UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA JONATH SAYMO DE OLIVEIRA POR QUE PAROU? PAROU POR QUÊ? A EVASÃO NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NATAL 2017 JONATH SAYMO DE OLIVEIRA POR QUE PAROU? PAROU POR QUÊ? A EVASÃO NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para a obtenção do grau de Pedagogo. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cibelle Amorim Martins. NATAL 2017 JONATH SAYMO DE OLIVEIRA POR QUE PAROU? PAROU POR QUÊ? A EVASÃO NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para a obtenção do grau de Pedagogo. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cibelle Amorim Martins. Aprovado em: 08/12/2017 BANCA EXAMINADORA Prof.ª Dr.ª Cibelle Amorim Martins – Orientadora Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Prof. Dr. Alexandre da Silva Aguiar Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Prof. Dr. João Tadeu Weck Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Oliveira, Jonath Saymo de. Por que parou? parou por quê? a evasão na modalidade de educação de jovens e adultos. Monografia, Curso de Pedagogia. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cibelle Amorim Martins. RESUMO Este trabalho realiza uma análise junto a uma escola Municipal de Natal, que trabalha com Educação de Jovens e Adultos, mais conhecida como EJA, sobre os motivos que levam alunos dessa modalidade a evadir da sala de aula. Tendo como base a contribuição teórica de vários autores que levantam reflexões sobre a educação no Brasil, em especial a educação de jovens e adultos, busca-se compreender as circunstâncias e impactos para o desenvolvimento educacional na sociedade brasileira, de modo a fornecer elementos que auxiliem na superação dessa realidade. Nas leituras buscou-se conhecer a modalidade a partir da sua história, caracterizar os sujeitos que fazem parte da EJA e identificar os principais motivos que os levam a interromper os estudos escolares. O vídeo-documentário resultante dessa pesquisa demonstra alguns aspectos importantes que contribuem para a comunidade educacional conhecer e entender o aluno da EJA. Umas das conclusões a que se chegou é que o professor da EJA é um dos grandes responsáveis pela permanência do educando, pois sua prática pedagógica precisa ir ao encontro das especificidades socioculturais, psicológicas e educacionais dos sujeitos da EJA. Palavras-chave: Educação de Jovens. Educação de Adultos. Evasão escolar. Políticas publicas. Link do Vídeo Documentário no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=_39QbI9HuGw SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 05 2 JUSTIFICATIVA 06 3 OBJETIVOS 08 4 METODOLOGIA 08 5 REFERENCIAL TEÓRICO 09 5.1 BREVE HISTÓRIA SOBRE A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 10 NO BRASIL 5.2 CONCEITO DE ADULTO 12 5.3 PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA FASE ADULTA 1 3 5.4 EVASÃO NA EJA 14 6 DESCRIÇÃO DA PRODUÇÃO 15 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18 APÊNDICE 21 1 INTRODUÇÃO No transcorrer dos anos as políticas públicas de educação escolar para adultos sofreram várias transformações, passando por organizações sociais, a igreja católica e governos, que tentaram mediante a realidade dos alunos fazer uma transformação dentro das estruturas sociais. Ao contrário do período em que foi conduzido pelo Regime Militar (1970), na qual o foco era a necessidade de recursos humanos. A história da educação no Brasil para adultos é bem recente dentro de um contexto político e social. Apesar da história educacional brasileira partir do processo de colonização, que já nos mostra vários episódios de tentativa de educar adultos, à exemplo da educação conduzida pelos jesuítas, voltada para a doutrinação religiosa, um pouco mais tarde teríamos as primeiras reformas educacionais no período do Brasil império, que já apontavam a necessidade do ensino noturno para adultos. A partir do século XX a educação para adultos começa a ser vista sob outra perspectiva, pois agora os motivos estavam mais voltados aos interesses políticos e comerciais. Para Cunha (1999), nessa época, o analfabetismo era visto como causa (e não como efeito) do escasso desenvolvimento brasileiro e o adulto analfabeto era identificado como elemento incapaz e marginal psicológica e socialmente submetido à menoridade econômica, política e jurídica, não podendo, então, votar ou ser votado. Com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da educação, LDB 5692/71 foi criado o ensino supletivo, que reconheceu a educação de adultos como direito à cidadania, assim avançando a modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil, trazendo um estilo de ensino tecnicista, individualizado com tempo reduzido para sua capacitação, como consequência gerou-se certificações rápidas e superficiais e principalmente a evasão escolar, que ocorre quando o aluno deixa de frequentar a aula, caracterizando abandono da escola durante o ano letivo. Anos após ficou assegurado na Constituição Federal de 1988 o Ensino Fundamental para todos gratuitamente em qualquer idade, sendo um direito à cidadania. Assim também na LDB 9394/96 onde a modalidade é tratada como direito subjetivo. 