UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
IZANA MANUELA ARAÚJO FERREIRA DE MEDEIROS
ABRANDAMENTO DE ÁGUAS VIA TROCA IÔNICA
Natal, Maio
2017
IZANA MANUELA ARAÚJO FERREIRA DE MEDEIROS
ABRANDAMENTO DE ÁGUAS VIA DE TROCA IÔNICA
Trabalho de conclusão de curso
apresentado à Universidade Federal do
Rio Grande do Norte como requisito
parcial para obtenção do título de bacharel
em Engenheira Química sob a orientação
da Professora Dr. Magna Angélica dos
Santos Bezerra Sousa.
Natal, Maio
2017
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus pelo Dom da minha vida, por guiar meus
passos e me abençoar abundantemente durante minha jornada acadêmica. Agradeço
à Nossa Senhora, mãe de Jesus, por intercede por mim e ser um exemplo de
humildade e confiança em Deus.
Agradeço aos meus amados pais Manuel e Goretti, à meus queridos irmãos
Sócrates e Rousseau por acreditarem no meu potencial e me apoiarem na
concretização desse sonho.
À minha tia Antônia por me ajudar de todas as formas possíveis, pelo suporte
e assistência de sempre e também a todos os meus familiares.
À Rodrigo por sonhar comigo, me incentivar a voar cada vez mais alto na
direção dos meus sonhos.
À Professora doutora Magna Sousa, pela paciência, dedicação e disposição de
me ensinar e guiar na execução desse trabalho.
À todos os meus professores que com contribuíram para minha formação
acadêmica.
À todos os meus amigos que caminham comigo: Amanda, Andriely, Thayane,
Giulia, Vanessa, Flávia e Thaiane. Aos meus amigos de infância, Stephanie, Antônio,
Priscilla e Roberta. Aos queridos amigos que fiz durante a graduação Athina, Neilson
e Tereza. À estes e a todos os demais não citados mas que guardo no coração, meu
muito obrigada.
RESUMO
O objetivo principal desse trabalho consiste na redução de íons de Ca+ de 120 ppm
para 60ppm da água de torneira de uma unidade industrial localizada em Malaga,
Austrália. Para isso, utilizou-se o método de filtração em conjunto com o método de
troca iônica. O sistema em questão é composto por um filtro de sedimento conectado
por tubos de cobre a um filtro de Carvão ativado e a uma coluna de troca iônica que
é conectada a um tanque de salmoura cuja função é favorecer a regeneração das
resinas de troca iônica. Amostras de água foram retiradas no início do processo, na
saída de cada equipamento e ao final do processo. Foi utilizado o equipamento
calorímetro para quantificar a concentração de Carbonato de Cálcio, Cloro e Ferro
contidos na água analisada. Após a passagem da água pelo processo foi possível
determinar uma significativa redução da dureza, além disso foi possível determinar a
saturação desse sistema, ou seja, o volume máximo de água que o sistema é capaz
de tratar.
Palavras-chaves: Abrandamento, Troca iônica, Filtro de carbona ativado, Filtro de
sedimento, Carbonato de Cálcio.
ABSTRACT
The main objective of this thesis is to reduce the concentration of Ca + ions in tap water
from an industrial unit located in Malaga, Australia. For this, the filtration method was
used in conjunction with the ion exchange method. The system in question consists of
a sediment filter connected by copper pipes to an activated carbon filter and an ion
exchange column which is connected to a brine tank which regenerates the ion
exchange resins. Water samples were taken at the beginning of the process, after
each equipment and at the end of the process. The calorimeter equipment was used
to quantify the concentration of Calcium, Chlorine and Iron Carbonate contained in the
tap water. After the passage of the water through the process it was possible to
determine a significant reduction of hardness, in addition it was possible to determine
the saturation of this system, which mean the maximum volume of water that the
system is able to treat.
