,317 175 13/ CAIXA 06 - JOSÉ Proprietário DR. JOSÉ TRAJANO DE SOUZA Local RUA DOS NAVEGANTES - Tambaú Arquitetos RENATO AZEVEDO VILNA SERPA CREA/ Inscrição na PMJP 3568 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO 396 – 16ª. REGIÃO 4085 – D/ 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 16/MARÇO/76 Dados Área do terreno: 900,00 m2. Área de construção: 287,20 m2. Índice de ocupação: 0,24 Índice de aproveitamento: 0,35 14/ CAIXA 03 – LETRA M Proprietário SR. MARCO AURÉLIO MAYER DUARTE Local AVENIDA ACRE – Bairro dos Estados Arquitetos RENATO AZEVEDO VILNA SERPA CREA/ Inscrição na PMJP 3568 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO 396 – 16ª. REGIÃO 4085 – D/ 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 26/FEVEREIRO/76 Dados Área do terreno: 396,00 m2. Área de construção: 221,40 m2. Índice de ocupação: 0,56 Índice de aproveitamento: 0,47 15/ CAIXA 02 - MANOEL Proprietário SR. MANOEL DOMINGOS SOBREIRA Local AVENIDA 08, s/n – Reloteamento do antigo Loteamento da propriedade de Tambaú. Arquiteto VERA PIRES VIANA CREA/ Inscrição na PMJP 4839 – D/ 2ª. REGIÃO 13.516 Aprovação na PMJP 18/FEVEREIRO/76 Dados Área do terreno: 406,00 m2. Área de construção: 202,00 m2. Índice de ocupação: 0,60 Índice de aproveitamento: 0,49 176 16/ CAIXA 03 - MANOEL Proprietário SR. MANUEL ESPINAR GUERRA Local RUA DR. MANUEL MADRUGA Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 02/AGOSTO/76 Dados Área do terreno: 960,00 m2. Área de construção: 301,83 m2. Índice de ocupação: 0,31% Índice de aproveitamento: 0,31% 17/ CAIXA 02 – LETRA N Proprietário SRA. NOÊMIA BELTRÃO MONTEIRO Local AVENIDA GUARABIRA Arquitetos ANTÔNIO JOSÉ DO AMARAL E SILVA MARIA BERENICE FRAGA DO AMARAL CREA/ Inscrição na PMJP 3568 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO 877 – D/ 16ª. REGIÂO Aprovação na PMJP 14/ABRIL/76 Dados Área do terreno: 450,00 m2. Área de construção: 149,90 m2. Índice de ocupação: 0,359% Índice de aproveitamento: 0,333% 18/ CAIXA 03 – LETRA P Proprietário SR. PETRÔNIO VILLAR FARACO Local RUA SILVIO ALMEIDA - Tambauzinho Arquiteto CARLOS ALBERTO MELO DE ALMEIDA CREA/ Inscrição na PMJP 24233 – D/ 6ª. REGIÃO VISTO 532 – 16ª. REGIÂO 13.691 Aprovação na PMJP 30/JANEIRO/76 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 160,51 m2. Índice de ocupação: 44% Índice de aproveitamento: 44% 177 19/ CAIXA 02 – LETRA S Proprietário SEVERINO DE ASSIS JÚNIOR Local AVENIDA MOISÉS COELHO – Santa Júlia Arquiteto TERTULIANO DIONÍSIO CREA/ Inscrição na PMJP Aprovação na PMJP 15/DEZEMBRO/76 Dados Área do terreno: 620,00 m2. Área de construção: 346,00 m2. Índice de ocupação: 0,5 Índice de aproveitamento: 1,00 178 ANO: 1976 encontrado em 1977 01/ CAIXA 02 – LETRA A Proprietário DR. ALUÍZIO CARNEIRO Local AVENIDA BAHIA, LOTES 8 E 9 – Bairro dos Estados Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. Região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 11/setembro/1976 Dados Área do terreno: 564,00 m2. Área de coberta: Área de construção: 238,88 m2. Índice de ocupação: 50% Índice de aproveitamento: 42% 02/ CAIXA 01 – ANTONIO Proprietário SR. ANTONIO DE SOUZA FRANÇA Local AVENIDA ANTONIO LIRA C/ RUA ADOLFO LOUREIRO - Tambaú Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. Região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 05/MARÇO/1976 Dados Área do terreno: 645,00 m2. Área de coberta: Área de construção: 549,82 m2. Índice de ocupação: 0,40% Índice de aproveitamento: 0,40% 03/ CAIXA 04 - ANTONIO Proprietário SR. ANTONIO DE PÁDUA G. PEREIRA Local RUA LAURO TORRES C/ RUA JOSÉ CLEMENTINO DE OLIVEIRA – Loteamento Jardim Tambauzinho Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 20/AGOSTO/1976 Dados Área do terreno: 550,00 m2. Área de coberta: Área de construção: 220,87 m2. Índice de ocupação: 40% Índice de aproveitamento: 40% 179 04/ CAIXA 01 – LETRA B Proprietário BONIFÁCIO ROLIM DE MOURA Local RUA EVALDO VANDERLEY - Tambauzinho Arquiteto MARIA GRASIELA DE ALMEIDA DANTAS (engenheira: Maria de Lourdes M. F. de Alcântara) CREA/ Inscrição na PMJP 344-d/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 18/OUTUBRO/1976 Dados Área do terreno: 790,00 m2. Área de coberta: 346,60 m2. Área de construção: 346,60 m2. Índice de ocupação: 0,43 Índice de aproveitamento: 0,43 05/ CAIXA 04 – LETRA C Proprietário DRA. CANDIDA MOREIRA FILGUEIRAS Local RUA TABELIÃO JOSÉ RAMALHO - Tambaú Arquiteto HUGO MIGUEL JIMENEZ SALINAS CREA/ Inscrição na PMJP 1836 - D Aprovação na PMJP 30/DEZEMBRO/1976 Dados Área do terreno: 364,00 m2. Área de coberta: 182,88 m2. Área de construção: 156,00 m2. Índice de ocupação: 0,42 Índice de aproveitamento: 0,42 06/ CAIXA 02 – LETRA D Proprietário DIÓGENES DOS SANTOS S. JÚNIOR Local AVENIDA RIO GRANDE DO SUL – Bairro dos Estados Arquiteto MARIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405/D – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 24/AGOSTO/1976 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de coberta: 210,79 m2. Área de construção: 179,18 m2. Índice de ocupação: 49% Índice de aproveitamento: 49% 180 07/ CAIXA 03 – LETRA E Proprietário E. GERSON PROJETOS E CONSTRUÇÕES LTDA. Local AVENIDA ANTONIO LIRA - Tambaú Arquiteto CARLOS ALBERTO CANEIRO DA CUNHA CREA/ Inscrição na PMJP 1562-D/ 2ª. REGIÃO VISTO: 296/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 18/AGOSTO/1976 Dados Área do terreno: 680,00 m2. Área de coberta: 319,60 m2. Área de construção: 334,86 m2. Índice de ocupação: 0,47 Índice de aproveitamento: 0,49 08/ CAIXA 04 – LETRA E Proprietário EZEQUIEL FERNANDES DA COSTA Local RUA MAESTRO OSVALDO EVARISTO S/N - Mandacaru Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. Região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 01/JULHO/1976 Dados Área do terreno: 640,00 m2. Área de coberta: Área de construção: 281,30 m2. Índice de ocupação: 0,39 Índice de aproveitamento: 0,43 09/ CAIXA 03 – LETRA F Proprietário FRANCISCO DE SALES PINTO Local RUA JUIZ AMARO BEZERRA – Cabo Branco Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. Região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 07/DEZEMBRO/76 Dados Área do terreno: 480,00 m2. Área de coberta: 214,58 m2. Área de construção: 214,58 m2. Índice de ocupação: 45% Índice de aproveitamento: 45% 181 10/ CAIXA 04 – LETRA F Proprietário FABIANO CAVALCANTI DE MELO Local AVENIDA PRESIDENTE KENNEDY – Tambauzinho Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. Região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 12/AGOSTO/1976 Dados Área do terreno: 340,20 m2. Área de coberta: Área de construção: 165,84 m2. Índice de ocupação: 0,52 Índice de aproveitamento: 0,49 11/ CAIXA 01 – LETRA G Proprietário GERALDEZ TOMAZ Local RUA ANTONIO CARLOS DE ARAÚJO Arquiteto MARIA GRASIELA DE ALMEIDA DANTAS CREA/ Inscrição na PMJP 344 - D – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 09/SETEMBRO/1976 Dados Área do terreno: 380,00 m2. Área de coberta: 209,00 m2. Área de construção: 180,00 m2. Índice de ocupação: 0,55 Índice de aproveitamento: 0,47 12/ CAIXA 01 – LETRA H Proprietário SR. HUMBERTO MANOEL DE FREITAS Local RUA ADOLFO LOUREIRO Arquiteto RONALDO S. NEGROMONTE DE MACÊDO ANTONIO EDUARDO AQUINO CREA/ Inscrição na PMJP 5753/D – 2ª. REGIÃO VISTO 765 – 16ª. REGIÃO 60.541/D – 6ª. REGIÂO VISTO 680 – 16ª. REGIÃO 19.545-6 Aprovação na PMJP 25/OUTUBRO/1976 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de coberta: 197,20 m2. Área de construção: 176,20 m2. Índice de ocupação: 0,49 Índice de aproveitamento: 0,49 182 13/ CAIXA 03 – LETRA J Proprietário JOSÉ ROMERO ALMEIDA FERREIRA Local AVENIDA CABO BRANCO Arquiteto CARLOS ALBERTO CARNEIRO DA CUNHA CREA/ Inscrição na PMJP 1562-D/ 2ª. REGIÃO VISTO: 296/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 29/JANEIRO/1976 Dados Área do terreno: 1.440,00 m2. Área de coberta: 452,00 m2. Área de construção: 452,00 m2. Índice de ocupação: 32,5 Índice de aproveitamento: 31,4 14/ CAIXA 08 - JOSÉ Proprietário DR. JOSÉ TRAJANO DE SOUZA Local AVENIDA DOS NAVEGANTES – Tambaú Arquiteto RENATO AZEVEDO VILNA SERPA CREA/ Inscrição na PMJP 3568 – D/ 2ª. REGIÃO 4085 – D/ 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 16/MARÇO/1976 Dados Área do terreno: 900,00 m2. Área de construção: 287,20 m2. Índice de ocupação: 0,24 Índice de aproveitamento: 0,35 15/ CAIXA 04 – JOÃO Proprietário JOÃO DE ANDRADE MELO Local RUA MONTEIRO DA FRANCA - Manaíra Arquiteto RONALDO S. NEGROMONTE DE MACÊDO ANTONIO EDUARDO AQUINO CREA/ Inscrição na PMJP 5753/D – 2ª. REGIÃO VISTO 765 – 16ª. REGIÃO 60.541/D – 6ª. REGIÂO VISTO 680 – 16ª. REGIÃO 19.545-6 Aprovação na PMJP 13/SETEMBRO/1976 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de coberta: 144,45 m2. Área de construção: 132,20 m2. Índice de ocupação: 0,40 Índice de aproveitamento: 0,369 183 16/ CAIXA 02 – LETRA L Proprietário SR. LUIS CARLOS CARVALHO/ LÍVIA CARVALHO Local AVENIDA GUARABIRA – JARDIM PAN-AMÉRICA (Manaíra) Arquiteto ANTONIO JOSÉ DO AMARAL E SILVA MARIA BERENICE FRAGA DO AMARAL CREA/ Inscrição na PMJP 3578 – D/ 2ª. Região VISTO 877 – D/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 30/DEZEMBRO/1976 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de coberta: 156,00 m2. Área de construção: 185,00 m2. Índice de ocupação: 0,43 Índice de aproveitamento: 0,50 17/ CAIXA 01 – LETRA M Proprietário SR. MARINALDO BARBOSA Local AVENIDA CAMPOS SALES - Bessa Arquiteto ANTONIO JOSÉ DO AMARAL E SILVA MARIA BERENICE FRAGA DO AMARAL CREA/ Inscrição na PMJP 3578 – D/ 2ª. Região VISTO 877 – D/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 12/OUTUBRO/1976 Dados Área do terreno: 750,00 m2. Área de coberta: 295,11 m2. Área de construção: 278,62 m2. Índice de ocupação: 0,39 Índice de aproveitamento: 0,37 18/ CAIXA 01 – MARIA Proprietário MARIA GRASIELA DE ALMEIDA DANTAS Local RUA EUZELY FABRÍCIO DE SOUZA ESQ. C/ AVENIDA GUARABIRA - Manaíra Arquiteto MARIA GRASIELA DE ALMEIDA DANTAS CREA/ Inscrição na PMJP 344 - D – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 03/SETEMBRO/1976 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de coberta: 152,00 m2. Área de construção: 129,00 m2. Índice de ocupação: Índice de aproveitamento: 184 19/ CAIXA 02 – LETRA P Proprietário SR. POTENGI HOLANDA DE LUCENA Local AVENIDA UMBUZEIRO/ SÃO GONÇALO - Manaíra Arquiteto ANTONIO JOSÉ DO AMARAL E SILVA MARIA BERENICE FRAGA DO AMARAL CREA/ Inscrição na PMJP 3578 – D/ 2ª. Região VISTO 877 – D/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 19/AGOSTO/1976 Dados Área do terreno: 300,00 m2. Área de coberta: 220,70 m2. Área de construção: 220,70 m2. Índice de ocupação: 0,735 Índice de aproveitamento: 0,735 20/ CAIXA 03 – LETRA P Proprietário SR. PEDRO MADEIRA DE MELO Local AVENIDA CABO BRANCO, 3506 – Cabo Branco Arquiteto MÁRIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405 – D/ 2ª. Região VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 08/OUTUBRO/1976 Dados Área do terreno: 1.700,58 m2. Área de coberta: Área de construção: 331,60 m2. Índice de ocupação: 2,3 % Índice de aproveitamento: 0,2 21/ CAIXA 03 – LETRA S Proprietário SÉRGIO M. DE AQUINO DE CASTRO PINTO Local AVENIDA MONTEIRO LOBATO - Tambaú Arquiteto RONALDO S. NEGROMONTE DE MACEDO ANTONIO EDUARDO DE AQUINO CREA/ Inscrição na PMJP 5753/D – 2ª. REGIÃO VISTO 765 – 16ª. REGIÃO 60.541/D – 6ª. REGIÂO VISTO 680 – 16ª. REGIÃO 19.545-6 Aprovação na PMJP 06/DEZEMBRO/1976 Dados Área do terreno: 400,00 m2. Área de construção: 124,81 m2. Índice de ocupação: 0,31 Índice de aproveitamento: 0,31 185 22/ CAIXA 02 – LETRA V Proprietário VICENTE PEREIRA DA SILVA Local RUA ANTONIO GAMA – Expedicionários Arquiteto UBIRATAN DE VASCONCELOS L. DA CUNHA CREA/ Inscrição na PMJP 916 – D/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 11/NOVEMBRO/1976 Dados Área do terreno: 624,00 m2. Área de coberta: Área de construção: 297,49 m2. Índice de ocupação: 47% Índice de aproveitamento: 47% 186 ANO: 1976 encontrado em 1978 01/ CAIXA 02 – LETRA A Proprietário SR. ALÍPIO ANTONIO RABELO DIAS Local RUA MANOEL PAULINO JÚNIOR, s/ n - Tambauzinho Arquiteto UBIRATAN DE VASCONCELOS LEITÃO DA CUNHA CREA/ Inscrição na PMJP 916 – D/ 16ª. REGIAÕ Aprovação na PMJP 15/JANEIRO/1976 Dados Área do terreno: 720,00 m2. Área de construção: 304,85 m2. Indicie de ocupação: 49,10 m2. Indicie de aproveitamento: 42,30 m2. 