5 No decorrer da graduação do curso de pedagogia são apresentados cenários na qual o educador pode desenvolver suas atividades de ensino e aprendizagem. Entre elas existe a modalidade EJA, na qual podemos encontrar muitos personagens e muitas histórias de vida e superação e às vezes de muitas lutas e sonhos que foram interrompidos no passado para estar dentro da sala de aula e por algum motivo desistir desse sonho. Em meus estágios realizados nas escolas do município de Natal, que trabalha com a modalidade, presenciei várias histórias de desistências de alunos durante o ano letivo, causando assim o fenômeno que conhecemos como evasão. Diante do contexto descrito acima, buscou-se compreender esse fenômeno a partir da produção de um documentário para expor o ponto de vista dos sujeitos implicados nessa problemática. Um formato no qual se tem uma linguagem universal e que além de tentar trazer respostas também poderemos ver as expressões, o sentimento e a verdade de cada personagem. Para Nichols (2005), as nossas predisposições e experiências não podem e nem devem ser totalmente rejeitadas, pois os documentários trabalham intensamente para extrair de nós as histórias que trazemos, a fim de estabelecer ligação e não repulsa ou projeção. Através de vídeo-documentário se buscou trazer não apenas a visão do aluno da EJA, mas o ponto de vista de cada elemento que faz parte desse cenário, procurando integrar as diferentes leituras para o problema da evasão, buscando caminhos que possam ajudar aos alunos prosseguir sem interrupções o seu processo de aprendizagem. Cada indivíduo tem seus problemas e dilemas pessoais, portanto não é apenas a escola que irá responder com números ou estatísticas os motivos dessas evasões. Segundo Freire (1986), devemos respeitar a autonomia, à dignidade e a identidade do educando, pois o saber pode virar palavreado vazio ou inoperante. 2 JUSTIFICATIVA Quando nos referimos a adultos costumamos descrevê-los como pessoas autônomas, com filhos, trabalho, cidadãos com seus direitos e deveres. Outro ponto de vista desse conceito é o biológico que fala que se o ser humano é capaz de 6 reproduzir já pode ser considerado adulto, ou seja, já está pronto para tomar suas decisões. Sabemos que na prática a situação pode se apresentar diferente. A pessoa só era considerada adulta quando atingia a maioridade civil, que até o ano de 2002 seria a idade de 21 anos, hoje com a entrada do novo código civil em 11 de janeiro de 2003 essa idade foi reduzida para 18 anos. Podemos perceber que tudo que conhecemos está em constante mudança, seja em nossa vida pessoal, familiar ou social. A cultura, as pessoas, modelos familiares, entre outras coisas. Uma dessas mudanças também está na formação educacional do indivíduo. A escola de 50 anos atrás não é a mesma escola dos dias atuais. Podemos ter como exemplo a modalidade da EJA que devido à diversidade etária e o processo de urbanização, modificou um pouco o perfil do público, que tinha como alvo em grande parte de seus alunos, adultos e idosos de comunidades rurais. Atualmente podemos perceber que existe uma grande massificação de adolescentes nas escolas no turno noturno, principalmente na modalidade EJA, na qual buscam o tempo perdido para ter uma afirmação dentro da sociedade. Hoje o grande desafio dentro da sala de aula da EJA é fazer com que o aluno finalize seus estudos, concluindo pelo menos a Educação Básica. Apesar da busca de novas práticas por alguns profissionais da educação de ensino para que isso se concretize, a evasão ainda é um dos grandes desafios a ser enfrentado. As pessoas que estão diretamente ligadas a esse público como diretor, coordenador e principalmente o professor precisam repensar suas práticas e as especificidades desse público, para que se identifique a real razão para essas desistências em grande quantidade e continuas, como mostrou a reportagem do Jornal Tribuna do Norte de Março de 2014, que publicou o número assustador de 40% de evasão de alunos da EJA no nível fundamental isso no ano de 2013, segundo dados apresentados pela Secretaria Municipal de Educação. Para Arroyo (2005, p. 42) "os jovens e adultos que voltam ao estudo, sempre carregam expectativas e incertezas à flor da pele". Logo, o conhecimento da história da EJA e especialmente da história de vida dos educandos, a diversidade de contextos e ao mesmo tempo a similaridade dos problemas e entraves, é essencial aos docentes para contextualizar o currículo e suas práticas educativas. 