Keywords: Water Softening, Ionic exchange, Activated carbon filter, Sediment filter,
Calcium carbonate.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Media de filtro de diferentes granulações...................................................6
Figura 2 - Comparação entre o carbono ativado e comum.........................................7
Figura 3 - Ilustração microscópica dos poros do Carvão ativado..................................8
Figure 4 - Recheio de filtro de diferentes granulações................................................10
Figura 5 - Cascalho usado como recheio no filtro de troca iônica...............................11
Figura 6 - Figura ilustrativa do Leito fluidizado............................................................12
Figura 7- Resina de troca iônica utilizada no tanque de troca iônica...........................13
Figura 8 - Ilustração da Reação de troca iônica o ocorre no interior no filtro de troca
iônica..........................................................................................................................14
Figura 9 - Processo ilustrativo de troca iônica............................................................14
Figura 10 - Regeneração da resina de troca iônica com íons de sódio após
saturação....................................................................................................................15
Figura 11 - Tanque de troca iônica conectado ao tanque de Salmoura que é
responsável pela regeneração das resinas................................................................15
Figura 12 - Troca iônica entre sódio e Cálcio e a produção de água branda...............17
Figure 13 - Processo composto por filtro de sedimentação, carvão ativado, tanque de
troca iônica e tanque de salmoura..............................................................................20
Figura 14 Princípio de funcionamento do filtro de sedimentação................................21
Figura 15 - Filtro de Carvão ativado............................................................................21
Figure 16 - Mecanismo de troca iônica.......................................................................22
Figura 17 - Eficiência do tanque de troca iônica nos primeiros estágios do processo
...................................................................................................................................22
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Limites máximo de elemento químicos na água potável.............................2
Tabela 2 - Concentração da salinidade da água e os efeitos para para o consume
humano e irrigação.......................................................................................................4
Tabela 3 - Classificação do método de filtração de acordo com gradiente, material
retido e aplicação.........................................................................................................6
Tabela 4 - A tabela abaixo mostra as partes constituintes de cada equipamento e suas
dimensões..................................................................................................................21
Tabela 5 - Amostras dos parâmetros analisados para o volume igual a zero...........28
Tabela 6 - Remoção de Cloro em percentual............................................................29
Tabela 7-Limites de potabilidade...............................................................................30
Tabela 8- Amostras dos parâmetros analisados para o volume igual a 1000 L........31
Tabela 9 - Remoção de Cloro em percentual............................................................32
Tabela 10 - Propriedades para o volume 2000 L.......................................................33
Tabela 11- Remoção de Cloro em percentual...........................................................34
Tabela 12 - Propriedades para volume de 3000 Litros..............................................36
Tabela 13 - Comparação da dureza da água conforme a legislação Australiana e
Brasileira....................................................................................................................40
Tabela 14 - Volume de saturação para os limites de dureza.....................................41
Tabela 15 - Custo total do projeto..............................................................................42
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
2.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 2
2.1 POTABILIDADE DA ÁGUA ....................................................................................... 2
2.2 INDICADORES QUÍMICOS DA ÁGUA ......................................................................... 3
2.2 FILTROS DE ABRANDAMENTO DE ÁGUA .................................................................. 5
2.2.1 Filtro de Sedimento ................................................................................... 5
2.5 FILTRO DO CARVÃO ATIVADO ................................................................................ 6
2.6 TROCA IÔNICA ...................................................................................................... 8
2.6.1 Expansão e Contração de Leito Fluidizado .......................................... 12
2.6.2 Resina de Troca Iônica ........................................................................... 13
2.6.3 Regeneração da resina de troca iônica ................................................ 15
2.6.4 Tanques de Salmoura ............................................................................. 16
3.0 METODOLOGIA ................................................................................................ 17
3.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO ................................................................................. 20
3.1.1 Tanque de sedimentação ....................................................................... 20
3.1.2 Filtro de Carvão ativado ......................................................................... 21
3.1.3 Coluna Troca Iônica ................................................................................ 22
3.1.4 Abrandamento de água .......................................................................... 22
3.1.5 Fatores que afetam a capacidade do Abrandador ............................... 23
3.1.5 Efeito dos elementos no Abrandador ................................................... 24
4.0 RESULTADOS ................................................................................................... 26
4.1 CONCENTRAÇÃO DE CLORO, FERRO E CARBONATO DE CÁLCIO PARA VOLUMES DE
1000, 2000 E 3000 L ............................................................................................... 26
4.1.1 Volume zero – Início do processo ......................................................... 26
4.1.2 Volume 1000 L ..................................................................................... 29
4.1.3 Volume 2000L ...................................................................................... 32
4.1.4 Volume 3000 L ..................................................................................... 34
4.2 VARIAÇÃO DE CONCENTRAÇÕES PARA DIFERENTES VOLUMES .......................... 37
4.3 OTIMIZAÇÃO – DETERMINAÇÃO DO VOLUME DE SATURAÇÃO DE CARBONATO DE
CÁLCIO.. ..................................................................................................................38
5.0 ANÁLISE DE CUSTO ........................................................................................ 40
6.0 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................................... 41
7.0 CONCLUSÃO .................................................................................................... 42
8.0 PROPOSTA DE TRABALHOS FUTUROS ....................................................... 43
9.0 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 44
1
1.0 INTRODUÇÃO
A água tem grande importância para a manutenção da vida no planeta, pois os
seres vivos dependem de água para manutenção das funções vitais (Bacci; Pataca,
2008). A água possui papel igualmente importante nos ecossistemas, servindo de
fonte de equilíbrio para as relações entre espécies que o compõe (Silva, 2008). A água
doce corresponde a apenas 2.5% de toda a água disponível do mundo, das quais 70%
encontra-se na forma sólida e 29% encontra-se em reservas subterrâneas e somente
1% dessa água doce encontra-se disponível em rios, lagos e zonas pantanosas
(BRAGA et al., 2003).
A ingestão da água tratada é muito importante para a manutenção da saúde
humana, pois a água é o solvente universal e auxilia na prevenção de doenças e ajuda
na proteção do organismo contra o envelhecimento (Paschoal, 2012). Nenhum
solvente em suas condições normais de temperatura e pressão, apresenta
propriedades físico-químicas tão compatíveis com os processos biológicos quanto a
água. A água desempenha a função de solvente dos componentes que entram no
organismo, veículo dos elementos compostos que precisam ser eliminados pelo
organismo, regulador osmótico, regulador da pressão corporal (Paschoal, 2012).