02/ CAIXA 07 - JOSÉ Proprietário SR. JOSÉ LEAL Local RUA FRANCISCO DE LIMA ARAÚJO Arquitetos ANTENOR VIEIRA DE MELO FILHO CREA/ Inscrição na PMJP 447/ 76 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO: 909/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 28/DEZEMBRO/1976 Dados Área do terreno: 450,00 m2. Área de construção: 169,00 m2. Indicie de ocupação: 18,7 Indicie de aproveitamento: 37,55 03/ CAIXA 02 – LETRA M Proprietário SR. JOSÉ LEAL Local RUA FRANCISCO DE LIMA ARAÚJO Arquitetos ANTENOR VIEIRA DE MELO FILHO CREA/ Inscrição na PMJP 447/ 76 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO: 909/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 23/DEZEMBRO/1976 Dados Área do terreno: 450,00 m2. Área de construção: 169,00 m2. Indicie de ocupação: 18,7 Indicie de aproveitamento: 37,55 187 04/ CAIXA 01 – LETRA O Proprietário SR. OTÁVIO DOS SANTOS Local RUA RANGEL TRAVASSOS - RANGEL Arquitetos ANTONIO JOSÉ DO AMARAL CREA/ Inscrição na PMJP Aprovação na PMJP 27/JANEIRO/1976 Dados Área do terreno: 300,00 m2. Área de construção: 50,00 m2. Indicie de ocupação: Indicie de aproveitamento: 05/ CAIXA 03 – LETRA P Proprietário SR. PAULO GERMANO CAVALCANTI FURTADO Local RUA ALICE DE ALMEIDA, vizinho ao número 45 – Cabo Branco Arquitetos RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI (na Espanha) CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO: 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 06/MAIO/1976 Dados Área do terreno: 645,00 m2. Área de construção: 189,00 m2. Área de coberta: 152,76 m2. Indicie de ocupação: 23,68% Indicie de aproveitamento: 23,68% 188 ANO: 1976 encontrado em 1980 01 CAIXA 05 (ANTONIO) Proprietário ANTONIO QUEIROGA LOPES Local AVENIDA MATO GROSSO – Bairro dos Estados Arquitetos LUIZ NAZÁRIO MEDEIROS CAVALCANTI GETÚLIO PEREIRA MADRUGA CREA/ Inscrição na PMJP 132 – D/ 18ª. REGIÃO VISTO 206 – D/ 18ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 08/ABRIL/76 Dados Área do terreno: 2.400,00 m2. Área de construção: 312,45 m2. Indicie de ocupação: 17% Indicie de aproveitamento: 13% 189 ANO: 1977 01/ CAIXA 02 – LETRA A Proprietário ANGELA CRISTINA REGIS DE FREITAS Local RUA EVALDO VANDERLEY - TAMBAUZINHO Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 21/JANEIRO1977 Dados Área do terreno: 380,00 m2. Área da coberta: 170,00 m2. Área de construção: 152,80 m2. Indicie de ocupação: 0,42 Indicie de aproveitamento: 2,35 02/ CAIXA 02 – ANTONIO Proprietário ANTONIO DE PÁDUA FERREIRA DE CARVALHO Local RUA GIÁCOMO PORTO Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 14/DEZEMBRO/1977 Dados Área do terreno: 750,00 m2. Área de construção: 274,15 m2. Indicie de ocupação: 40% Indicie de aproveitamento: 40,2 03/ CAIXA 01 – LETRA F Proprietário FRANCISCO XAVIER DOS REIS LISBOA NETO Local RUA MARIA LOUREIRO DE FRANÇA Arquiteto MARIA DO CARMO DANTAS PADILHA CREA/ Inscrição na PMJP 3420 – D/ 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 14/MARÇO/1977 Dados Área do terreno: 350,40 m2. Área da coberta: 188,00 m2. Área de construção: 188,00 m2. Indicie de ocupação: 41% Indicie de aproveitamento: 53% 190 04/ CAIXA 01 – LETRA I Proprietário SRA. ILMA SOARES BEZERRA Local RUA PROFESSORA RITA MIRANDA – Jardim 13 de Maio Arquiteto RONALDO S. NEGROMONTE DE MACÊDO ANTONIO EDUARDO M. DE AQUINO CREA/ Inscrição na PMJP 5753-D/ 2ª. REGIÃO VISTO 765 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 16/FEVEREIRO/1977 Dados Área do terreno: 250,00 m2. Área da coberta: 93,89 m2. Área de construção: 83,89 m2. Indicie de ocupação: 0,37 Indicie de aproveitamento: 0,33 05/ CAIXA 02 – LETRA I Proprietário IRENE DIAS CAVALCANTE Local RUA FRANCISCO DIOMEDES CANTALICE - Tambaú Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 29/MARÇO/1977 Dados Área do terreno: 376,20 m2. Área de construção: 152,00 m2. Indicie de ocupação: 40,40% Indicie de aproveitamento: 40,40% 191 06/ CAIXA 03 – LETRA J Proprietário JONAS PEREREIRA DA SILVA Local RUA ANTONIO LIRA - Tambaú Arquiteto RONALDO S. NEGROMONTE DE MACÊDO ANTONIO EDUARDO M. DE AQUINO CREA/ Inscrição na PMJP 5753– D/ 2ª. REGIÃO VISTO 765 – 16ª. REGIÃO 19.545-6 60.541 – D/ 6ª. REGIÃO VISTO 680 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 09/MARÇO/1977 Dados Área do terreno: 468,00 m2. Área da coberta: 103,35 m2. Área de construção: 240,88 m2. Indicie de ocupação: 0, 228 % Indicie de aproveitamento: 0, 514 % 07/ CAIXA 06 – JOSÉ Proprietário SR. JOSÉ ROSAS GOMES Local AVENIDA POMBAL - Manaira Arquiteto UBIRATAN DE VASCONCELOS LEITÃO DA CUNHA CREA/ Inscrição na PMJP 916 – D/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 14/MARÇO/1977 Dados Área do terreno: 590,00 m2. Área da coberta: 252,00m2. Área de construção: 193,30 m2. Indicie de ocupação: 49 % Indicie de aproveitamento: 0,49 192 08/ CAIXA 08 – JOSÉ Proprietário SR. JOSÉ JUVENCIO DE ALMEIDA FILHO Local AVENIDA POMBAL - Manaíra Arquiteto CARLOS ALBERTO CARNEIRO DA CUNHA EDMUNDO FERREIRA BARROS CREA/ Inscrição na PMJP 1562 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO 296 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 17/FEVEREIRO/1977 Dados Área do terreno: 815,37 m2. Área da coberta: 399,50 m2. Área de construção: 478,60m2. Indicie de ocupação: 0,49 Indicie de aproveitamento: 0,58 09/ CAIXA 02 – LETRA L Proprietário LUIZ TADEU DIAS MEDEIROS e MARIA ALZIRA GUERRA MEDEIROS Local RUA MAESTRO OSVALDO EVARISTO DA COSTA – Bairro dos Estados Arquiteto RONALDO S. NEGROMONTE DE MACÊDO ANTONIO EDUARDO M. DE AQUINO CREA/ Inscrição na PMJP 5753– D/ 2ª. REGIÃO VISTO 765 – 16ª. REGIÃO 19.545-6 60.541 – D/ 6ª. REGIÃO VISTO 680 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 10/JUNHO/1977 Dados Área do terreno: 720,00 m2. Área de coberta: 251,60 m2. Área de construção: 251,60 m2. Indicie de ocupação: 0,35 Indicie de aproveitamento: 0,35 193 10/ CAIXA 03 – LETRA L Proprietário DR. LINO BORGES Local AVENIDA ESPÍRITO SANTO ESQ. C/ AVENIDA MARANHÃO – Bairro dos Estados Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 25/ MAIO/1977 Dados Área do terreno: 700,00 m2. Área de construção: 245,14 m2. Indicie de ocupação: 0,35 Indicie de aproveitamento: 0,22 11/ CAIXA 04 – LETRA L Proprietário LUCIANO LEAL WANDERLEY Local AVENIDA GENERAL EDSON RAMALHO - Manaíra Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 10/FEVEREIRO/1977 Dados Área do terreno: 420,00 m2. Área de construção: 261,00 m2. Indicie de ocupação: 39,0% Indicie de aproveitamento: 62,0% 12/ CAIXA 01 - MARIA Proprietário MARIA GRASIELA DE ALMEIDA DANTAS Local RUA MANOEL MADRUGA Arquiteto MARIA GRASIELA DE ALMEIDA DANTAS CREA/ Inscrição na PMJP 344 – D/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 23/MAIO/1977 Dados Área do terreno: 320,00 m2. Área da coberta: 165,00 m2. Área de construção: 157,00 m2. Indicie de ocupação: 50% Indicie de aproveitamento: 49% 194 13/ CAIXA 01 - MARIA Proprietário MARIA GRASIELA DE ALMEIDA DANTAS Local RUA MANOEL MADRUGA Arquiteto MARIA GRASIELA DE ALMEIDA DANTAS CREA/ Inscrição na PMJP 344 – D/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 17/AGOSTO/1977 Dados Área do terreno: 320,00 m2. Área da coberta: 86,00 m2. Área de construção: 160,00 m2. Indicie de ocupação: 0,26 Indicie de aproveitamento: 0,48 14/ CAIXA 06 - MARIA Proprietário MARIA DO SOCORRO SOUZA DE OLIVEIRA Local RUA PROFESSOR SÁ BENEVIDES Arquiteto RONALDO S. NEGROMONTE DE MACÊDO ANTONIO EDUARDO M. DE AQUINO CREA/ Inscrição na PMJP 5753– D/ 2ª. REGIÃO VISTO 765 – 16ª. REGIÃO 19.545-6 60.541 – D/ 6ª. REGIÃO VISTO 680 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 10/junho/1977 Dados Área do terreno: 720,00 m2. Área de coberta: 251,60 m2. Área de construção: 251,60 m2. Indicie de ocupação: 0,35 Indicie de aproveitamento: 0,35 15/ CAIXA 02 - MANOEL Proprietário DR. MANOEL JAIME FILHO e IRACEMA SENA XAVIER Local RUA DEP. JOSÉ MARIZ, S/N - Tambauzinho Arquiteto FRANCISCO DE ASSIS GONÇALVES DA SILVA CREA/ Inscrição na PMJP 5994 – D/ 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 20/JANEIRO/1977 Dados Área do terreno: 540,00 m2. Área da coberta: 268,00 m2. Área de construção: 248,15 m2. Indicie de ocupação: 0,45 Indicie de aproveitamento: 0,45 195 16/ CAIXA 02 – LETRA N (?) Proprietário SEBASTIÃO MARTINEZ Local RUA DOM BOSCO – Cristo Redentor Arquitetos NILO MARTINEZ CREA/ Inscrição na PMJP 6661 – D/ 5ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 13/JULHO/1977 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 111,40 m2. Indicie de ocupação: 31% Indicie de aproveitamento: 17/ CAIXA 03 – LETRA P Proprietário SR. PEDRO CRISPIM DE ANDRADAE Local RUA FRANCISCO DE OLIVEIRA PORTO Arquitetos JOSÉ LUCIANO AGRA DE OLIVEIRA CREA/ Inscrição na PMJP 22/772 – 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 20/MAIO/1977 Dados Área do terreno: 1.248,00 m2. Área de construção: 390,75 m2. Indicie de ocupação: 0,33 Indicie de aproveitamento: 0,31 18/ CAIXA 01 – LETRA R Proprietário RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI Local LOTEAMENTO BESSA-MAR - Bessa Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 27/JUNHO/1977 Dados Área do terreno: 1.440,00 m2. Área de construção: 235,00 m2. Indicie de ocupação: 16,32% Indicie de aproveitamento: 16,32% 196 19/ CAIXA 02 – LETRA N (?) Proprietário SEBASTIÃO MARTINEZ Local RUA DOM BOSCO – Cristo Redentor Arquitetos NILO MARTINEZ CREA/ Inscrição na PMJP 6661 – D/ 5ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 12/JULHO/1977 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 113,60 m2. Indicie de ocupação: 31,6% Indicie de aproveitamento: 197 ANO: 1977 encontrado em 1978 01/ CAIXA 04 – LETRA A Proprietário AUSTREGÉSILO DE FREITAS Local RUA EVALDO WANDERLEY – Tambauzinho. Arquitetos RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. REGIÃO VISTO: 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 18/FEVEREIRO/1977 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área da coberta: 180,00 m2. Área de construção: 165,41 m2. Indicie de ocupação: 0,42 Indicie de aproveitamento: 2,35 02/ CAIXA 04 – LETRA A Proprietário ARY