7 De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estados e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), nos últimos anos houve uma diminuição significativa no número de matrículas na EJA, que segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 (LDB), é uma modalidade de ensino que visa oportunizar a formação escolar para aqueles que não tiveram acesso ou não conseguiram concluir o Ensino Fundamental ou Médio no tempo regular. Essa redução das matrículas na EJA, associada à evasão dos que estão em sala de aula, está ocasionando o fechamento de escolas na cidade de Natal, como foi noticiado em jornais da cidade, trazendo assim prejuízo para essa parte da população que precisa trabalhar e ao mesmo tempo concluir a Educação Básica. A evasão escolar é um dos mais graves entraves ao desenvolvimento porque tira dos cidadãos o direito à educação. Portanto, com a produção desse documentário, espera-se contribuir para a compreensão dessa problemática, assim como, disponibilizar um material audiovisual para os cursos de formação inicial e continuada de professores para colaborar com reflexões sobre essa questão. Por meio dessas conversas tentaremos chegar o mais próximo do motivo real que é a evasão na modalidade da EJA e se perguntar: Por que parou? Parou por quê? 3 OBJETIVO Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo identificar os principais motivos que levam à evasão de alunos que estão ou estavam matriculados em escolas municipais de Natal na Educação de Jovens Adultos, e assim analisar através de diferentes de pontos de vista as razões que hoje leva o jovem ou o adulto a não mais frequentar as instituições educacionais. 4 METODOLOGIA O vídeo documentário produzido teve como plano de fundo a Escola Municipal Chico Santeiro, situada na Rua da cruz, Bairro Nordeste, na periferia de Natal. Espera-se que o material traga reflexões que possam auxiliar o corpo escolar 8 e futuros pedagogos que poderá utilizá-lo como fonte de pesquisa e estudo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, pois tentaremos compreender o comportamento do estudante que desiste de ir à escola, quais motivos levam ele a essa decisão. Além dos sujeitos da EJA, também se coletou a opinião de especialistas no assunto, como professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte que têm esse público como base de pesquisa, contribuindo assim para a compreensão do fenômeno em debate. O tipo de entrevista com os alunos da EJA será de forma não estruturada, sendo um modelo mais flexível de entrevista, trazendo flexibilidade às respostas dos entrevistados. Assim a entrevista será na modalidade focalizada, que segundo Gil (2008) o entrevistado fala livremente a respeito do tema, mostrando seus sentimentos e opiniões, sempre conduzido pelo pesquisador, que terá apenas um roteiro de tópicos referente ao tema abordado. 5 REFERENCIAL TEÓRICO Para realizar meu trabalho encontrei alguns autores que me ajudaram a compreender o fenômeno ao qual estou pesquisando, assim como apresenta alguns motivos para a minha pergunta problema, que está relacionada: por que parou? Parou por quê? Uma compreensão sobre a evasão na modalidade de educação de jovens e adultos. Para isso, precisamos conhecer um pouco da história da EJA, saber o que mudou dentro dessa modalidade, se os conceitos continuam os mesmos, qual o objetivo das escolas para com os jovens e adultos. Dentro desse contexto, Di Pierro (2005) explica que: O período de transição do milênio foi marcado, em todo o mundo, pelo crescimento das aspirações e da participação dos jovens e adultos em programas educacionais. Dentre as motivações para a busca de maiores níveis de escolarização após a infância e adolescência, destacam-se as múltiplas necessidades de conhecimento ligadas ao acesso aos meios de informação e comunicação, à afirmação de identidades singulares em sociedades complexas e multiculturais, assim como às crescentes exigências de 9 qualificação de um mundo do trabalho cada vez mais competitivo e excludente (DI PIERRO, 2005, p. 1122). Segundo a autora, a grande procura do mercado de trabalho por um profissional qualificado e que possua, no mínimo, o certificado de conclusão do Ensino Fundamental, é geralmente a mola propulsora que leva o jovem a voltar