Água dura é definida pelo alto teor de íons Cálcio (Ca+) e Magnésio (Mg+). O
grau de dureza da água pode ser afetado por vários fatores, dentre eles fator
geográfico como a rota percorrida pela água até chegar as residências pode contribuir
para a alta dureza da água (Cunha; Silva, 2014). Alguns percursos incluem solos ou
rochas de Calcário, principal fonte de carbonato de Cálcio. Dependendo do tempo de
contato com as fontes de Calcário, a água pode chegar ao destino final com grande
concentração de íons de Cálcio e Magnésio.
Conforme Sengupta (2013), apesar de Cálcio e Magnésio serem minerais
essenciais à saúde humana, quando ingeridos em doses elevada podem provocar
problemas cardiovasculares, reprodutivos, diabetes, hipertensão, entre outros. A água
dura também gera problemas nas residências e indústrias, pois os íons de Ca+ e Mg+
reagem com sabão gerando sais insolúveis em água e esses sais contido na água
podem acumular-se gerando incrustações em tubulações, aquecedores, torneiras e
tanques (Cunha; Silva, 2014). A água dura causa aos cabelos e à pele a sensação de
sequidão e aspereza.
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Os métodos de tratamento de água dura são abrandamento por precipitação
química, abrandamento por troca iônica (Aquino, 2012), micro/nanofiltração e osmose
reversa. A precipitação química consiste na adição de cal virgem (CaO) e carbonato
de sódio (Na2CO3), o processo de troca iônica utiliza resinas catiónicas que capturam
os íons de Ca+ e Mg2+, substituindo-os por íons que formarão compostos solúveis na
água e de baixo nocividade à saúde humana, tais como Na+. A micro/nanofiltração
consiste na utilização de membranas poliméricas como meio filtrante e a osmose
reversa utiliza membranas semipermeáveis e altas pressões para reverter o processo
espontâneo da osmose (Dalmolin, 2011).
O abrandamento de água via troca iônica consiste na troca de íons de Cálcio e
Magnésio por íons de Sódio ou Potássio a depender da resina. Algumas das resinas
são ricas em Sódio e outras em potássio, esse trabalho irá utilizar resinas a base de
Sódio O processo de troca iônica usa um recheio especial de resina na forma de
pequenas esferas. Quando a resina alcança a capacidade máxima de troca iônica
ocorre a regeneração dessa resina através do tanque de salmoura (NaCl) que por sua
vez renova a capacidade de remoção de dureza.
Esse trabalho tem por objetivo geral fazer um estudo de caso em que a água
de uma unidade industrial será abrandada via troca iônica em conjunto com filtros de
sedimento e carvão ativado. O objetivo secundário consiste na remoção de cobre e
cloro usando o mesmo sistema descrito anteriormente.
2.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Potabilidade da água
Água potável é amplamente usada para consumo humano, como ingestão,
cozinhar, higiene pessoal e uso doméstico. A água potável oferece baixo risco à saúde
humana tanto a curto quando a longo prazo (BRAGA et al., 2003). A tabela abaixo
ilustra os valores máximo permitido de Cobre, Cloro, Dureza e Ferro.
Tabela 1. Limites máximo de elemento químicos na água potável
Parâmetro Unidade Valor máximo permitido
Cobre mg/L 2
Cloro livre mg/L 5
Dureza total mg/L 500
Ferro mg/L 0,3
Fonte: www.anvisa.org.br
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Em muitos países, a água da torneira é considerada potável e faz-se o
consumo imediato dessa água que é distribuída para as residências por dutos de ferro
e/ou cobre. Contudo, dutos a base de ferro são propícios à corrosão, o que contribui
para para a acumulação de partículas de óxido de ferro na água (Naim, M. Nazli et al.
2016). Na fase inicial da corrosão, o óxido de ferro encontra-se na forma cristalina
pouco densa, entretanto, com o tempo esses componentes transformam-se na forma
cristalina mais densa, como a hematita (Fe2O3) (Naim, M. Nazli et al. 2016).
2.2 Indicadores Químicos da água
As características químicas da água estão diretamente relacionadas a
presença de substâncias dissolvidas na mesma. Dentre essas características
químicas destacam-se:
• Dureza
A dureza da água é uma característica indesejada, pois confere ao solvente
universal um sabor desagradável, extinção de espuma pelo sabão e ainda,
incrustações em tubulações, hidrômetros, caldeiras e outros equipamentos industriais
e residenciais (Paschoal 2012). A dureza é uma característica que a água adquire
pela presença de sais de metais alcalino terroso, como Cálcio e Magnésio (Paschoal
2012).
• Alcalinidade
A alcalinidade é causada pela presença de Carbonatos, hidróxidos e
bicarbonatos, na grande maioria oriundos de metais alcalinos ou alcalinos-terrosos,
como Sódio, Potássio, Cálcio e Magnésio (Paschoal 2012). Uma água alcalina possui
a capacidade de neutralizar ácidos.