CARNEIRO VILHENA Local RUA JOSÉ FLORENTINO JÚNIOR Arquitetos RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. REGIÃO VISTO: 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 06/ABRIL/1977 Dados Área do terreno: 336,00 m2. Área da coberta: 172,00 m2. Área de construção: 170,00 m2. Indicie de ocupação: 30 Indicie de aproveitamento: 30 198 03/ CAIXA 01 - ANTONIO Proprietário ANTONIO MARIA AMAZONAS MAC DOWELL Local AVENIDA ESPÍRITO SANTO QD. 44, LTS. 06-07-22 e 23 – Bairro dos Estados Arquiteto ZAMIR SENA CALDAS CARLOS ALBERTO MELO DE ALMEIDA CREA/ Inscrição na PMJP 52/ 72 VISTO 1002 – 16ª. REGIÃO 24.233 – 6ª. REGIÃO VISTO 532 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 07/OUTUBRO/1977 Dados Área do terreno: 1.128,00 m2. Área da coberta: 244,00 m2. Área de construção: 602,25 m2. Indicie de ocupação: 29,0% Indicie de aproveitamento: 53,0 % 04/ CAIXA 06 – LETRA A Proprietário BRAUNER AMORIM ARRUDA Local AVENIDA JUAREZ TÁVORA, s/n - Torre Arquiteto MÁRIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405 – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 13/JULHO/1977 Dados Área do terreno: 500,00 m2. Área de coberta: 299,00 m2. Área de construção: 299,00 m2. Indicie de ocupação: 0,49% Indicie de aproveitamento: 0,59 199 05/ CAIXA 02 - ANTONIO Proprietário ANTONIO CRISTOVÃO DE ARAÚJO SILVA Local RUA MINAS GERAIS – Bairro dos Estados Arquiteto MÁRIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405 – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 01/FEVEREIRO/1977 Dados Área do terreno: 3.360,00 m2. Área de coberta: Área de construção: 654,40 m2. Indicie de ocupação: 14% Indicie de aproveitamento: 0,2% 06/ CAIXA 01 – LETRA D Proprietário DELMIRO FERNANDES MAIA FILHO Local AVENIDA CABO BRANCO 3776 – Cabo Branco Arquiteto MARIA GRASIELA DE ALMEIDA DANTAS CREA/ Inscrição na PMJP 344/D Aprovação na PMJP 25/NOVEMBRO/1977 Dados Área do terreno: 765,00 m2. Área de construção: 483,00 m2. Indicie de ocupação: 33,07% Indicie de aproveitamento: 63,13% 07/ CAIXA 02 – LETRA E Proprietário EVERALDO FERREIRA SOARES JÚNIOR Local RUA GERALDO MARIZ - Tambauzinho Arquiteto MÁRIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405 – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 17/OUTUBRO/77 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 178,60 m2. Indicie de ocupação: 0,48% Indicie de aproveitamento: 0,48% 200 08/ CAIXA 03 – LETRA E Proprietário E. GERSON PROJETO E CONSTRUÇÕES LTDA. Local AVENIDA HELENA MEIRA LIMA – Tambaú Arquiteto CARLOS ALBERTO CARNEIRO DA CUNHA CREA/ Inscrição na PMJP 1562/D – 2ª. REGIÃO VISTO 296 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 27/MAIO/1977 Dados Área do terreno: 453,00 m2. Área de construção: 212,42 m2. Indicie de ocupação: 0,50 Indicie de aproveitamento: 0,47 09/ CAIXA 03 – LETRA E Proprietário E. GERSON PROJETO E CONSTRUÇÕES LTDA. Local AVENIDA HELENA MEIRA LIMA, QD. 19 – Tambaú Arquiteto CARLOS ALBERTO CARNEIRO DA CUNHA CREA/ Inscrição na PMJP 1562/D – 2ª. REGIÃO VISTO 296 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 03/MAIO/1977 Dados Área do terreno: 453,00 m2. Área de construção: 207,67 m2. Indicie de ocupação: 0,50 Indicie de aproveitamento: 0,45 10/ CAIXA 03 – LETRA E Proprietário E. GERSON PROJETO E CONSTRUÇÕES LTDA. Local AVENIDA JOSÉ AUGUSTO TRINDADE c/ AVENIDA INFANTE DOM HENRIQUE, LT. 70, QD. 12, ST. 21 Arquiteto CARLOS ALBERTO CARNEIRO DA CUNHA CREA/ Inscrição na PMJP 1562/D – 2ª. REGIÃO VISTO 296 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 04/OUTUBRO/1977 Dados Área do terreno: 640,00 m2. Área de construção: 217,37 m2. Indicie de ocupação: 0,40 Indicie de aproveitamento: 0,34 201 11/ CAIXA 01 – LETRA F Proprietário DR. FLÁVIO SÁTIRO FERNANDES Local RUA GERALDO MARIZ - Tambauzinho Arquiteto MÁRIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405 – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 19/AGOSTO/1977 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 180,00 m2. Indicie de ocupação: 0,50% Indicie de aproveitamento: 0,5% 12/ CAIXA 03 – LETRA F Proprietário FABIANO CAVALCANTI DE MELO Local AVENIDA SERGIPE – Bairro dos Estados Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. REGIÃO VISTO: 711 – 16ª. REGIÂO Aprovação na PMJP 10/OUTUBRO/77 Dados Área do terreno: 282,00 m2. Área de coberta: 169,00 m2. Área de construção: 132,80 m2. Indicie de ocupação: 47% Indicie de aproveitamento: 68% 13/ CAIXA 04 – LETRA G Proprietário GERALDO JOSÉ DE SANTANA Local AVENIDA MINAS GERAIS esq. C/ AVENIDA RORAIMA – Bairro dos Estados Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. REGIÃO VISTO: 711 – 16ª. REGIÂO Aprovação na PMJP 05/SETEMBRO/1977 Dados Área do terreno: 1.120,00 m2. Área de construção: 371,60 m2. Indicie de ocupação: 33% Indicie de aproveitamento: 18% 202 14/ CAIXA 01 – LETRA H Proprietário HERMANO JOSÉ DA SILVEIRA FARIAS Local RUA HILDEBRANDO TOURINHO c/ RUA ANTONIO R. JÚNIOR Arquiteto MARIA GRASIELA DE ALMEIDA DANTAS CREA/ Inscrição na PMJP 344/D Aprovação na PMJP 18/JULHO/1977 Dados Área do terreno: 1.628,00 m2. Área de coberta: 281,15 m2. Área de construção: 443,23 m2. Indicie de ocupação: 27,22% Indicie de aproveitamento: 18,30% 15/ CAIXA 02 – LETRA I Proprietário SR. IVANILDO TOMÉ DE ALMEIDA Local AVENIDA RUY CARNEIRO esq. c/ RUA COL. JÚLIO DE SOUZA COSSEIRO – Loteamento Ibiribeira Arquiteto CARLOS ALBERTO MELO DE ALMEIDA CREA/ Inscrição na PMJP 24.233 – D/ 6ª. REGIÃO VISTO: 532/ 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 20/JUNHO/1977 Dados Área do terreno: 1.458,00 m2. Área de construção: 550,04 m2. Indicie de ocupação: 28% Indicie de aproveitamento: 37% 16/ CAIXA 02 – LETRA I Proprietário SR. HELIODORO FEITOSA DE BRITO Local RUA INFANTE DOM HENRIQUE - Tambaú Arquiteto PEDRO ABRAHÃO DIEB CREA/ Inscrição na PMJP 2090/D – 2ª. REGIÃO VISTO 131 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 16/JUNHO/1977 Dados Área do terreno: 1.080,00 m2. Área de coberta: 540,00 m2. Área de construção: 502,00 m2. Indicie de ocupação: 33% Indicie de aproveitamento: 46% 203 17/ CAIXA 05 – JOSÉ Proprietário JOSÉ HERMANO GUERRA Local RUA LIONILDO F. DE OLIVEIRA Arquiteto NILO MARTINEZ CREA/ Inscrição na PMJP 6661/D – 5ª. REGIÃO VISTO 619 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 14/SETEMBRO/1977 Dados Área do terreno: 320,00 m2. Área de construção: 240,55 m2. Indicie de ocupação: 49,90% Indicie de aproveitamento: 72,70% 18/ CAIXA 08 – JOSÉ Proprietário DR. JOSÉ FRANCISCO DE NOVAIS NÓBREGA Local AVENIDA CABO BRANCO Arquiteto MARIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405/D – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 25/MAIO/1977 Dados Área do terreno: 790,00 m2. Área de coberta: 405,00 m2. Área de construção: 405,00 m2. Indicie de ocupação: 45,00 Indicie de aproveitamento: 0,51 19/ CAIXA 02 – LETRA L Proprietário LYNALDO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE Local AVENIDA MARIA ROSA – QD. 408, LTS. 06, 18, 30 - Manaíra Arquiteto FLÁVIA TOLENTINO DE CARVALHO CREA/ Inscrição na PMJP 6600 – D Aprovação na PMJP 12/AGOSTO/1977 Dados Área do terreno: 1.080,00 m2. Área de construção: 510,00 m2. Indicie de ocupação: 0,23 Indicie de aproveitamento: 0,47 204 20/ CAIXA 02 – LETRA M Proprietário MARCOS ANTONIO DE SOUZA MASSA Local RUA AGENOR LACET – Loteamento Jardim Panorâmico Arquitetos TERTULIANO DIONÍSIO CREA/ Inscrição na PMJP Aprovação na PMJP 28/SETEMBRO/1977 Dados Área do terreno: 1.215,00 m2. Área de coberta: 300,00 m2. Área de construção: 300,00 m2. Indicie de ocupação: 0,39 Indicie de aproveitamento: 0,39 21/ CAIXA 02 – MARIA Proprietário SRA. MARIA ZÉLIA DE ALMEIDA LIRA Local RUA PADRE AYRES - Miramar Arquiteto PEDRO ABRAHÃO DIEB CREA/ Inscrição na PMJP 2090/D – 2ª. REGIÃO VISTO 131 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 10/JUNHO/1977 Dados Área do terreno: 290,00 m2. Área de construção: 296,21 m2. Área de coberta: 194,94 m2. Indicie de ocupação: 50% Indicie de aproveitamento: 76% 22/ CAIXA 04 - MARIA Proprietário MARIA SOLANGE FONSECA MAIA Local RUA ESPERIDIÃO ROSAS - Expedicionários Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 27/SETEMBRO/1977 Dados Área do terreno: 564,00 m2. Área de construção: 331,74 m2. Indicie de ocupação: 0,43% Indicie de aproveitamento: 0,59% 205 23/ CAIXA 05 – MARIA Proprietário MARIA EULINA GOMES VIEIRA Local RUA DAS ACÁCIAS – Manaíra (?) Arquiteto MARIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405/D – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 09/SETEMBRO/1977 Dados Área do terreno: 900,00 m2. Área de coberta: 364,00 m2. Área de construção: 334,10 m2. Indicie de ocupação: 0,37% Indicie de aproveitamento: 0,37% 24/ CAIXA 03 – LETRA N Proprietário NILO MARTINEZ Local RUA PROJETADA – Cristo Redentor Arquiteto NILO MARTINEZ CREA/ Inscrição na PMJP 6661/D – 5ª. REGIÃO VISTO 619 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 30/NOVEMBRO/1977 Dados Área do terreno: 300,00 m2. Área de construção: 128,00 m2. Indicie de ocupação: 43% Indicie de aproveitamento: 25/ CAIXA 02 – LETRA P Proprietário SR. PEDRO TOMÉ ARRUDA Local AVENIDA CABO BRANCO – Cabo Branco Arquiteto CARLOS ALBERTO CARNEIRO DA CUNHA LUIZ GONZAGA DE OLIVEIRA FILHO MARIA DE FÁTIMA TL. DE OLIVEIRA CREA/ Inscrição na PMJP 1562/D – 2ª. REGIÃO VISTO 296 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 16/JUNHO/1977 Dados Área do terreno: 3.562,00 m2. Área de construção: 572,09 m2. Indicie de ocupação: 0,15 Indicie de aproveitamento: 0,16 206 26/ CAIXA 01 – LETRA R Proprietário REJANE VIEIRA VIANA Local RUA DAS ACÁCIAS – Miramar (?) Arquiteto MARIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405/D – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 04/OUTUBRO/1977 Dados Área do terreno: 522,00 m2. Área de construção: 201,16 m2. Indicie de ocupação: 0,385 % Indicie de aproveitamento: 27/ CAIXA 02 – LETRA R Proprietário SR. ROBERTO FARIAS ONOFRE Local RUA SAFFA SAID ABEL DA CUNHA - Tambauzinho Arquiteto FLÁVIA TOLENTINO DE CARVALHO CREA/ Inscrição na PMJP 6600 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO: 923 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 02/SETEMBRO/1977 Dados Área do terreno: 954,00 m2. Área de construção: 323,85 m2. Área de coberta: 335,90 m2. Indicie de ocupação: 27% Indicie de aproveitamento: 33% 28/ CAIXA 02 – LETRA R Proprietário PROF. REGINALDO F. CAVALCANTI Local ST. 21, QD. 238, LT. 249 - Bessa Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO: 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 28/NOVEMBRO/1977 Dados Área do terreno: 450,00 m2. Área de construção: 212,88 m2. Indicie de ocupação: 48% Indicie de aproveitamento: 48% 207 29/ CAIXA 03 – LETRA R Proprietário SR. RUBENS PAES BARRETO Local AVENIDA INGÁ s/ n – LTS. 45 e 46 QD. 04 Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO: 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 17/JANEIRO/1977 Dados Área do terreno: 744,00 m2. Área de coberta: 225,11 m2. Área de construção: 225,11 m2. Indicie de ocupação: 0,33% Indicie de aproveitamento: 30/ CAIXA 03 – LETRA S Proprietário SR. SEBASTIÃO FERRREIRA FILHO Local RUA JUIZ AMARO BEZERRA - Tambaú Arquiteto FRANCISCO DE ASSIS GONÇALVES DA SILVA CREA/ Inscrição na PMJP 5994/D – 2ª. REGIÃO VISTO 766 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 18/FEVEREIRO/1977 Dados Área do terreno: 480,00 m2. Área de construção: 298,00 m2. Indicie de ocupação: 46,00% Indicie de aproveitamento: 46,00% 31/ CAIXA02 – LETRA W Proprietário WILSON GUEDES MARINHO Local RUA EUTAQUIANO BARRETO - Manaíra Arquiteto MARIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405/D – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 20/SETEMBRO/1977 Dados Área do terreno: 732,00 m2. Área de construção: 238,00 m2. Indicie de ocupação: 32% Indicie de aproveitamento: 32% Área de construção: 207,97 m2. Indicie de ocupação: 0,34 Indicie de aproveitamento: 0,42 208 ANO: 1977 encontrado em 1979 01/ CAIXA 04 – LETRA A Proprietário ANDERSON DE FIGUEIREDO DINIZ Local RUA PREFEITO SEVERIANO CABRAL Arquitetos AMARO MUNIZ CASTRO ARMANDO F. DE CARVALHO Crea/ Inscrição na PMJP 6755/D – 2ª. REGIÃO 965 – 16ª. REGIÃO 6736/D – 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 28/DEZEMBRO/77 Dados Área do terreno: 975,00 m2. Área da coberta: 285,32 m2. Área de construção: 439,94 m2. Indicie de ocupação: 0,29 Indicie de aproveitamento: 0,45 02/ CAIXA 01 – LETRA C Proprietário CARLOS ALBERTO RODRIGUES SIMÕES Local AVENIDA OSÍRIS DE BELLI Arquiteto PEDRO ABRAHÂO DIEB Crea/ Inscrição na PMJP 2090-D/ 2ª. REGIÃO VISTO 131 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 10/MARÇO/77 Dados Área do terreno: 1.000,00 m2. Área da coberta: 236,00 m2. Área de construção: 341,67m2. Indicie de ocupação: 23,6% Indicie de aproveitamento: 34,17 209 03/ CAIXA 04 – LETRA C Proprietário CLEOFAS LEUNAM SABINO Local RUA HORÁCIO TRAJANO DE OLIVEIRA Arquiteto MADALENA ZÁCARA Crea/ Inscrição na PMJP Aprovação na PMJP 14/DEZEMBRO/77 Dados Área do terreno: 350,00 m2. Área de construção: 114,00 m2. Indicie de ocupação: 47,90% Indicie de aproveitamento: 45,04% 04/ CAIXA 03 - JOSÉ Proprietário SR. JOSÉ FERREIRA DE LIMA Local AVENIDA CAIRÚ C/ AVENIDA MANOEL CAVALCANTI DE SOUZA – Cabo Branco Arquiteto FRANCISCO DE ASSIS GONÇALVES DA SILVA Crea/ Inscrição na PMJP 5994/D – 2ª. REGIÃO VISTO 766 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 15/MARÇO/77 Dados Área do terreno: 870,00 m2. Área da coberta: 332,00 m2. Área de construção: 332,00 m2. Indicie de ocupação: 45% Indicie de aproveitamento: 38% 05/ CAIXA 1 – LETRA C Proprietário LAUREANO CASADO DA SILVA Local AVENIDA SENADOR RUY CARNEIRO Arquiteto MÁRIO GLAUCO DI LÁSCIO Crea/ Inscrição na PMJP 1405 – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 17/OUTUBRO/77 Dados Área do terreno: 995,80 m2. Área de construção: 550,20 m2. Indicie de ocupação: 37% Indicie de aproveitamento: 57% 210 06/ CAIXA 03 – LETRA C Proprietário DR. ANTÔNIO DE PÁDUA CARVALHO Local RUA DR. GIÁCOMO PORTO - Miramar Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI Crea/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. REGIÃO 711 – 16ª. REGIÂO Aprovação na PMJP 14/DEZEMBRO/77 Dados Área do terreno: 640,00 m2. Área de construção: 480,42 m2. Indicie de ocupação: 25% Indicie de aproveitamento: 75,06% 07/ CAIXA 01 – LETRA V Proprietário DR. VICENTE ROCCO Local AVENIDA RUY CARNEIRO – Lt. 20/ Qd. 14 – Reloteamento Corinta Rosas Arquitetos TERTULIANO DIONÍSIO Crea/ Inscrição na PMJP Aprovação na PMJP 14/OUTUBRO/77 Dados Área do terreno: 1.770,00 m2. Área de construção: 480,00 m2. Indicie de ocupação: 0,27 Indicie de aproveitamento: 0,27 211 ANO: 1977 encontrado em 1980 01 CAIXA 05 – LETRA G Proprietário SR. GERALDO TEIXEIRA DE CARVALHO Local RUA OTTO DA SILVEIRA Arquiteto PEDRO ABRAÂO DIEB CREA/ Inscrição na PMJP 2090 – D/ 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 13/DEZEMBRO/77 Dados Área do terreno: 3.000,00 m2. Área de construção: 405,80 m2. Indicie de ocupação: 13% Indicie de aproveitamento: 13% 212 ANO: 1978 01/ CAIXA 02 – LETRA D Proprietário DAMIÃO LEITE LIMA Local JARDIM OCEANIA II Arquiteto TERTULIANO DIONÍSO CREA/ Inscrição na PMJP 3460 – D/ 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 28/AGOSTO/1978 Dados Área do terreno: 511,00 m2. Área de construção: 248,70 m2. Indicie de ocupação: 48,6 Indicie de aproveitamento: 02/ CAIXA 03 – LETRA E Proprietário E. GERSON PROJETO E CONSTRUÇÕES Local RUA EVALDO WANDERLEY – ST. 19, QD. 55, LT. 35 Arquiteto EDMUNDO FERREIRA BARROS CREA/ Inscrição na PMJP 1350 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO 928 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 08/MAIO/1978 Dados Área do terreno: 340,80 m2. Área de construção: 169,68 m2. Indicie de ocupação: 0,50 Indicie de aproveitamento: 0,49 03/ CAIXA 08 – LETRA E Proprietário EDÍSIO SOUTO Local RUA OSÍRIS DE BELLI – Cabo Branco Arquiteto AMARO MUNIZ DE CASTRO ARMANDO FERRERIA DE CARVALHO CREA/ Inscrição na PMJP 6755 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO 965 – 16ª. REGIÃO 6736 – D/ 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 08/MARÇO/1978 Dados Área do terreno: 1.113,00 m2. Área de coberta: 412,24 m2. Área de construção: 412,24 m2. Indicie de ocupação: 0,34 Indicie de aproveitamento: 0,34 213 04/ CAIXA 01 – LETRA H (?) Proprietário HERMANO COSTA ARAÚJO Local AVENIDA JUVENAL MÁRIO DA SILVA esq. c/ AVENIDA PROJETADA ST. 21, QD. 413 - Manaíra Arquiteto CARLOS ALBERTO CARNEIRO DA CUNHA CREA/ Inscrição na PMJP 1562 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO 296 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 31/AGOSTO/1978 Dados Área do terreno: Área de construção: Indicie de ocupação: Indicie de aproveitamento: 05/ CAIXA 01 – LETRA M Proprietário MATTEO ZÁCARA NETO Local RUA CEL. BARATA – Jardim 13 de Maio Arquiteto MADALENA DE FÁTIMA ZÁCARA SABINO CREA/ Inscrição na PMJP Aprovação na PMJP 19/JANEIRO/1978 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 165,60 m2. Indicie de ocupação: Indicie de aproveitamento: 06/ CAIXA 01 – LETRA M Proprietário MARCONI EDSON M. PIRES Local RUA SILVIO ALMEIDA - Tambauzinho Arquiteto IRANI DE LIMA PIRES CREA/ Inscrição na PMJP 5931 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO 847 – 16ª. REGIÂO Aprovação na PMJP 10/MAIO/1978 Dados Área do terreno: 650,00 m2. Área de construção: 269,75 m2. Indicie de ocupação: 38% Indicie de aproveitamento: 41% 214 07/ CAIXA 03 – LETRA P Proprietário PLÁCIDO DE BRITO E SILVA Local AVENIDA SILVINO CHAVES Arquiteto ANTONIO EDUARDO M. DE AQUINO RONALDO S. NEGROMONTE DE MACEDO CREA/ Inscrição na PMJP 60541 – D/ 6ª. REGIÃO VISTO 680 – 16ª. REGIÃO 5753 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO 765 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 27/FEVEREIRO/1978 Dados Área do terreno: 687,00 m2. Área de construção: 303,50 m2. Área de coberta: 282,23 m2. Indicie de ocupação: 21,27 Indicie de aproveitamento: 14,2 % 08/ CAIXA 02 – LETRA W Proprietário WALTER CAVALCANTI DE AZEVEDO Local LOTEAMENTO PLANALTO UNIVERSITÁRIO Arquiteto MADALENA DE FÁTIMA ZÁCARA SABINO CREA/ Inscrição na PMJP Aprovação na PMJP 12/JUNHO/1978 (em boletim de classificação) Dados Área do terreno: 5.400,00 m2. Área de construção: 544,97 m2. Indicie de ocupação: Indicie de aproveitamento: 215 ANO: 1978 encontrado em 1979 01/ CAIXA 01 – LETRA A Proprietário AFONSO AUGUSTO DE TOLEDO NAVARRO Local RUA ARMANDO DE VASCONCELOS C/ RUA DO SOL - Miramar Arquiteto LUIZ NAZÁRIO MEDEIROS DE CAVALCANTI Crea/ Inscrição na PMJP 132/D – 18ª. REGIÃO VISTO 1132 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 18/ABRIL/78 Dados Área do terreno: 725,00 m2. Área de coberta: 185,00 m2. Área de construção: 335,80 m2. Indicie de ocupação: 25% Indicie de aproveitamento: 46% 02/ CAIXA 06 – LETRA A Proprietário AÉCIO PEREIRA DE LIMA Local AVENIDA CABO BRANCO S/N – Tambaú Arquiteto CARLOS ALBERTO CARNEIRO DA CUNHA EDMUNDO FERREIRA BARROS Crea/ Inscrição na PMJP 1562/D – 2ª. REGIÃO VISTO 296 – 16ª. REGIÃO 1350/D – 2ª. REGIÃO VISTO 928 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 10/ABRIL/78 Dados Área do terreno: 513,15 m2. Área de coberta: 256,07 m2. Área de construção: 362,35 m2. Indicie de ocupação: 0,50 Indicie de aproveitamento: 0,70 216 03/ CAIXA 03 - ANTONIO Proprietário ANTONIO ALDENOR DE HOLANDA Local AVENIDA NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES – Tambaú Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI Crea/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 28/MARÇO/78 Dados Área do terreno: 800,00 m2. Área de coberta: 241,00 m2. Área de construção: 398,00 m2. Indicie de ocupação: 0,30% Indicie de aproveitamento: 0,50% 04/ CAIXA 01 – LETRA F Proprietário FLORENCIO CARLOS DIAS DE MEDEIROS Local RUA VICENTE JARDIM Arquiteto ANTONIO EDUARDO DE AQUINO RONALDO S. NEGROMONTE DE MACEDO Crea/ Inscrição na PMJP 1313/D – 16ª. REGIÃO 5753/D Aprovação na PMJP 31/JULHO/78 Dados Área do terreno: 492,00 m2. Área de coberta: 217,00 m2. Área de construção: 217,00 m2. Indicie de ocupação: 0,48 Indicie de aproveitamento: 0,48 05/ CAIXA 04 – LETRA F Proprietário DR. JOSÉ FRANCISCO BENEVIDES DA LUZ Local RUA GILVAN MURIBECA – Loteamento Parque Cabo Branco Arquiteto PEDRO ABRAHÃO DIEB Crea/ Inscrição na PMJP 2090/D – 2ª. REGIÃO VISTO 131 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 29/AGOSTO/78 Dados Área do terreno: 432,00 m2. Área de coberta: 177,20 m2. Área de construção: 316,00 m2. Indicie de ocupação: 0,41 Indicie de aproveitamento: 0,72 217 06/ CAIXA 03 – LETRA H Proprietário HENRIQUE GIL NUNES MAIA Local RUA SALUSTINO RIBEIRO S/N - Tambauzinho Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI Crea/ Inscrição na PMJP 1528/D – 16ª. REGIÃO Registro 521/78 Aprovação na PMJP 09/NOVEMBRO/78 Dados Área do terreno: 378,00 m2. Área de coberta: 177,66 m2. Área de construção: 306,37 m2. Indicie de ocupação: 0,47 Indicie de aproveitamento: 0,81 07/ CAIXA 05 – LETRA J Proprietário JOEL HERMÓGENES DE MEDEIROS Local Loteamento Oceania II Arquiteto NILO MARTINEZ Crea/ Inscrição na PMJP 6661/D – 5ª. REGIÃO VISTO 619 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 30/JUNHO/78 Dados Área do terreno: 612,00 m2. Área de coberta: Área de construção: 267,50 m2. Indicie de ocupação: Indicie de aproveitamento: 08/ CAIXA 05 - JOSÉ Proprietário SR. JOSÉ DA GUIA FERREIRA NÓBREGA Local AVENIDA ESPERANÇA S/N Arquiteto WILLIAM BERNARDO SAMPAIO MENDES Crea/ Inscrição na PMJP 4678 – 2ª. REGIÃO VISTO 734 – 16ª. REGIÃO 17.759-8 Aprovação na PMJP 15/SETEMBRO/78 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de coberta: 218,24 m2. Área de construção: 198,40 m2. Indicie de ocupação: 0,49% Indicie de aproveitamento: 0,55% 218 09/ CAIXA 10 - JOSÉ Proprietário JOSÉ EUDES EGITO DE ARAÚJO Local RUA DEP. JOSÉ MARIZ, S/N - Tambauzinho. Arquiteto MARIA GRASIELA DE ALMEIDA DANTAS Crea/ Inscrição na PMJP 344/D Aprovação na PMJP 13/NOVEMBRO/78 Dados Área do terreno: 720,00 m2. Área de coberta: 241,00 m2. Área de construção: 217,00 m2. Indicie de ocupação: 0,33 Indicie de aproveitamento: 0,30 10/ CAIXA 03 – LETRA L Proprietário LUIZ ANTONIO GUALBERTO Local RUA II – Loteamento Praia do Seixas Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI Crea/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 19/DEZEMBRO/78 Dados Área do terreno: 900,00 m2. Área de coberta: 270,00 m2. Área de construção: 