à sala de aula, na qual nem sempre esse processo é finalizado. A maioria dos jovens que estão nessa condição tem suas particularidades, que nem sempre são compreendidas pela sociedade, na qual existe um pré-conceito que colocam esses personagens como humildes, marginais, inúteis. Nesse contexto, Cerrano (2005) e Arroyo (2005) mostram quão importante o trabalho não só das políticas públicas como também dos educadores que estão ligados diretamente com esse público, na qual têm que ficar sempre atentos as transformações que ocorrem dentro do âmbito sociocultural desses indivíduos, pois é sabido que a cultura da EJA vem mudando ao longo dos anos, deixando de ser apenas uma modalidade para idosos, ou trabalhadores rurais e se tornando um ambiente mais híbrido, isso causado por sua vez pela urbanização do ensino. O educador Freire (1996) formulou importantes contribuições para o entendimento do ensino e do comportamento dos alunos da modalidade da EJA. Assim, por meio desse embasamento teórico e outras fontes de pesquisas será construído o projeto de investigação, visando às contribuições e reflexões na área da Educação de Jovens e Adultos. Entendo que esse caminho poderá auxiliar na compreensão do fenômeno da evasão na modalidade EJA. 5.1 BREVE HISTÓRIA SOBRE A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL Cunha (1999), mostra em seu texto uma linha histórica da educação voltada para adultos que se inicia desde a colonização do Brasil até os dias atuais. Mostrando que os problemas educacionais para esse público já vêm sendo discutidos a bastante tempo. Ela mostra que a Educação de Jovens e Adultos passou a ser desempenhada no período colonial a partir das atividades missionárias, 10 na qual grande parte das ações era destinada a índios e negros adultos. Contudo, essas ações não tiveram continuidade em seu processo de desenvolvimento. As transformações nos panoramas econômico, político e sociocultural deu lugar as inovações no campo educacional, com criação de leis voltadas para educação de adultos. Assim podemos ver em alguns pontos da LDB 9.394/96 no que se refere a EJA: [...] Em seu artigo 3º determina a LDB, dentre os princípios que devem servir de base ao ensino, "(...) igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; (...) pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; (...) garantia de padrão de qualidade; (...) valorização da experiência extra-escolar; (...) vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais" (CUNHA, 1999, p.16). Hadad e Di Pierro (2000) aborda as técnicas e a organização da formação geral de jovens e adultos no Brasil na visão das políticas públicas. Também mostram um olhar geral do tema desde a colonização brasileira até o final do século XX, período esse que as ideias pedagógicas e políticas de educação escolar de jovens e adultos ganharam identidade própria. O ponto alto do movimento de reconhecimento do direito de todos à escolarização e da correspondente responsabilização do setor público pela oferta gratuita de ensino aos jovens e adultos ocorreu com a aprovação da Constituição em 1988 (HADAD; DI PIERRO, 2000, p. 126). Na gestão do presidente Luís Inácio Lula da Silva, em 2002, surgiu o programa Brasil Alfabetizador, que de acordo com o Ministério da Educação (MEC) é caracterizado como [...] “portal de entrada na cidadania, articulado diretamente com o aumento da escolarização de jovens e adultos e promovendo o acesso à educação como um direito de todos em qualquer momento da vida”, cumprindo-se assim o que se está em nosso documento maior, a Constituição brasileira. 11 5.2 CONCEITO DE ADULTO O conceito de adulto pode ser encontrado em diversas áreas do conhecimento, como na Biologia, que conceitua cada ser vivo em sua fase adulta de diferentes formas, pois cada ser tem sua particularidade. Encontramos nos livros do Direito Civil que mediante a lei o indivíduo é considerado adulto quando atinge a idade dos 18 anos. Mas o teórico Erik Erikson fala que o crescimento psicológico ocorre através de estágios e fases, não acontece ao acaso e depende da interação da pessoa com o meio que o rodeia. Das oito fases do estágio do desenvolvimento de Erikson existe o quinto estágio que fala da identidade e confusão da identidade, na qual o adolescente tem que entender qual seu papel no mundo. Nessa fase o indivíduo tem a perda dos laços com a família, dificuldade com as mudanças da fase de criança para o que ele vai ser e também a falta de apoio em seu crescimento. Podemos dizer que é a crise da adolescência, onde o indivíduo se pergunta: Quem sou eu? Erikson lembra que o ser humano mantém suas defesas para sobreviver, ao sinal de qualquer problema, uma delas pode ser ativada. Sobre isso Rabello fala: Nesta confusão de identidade, o adolescente pode se sentir vazio, isolado, ansioso, sentindo-se também, muitas vezes, incapaz de se encaixar no mundo adulto, o que pode muitas vezes levar a uma regressão. Também pode acontecer de o jovem projetar suas tendências em outras pessoas, por ele mesmo não suportar sua identidade. Aliás, este é um dos mecanismos apontados por Erikson como base para a formação de preconceitos e discriminações (RABELLO, 2007, p.9). Uma crítica feita por Erikson é que dentro dos estudos não existe integração entre o social e o individual dentro subjetividade humana, pois o autor acha de extrema importância a conjuntura histórico e cultural, para que essas informações sejam usadas como instrumento de análise, pois serão elas que trarão referências da formação de uma identidade mediante a sociedade. 12 5.3 PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA FASE ADULTA Um dos grandes expoentes da aprendizagem de jovens e adultos, na contemporaneidade é o educador Paulo Freire, que através de suas obras, trouxe esses personagens de coadjuvantes para o papel principal da história da educação. Uma de suas obras mais conhecidas no meio de tantas escritas é “Pedagogia do Oprimido” (1970), na qual o autor destaca a libertação do indivíduo através do estudo crítico da realidade, política, econômica e social, fazendo com que as diferentes classes sociais fossem levadas a uma conscientização para promoção da justiça social. Para Freire a educação é uma via de mão dupla, não devendo existir uma prática educativa unilateral e autoritária. À esse tipo de processo educacional, Freire denominou de “Educação bancaria”, na qual o aluno apenas replica o que é dito em sala, não tendo direito a expressar sua opinião. Diferente da educação libertadora, que incluí o aluno dentro da história de sua aprendizagem. A concepção e a prática “bancárias”, imobilistas, “fixistas”, terminam por desconhecer os homens como seres históricos, enquanto a problematizadora parte exatamente do caráter histórico e da historicidade dos homens. Por isto mesmo é que os reconhece como seres que estão sendo, como seres inacabados, inconclusos, em e com uma realidade que, sendo histórica também, é igualmente inacabada. (FREIRE, 1987, p. 72). Em nossa sociedade sabemos quem são os opressores e os oprimidos, Freire fala que estamos em tempo de mudanças, mas apenas se cada indivíduo se libertar, usando da criatividade para superar os problemas. E quando se fala em trabalhar com jovens e adultos, os dois tem que saber que é possível mudar, deixando de ser oprimidos e passando a ser agentes de transformação. Já Arroyo (2005) traz para a discursão a institucionalização da EJA, onde é vista como modalidades dos ensinos fundamentais e médio e não como uma modalidade própria, que no decorrer dos anos teve seus avanços na educação e na formação de indivíduos, pois a EJA traz o legado da educação como direito humano. 13 Quanto menos institucionalizada for a EJA nas modalidades das etapas de ensino, maior poderá ser sua liberdade de avançar no movimento pedagógico e de contribuir para um diálogo fecundo com essas modalidades de ensino, até para enriquecê-lo e impulsioná-lo para se reencontrarem como modalidades de educação e formação básica.” (ARROYO, 2005, p. 225). O autor corrobora com Paulo Freire quando fala que os jovens que estão no contexto da EJA são pessoas excluídas do meio social e que estão sendo tratados pelas velhas práticas educacionais, perdendo assim seu direito a formação humana, cultura, dignidade e principalmente ao conhecimento. Arroyo (2005) reflete que é pela herança e o legado acumulado em tantas experiências, que os jovens e adultos e seus mestres merecem mais do que estruturar seu direito à cultura, ao conhecimento e à formação humana em modalidades ou moldes de ensino. 5.4 EVASÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Muitos motivos podem estar envolvidos para a desistência escolar do aluno da EJA, como ter que trabalhar para prover o sustento familiar, ou até mesmo o cansaço de um dia de trabalho e não acompanhar a turma. Mesmo com leis que protejam as crianças e jovens do trabalho, grande parte desses indivíduos trabalham para ajudar na renda familiar. Segundo Souza e Alberto (2008), o trabalho precoce é uma realidade que hoje ainda alcança números significativos e que essas crianças e jovens são classes menos favorecidas: No caso dos trabalhadores precoces, a rotina de trabalho, que lhes causa cansaço físico (dores no corpo, na cabeça), sobrecarga de responsabilidades e desânimo, priva-os da brincadeira, e não raro, de estudar, passando a se tornar a referência primeira em termos de conhecimentos, ao invés das vivências escolares. Enquanto alunos, eles se atêm prevalentemente ao conhecimento do senso comum e das experiências cotidianas, o que contribui para que se tornem leigos no domínio dos conhecimentos científicos e no capital cultural requerido nas sociedades escolarizadas. Assim, tendem a fracassar na escola, pois nesta são exigidas habilidades pautadas em parâmetros que somente a educação formal poderá oferecer, entre as quais: raciocínio lógico, pensamento abstrato, linguagem conceitual, conceitos aritméticos e algébricos, entre outros. (SOUZA; ALBERTO, 2008, p. 716). 