• Salinidade
Salinidade da água pode ser determinada pelo total de sais dissolvidos no
meio, o que confere à água características incrustantes e sabor salino, o que pode ser
um indício de poluição por esgotos domésticos (Paschoal 2012). A salinidade pode
está relacionada a condutividade elétrica.
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Diferentes concentrações de sais podem determinar a função dessa água para
consumo e irrigação. A tabela 2 mostra os efeito de diferentes níveis de salinidade
para consumo e irrigação.
Tabela 2. Concentração da salinidade da água e os efeitos para para o consume humano e irrigação
Salinidade (µm/cm) Consumo Irrigação
0-800 Pronta para ingestão Boa para irrigação
Pode ser consumida, Não é aconselhável o uso
800-2500 todavia não deve ser dessa água para irrigação
ingerida regulamente.
Não recomendado para
consumo humano,
contudo se a Pode ser usada para
concentração da água irrigação somente em
2500-10000 estiver abaixo de 3000 casos de solos tolerantes
µm/cm ela pode ser a salinidade
ingerida caso não haja
mais nenhuma outra fonte
de água disponível.
Totalmente inviável para Totalmente inviável para
Acima de 10000 o consumo a irrigação
O total de sais dissolvidos em um meio pode ser quantificado a partir da
evaporação de um volume de água, o sólido precipitado é mantido para a pesagem.
• Cloretos
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As águas com alta concentração de cloretos dissolveram minerais ou que
sofreram mistura, com água do mar. Podem também ser oriundos de esgoto
doméstico ou industrias. O cloreto também confere sabor salgado a água (Paschoal
2012).
• Ferro e Manganês
A presença de Ferro e Manganês pode conferir à agua sabor metálico,
coloração levemente avermelhada ou marrom. A água com altos índices de metais
não deve ser usada para consumo doméstico, pois mancham roupas, vasos e
pode causar depósitos nas tubulações (Paschoal 2012).
2.2 Filtros de abrandamento de água
2.2.1 Filtro de Sedimento
Neste projeto, o filtro de sedimento irá remover partículas sólidas superiores a
5 µm de diâmetro. A unidade de medida µm ou Micron equivale a 0,001 milímetro, ou
seja, 5 µm equivale a 0.005 milímetros (Farias 2017). A seleção do tipo de filtro
dependerá do tamanho e distribuição das partículas. Contudo, quanto menor os poros
do cartucho menor o diâmetro de partículas que o filtro retém e maior sua capacidade
de retenção. A filtração pode ser classificada conforme o tamanho de partícula em:
microfiltração, ultrafiltração, nanofiltração e osmose reversa.
GRADIENTE DE MATERIAL
PROCESSO APLICAÇÃO
PRESÃO RETIDO
- Clarificação de
vinho e cerveja
- Esterilização
Microfiltração 0.1 – 1 bar 0.1 – 10 µm bacteriana
- Concentração de
células
- Fracionamento e
concentração de
Colóides,
proteínas
Macromoléculas
Ultrafiltração 0.5 – 5 bar - Recuperação de
Peso Molecular >
pigmentos
5000
- Recuperação de
óleos
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- Purificação de
proteínas
- Separação de
Nanofiltração 1.5 – 40 bar 500 < PM < 2000
compostos orgânicos
e sais divalentes
- Dessalinização de
Todo material águas
Osmose 20 – 100 bar solúvel ou em Desmineralização da
suspensão água
Tabela 3. Classificação do método de filtração de acordo com gradiente, material retido e
aplicação
O filtro de sedimento filtrou 3000 Litros de água da torneira. É possível perceber
o acúmulo de metais no meio filtrante a partir da mudança de coloração do cartucho.
A figura 1 abaixo mostra a diferença de cor do filtro causada pelo acúmulo de metais.
A foto da esquerda representa o filtro novo e a foto da direita o filtro saturado.
Figura 1. Saturação do Filtro
2.5 Filtro do Carvão ativado
O filtro de Carvão ativado possui grande área superficial que pode ser entre
400 a 1600 m2/g. O carvão ativado é um material adsorvente, ou seja sua superfície
porosa interna é acessível para combinação seletiva com solutos. Processos de
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adsorção são amplamente utilizados em tratamento de água par remoção de cor,
odores ou sabor (Ruthven, 1984).
O carvão ativado é um material poroso, de origem natural e de alto poder de
adsorção. O filtro de Carvão ativado foi usado nesse projeto para remoção
especificamente do Cloro, além de odores, sabor e cor. A figura abaixo, ilustra a
diferença entre o carvão normal e o ativado.
Figura 2. Comparação entre o carbono ativado e comum
A medida que a água escoa em direção ao filtro de Carvão ativado, é possível
observar a redução de cloro conforme será mostrado nas próximas seções desse
trabalho. Após algum tempo de uso, o filtro de carvão ativado, eventualmente, pode
ter seus poros abstruídos acarentando a saturação do sistema. Depois de utilizado, o
carvão ativado pode ser reativado. A vantagem de usar o filtro de CA consiste no baixo
custo do processo e na segurança de operação. Uma desvantagem é que o filtro de
carvão ativado (CA) oferece um ambiente ideal para o crescimento de bactérias.