255,00 m2. Indicie de ocupação: 30% Indicie de aproveitamento: 28% 11/ CAIXA 01 – LETRA M Proprietário DR. MARIO ANGELO CAHINO Local AVENIDA MATO GROSSO, S/N – Bairro dos Estados Arquiteto JOSÉ ANTONIO HAWATT DA SILVA ALOÍSIO FIGUEIREDO Crea/ Inscrição na PMJP 7141/D – 2ª. REGIÃO VISTO 955 – 16ª. REGIÃO 2100 Aprovação na PMJP 20/OUTUBRO/78 Dados Área do terreno: 640,00 m2. Área de coberta: 350,30 m2. Área de construção: 597,50 m2. Indicie de ocupação: 49% Indicie de aproveitamento: 93% 219 12/ CAIXA 02 – LETRA M Proprietário MÚCIO ANTONIO SOBREIRA SOUTO Local AVENIDA CABO BRANCO (antiga casa no. 3182) Arquiteto MARIO GLAUCO DI LÁSCIO Crea/ Inscrição na PMJP 1405/D – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 08/MARÇO/78 Dados Área do terreno: 1.950,00 m2. Área de coberta: 421,75 m2. Área de construção: 421,75 m2. Indicie de ocupação: 21% Indicie de aproveitamento: 42% 13/ CAIXA 03 – LETRA M Proprietário MAGNOLIA CORDEIRO FREIRE Local RUA LAURO TORRES – Jardim Tambauzinho Arquiteto PEDRO ABRAHÃO DIEB Crea/ Inscrição na PMJP 2090/D – 2ª. REGIÃO VISTO 131 – 16ª. REGIÃO 03.101-1 Aprovação na PMJP 31/OUTUBRO/78 Dados Área do terreno: 420,00 m2. Área de coberta: Área de construção: 243,00 m2. Indicie de ocupação: 0,42% Indicie de aproveitamento: 0,62% 14/ CAIXA 01 - MARIA Proprietário MARIA AUXILIADORA MARTINS MAROJA GARRO Local Loteamento Jardim IPEP – Mandacaru – Lt. 147/ Qd. 239 Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI Crea/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 19/DEZEMBRO/78 Dados Área do terreno: 600,00 m2. Área de coberta: 207,97 m2. Área de construção: 207,97 m2. Indicie de ocupação: 0,34 Indicie de aproveitamento: 0,42 220 15/ CAIXA 01 - MARIA Proprietário MARIA DO SOCORRO DINIZ Local RUA FRUTUOSO DANTAS S/N – Tambaú Arquiteto MARIA GRASIELA DE ALMEIDA DANTAS Crea/ Inscrição na PMJP 344/D – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 26/DEZEMBRO/78 Dados Área do terreno: 480,00 m2. Área de coberta: 350,00 m2. Área de construção: 328,00 m2. Indicie de ocupação: 0,50 Indicie de aproveitamento: 1,00 16/ CAIXA 05 - MARIA Proprietário MARIA ZELIA MESQUITA DE CARVALHO Local AVENIDA GOV. FLÁVIO RIBEIRO – Jardim Oceania II Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI Crea/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 11/AGOSTO/78 Dados Área do terreno: 1.200,00 m2. Área de construção: 546,00 m2. Indicie de ocupação: 49% Indicie de aproveitamento: 46% 17/ CAIXA 01 – LETRA O Proprietário ORLANDO DE ARAÚJO SOUTO Local RUA PROJETADA – Cristo Redentor Arquiteto RONALDO S. NEGROMONTE DE MACEDO Crea/ Inscrição na PMJP 5753/D – 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 10/NOVEMBRO/78 Dados Área do terreno: 600,00 m2. Área de construção: 140,00 m2. Indicie de ocupação: 0,23 Indicie de aproveitamento: 0,23 221 18/ CAIXA 01 – LETRA O Proprietário OTÁVIO MONTEIRO FILHO Local AVENIDA CAMPOS SALES – St. 21/ Qd. 233/ Lt. 595 Arquiteto RONALDO S. NEGROMONTE DE MACEDO ANTONIO EDUARDO DE AQUINO Crea/ Inscrição na PMJP 5753/D – 2ª. REGIÃO 1313/D – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 01/NOVEMBRO/78 Dados Área do terreno: 1.105,00 m2. Área de construção: 383,24 m2. Indicie de ocupação: 0,22 Indicie de aproveitamento: 0,34 19/ CAIXA 01 – LETRA P Proprietário PEDRO COUTINHO DE MOURA Local AVENIDA CAMPOS SALES – lotes 233 e 408 - Bessa Arquiteto CARLOS ALBERTO MELO DE ALMEIDA Crea/ Inscrição na PMJP Aprovação na PMJP 31/MAIO/78 Dados Área do terreno: 1.200,00 m2. Área de coberta: 190,00 m2. Área de construção: 290,86 m2. Indicie de ocupação: 18% Indicie de aproveitamento: 25% 20/ CAIXA 02 – LETRA R Proprietário RUI VANDERLEI ROCHA Local Loteamento Jardim Oceania - Bessa Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI Crea/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 16/NOVEMBRO/78 Dados Área do terreno: 450,00 m2. Área de construção: 175,00 m2. Indicie de ocupação: 30% Indicie de aproveitamento: 40% 222 21/ CAIXA 02 – LETRA S Proprietário SYLVIO PELICO PORTO FILHO Local RUA SILVINO CHAVES S/N – Tambaú Arquiteto MADALENA ZÁCARA Crea/ Inscrição na PMJP 8286/D – 2ª. REGIÃO VISTO 1284 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 22/JUNHO/78 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 180,00 m2. Indicie de ocupação: 50% Indicie de aproveitamento: 50% 22/ CAIXA 01 – LETRA T Proprietário TULIO AUGUSTO NEIVA DE MORAES Local AVENIDA BANCÁRIO FRANCISCO MENDES – Lt. 166/ Qd. 122 Arquiteto CARLOS ALBERTO CARNEIRO DA CUNHA EDMUNDO FERREIRA BARROS Crea/ Inscrição na PMJP 1562/D – 2ª. REGIÃO VISTO 296 – 16ª. REGIÃO 1350/D – 2ª. REGIÃO VISTO 928 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 05/ABRIL/78 Dados Área do terreno: 795,00 m2. Área de coberta: 318,00 m2. Área de construção: 381,52 m2. Indicie de ocupação: 0,40 Indicie de aproveitamento: 0,48 23/ CAIXA 03 – LETRA V Proprietário SRA. VERA LÚCIA SERPA DE MENEZES LINS Local RUA ABDIAS GOMES DE ALMEIDA – TAMBAUZINHO Arquitetos CARLOS ALBERTO MELO DE ALMEIDA Crea/ Inscrição na PMJP 24233 – 6ª. REGIÃO VISTO 532 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 26/ABRIL/78 Dados Área do terreno: 720,00 m2. Área da coberta: 350,00 m2. Área de construção: 293,79 m2. Indicie de ocupação: 40,8% Indicie de aproveitamento: 40,8% 223 24/ CAIXA 01 – LETRA W Proprietário WALTER VIEIRA TOLEDO Local RUA SILVIO ALMEIDA - Expedicionários Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI Crea/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 21/SETEMBRO/78 Dados Área do terreno: 620,00 m2. Área de coberta: 260,12 m2. Área de construção: 220,00 m2. Indicie de ocupação: 0,36 Indicie de aproveitamento: 0,42 224 ANO: 1978 encontrado em 1980 01/ CAIXA 02 – LLETRA A Proprietário AYRTON DA SILVA ANTUNES Local AVENIDA RUY CARNEIRO c/ RUA CATULO DA PAIXÃO CEARENSE Arquiteto LUIZ NAZÁRIO MEDEIROS CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 132 – D/ 18ª. REGIÃO VISTO 1132 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 22/09/78 Dados Área do terreno: 1.442,00 m2. Área de construção: 540,00 m2. Indicie de ocupação: 28% Indicie de aproveitamento: 28% 02/ CAIXA 03 – LETRA A Proprietário SR. ACÁCIO COLAÇO DE CALDAS BRANDÃO Local CABO BRANCO Arquiteto HUGO MIGUEL JÍMENEZ SALINAS CREA/ Inscrição na PMJP 1836 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO 54 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 04/OUTUBRO/78 Dados Área do terreno: 406,00 m2. Área de construção: 273,00 m2. Indicie de ocupação: 0,39 Indicie de aproveitamento: 0,67 3/ CAIXA 01 – LETRA C Proprietário CARLOS LIRA MARANHÃO Local RUA CAIRÚ c/ RUA FRANCISCO C. DE ARAÚJO – Loteamento Parque Cabo Branco Arquiteto MARIO GOUVEIA BORBA CREA/ Inscrição na PMJP 615/D – 9ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 11/NOVEMBRO/78 Dados Área do terreno: 907,50 m2. Área de construção: 305,46 m2. Indicie de ocupação: 23,47% Indicie de aproveitamento: 34,28% 225 04/ CAIXA 02 – LETRA E Proprietário SR. ELTON LIRA LUCENA Local Jardim Oceania ll (ST 21/ QD 435/ LTS 08 e 23) Arquiteto PEDRO ABRAÂO DIEB CREA/ Inscrição na PMJP 2090 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO 131 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 04/OUTUBRO/78 Dados Área do terreno: 900,00 m2. Área de construção: 360,22 m2. Indicie de ocupação: 40% Indicie de aproveitamento: 40% 05/ CAIXA 01 – LETRA F Proprietário FERNANDO CARNEIRO DA CUNHA Local AVENIDA CABO BRANCO S/N Arquiteto CARLOS ALBERTO CARNEIRO DA CUNHA CREA/ Inscrição na PMJP 1562/D – 2ª. REGIÃO VISTO 296 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 22/SETEMBRO/78 Dados Área do terreno: 1.800,00 m2. Área de construção: 623,66 m2. Indicie de ocupação: 0,27 Indicie de aproveitamento: 0,34 06/ CAIXA 04 LETRA J Proprietário JULIO PAULO NETO Local RUA CUSTÓDIO DOS SANTOS – Jardim Luna Arquiteto MÁRIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405 – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 09/FEVEREIRO/78 Dados Área do terreno: 1.080,00 m2. Área de construção: 438,90 m2. Indicie de ocupação: 31% Indicie de aproveitamento: 0,42 226 07/ CAIXA 01 (JOÃO) Proprietário JOÃO HORTÊNCIO XAVIER (consta acréscimo em 12/novembro/1979) Local AVENIDA ACRE – Bairro dos Estados Arquiteto JOSÉ GOIANA LEAL CREA/ Inscrição na PMJP 3852/D – 2ª. REGIÃO VISTO 1167 – 16ª. REGIÂO Aprovação na PMJP 18/DEZEMBRO/78 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 84,00 m2. Indicie de ocupação: 0,23 Indicie de aproveitamento: 0,23 227 ANO: 1979 01/ CAIXA 01 – LETRA A Proprietário ARGEMIRA LINS BARRETO Local RUA ARMANDO VASCONCELOS c/ RUA DO SOL – Miramar Arquiteto IRANI DE LIMA PINTO CREA/ Inscrição na PMJP 5931/ D VISTO 847 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 19/JANEIRO/79 Dados Área do terreno: 480,00 m2. Área de coberta: 188,10 m2. Área de construção: 177,00 m2. Indicie de ocupação: 0,39 Indicie de aproveitamento: 0,37 02/ CAIXA 03 – LETRA A Proprietário ARISTÓTELES LOBO MAGALHÃES CORDEIRO Local RUA PROJETADA, QD 436/ LT 23. – Manaíra Arquiteto ARISTÓTELES LOBO MAGALHÃES CORDEIRO CREA/ Inscrição na PMJP Aprovação na PMJP 07/FEVEREIRO/79 Dados Área do terreno: 420,00 m2. Área de construção: 65,75 m2. Indicie de ocupação: 19% Indicie de aproveitamento: 0,3 03/ CAIXA 05 – LETRA E Proprietário EZILDA PRESTES ROCHA Local AVENIDA GERALDO COSTA Arquiteto JOSÉ LUCIANO AGRA DE OLIVEIRA CREA/ Inscrição na PMJP 1621/ D Aprovação na PMJP 13/SETEMBRO/79 Dados Área do terreno: 380,40 m2. Área de construção: 364,00 m2. Indicie de ocupação: 0,49 Indicie de aproveitamento: 0,49 228 04/ CAIXA 02 – LETRA G Proprietário GILSON AQUINO DA SILVA Local RUA ANTONIA GOMES DA SILVEIRA – Cristo Redentor Arquiteto ANTÔNIO JOSÉ DO AMARAL E SILVA CREA/ Inscrição na PMJP 3578/ D – 2ª. REGIÃO VISTO 576 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 16/JANEIRO/79 Dados Área do terreno: 900,00 m2. Área da coberta 381,80 m2. Área de construção: 381,80 m2. Indicie de ocupação: 0,42 Indicie de aproveitamento: 0,42 05/ CAIXA 01 – LETRA J Proprietário JUVENTINO FIGUEIRA BORGES Local RUA MIGUEL SÁTIRO, S/N – Cabo Branco Arquiteto AMARO MUNIZ CASTRO CREA/ Inscrição na PMJP 6755/ D – 2ª. REGIÃO VISTO 965 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 13/JUNHO/79 Dados Área do terreno: 520,00 m2. Área da coberta: 201,00 m2. Área de construção: 201,00 m2. Indicie de ocupação: 0,39 Indicie de aproveitamento: 0,39 06/ CAIXA 04 – LETRA J Proprietário JACY CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE Local AVENIDA NÉGO, 58 – Tambaú. Arquiteto EDMUNDO FERREIRA BARROS CREA/ Inscrição na PMJP 1350/D – 2ª. REGIÃO VISTO 928 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 06/FEVEREIRO/79 Dados Área do terreno: 321,00 m2. Área da coberta: 160,58 m2. Área de construção: 201,00 m2. Indicie de ocupação: 0,50 Indicie de aproveitamento: 0,62 229 07/ CAIXA 01 - JOSÉ Proprietário SR. JOSÉ GABINIO DE FARIAS Local RUA PROJETADA (VL 02) – LT 65 Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 19/MARÇO/79 Dados Área do terreno: 899,00 m2. Área de coberta: 230,00 m2. Área de construção: 213,26 m2. Indicie de ocupação: 24 Indicie de aproveitamento: 24 08/ CAIXA 03 - JOSÉ Proprietário SR. JOSÉ FERREIRA DE LIMA Local Avenida Cairú c/ Avenida Manoel Cavalcanti de Souza – Cabo Branco Arquiteto FRANCISCO DE ASSIS GONÇALVES DA SILVA CREA/ Inscrição na PMJP 5994 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO 766 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 14/FEVEREIRO/79 Dados Área do terreno: 870,00 m2. Área da coberta: 332,00 m2. Área de construção: 332,00 m2. Indicie de ocupação: 45% Indicie de aproveitamento: 38% 09/ CAIXA 03 - JOSÉ Proprietário JOSÉ LUCIANO AGRA DE OLIVEIRA Local Jardim Oceania II – Tambaú Arquiteto JOSÉ LUCIANO AGRA DE OLIVEIRA CREA/ Inscrição na PMJP 1521/ D VISTO 3671 Aprovação na PMJP 20/SETEMBRO/79 Dados Área do terreno: 720,00 m2. Área de construção: 55,36 m2. Indicie de ocupação: 0,8 Indicie de aproveitamento: 0,8 230 10/ CAIXA 06 - JOSÉ Proprietário DR. JOSÉ CASSILDO PINTO Local AVENIDA ÍNDIO ARABUTAN – Tambaú Arquiteto JONAS ARRUDA SILVA CREA/ Inscrição na PMJP 3991/D – 2ª. REGIÃO VISTO 634 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 20/FEVEREIRO/79 Dados Área do terreno: 672,00 m2. Área de construção: 326,80 m2. Indicie de ocupação: 0,49 Indicie de aproveitamento: 0,48 11/ CAIXA 03 – LETRA L Proprietário LUIZ GONZAGA RODRIGUES Local AVENIDA SÃO PAULO, LT 240 – Bairro dos Estados Arquiteto MÁRIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405/D – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 27/ABRIL/79 Dados Área do terreno: 498,00 m2. Área de construção: 208,00 m2. Indicie de ocupação: 47 % Indicie de aproveitamento: 47% 12/ CAIXA 01 – LETRA M Proprietário MARCO AURÉLIO MAYER DUARTE Local Rua José Florentino Júnior - Tambauzinho Arquiteto MÁRIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405/D – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 29/JANEIRO/79 Dados Área do terreno: 424,50 m2. Área de construção: 207,00 m2. Área de construção: 207,00 m2 Indicie de ocupação: 49 % Indicie de aproveitamento: 0,49 231 13/ CAIXA 02 - MARIA Proprietário MARIA ANGELA SOUTO CANTALICE Local AVENIDA MARIA ELIZABETH (ST. 22/ QD. 36/ LT. 224). Arquiteto AMARO MUNIZ CASTRO CREA/ Inscrição na PMJP 1443/D Aprovação na PMJP 13/SETEMBRO/79 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área da coberta: 162,00 m2. Área de construção: 162,00 m2. Indicie de ocupação: 45% Indicie de aproveitamento: 45% 14/ CAIXA 06 - MARIA Proprietário SRA. MARIA JAYDETH M. LEITE. Local RUA PROFESORA SEVERINA MOURA, S/N – TORRE. Arquitetos RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 1528/D – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 15/JUNHO/79 Dados Área do terreno: 280,00 m2. Área de construção: 235,50 m2. Indicie de ocupação: 50% Indicie de aproveitamento: 50% 15/ CAIXA 02 – LETRA N Proprietário SR. CARLOS ALBERTO FARIAS GALVÃO Local RUA DESP. JOSÉ EDUARDO HOLANDA – Cabo Branco Arquitetos NEUSA GALVÃO CREA/ Inscrição na PMJP 962/D VISTO 1325 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 24/SETEMBRO/79 Dados Área do terreno: 465,00 m2. Área de coberta: 164,80 m2. Área de construção: 159,60 m2. Indicie de ocupação: 0,34 Indicie de aproveitamento: 0,35 232 16/ CAIXA 02 – LETRA P Proprietário PAULO JOSÉ DE SOUTO Local (ST. 28/ QD. 236/ LT. 81) Jardim IPEP – Mandacarú. Arquitetos REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 14/FEVEREIRO/79 Dados Área do terreno: 1058,00 m2. Área de coberta: 115,00 m2. Área de construção: 226,00 m2. Indicie de ocupação: 0,15 Indicie de aproveitamento: 0,22 17/ CAIXA 02 – LETRA R Proprietário ROMUALDO FRANCISCO URTIGA Local RUA CONEGO LUIZ GONZAGA, S/N – LOTEAMENTO SÃO JOAQUIM. Arquiteto AMARO MUNIZ CASTRO CREA/ Inscrição na PMJP 6755/D – 2ª. REGIÃO VISTO 965 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 17/JANEIRO/79 Dados Área do terreno: 716,80 m2. Área da coberta: 276,00 m2. Área de construção: 270,00 m2. Indicie de ocupação: 0,39 Indicie de aproveitamento: 0,38 18/ CAIXA 02 – LETRA V Proprietário VIRGÍNIO VELOSO FREIRE FILHO Local AVENIDA SÃO PAULO, S/N – Bairro dos Estados Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 18/JANEIRO/79 Dados Área do terreno: 725,00 m2. Área da coberta: 233,00 m2. Área de construção: 233,05 m2. Indicie de ocupação: 0,33 Indicie de aproveitamento: 0,33 233 19/ CAIXA 01 – LETRA W Proprietário SR. WILLIAM VELOSO DA SILVA Local RUA BUARQUE S/N Arquiteto RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/ 75 – 2ª. REGIÃO VISTO 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 16/FEVEREIRO/79 Dados Área do terreno: 390,00 m2. Área da coberta: 250,04 m2. Área de construção: 250,04 m2. Indicie de ocupação: 0,41 Indicie de aproveitamento: 0,41 234 ANO: 1979 encontrado em 1980 01 CAIXA 07 – LETRA A Proprietário ANÍBAL PEIXOTO FILHO Local AVENIDA BARÃO DA PASSAGEM c/ RUA PEDRO BATISTA – ST 03. Arquiteto AMARO MUNIZ CASTRO CREA/ Inscrição na PMJP 6755/D – 2ª. REGIÃO VISTO 965 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 16/NOVEMBRO/79 Dados Área do terreno: 640,00 m2. Área de construção: 347,00 m2. Indicie de ocupação: 0,54 Indicie de aproveitamento: 0,65 02/ CAIXA 08 – LETRA A Proprietário AMARO MUNIZ CASTRO Local AVENIDA MONTEIRO DA FRANCA - Manaíra Arquiteto AMARO MUNIZ CASTRO CREA/ Inscrição na PMJP 6755/D – 2ª. REGIÃO VISTO 965 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 02/OUTUBRO/79 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 180,00 m2. Indicie de ocupação: 0,50 Indicie de aproveitamento: 0,50 03/ CAIXA 08 – LETRA A Proprietário ALCINDO LIMA FILHO Local AVENIDA SÃO GONÇALO c/ AVENIDA SILVINO CHAVES - MANAÍRA Arquiteto AMARO MUNIZ CASTRO CREA/ Inscrição na PMJP 6755/D – 2ª. REGIÃO VISTO 965 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 26/DEZEMBRO/79 Dados Área do terreno: Área de construção: Indicie de ocupação: Indicie de aproveitamento: 235 04/ CAIXA 05 (ANTONIO) Proprietário ANTONIO GUALBERTO VIANNA CHIANCA Local AVENIDA ESPERANÇA – Manaíra Arquiteto EXPEDITO ARRUDA CREA/ Inscrição na PMJP 6993/D – 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 26/DEZEMBRO/79 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 283,74 m2. Indicie de ocupação: 0,37 Indicie de aproveitamento: 0,74 05/ CAIXA 01 – LETRA E Proprietário EVERALDO DE OLIVEIRA BELMONT Local RUA MAJOR CIRAULO – ST 21 (Tambaú/ Manaíra) Arquiteto NILO ROBERTO ARAGÃO SANTOS CREA/ Inscrição na PMJP 5162/D – 2ª. REGIÃO VISTO 1303 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 21/SETEMBRO/79 Dados Área do terreno: 525,00 m2. Área de construção: 304,81 m2. Indicie de ocupação: 38% Indicie de aproveitamento: 38% 06/ CAIXA 02 – LETRA E Proprietário EMILE PRONK Local RUA 15 – Loteamento Redenção (Cristo Redentor) Arquiteto EMILE PRONK CREA/ Inscrição na PMJP 1150/D – 16ª. REGIÃO (assinado por ELIOMAR DA SILVA SANTOS – engenheiro) Aprovação na PMJP 19/SETEMBRO/79 Dados Área do terreno: 300,00 m2. Área de construção: 150,00 m2. Indicie de ocupação: 50% Indicie de aproveitamento: 50% 236 07/ CAIXA 07 – LETRA E Proprietário SR. EDVALDO DE GÓES Local Jardim Oceania ll (ST 21/ QD 435/ LTS 08 e 23) Arquiteto PEDRO ABRAÂO DIEB CREA/ Inscrição na PMJP 2090 – D/ 2ª. REGIÃO VISTO 131 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 26/SETEMBRO/79 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 170,50 m2. Indicie de ocupação: 0,47 Indicie de aproveitamento: 0,47 08/ CAIXA 03 – LETRA F Proprietário FÁBIO MARIZ MAIA Local AVENIDA EXPEDICIONÁRIOS c/ RUA JOSÉ VIEIRA - Expedicionários Arquiteto AMARO MUNIZ CASTRO CREA/ Inscrição na PMJP 6755/D – 2ª. REGIÃO VISTO 965 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 01/NOVEMBRO/79 Dados Área do terreno: 544,00 m2. Área da coberta: 216,65 m2. Área de construção: 334,00 m2. Indicie de ocupação: 0,61 Indicie de aproveitamento: 0,40 09/ CAIXA 02 – LETRA G Proprietário SR. GUSTAVO FERNANDES DE LIMA SOBRINHO Local AVENIDA PARÁ – Bairro dos Estados Arquiteto MARIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405/D – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 08/MARÇO/78 Dados Área do terreno: 720,00 m2. Área de construção: 382,00 m2. Indicie de ocupação: 35% Indicie de aproveitamento: 0,53 237 10/ CAIXA 03 – LETRA G Proprietário SR. GARIBALDI CITTADINO Local AVENIDA CAIRÚ – Cabo Branco Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 1528/D – 16ª. REGIÃO Registro 521/78 Aprovação na PMJP 20/AGOSTO/79 Dados Área do terreno: 713,75 m2. Área de construção: 399,65 m2. Indicie de ocupação: 0,29 Indicie de aproveitamento: 0,65 11/ CAIXA 04 – LETRA H Proprietário HAROLDO COUTINHO DE LUCENA Local AVENIDA CAMPOS SALES – Bessa Arquiteto EXPEDITO ARRUDA CREA/ Inscrição na PMJP 6993/D – 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 22/JUNHO/79 Dados Área do terreno: 900,00 m2. Área de construção: 430,10 m2. Indicie de ocupação: 47% Indicie de aproveitamento: 47% 12/ CAIXA 03 – LETRA I Proprietário SR. IVAN BICHARA SOBREIRA FILHO Local RUA LUCIANO R. DE MORAIS – Cabo Branco Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. Região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 26/NOVEMBRO/79 Dados Área do terreno: 660,00 m2. Área de construção: 287,50 m2. Indicie de ocupação: 0,13% Indicie de aproveitamento: 0,44% 238 13/ CAIXA 04 – LETRA J Proprietário JAIR CUNHA Local AVENIDA GOIÁS – Bairro dos Estados Arquiteto CARMEM MAYRINCK VERA PIRES CLARA CALÁBRIA LIZA STACISHIN CREA/ Inscrição na PMJP 4839/D – 2ª. REGIÃO (VERA PIRES assina Boletim de Classificação) Aprovação na PMJP 02/AGOSTO/79 Dados Área do terreno: 390,00 m2. Área de construção: 308,12 m2. Indicie de ocupação: Indicie de aproveitamento: 14/ CAIXA 04 – LETRA L Proprietário LUIZ EDUARDO DE LIRA TROCCÓLI e irmãos Local JARDIM BELA VISTA – Altiplano Cabo Branco Arquiteto MARIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405/D – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 16/ABRIL/79 Dados Área do terreno: 7.095,00 m2. Área de construção: 448,10 m2. Indicie de ocupação: 0,06 Indicie de aproveitamento: 6% 15/ CAIXA 01 – LETRA M Proprietário MARCOS MARINHO DA COSTA Local AVENIDA GENERAL EDSON RAMALHO - Manaíra Arquiteto MARCOS MARINHO DA COSTA CREA/ Inscrição na PMJP 29.201/D – 5ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 21/SETEMBRO/79 Dados Área do terreno: 423,50 m2. Área de construção: 200,00 m2. Indicie de ocupação: 32% Indicie de aproveitamento: 0,47 239 16/ CAIXA 01 – LETRA M Proprietário SR. MATHIAS TAVARES DE MELO NETO Local RUA FRANCISCO C. DE ARAÚJO – Cabo Branco Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. Região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 17/DEZEMBRO/79 Dados Área do terreno: 500,00 m2. Área de coberta: 256,11 m2. Área de construção: 263,26 m2. Indicie de ocupação: 0,50% Indicie de aproveitamento: 0,40 17/ CAIXA 02 – LETRA M Proprietário DR. MARCO MARSICANO Local AVENIDA PIAUÍ – Bairro dos Estados Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. Região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 23/OUTUBRO/79 Dados Área do terreno: 800,00 m2. Área de construção: 334,00 m2. Indicie de ocupação: 45% Indicie de aproveitamento: 41% 18/ CAIXA 06 – LETRA M Proprietário MARCOS CÉSAR BEZERRA FERRER E SILVA Local Loteamento Jardim IPEP - Mandacaru Arquiteto RONALDO S. NEGROMONTE DE MACEDO ANTONIO EDUARDO DE AQUINO CREA/ Inscrição na PMJP 5753/D – 2ª. REGIÃO 1313/D – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 21/SETEMBRO/79 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 155,60 m2. Indicie de ocupação: 43% Indicie de aproveitamento: 43% 240 19/ CAIXA 05 (MARIA) Proprietário MARIA LÚCIA CORREIA MARTINEZ Local RUA DOM BOSCO – Cristo Redentor Arquiteto NILO MARTINEZ CREA/ Inscrição na PMJP 6661/ D – 5ª. Região Aprovação na PMJP 22/NOVEMBRO/79 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 158,50 m2. Indicie de ocupação: 0,50% Indicie de aproveitamento: 0,44% 20/ CAIXA 08 (MARIA) Proprietário MARIA ÂNGELA DE ALBUQUERQUE MELO Local RUA ANTONIA GOMES DA SILVEIRA – Cristo Redentor Arquiteto RONALDO S. NEGROMONTE DE MACEDO ANTONIO EDUARDO DE AQUINO CREA/ Inscrição na PMJP 5753/D – 2ª. REGIÃO 1313/D – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 22/MAIO/79 Dados Área do terreno: 300,00 m2. Área de construção: 95,48 m2. Indicie de ocupação: Indicie de aproveitamento: 21/ CAIXA 01 – MANOEL Proprietário SR. MANOEL FERNANDES SOBRINHO Local AVENIDA GOIÁS esquina c/ AVENIDA AMAPÁ – Bairro dos Estados Arquiteto MARIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405/D – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 14/FEVEREIRO/79 Dados Área do terreno: Área de construção: Indicie de ocupação: Indicie de aproveitamento: 241 22/ CAIXA 01 – LETRA N Proprietário SR. NICOLA BATTELLI Local RUA PROJETADA – Loteamento Solar Marisópolis Arquiteto UBIRATAN DE VASCONCELOS L. DA CUNHA CREA/ Inscrição na PMJP 916/D Aprovação na PMJP 16/FEVEREIRO/79 Dados Área do terreno: 540,00 m2. Área de construção: 211,00 m2. Indicie de ocupação: 39% Indicie de aproveitamento: 0,39 23/ CAIXA 01 – LETRA O Proprietário OTO OURIQUES DA SILVA Local AVENIDA CAMPOS SALES Arquiteto TERTULIANO DIONÍSIO CREA/ Inscrição na PMJP 3460/D – 2ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 01/NOVEMBRO/79 Dados Área do terreno: 750,00 m2. Área de construção: 302,00 m2. Indicie de ocupação: 0,29% Indicie de aproveitamento: 0,40% 24/ CAIXA 01 – LETRA O Proprietário ONILDO CAVALCANTI FARIAS Local AVENIDA CLEMENTE ROSAS – Torre Arquiteto MARIO GLAUCO DI LÁSCIO CREA/ Inscrição na PMJP 1405/D – 2ª. REGIÃO VISTO 09 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 07/AGOSTO/79 Dados Área do terreno: 671,30 m2. Área de construção: 370,05 m2. Indicie de ocupação: 47% Indicie de aproveitamento: 0,55 242 25/ CAIXA 03 – LETRA S Proprietário SR. SEBASTIÃO GALDINO DA COSTA Local RUA PROFESSORA MARIA SALES - Tambaú Arquitetos CARLOS ALBERTO MELO DE ALMEIDA CREA/ Inscrição na PMJP 24.233 – 6ª. REGIÃO VISTO 532 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 28/NOVEMBRO/79 Dados Área do terreno: 392,00 m2. Área de construção: 328,42 m2. Indicie de ocupação: 44,2% Indicie de aproveitamento: 83,8% 26/ CAIXA 01 – LETRA T Proprietário TEONES BARBOSA DE LIRA Local AVENIDA ACRE – Bairro dos Estados Arquiteto AMARO MUNIZ CASTRO CREA/ Inscrição na PMJP 6755/D – 2ª. REGIÃO VISTO 965 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 08/AGOSTO/79 Dados Área do terreno: 397,00 m2. Área de construção: 196,00 m2. Indicie de ocupação: 0,52 Indicie de aproveitamento: 0,50 27/ CAIXA 01 – LETRA V Proprietário TÁRCIO ARY TOSCANO SILVA Local Tambaú Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. Região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 18/SETEMBRO/79 Dados Área do terreno: 360,00 m2. Área de construção: 188,80 m2. Indicie de ocupação: Indicie de aproveitamento: 243 28/ CAIXA 03 – LETRA V Proprietário VIOLETA GONÇALVES DE ALMEIDA Local Loteamento do IPEP Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. Região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 14/MARÇO/79 Dados Área do terreno: 429,00 m2. Área de construção: 200,00 m2. Indicie de ocupação: Indicie de aproveitamento: 29/ CAIXA 02 (PLANTAS) Proprietário SR. EDVALDO FERNANDES MOTTA Local AVENIDA MARANHÃO – Bairro dos Estados Arquiteto REGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI CREA/ Inscrição na PMJP 0440/75 – 2ª. Região 711 – 16ª. REGIÃO Aprovação na PMJP 26/OUTUBRO/79 Dados Área do terreno: 710,00 m2. Área de construção: 313,06 m2. Indicie de ocupação: 0,25% Indicie de aproveitamento: 0,25% 244 ANEXO 02 FICHAS DE ANÁLISE PROJETOS DE ARQUITETURA (ARQUIVO CENTRAL DA P.M.J.P. ANOS 1975-1979) 245 Residência E. Gerson Construções Ltda.(1976) – CD 55 Avenida Antonio Lira – Tambaú Arquitetos: Carlos Alberto Carneiro da Cunha ARMÁRIOS ÓBITO Residência Sr. Luis Carlos Carvalho (1976) – CD 23 Avenida Guarabira - Tambaú Arquiteto: Antonio José do Amaral e Silva e Maria Berenice Fraga do Amaral ÓBITO 246 Residência Sr. Marinaldo Barbosa (1976) – CD 26 Avenida Campos Sales – Bessa Arquiteto: Antonio José do Amaral e Silva e Maria Berenice Fraga do Amaral ÓBITO Residência Noêmia Beltrão (1976) – CD 02 Avenida Guarabira – Manaíra Arquitetos: Antonio José do Amaral e Silva/ Maria Berenice Fraga do Amaral Construtor: Álvaro Monteiro ÓBITO ÓBITO 247 Residência José Juvêncio de Almeida Filho (1977) – CD 19 Manaíra Arquitetos: Carlos Alberto Carneiro da Cunha e Edmundo Ferreira Barros ÓBITO Residência Pedro Tomé Arruda(1977) – CD 36 Avenida Cabo Branco – Cabo Branco Arquiteto: Carlos Alberto Carneiro da Cunha ÓBITO 248 Residência Aécio Pereira Lima (1978) – CD 47 Avenida Cabo Branco – Cabo Branco Arquitetos: Carlos Alberto Carneiro da Cunha e Edmundo Ferreira Barros ÓBITO Residência Antonio Aldenor de Holanda (1978) – CD 31 Avenida N. S. dos Navegantes - Tambaú Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti ÓBITO 249 Residência Damião Leite Lima (1978) – CD 16 Oceania II – setor 21 Arquiteto: Tertuliano Dionísio ÓBITO Residência Jacy Cavalcanti (1979) – CD 11 Avenida Nego – Tambaú/ setor 21 Arquiteto: Edmundo Ferreira Barros Construtor: Roberto Estevão Carneiro da Cunha ÓBITO 250 Residência Alcindo Lima Filho (1979) – CD 47 Avenida São Gonçalo c/ Avenida Silvino Chaves – Manaíra Arquiteto: Amaro Muniz Castro ÓBITO 251 Residência Pedro Crispim de Andrade (1977) – CD 01 Rua Francisco de O. Porto – setor 19 Arquiteto José Luciano Agra de Oliveira NÃO ENCONTRADO Residência arquiteta Maria Graziela de Almeida Dantas (1977) – CD 02 Rua Dr. Manoel Madruga – Bairro dos Ipês Arquiteto: Maria Graziela de Almeida Dantas NÃO ENCONTRADO 252 Residência : José Guentch Ogloiuam (1976) – CD 05 Jardim Oceania – Praia do Bessa/ setor 21 Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti Construtor: Solon de Lucena NÃO ENCONTRADO Residência : Gunther Scherer Wahling (1976) – CD 06 Avenida João Maurício - Manaíra Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti Construtor: Marinézio Ribeiro do Nascimento NÃO ENCONTRADO 253 Residência Luiz Gonzaga Rodrigues (1978) – CD 13 Avenida São Paulo – Bairro dos Estados Arquiteto: Mário Glauco Di Láscio – 2ª. região NÃO ENCONTRADO Residência Sr. William Veloso da Silva (1979) – CD 15 Tambaú – setor 22 Arquiteto Régis de Albuquerque Cavalcanti – 2ª. Região Construtor: William Veloso da Silva NÃO ENCONTRADO 254 Residência Ezilda Prestes Rocha (1979) – CD 10 Avenida Gal. Geraldo Costa - Manaíra Arquiteto: José Luciano Agra de Oliveira NÃO ENCONTRADO Residência Manoel Domingos Sobreira (1976) – CD 03 Setor 21 Arquiteta: Vera Pires Viana – 2ª. Região Construtor: Germano de Albuquerque Andrade NÃO ENCONTRADO 255 Residência Francisco dos Reis Lisboa Neto (1977) – CD 07 Rua Maria Loureiro França – Cabo Branco Arquiteto: Maria do Carmo Dantas Padilha Construtor: Carlos Martinho de V. C. Lima NÃO ENCONTRADO Residência Paulo Roberto M. Carneiro da Cunha (1978) – CD 09 Rua Evaldo Wanderley – Tambauzinho Arquiteto: Edmundo Ferreira Barros – 2ª. Região Construtor: Roberto Estevão Carneiro da Cunha NÃO ENCONTRADO 256 Residência José Cassildo Pinto (1979) – CD 11 Tambaú Arquiteto Jonas Arruda Silva – 2ª. Região Construtor: Roberto Estevão Carneiro da Cunha NÃO ENCONTRADO Residência Sr. José Ari Gadelha do Amaral (1976) –CD 05 Avenida Amapá c/ Avenida São Paulo – Bairro dos Estados Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti – 2ª. região NÃO ENCONTRADO 257 Residência José Gabínio de Farias (1979) – CD 12 Jardim IPEP – setor 18 Arquiteto Régis de Albuquerque Cavalcanti – 2ª. Região Construtor: Euvaldo Silva de Araújo NÃO ENCONTRADO Residência Marco Aurélio Mayer Duarte (1979) – CD 13 Rua José Florentino Júnior - Tambauzinho Arquiteto Mário Glauco Di Láscio – 2ª. Região NÃO ENCONTRADO 258 Residência Maria Ângela Souto (1979) – CD 14 Avenida Maria Elizabeth – Cabo Branco Arquiteto: Amaro Muniz Castro – 2ª. Região Construtor: SIM NÃO ENCONTRADO Residência Marco Aurélio Mayer Duarte (1976) – CD 03 Avenida Acre – Bairro dos Estados Arquitetos: Renato Azevedo/ Vilna Serpa – 2ª. Região Construtor: SIM NÃO ENCONTRADO 259 Residência Paulo José de Souto (1979) – CD 15 Jardim IPEP – Mandacaru/ setor 18 Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti – 2ª. Região NÃO ENCONTRADO Residência Dr. Lino Borges (1977) – CD 04 Setor 18 Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti – 2ª. região NÃO ENCONTRADO 260 Residência Dr. Mário Ângelo Cahino (1978) – CD 26 Avenida Mato Grosso – Bairro dos Estados Arquitetos: J A Hawatt Aloísio Figueiredo NÃO ENCONTRADO Residência Carlos Lira Maranhão (1978) – CD 28 Loteamento Parque Cabo Branco Arquitetos: Mário Gouveia Borba NÃO ENCONTRADO 261 35. Residência Aloizio Carneiro(1976) – CD 31 Avenida Bahia – Bairro dos Estados Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti NÃO ENCONTRADO Residência Severino de Assis Júnior (1976) – CD 41 Avenida D. Moisés Coelho - Arquitetos: Tertuliano Dionísio NÃO ENCONTRADO 262 Residência Austregésilo de Freitas(1977) – CD 43 Rua Evaldo Wanderley - Tambauzinho Arquitetos: Régis de Albuquerque Cavalcanti NÃO ENCONTRADO Residência Dr. Antonio Cristovão de Araújo Silva(1977) – CD 45 Avenida Minas Gerais c/ Roraima e Guanabara – Bairro dos Estados Arquitetos: Mário Glauco Di Láscio NÃO ENCONTRADO 263 Residência Fabiano Cavalcanti de Melo (1977) – CD 48 Avenida Sergipe – Bairro dos Estados Arquitetos: Régis de Albuquerque Cavalcanti NÃO ENCONTRADO Residência Geraldo José de Santana(1977) – CD 50 Avenida Minas Gerais c/ Roraima – Bairro dos Estados Arquitetos: Régis de Albuquerque Cavalcanti NÃO ENCONTRADO 264 Residência Vicente Rocco (1977) – CD 52 Setor 20 Arquiteto: Tertuliano Dionísio NÃO ENCONTRADO Residência Regina Von Söhsten (1977) – CD 56 Rua Dr. San Juan Arquitetos: Carlos Alberto Carneiro da Cunha Edmundo Ferreira Barros NÃO ENCONTRADO 265 Residência Celeida F. Monteiro Galvão (1975) – CD 57 Rua Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti NÃO ENCONTRADO Residência Sr. José da Guia Ferreira Nóbrega (1978) – CD 22 Loteamento São Gonçalo – Manaíra -Tambaú. Setor 21/ quadra 20 ou 150 Arquiteto: William Bernardo Sampaio Mendes NÃO ENCONTRADO 266 Residência João de Andrade Melo (1976) – CD 22 Avenida Monteiro da Franca – quadra 141/lote 75 Arquiteto: Ronaldo Negromonte. S. de Macedo Antonio Eduardo M. de Aquino NÃO ENCONTRADO Residência Maria do Socorro Diniz (1978) – CD 25 Rua Dr. Frutuoso