14 O ato de alfabetizar é um dos pontos fundamentais no âmbito escolar, para que esse processo seja efetivado com êxito é indispensável que o mediador esteja altamente capacitado quanto às competências, procedimentos e habilidades que envolvem a aquisição do conhecimento do sistema de escrita. Embora essa aquisição seja inerente à ação educativa, ainda é possível encontrar um grande número de profissionais, que por falta de compreensão neste requisito, realize um trabalho ineficaz para aprendizagem de seus educandos. O que é lastimável, pois coloca em risco não só para o processo cognitivo do sujeito, mas reflete num conjunto social e cultural como um todo, tornando-se assim um dos grandes motivos para a evasão. 6 DESCRIÇÃO DA PRODUÇÃO O vídeo documentário teve sua pré-produção com elaboração do roteiro do vídeo com escolha de cenários, sujeitos entrevistados, trilha sonora e equipamentos que foram utilizados para gravação do filme. O roteiro passou pela correção e aprovação da professora orientadora. Já a produção do vídeo teve a participação de funcionários e alunos de uma escola municipal de Natal através de depoimentos que terá maior parte de tempo dentro do vídeo. O Documentário teve a participação de professores convidados que dará explicações sobre alguns assuntos abordados, como também de pesquisadores da comunidade acadêmica. Para essa produção foi utilizado uma câmera semiprofissional com o auxílio de imagens captadas por aparelhos moveis (celular) e microfone sem fio para captação de áudio direcionado. Os cenários escolhidos foram salas e corredores da escola Municipal Chico Santeiro, dependências e espaços da UFRN. Com todo material gravado, o produto foi para edição, na qual foram realizando os cortes, corrigindo os áudios e colocando os efeitos visuais e sonoros. 15 Ficha Técnica Ficha Pedagógica Formato: Arquivo MP4 (mp4) Público alvo: Alunos de Tempo: Entre 10 a 18 minutos graduação e Pós-graduação, Tema: Educação de Jovens e professores da Rede Pública e Adultos pesquisadores. Finalidade: Trazer uma reflexão crítica na comunidade educacional, quais soluções podem ser trabalhadas para que a evasão na EJA diminua. Temáticas envolvidas: EJA, Políticas Públicas na Educação de jovens e adultos, Evasão Escolar. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS No decorrer da história de nosso país a educação de jovens e adultos enfrentou muitas barreiras. Após diversas lutas educacionais esse público começou a ter oportunidade para estudar ou continuar seus estudos. Mas também vimos que essa oportunidade, virou um problema para as instituições educacionais, professores e principalmente para os alunos que por diversos motivos desistem de estudar, provocando o aumento no número de evasões. Vários autores falam que um dos maiores motivos desse problema se deve à necessidade de trabalhar, na qual o jovem ou adulto tem que escolher entre a escola ou o sustento da família. Entre outras coisas como, desinteresse do aluno pela falta de criatividade dos docentes, medo de não acompanhar a turma, cansaço, entre outros. Podemos dizer também que a evasão decorre de um currículo descontextualizado, material didático inadequado, falta de políticas públicas para formação do professor, sendo o maior prejudicado o aluno da EJA. 16 Além desses motivos que foram citados, foi encontrado outro cenário que mexe não só com a vontade do sujeito de estudar, mas com seu direito de ir e vir. As brigas das facções criminosas que se estalaram próximo a escola, fazendo os alunos que moram nessas comunidades a ficarem prisioneiras em suas próprias casas. Apesar da insistência da escola, que faz tudo para não deixar de oferta aulas para esses alunos, o medo das ameaças de morte são maiores que a vontade de estudar. Vejo como um aspecto positivo a contribuição do vídeo para os novos pedagogos, que enxergaram uma nova forma de ensino aprendizagem para o público da EJA, que eles possam buscar a empatia necessária