O tamanho e a distribuição dos poros têm grande influência na eficácia do filtro
de Carvão Ativado. O tipo de contaminante absorvido dependerá do tamanho do poro
do filtro, que pode variar com base na especificação de carvão e no método de
ativação. O comprimento de exposição também afeta o processo do filtro CA, quanto
maior o comprimento do contato, maior o número de contaminantes removidos. A
Figura abaixo mostra os poros de carvão ativado disponíveis para a adsorção.
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Figura 3. Ilustração microscópica dos poros do Carvão ativado
2.6 Troca Iônica
O primeiro processo de troca iônica aconteceu em 1845 mas somente em 1905
ocorreu o primeiro abrandamento de água por troca entre íons de Cálcio e Magnésio
por íons de Sódio usando zeólitas. Em 1934 a primeira resina aniônica foi fabricada
com o intuito de inovar o método de troca iônica. Em 1937, a primeira indústria de
desmineralização foi instalada na Inglaterra. As primeiras resinas fabricadas eram
onerosas, instáveis e de fácil quebra. Contudo, após 40 anos de estudos e
desenvolvimento, as resinas tornaram-se mais economicamente acessíveis, estáveis
e compactas (Bennet, Anthony, 2007).
A resina de troca iônica é uma matriz insolúvel com aproximadamente 1-2 mm
de diâmetro, fabricada a partir de polímeros orgânicos. O processo consiste em trocar
íons de Sódio por íons de Ca+ e Mg+, o que reduz a dureza da água. (Bennet, Anthony
2007). As resinas de troca iônica mais populares são derivadas de Poliestireno. Existe
quatro tipos de resina de troca iônica, são elas:
• Resina Catiônica forte: Estão geralmente na forma de sal de Sódio
quando são utilizadas para abrandamento de água ou na forma de
Hidrogênio quando utilizadas para descarbonatação ou
desmineralização da água.
• Resina Catiônica Fracamente ácida: São usadas para remoção de
Cálcio, Magnésio, e Sódio ligados somente ao ânion fraco, como o
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bicarbonato. Essa resina é usada somente em água com dureza
temporária predominantemente elevada.
• Resina Aniônica Forte: Todas as resinas aniônicas fortemente básicas
removem ânions fortes e fracos, tais como Cloretos, Sulfatos, Nitratos,
Bicarbonatos e Silicatos.
• Resina Aniônica Fracamente Básica: Estas resinas só removem ânions
fortes, tais como Sulfato, Cloreto e Nitrato, não removendo ânions
fracos, como os bicarbonatos e silicatos.
As resinas "fortes" têm uma maior afinidade por todos os constituintes
ionizados em água e são capazes de remover mesmo os constituintes fracamente
ionizado como Acetatos e Sílica (Bennet, 2007).
As resinas "fracas" são ineficazes na remoção de constituintes fracamente
ionizados, no entanto, sua capacidade de troca iônica são duas ou três vezes maior
que as de resinas fortes e podem ser regeneradas mais eficientemente. Resinas de
troca iônica têm maior afinidade por íons polivalentes, desta forma os íons divalentes
são removidos primeiro conforme a água passa pela resina. Íons monovalentes como
o sódio, podem ser deslocados por íons divalentes (Bennet, 2007).
Os sistemas de abrandamento de água utilizam resinas catiónicas que trocam
íons principalmente de Cálcio e Magnésio por íons de Sódio, prevenindo dessa forma
a formação de precipitados de carbonato de cálcio. Uma vazão de água a ser
abrandada percorre a camada de resinas que se encontram na forma Catiônica forte.
Os cátions polivantes são absorvidos pela resina e os íons de sódios são liberados
como parte da troca iônica. Após uma variação de volume, ou tempo, o sistema é
regenerado automaticamente pelo tanque de salmoura.
Normalmente, a dureza residual após uma única passagem através de uma
coluna de troca iônica é suficiente, mas alguns sistemas modernos exigem um menor
nível de dureza, de modo que o uso de um equipamento adicionais anexado a um
sistema de regeneração pode otimizar o abrandamento de água atingindo a
concentração de até 1 ppm de carbonato de cálcio (Bennet, 2007).
O filtro é o local onde o fluido escoa na direção de uma barreira chamada meio
filtrante. A porosidade do filtro permite que a partícula passe através do espaço de
abertura do poro. Se a porosidade do recheio for menor do que as partículas de água,
estas ficarão retinas no recheio. A figura abaixo mostra quatro recheios granulares. A
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granulosidade do recheio está disposta em ordem ascendente da esquerda para
direita.
Figura 4. Recheio de filtro de diferentes granulações.
O filtro de troca iônica é composto por uma válvula automática que controla as
etapas do processo. Essas etapas são chamadas ciclos e são classificadas em: Ciclo
de Serviço, Retro-lavagem, Entrada de salmoura, enxague lento, enxague rápido,
volta ao ciclo de serviço (Ecohouse, 2015).