Dantas – Cabo Branco. Setor 22/ quadra 23/ lote 132 Arquiteto: Maria Grasiela de Almeida Dantas NÃO ENCONTRADO 267 Residência Everaldo de Oliveira Belmont (1979) – CD 38 Rua Major Ciraulo – Manaíra Arquiteto: Nilo Roberto Aragão Santos NÃO ENCONTRADO Residência Silvio Pelico Porto Filho (1979) – CD 41 Avenida Silvino Chaves – Manaíra Arquiteto: Madalena Záccara NÃO ENCONTRADO 268 Residência Maria Auxiliadora Martins Maroja Garro (1978) – CD 35 Bairro dos Estados Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti NÃO ENCONTRADO Residência Prof. Reginaldo F. Cavalcanti(1977) – CD 30 Bessa Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti NÃO ENCONTRADO 269 Residência Henrique Gil Nunes Maia (1978) – CD 51 Rua Major Salustiano Ribeiro - Tambauzinho Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti NÃO ENCONTRADO Residência Sr Paulo Germano Cavalcanti (1976) – CD 27 Avenida Alice de Almeida (vizinho ao n. 45) – Cabo Branco Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti NÃO ENCONTRADO 270 Residência E. Gerson Construções LTDA. (1977) – CD 28 Avenida José Augusto Trindade c/ Avenida Infante Dom Henrique – Tambaú Arquiteto: Carlos Alberto Carneiro da Cunha NÃO ENCONTRADO Residência Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque (1977) – CD 34 Avenida Maria Rosa - Manaíra Arquiteto: Flávia Tolentino de Carvalho NÃO ENCONTRADO 271 Residência Rubens Paes Barreto (1977) – CD 37 Manaíra/ Tambaú Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti NÃO ENCONTRADO Residência Sr. Antonio de Souza França (1976) – CD 44 Avenida Antonio Lira c/ A. Loureiro – Cabo Branco Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti NÃO ENCONTRADO 272 Residência Sr. Geraldez Tomaz (1975) – CD 57 Rua Antonio Lira – Tambaú/ Cabo Branco (?) Arquiteto: Maria Grasiela de Almeida Dantas NÃO ENCONTRADO Residência Sr. Valdes Cunha Cavalcanti (1975) – CD 58 Avenida Gal. Geraldo Costa c/ Avenida Gal. Edson Ramalho – Manaíra Arquiteta: Gláucia Cavalcanti Annunciação – 2ª. região NÃO ENCONTRADO 273 Residência Sr. Antonio Ibraildo de Araújo (1975) – CD 61 Avenida Rio Grande do Norte – Bairro dos Estados Arquiteto: Pedro Abrahão Dieb – 2ª. região NÃO ENCONTRADO Residência Sr. Bráulio Pereira Lins (1975) – CD 61 Rua Lionildo Fernandes de Oliveira - Bairro dos Estados Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti – 2ª. região NÃO ENCONTRADO 274 Residência Sr. Antonio da Silva Morais (1975) – CD 62 Rua Manoel Madruga – Loteamento São Joaquim/ Mandacaru Arquiteto: Antonio José do Amaral e Silva – 2ª. Região Residência Dr. Francisco Xavier (1975) – CD 60 Rua Antonio Lira – Tambaú Arquiteto: Mário Glauco Di Láscio – 2ª. Região 275 Residência Sr. João Wanderley (1975) – CD 60 Avenida Nossa Senhora dos Navegantes – Tambaú Arquitetos: Antonio José do Amaral e Silva e Maria Berenice Fraga do Amaral – 2ª. região Residência Sr. José Iran de Lacerda (1975) – CD 59 Rua Espírito Santo – Bairro dos Estados Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti – 2ª. Região 276 Residência Sr. Luiz Régis Pessoa de Farias(1975) – CD 59 Rua Maestro Osvaldo Evaristo da Costa – Bairro dos Estados Arquitetos: Antonio José do Amaral e Silva e Maria Berenice Fraga do Amaral – 2ª. Região Residência Dr. Luiz Sálvio Galvão Dantas (1975) – CD 53 (fachada?) Rua Desp. José Eduardo de Holanda c/ Rua Tab. Antonio Carneiro – Cabo Branco Arquiteto: Maria Grasiela de Almeida Dantas 277 Residência Sr. Rinaldo de Souza e Silva (1975) – CD 53 Avenida Epitácio Pessoa - Tambauzinho Arquiteto: Antonio José do Amaral e Silva e Maria Berenice Fraga do Amaral Residência Sr. Antonio de Pádua G. Pereira (1976) – CD 29 Rua Lauro Torres c/ Rua José Clementino de Oliveira – Tambauzinho Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti 278 Residência Antonio Queiroga Lopes(1976) – CD 29 Avenida Mato Grosso – Bairro dos Estados Arquitetos: Getúlio Pereira Nóbrega Luiz Nazário Medeiros Cavalcanti Residência Artur Gonsalves Ribeiro (1976) – CD 08 Avenida Mato Grosso c/ Avenida Piauí – Bairro dos Estados Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti Construtor: Marinézio Ribeiro do Nascimento 279 Residência Sr. Diógenes dos Santos Souza Júnior (1976) – CD 42 Avenida Rio Grande do Sul – Bairros dos Estados Arquiteto: Mário Glauco Di Láscio Residência Francisco de Sales Pinto (1976) – CD 32 Rua Juiz Amaro Bezerra – Cabo Branco Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti 280 Residência : Dr. Geraldo Teixeira de Carvalho (1976) – CD 07 Avenida Camilo de Holanda c/ Rua Sandoval de Oliveira – setor 03 Arquiteto: Rômulo Sérgio Carvalho Construtor: Marinézio Ribeiro do Nascimento Residência Sr. José Maria de Araújo Dantas(1976) – CD 04 Avenida Maria Elizabeth c/ Rua Tab. José Ramalho – Cabo Branco Arquitetos: Antonio José do Amaral e Silva/ Maria Berenice Fraga do Amaral 281 Residência Manoel Espinar Guerra (1976) – CD 20 Rua Dr. Manoel Madruga – Bairro dos Estados Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti Residência Sr. Pedro Madeira de Melo (1976) – CD 27 Avenida Cabo Branco, 3506 – Cabo Branco Arquiteto: Mário Glauco Di Láscio 282 Residência Sr. Potengi Holanda de Lucena (1976) – CD 30 Avenida Umbuzeiro (entre a Av. Eutiquiano Barreto e Av. São Gonçalo) Arquiteto: Antonio José do Amaral e Silva e Maria Berenice Fraga do Amaral Residência Antonio Maria Amazonas Mac Dowell (1977) – CD 44 Avenida Espírito Santo – Bairro dos Estados Arquitetos: Carlos Alberto Melo de Almeida Zamir Sena Caldas 283 Residência Dr. Antônio de Pádua Carvalho (1977) – CD 08 Rua Dr. Giácomo Porto – Miramar Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti Residência Ary Carneiro Vilhena (1977) – CD 43 Rua José Florentino Júnior – Tambauzinho Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti 284 Residência Carlos Alberto Rodrigues Simões (1977) – CD 49 Avenida Osíris de Belli - Cabo Branco Arquiteto: Pedro A. Dieb Residência Delmiro Fernandes Maia Filho (1977) – CD 42 Avenida Cabo Branco – Cabo Branco Arquiteta: Maria Grasiela de Almeida Dantas 285 Residência E. Gerson (1977) – CD 39 Avenida Helena Meira Lima – Tambaú (entre a Avenida Severino M. Spinelli e a Avenida Silvino Lopes) Arquiteto: Carlos Alberto Carneiro da Cunha Residência E. Gerson (1977) – CD 40 Avenida Helena Meira Lima – Tambaú (entre a Avenida Severino M. Spinelli e a Avenida Silvino Lopes) Arquiteto: Carlos Alberto Carneiro da Cunha 286 Residência Geraldo Teixeira de Carvalho (1977) – CD 50 Rua Cel. Otto Feio da Silveira – Jardim Brisamar Arquiteto: Pedro A. Dieb Residência Hermano José da Silveira Farias (1977) – CD 51 Rua Hildebrando Tourino c/ Rua Antonio R. Júnior – Miramar / Jardim Rosas Arquiteta: Maria Grasiela de Almeida Dantas 287 Residência Irene Dias Cavalcante (1977) – CD 06 Rua Francisco Diomedes Cantalice – Cabo Branco Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti Construtor: Francisco de Paula Moreira Residência Laureano Casado da Silva (1977) – CD 34 Avenida Ruy Carneiro Arquiteto: Mário Glauco Di Láscio 288 Residência Luciano Leal Wanderley (1977) – CD 23 Avenida Gal. Edson Ramalho - Tambaú Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti Residência Maria Solange Fonseca Maia (1977) – CD 25 Rua Marechal Espiridião Rosas - Expedicionários Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti Construtor: SIM 289 Residência Sr. Max Borges Seager (1977) – CD 58 Rua Bancário Francisco Mendes – Bairro dos Estados Arquiteto: Carlos Alberto Carneiro da Cunha – 2ª. Região Residência arquiteto Régis de Albuquerque Cavalcanti (1978) – CD 01 Loteamento Bessa Mar – Praia do Bessa Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti 290 Residência Acácio Colaço de Caldas Barros (1978) – CD 49 Cabo Branco Arquiteto: Hugo Miguel Jiménez Salinas Residência Edísio Souto (1978) – CD 17 Rua Osíris de Belli – Cabo Branco Arquitetos: Amaro Muniz Castro e Armando Ferreira de Carvalho 291 Residência Fernando Carneiro da Cunha (1978) – CD 52 Avenida Cabo Branco – Cabo Branco (próximo à Rua Osíris de Belli) Arquiteto: Carlos Alberto Carneiro da Cunha Residência Hermano Costa Araújo (1978) – CD 18 Avenida Juvenal Mário da Silva – Manaíra Arquiteto: Carlos Alberto Carneiro da Cunha 292 Residência Maria Zélia Mesquita de Carvalho (1978) – CD 35 Avenida Gov. Flávio Ribeiro Coutinho – Retão de Manaíra Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti Residência Múcio Antonio S. Souto(1978) – CD 36 Avenida Cabo Branco – Cabo Branco Arquiteto: Mário Glauco Di Láscio 293 Residência Túlio Augusto Neiva Morais (1978) – CD 52 Rua Bancário Francisco Mendes – Jardim Brisamar Arquitetos: Carlos Alberto Carneiro da Cunha e Edmundo Ferreira Barros Residência Walter Vieira Toledo (1978) – CD 38 Rua Silvio Almeida – Expedicionários Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti 294 Residência arquiteto Aristóteles Magalhães Lobo Cordeiro (1979) – CD 09 Manaíra Arquiteto: Aristóteles Magalhães Lobo Cordeiro – 21ª. região Residência Gilson Aquino da Silva (1978) – CD 10 Rua Antonia Gomes da Silveira – Cristo Redentor Arquiteto Antonio José do Amaral e Silva 295 Residência Juventino Figueira Borges (1979) – CD 12 Rua Cel. Miguel Sátiro – Cabo Branco Arquiteto: Amaro Muniz Castro Construtor: Marinézio Ribeiro do Nascimento Residência Maria Jaydeth M. Leite (1979) – CD 14 Rua Professora Severina Moura – Torre Arquiteto Régis de Albuquerque Cavalcanti – 2ª. Região 296 Residência Romualdo Francisco Urtiga (1979) – CD 21 Rua Cônego Luiz Gonzaga – Bairro dos Estados Arquiteto: Amaro Muniz Castro Residência Vírgínio Veloso Freire Filho (1979) – CD 15 Avenida São Paulo – Bairro dos Estados Arquiteto Régis de Albuquerque Cavalcanti 297 Residência Arquiteto Amaro Muniz Castro (1979) – CD 46 Avenida Monteiro da Franca - Manaíra Arquiteto: Amaro Muniz Castro Residência Aníbal Peixoto Filho (1979) – CD 46 Avenida Barão da Passagem c/ Rua Pedro Batista – Torre Arquiteto: Amaro Muniz Castro 298 Residência Sr. Edvaldo Fernandes Motta (1979) – CD 40 Avenida Maranhão – Bairros dos Estados Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti Residência Sr. Edvaldo de Góes (1979) – CD 52 Rua Vicente Lucas Borges – Jardim 13 de Maio Arquiteto: Pedro A. Dieb 299 Residência Emile Pronk (1979) – CD 39 Rua Danilo Penha Paiva – Cristo Redentor Arquiteto: Emile Pronk (Holanda) assinatura: Eliomar da Silva Santos (engenheiro) Residência Fábio Mariz Maia (1979) – CD 48 Avenida Expedicionários c/ Rua José Vieira - Expedicionários Arquiteto: Amaro Muniz Castro 300 Residência Gualberto Chianca (1979) – CD 55 Avenida Esperança - Manaíra Arquiteto: Expedito Arruda Residência Haroldo Coutinho de Lucena (1979) – CD 33 Avenida Campos Sales - Bessa Arquiteto: Expedito Arruda 301 Residência Jair Cunha (1979) – CD 33 Avenida Goiás – Bairro dos Estados Arquiteto: ARQUITETURA QUATRO Residência Dr. Marco Marsicano (1979) – CD 24 Avenida Piauí – Bairro dos Estados Arquiteto: Régis de Albuquerque Cavalcanti 302 Residência Marcos Marinho da Costa (1979) – CD 24 Avenida Gal. Edson Ramalho - Tambaú Arquiteto: Marcos Marinho da Costa Residência Teones Barbosa de Lira (1979) – CD 37 Avenida Acre – Bairro dos Estados Arquiteto: Amaro Muniz Castro