e a confiança de surpreender o aluno fazendo com que esse educando mesmo com todas as dificuldades reflita antes de abandonar a sala de aula. Pois o bom relacionamento entre aluno e professor gera o interesse social, e pode causar essa permanência. A formação do docente dessa modalidade tem que ser permanente, para que se use as metodologias de forma à motivar os jovens e adultos à darem continuidade aos seus estudos, assim trazer o professor para mais perto do aluno, fazendo dele parceiro no ensino e aprendizagem. A construção de auto estima desses alunos é o que fará ele confiante e disposto a enfrentar as dificuldades que possam aparecer nesse percurso. Link do Vídeo Documentário no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=_39QbI9HuGw 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AETERNA, Lu. 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Disponível em: Acesso em: 15 out. 2007. 19 SERGIO, Haddad; DI PIERRO, Maria Clara. Escolarização de jovens e adultos. Rev. Bras. Educ. [online]. 2000, n.14, pp.108-130. ISSN 1413-2478. Disponível em: . Acesso em: 15 Nov. 2017. 20 APÊNDICE ROTEIRO DE PRODUÇÃO AUDIOVISUAL ALUNO: JONATH SAYMO DE OLIVEIRA TEMA: POR QUE PAROU? PAROU POR QUÊ? A EVASÃO NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CENA DURAÇÃO VÍDEO 01 00:30 IMAGEM ÁUDIO NARRAÇÃO: (sem som) AÇÕES: - Aparece o brasão da UFRN - Aparece a logo da UFRN - Aparece a logo do CE, com a palavra “Apoio” acima do da logo APOIO: - Aparece o nome do departamento (Departamento de Práticas educacionais e currículo) - Aparece a palavra “Apresenta:” - Aparece o Tema do Vídeo: POR QUE PAROU? PAROU POR QUÊ? A EVASÃO NA MODALIDADE “Departamento de Práticas DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS educacionais e currículo” APRESENTA: MÚSICA: POR QUE PAROU? PAROU POR QUÊ? A EVASÃO NA (sem som) MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EFEITO: FADE IN / FADE OUT 21 CENA DURAÇÃO VÍDEO 01h00min 02 IMAGEM ÁUDIO NARRAÇÃO B.G.: LOC. MASC. OFF: - A evasão escolar é um dos mais graves entraves ao desenvolvimento porque tira dos cidadãos o direito ao aprendizado. - Mesmo assegurado pela Constituição Federal de 1988, onde se fala que o ensino fundamental é para todos gratuitamente em qualquer idade, assim sendo um direito à cidadania. - Mas muitos abdicam desse direito por vários motivos. - Cada indivíduo tem seus problemas e dilemas pessoais, portanto não é apenas a escola que irá responder com números ou estatísticas os motivos dessas evasões. Segundo Freire (1986), devemos respeitar a autonomia, à dignidade e a identidade do educando, pois o saber pode virar palavreado vazio ou inoperante. - Esse vídeo buscará compreender o que leva o jovem e o adulto da modalidade EJA, a evasão, e com isso contribuir com estratégias junto à comunidade escolar e principalmente com formação de novos educadores. EFEITO: - Imagem em preto e branco AÇÕES - Plano zoom - Imagem do corredor da escola em plano aberto. - Imagem com zoom em câmera lenta. - Imagem para em paisagem do bairro. MÚSICA Instrumental : https://www.youtube.com/watch?v=HKcr4S14G18 ( até 1:07)"Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores" (1968) - Escrita por: Geraldo Vandré 22 CENA DURAÇÃO VÍDEO 03 02h30min IMAGEM ÁUDIO NARRAÇÃO B.G.: LOC. MASC. OFF: - Mais você, sabe o que é evasão? AÇÕES - Aparece cartela animada com interrogações e o Áudio com narração da pergunta. - Entrevistas com alunos de outras áreas da UFRN dando seu depoimento de forma espontânea, respondendo o que é evasão. - Entrevista com especialista com a Profa. Mestre em educação Aiene Rebouças da UFPB (sem fundo musical). EFEITO: MÚSICA - entrevista dos alunos em close https://www.youtube.com/watch?v=NstTz8iyl-c - entrevista em plano “Good Starts” - Jingle Punks americano. 23 CENA DURAÇÃO 04 01h30min VÍDEO IMAGEM ÁUDIO NARRAÇÃO B.G.: LOC. MASC. OFF: - A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade que visa oferecer o Ensino Fundamental e Médio para pessoas que já passaram da idade escolar e que não tiveram oportunidade de estudar. - Como podemos encontrar no art. 37 da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 (LDB): “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.” AÇÕES - imagem dos alunos da escola chico santeiro em sala de aula - Entrevista com professor da UFRN, respondendo “O EFEITO: que é a EJA e um breve histórico da Modalidade” (sem fundo musical) - Imagens em plano geral e zoom MÚSICA - entrevista em plano americano Instrumental:https://www.youtube.com/watch?v=bM7S Z5SBzyY&list=RDl1AS9mvFR5k&index=6 (4:20) “Fade” (2015) - Alan Walker 24 CENA DURAÇÃO VÍDEO 05 02h30min IMAGEM ÁUDIO