• Ciclo de serviço
Nessa etapa, o abrandador recebe água dura e libera água branda. O ciclo
dura em média 22 horas para uma unidade que regera diariamente, contudo o
ciclo de serviço pode durar dias (Ecohouse, 2015).
• Retro-lavagem
A taxa de retro-lavagem deve ser suficientemente alta para expandir o leito em
pelo menos 50% (Ecohouse, 2015). Durante o processo de retro-lavagem,
ocorre a expansão do leito do filtro que liberará partículas que estão presas na
camada do recheio. A retro-lavagem geralmente dura entre 10 e 15 minutos,
contudo esse ciclo pode ser ajustado dependendo da dureza da água de
alimentação.
• Entrada de Salmoura
A solução da salmoura é transportada do tanque de salmoura para o
tanque de resina. Isto é realizado por um injetor tipo venturi localizado na
válvula de controle. A duração do ciclo depende da quantidade e concentração
de sal, que geralmente é de 20 minutos (Ecohouse, 2015).
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• Enxágue lento
A solução de salmoura é empurrada através do leito de resina para permitir a
troca iônica entre a resina e a salmoura, a resina recupera os íons de sódio e libera
os de cálcio e magnésio (Ecohouse, 2015). A duração do ciclo pode ser entre 30
e 70 minutos.
• Enxágue rápido
O ciclo de enxague rápido ocorre quando termina o ciclo de lavagem. O
enxague rápido instala o leito e o prepara para o serviço. Nesta fase, a válvula
permanece fechada, o que permite que a água entre no filtro. Este ciclo dura entre 4
e 15 minutos (Ecohouse, 2015).
• Volta ao ciclo de serviço
Após o enxágue rápido a unidade está pronta para entrar em operação
normal e fornecer água abrandada (Ecohouse, 2015). O tempo médio gasto
na regeneração é de 1h e 30 mim.
O filtro de troca iônica é formado por dois recheios, a resina e o cascalho -
gravel que encontra-se logo abaixo da resina.
A água a ser filtrada entra através da válvula inlet e escoa para o interior do
filtro pelas extremidades. As partículas suspensas na água bruta serão retidas pelo
cascalho e a dureza da água será removida por troca iônica através das resinas
representadas na figura 9 pela cor laranja. Depois que a água atinge um certo nível,
ela retorna para o topo do filtro através do duto central de distribuição, saindo do filtro
pela válvula outlet. Existem várias dimensões cascalho, como 0,85 mm, 3,2 mm, 6,4
mm. Este projeto vai usar recheios granulares de 6,4 mm.
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Figura 5. Cascalho usado como recheio no filtro de troca iônica
2.6.1 Expansão e Contração de Leito Fluidizado
A retro-lavagem tem duas funções principais: lavar o recheio e fluidizar o leito.
O acúmulo de impurezas melhorar a filtração, uma vez que a camada de impureza
reduz a porosidade do meio filtrante. Contudo, a consequência do acúmulo de
impurezas no leito é a queda de pressão. A queda de pressão é diretamente
proporcional ao nível de impurezas, maior a camada de impurezas maior a queda de
pressão do filtro.
A expansão do leito pode atingir até 50% durante a retro-lavagem. Os fatores
que controlam a expansão do leito são: densidade do meio, tamanho de partícula,
temperatura, taxa de fluxo de retro-lavagem por pé quadrado. Freeboard é o espaço
máximo permitido acima da cama de recheio para expansão. Pode ser expressa em
polegadas ou em percentagem.
O balanço de partículas e velocidade do gás determina a hidrodinâmica de um
leito fluidizado. Ajustando o regime fluidizado, a velocidade do gás pode ser
controlada. O ponto de partida do regime de fluidização é o regime de fluidização
mínimo. Quando a velocidade do gás excede a velocidade de fluidização mínima,
ocorre o regime de borbulhamento e o sistema é instável. Quando a velocidade do
gás é maior do que a velocidade final ocorre transporte pneumático. Conforme
mostrado na figura 11.
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Figura 6. Figura ilustrativa do Leito fluidizado.
Um dos motivos de um ineficiente abrandamento por troca iônica pode estar
relacionado à expansão inadequada do leito fluidizado. Para ter-se uma boa filtração
é necessário que o filtro tenha uma expansão suficiente durante a retro-lavagem
(Chescattie, 2003). No entanto, se o filtro não estiver suficientemente expandido,
podem ocorrer muitos problemas, por exemplo, surtos hidráulicos durante mudanças
de fluxo, redução da eficiência de troca iônica e formação de bolhas de ar.
Existem algumas situações em que deve-se ignorar a expansão do leito. Por
exemplo, a observação visual pode não mostrar o que está a ocorrer no leito de
filtração. O leito de filtração pode não expandir adequadamente se a taxa de retro-
lavagem for muito baixa. A água de retro-lavagem pode deixar sujeira presa devido
as zonas mortas ou bypass. Consequentemente, o filtro aparentará estar funcionando
corretamento quando na verdade está deixando zonas mortas, ou seja áreas em que
não ocorre filtração. O que acontece devido à falta de expansão do leito fluidizado
(Chescattie, 2003).
2.6.2 Resina de Troca Iônica
As resinas são polímeros reticulados utilizados para o processo de troca iônica
(Coulson & Richardson's 2001). O polímero de divinilbenzeno (DVB) e o estireno são
a base de resina, o estireno não é utilizado sozinho, porque seria disperso em
solventes orgânicos. O divinilbenzeno proporciona ligações cruzadas entre as
cadeias. As dispersões ocorrem apenas no ponto em que a força osmótica da
solvatação é equilibrada pela força da estrutura polimérica esticada. O estireno tornou-
se um permutador catiónico ácido poliestireno sulfónico com íons de hidrogénio
disponíveis quando é sulfonado. Nenhuma troca ocorre envolvendo os íons negativos
fora da resina porque a estrutura da resina tem uma carga negativa fixa. Os contra-
íons são chamados íons com polaridade oposta e tem um potencial de troca. O
poliestireno também pode ser um material de partida para troca de íons de resina por
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tratamento com monocloroacetona e trimetilamina. Ambas as resinas são fortemente
iónicas.
A resina de troca iônica é um tipo de resina feita de polímero orgânico que
funciona como abrandadora de água. Sua estrutura possui entre 0,5 a 1 mm de
diâmetro, sua cor pode ser branca ou amarelada. O grânulo de resina proporciona
uma grande área de superfície e porosidade. A resina utilizada neste projeto é feita
de sulfonato de poliestireno.
Figure 7. Resina de troca iônica utilizada no tanque de troca iônica.
A resina de troca iônica tem a função de substituir íons de magnésio e cálcio
encontrados em água por íons de sódio ou potássio dependendo do tipo de resina.
Existem dois tipos de resinas de troca iônica, as resinas de catiônicas e as resinas
aniônicas. O primeiro tipo é usado para íons carregados positivamente e o outro para
íons negativos. A resina utilizada neste projeto é uma resina aniônica feita a partir de
sulfonato de poliestireno. Algumas resinas possuem partes catiónica e aniónicas na
mesma estrutura, no entanto, no presente projeto o foco é reduzir os íons catiónicos
da água bruta que são atraídos pelos íons aniónicos da resina. Por esta razão, a resina
utilizada será resina aniônica. Quando a resina é nova, esta possui íons de sódio em
seus locais ativos. A figura abaixo mostra a reação química de substituição de Mg + e
Ca + por Na +.
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Figura 8. Ilustração da Reação de troca iônica o ocorre no interior no filtro de troca iônica
Quando a resina está em contacto com água dura, os íons de Magnésio e
Cálcio migram para os locais ativos da resina e Ca + e Mg + são substituídos por íons
de sódio. O equilíbrio é alcançado quando a concentração de Ca+ e Mg+ diminui. A
figura abaixo mostra a substituição de cálcio e magnésio por sódio.
Figura 9. Processo ilustrativo de troca iônica.
A resina pode ser reutilizada. Para que ocorra a regeneração, a resina deve ser
lavada por uma solução rica em íons de sódio, por exemplo NaCl. Então, os íosnde
Magnésio e Cálcio são substituídos por sódio até que o novo equilíbrio seja alcançado.
2.6.3 Regeneração da resina de troca iônica
Quando a resina de troca iônica atinge o limite máximo de concentração de Ca+
e Mg+, significa que a mesma deve ser regenerada. O processo de regeneração
ocorre quando as resinas são lavadas com uma solução salgada (salmoura) em um
tanque. O Cloreto de Sódio (NaCl) atua liberando íons de cálcio que foi anexado a
resina e atraindo íons de (Na +), em outras palavras o processo de regeneração da
resina é o processo contrário de troca iônica.
Figure 10. Regeneração da resina de troca iônica com íons de sódio após saturação.
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2.6.4 Tanques de Salmoura
A etapa de retro-lavagem inverte o sentido do fluxo de água, fazendo que a
água proveniente do tanque de Salmoura entre no filtro de troca iônica para realizar a
regeneração da resina. A figura abaixa mostra o filtro de troca iônica conectado ao
tanque de Salmoura.
Figura 11. Tanque de troca iônica conectado ao tanque de Salmoura que é responsável pela
regeneração das resinas
A reação abaixo no tanque de troca iônica:
Ca2+ + R- → R2Ca + H2O R significa resina
Mg2+ + R- → R2Mg + H2O
Al2+ + R- → R2Mg + H2O
A água que sai do filtro de troca iônica possui baixa dureza, contudo pode conter
elevada concentração de Sódio. Algumas pessoas podem ter uma restrição alimentar
de sódio, neste caso a resina aniónica a base de sódio pode ser substituída por uma
a base de potássio. Pessoas com uma dieta baixa em sódio precisam restringir a
ingestão de sódio a menos de 2 g / dia. Enquanto o consumo de sódio em uma dieta
normal é de 4 g / dia de sódio.