NARRAÇÃO LOC. MASC. OFF: - A EJA sofreu muitas transformações no decorrer dos últimos anos. - Uma delas foi a crescente de jovens nessa modalidade, que por outro lado não querem ser vistos mais como crianças e sim como adultos. - Mas para você o que é ser adulto? AÇÕES - Imagem de vídeo com sala com jovens - Entrevistas com alunos de outras áreas da UFRN dando seu depoimento de forma espontânea, respondendo o que é ser adulto. EFEITO: - Explicação da psicanalista Marly Oliveira falando o qu e é ser adulto. (sem fundo musical) - Imagens em plano geral e zoom - entrevista alunos em plano zoom -entrevista MÚSICA especialista em plano americano Instrumental:https://www.youtube.com/watch?v=bM7S Z5SBzyY&list=RDl1AS9mvFR5k&index=6 (4:20) “Fade” (2015) - Alan Walker 25 CENA DURAÇÃO VÍDEO 06 01:30 IMAGEM ÁUDIO NARRAÇÃO B.G.: LOC. MASC. OFF: - A falta de atrativos no ambiente escolar espanta o aluno mais jovem dessa modalidade e os que permanecem chegam a séries mais avançadas sem saber ler com fluência e ou realizar cálculos matemáticos simples. Muitos são conscientes que sem o estudo o futuro é incerto e sem perspectivas de melhoras. - Não podemos esquecer o adulto que trabalha o dia todo e não tem forças para absolver os conteúdos e às vezes desiste por não se adequar ou comportamento dos colegas mais jovens de sala de aula. AÇÕES - Imagem de vídeo sala de aula com jovens e adultos - Entrevistas com alunos de EJA adulto falando de estudar com jovens e adulto na mesma sala. (sem fundo musical) EFEITO - Fala da vice-diretora Nadja, comentando do convívio de jovens e adultos na mesma sala. - Imagens em plano geral e (sem fundo musical) zoom - entrevista alunos em plano zoom - entrevista especialista em plano americano MÚSICA Instrumental: https://www.youtube.com/watch?v=bM7SZ5SBz yY&list=RDl1AS9mvFR5k&index=6 (4:20) “Fade” (2015) - Alan Walker 26 CENA DURAÇÃO 07 02h00min VÍDEO IMAGEM ÁUDIO NARRAÇÃO B.G.: LOC. MASC. OFF: - Nos últimos anos houve uma diminuição significativa no número de matrículas na modalidade da Educação de Jovens adultos. - Essa redução na procura dessa modalidade, esta ocasionando o fechamento de escolas na cidade do Natal, trazendo assim prejuízo para população. - Dessa forma para entendermos os motivos dessa desistência temos que conhecer os caminhos e as histórias desses indivíduos, pois cada um tem problemas no contexto familiar, financeiro e social. AÇÕES - Imagem de vídeo sala de aula vazia - Fala diretor Francisco, comenta as dificuldades de manter a escola aberta. (sem fundo musical) - Aluno falando motivos que levam os colegas a não frequentar a escola. (sem fundo musical) MÚSICA Instrumental: https://www.youtube.com/watch?v=bM7SZ5SBzyY&li st=RDl1AS9mvFR5k&index=6 (4:20) EFEITO “Fade” (2015) - Alan Walker - Imagens em plano geral - entrevista alunos em plano zoom - entrevista especialista em plano americano. 27 CENA DURAÇÃO VÍDEO 08 02h00min IMAGEM ÁUDIO NARRAÇÃO B.G.: LOC. MASC. OFF: - Muito é discutido quais são motivos que levam esses alunos a parar de estudar, quais agentes interferem nessa decisão. - Autores falam que o maior motivo é o trabalho, na qual o jovem ou adulto, tem que escolher entre a escola ou o sustento da família. - Outras coisas como, desinteresse do aluno pela falta de criatividade dos docentes, medo de não acompanhar a turma e cansaço, também fazem parte dos motivos para evasão. - Mas existe um novo motivo para desistência de alguns alunos da escola Chico Santeiro. AÇÕES EFEITO: - Imagem de vídeo do ambiente escolar - Imagens em plano - Fala diretor Francisco e Nadja, comenta a questão geral da violência (sem fundo musical) - entrevista especialista em plano americano MÚSICA Instrumental: https://www.youtube.com/watch?v=jkWEUhNveWY&l ist=PLpsnVrRUPP5YEkYz2d4znZEyalE9Ngvar&inde x=6 Lux Aeterna - Clint Mansell (2000). 28 CENA DURAÇÃO 09 01h30min VÍDEO IMAGEM ÁUDIO NARRAÇÃO B.G.: LOC. MASC. OFF - Vimos vários motivos que podem levar a desistência dos alunos da EJA, questões já conhecidas e outras que até pouco tempo só conhecíamos através dos noticiários nacionais. - Então pergunto POR QUE PAROU? PAROU POR QUÊ? AÇÕES - Imagens de alunos em sala de aula - Fala dos alunos comentando o motivo porque desistiram da escola (sem fundo musical) - Aparece fundo preto com créditos (agradecimentos, ficha técnica) EFEITO: MÚSICA - Imagens em plano geral https://www.youtube.com/watch?v=j8btXpOUtKo - entrevista alunos em Música: POR QUE PAROU? PAROU POR QUÊ? plano zoom Composição: Antonio Pires, Luis Brasil, Guilherme - efeito de texto Maia subindo como Artista: Moraes Moreira créditos finais. Album: Bahiano Fala Canatando -1988 Gravadora: (CBS) 29