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3.0 METODOLOGIA
O processo de abrandamento da água consistiu na instalação dos sequintes
equipamentos:
o Filtro de Sedimentação
o Filtro de Carvão ativado
o Tanque de troca iônica
o Tanque de Salmoura – Brine tank
Os amostradores de água foram instalados estrategicamente no início do
processo, entre os equipamentos e no final do processo a fim de se obter amostras e
determinar seus parâmetros: pH, TDS, salinidade, condutividade elétrica,
concentração de Cobre, Carbonato de Cálcio e Cloro. A figura 12 representa o sistema
utilizado nesse trabalho composto por filtro de sedimentação, carvão ativado, tanque
de troca iônica e tanque de salmoura, respetivamente da esquerda para a direita.
Figura 12. Processo composto por filtro de sedimentação, carvão ativado, tanque de troca iônica e
tanque de salmoura.
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Tipo Equipamento Dimensões
Filtro de Sedimento Porosidade= 5 microns
Cartucho do Filtro Altura = 35 cm
Diâmetro = 10.4 cm
Altura = 25.5 cm
Carcaça do Filtro Diâmetros = 10.5 cm
Porosidade = 20 microns
Cartucho do Filtro Altura = 35 cm
Filtro de carvão ativado Diâmetro = 10.4 cm
Altura = 25.5 cm
Carcaça do Filtro Diâmetro = 6.2 cm
Diâmetro interno = 1.2 cm
Válvula automática Diâmetro externo = 2.2
cm
Distribuidor de topo Diâmetro Venturi = 1.1
cm
Diâmetro da retrolavagem
= 1.6 cm
Tanque de troca Iônica
Distribuidor da base
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Altura = 190 cm
Diâmetro interno (base) =
Tanque de Salmoura 30 cm
V (cm3) = 𝟑𝟏,𝟎𝟓𝟎 𝒄𝒎𝟑∗𝑳 Tanque
𝟑𝟎
V – Volume Comprimento = 34.5 cm
Volume = 31,050 cm
3
Diâmetro externo (top) =
34 cm
Capacidade = 130 L
Controlador de nível
L - Nível
Tabela 4. A tabela abaixo mostra as partes constituintes de cada equipamento e suas dimensões
A. Coleta de cinco amostras de cada um dos parâmetros abaixo:
o pH
o Total sólidos dissolvidos
o Salinidade
o Condutividade Elétrica
o Concentração de Cobre
o Concentração de Cloro
o Concentração de Carbonato de Cálcio
B. Início da operação de abrandamento da água
o Ligar a torneira cuja deseja-se realizar o processo de abrandamento
o Configurar a válvula do trocador iônico na posição serviço
C. Coleta das amostras em intervalos de volume:
o 0 litros (amostra inicial)
o 1000 Litros
o 2000 Litros
o 3000 Litros
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D. Observar o ponto de saturação do processo, ou seja, em que volume o
processo deixa reter carbonato de cálcio
E. Realizar a otimização do processo a fim de se determinar o volume exato em
que o processo reduz sua eficiência, isto é, deixa de reter carbonato de cálcio.
Análise de amostras após os seguintes volumes:
o 1100 L
o 1300 L
o 1400L
F. Plotar os valores da concentração de carbonato de cálcio em função do
volume
G. Comparar os resultados obtidos ao final da optimização com a concentração
inicial de CaCO3 no início do processo
H. Discussão dos resultados obtidos
3.1 Descrição do Processo
O processo de abrandamento da água é composto por filtro de sedimentação,
filtro de carvão ativado, tanque de troca iônica e tanque de salmoura.
3.1.1 Tanque de sedimentação
Os tanques de sedimentação retêm partículas superiores a 5 microns, o que é
5000 vezes menor que o milímetro. O material retido consiste de sólidos
suspensos, cobre e metais pesados. Esses sólidos ficam retidos no cartucho do
filtro de sedimentação. Após atingir a saturação o filtro reduz sua capacidade de
retenção de partículas, e um novo cartucho deve ser usado a fim de retomar o
processo. O percurso da água a ser tratada inicia-se ao lado esquerdo do filtro
quando a água entra no tudo de Propileno.
A filtração ocorre quando a água entra no cartucho, dentro do cartucho existe
um tudo cilíndrico que direciona o filtrado para a saída do filtro no lado direito
conforme a figura abaixo. O filtro de sedimentação tem uma eficiência nominal de
85% e 99% absoluta.
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Água
bruta Água
filtrada
Água filtrada contém
Sólidos partículas menores que
suspensos a porosidade do
no material filtrante
filtranten
Figura 13. Princípio de funcionamento do filtro de sedimentação
3.1.2 Filtro de Carvão ativado
O filtro de Carvão Ativado tem a função de remover Cloro e halogênios. O
cartucho utilizado é formado por cartuchos de carvão altamente poroso com área de
400 a 1600 m2 por grama. A enorme área do carvão ativado possibilita diversos sítios
de ligação, onde as partículas de Cloro e Halogênio ficam retidos. O sistema de
Carvão ativado também tem a função de capturar impurezas que possuam Carvão
como base, por exemple substâncias orgânicas, substâncias odoríferas, caloríferas.
Entretanto, o Carvão ativado é inerte a Sódio e Nitrato.
Figura 14. Filtro de Carvão ativado
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3.1.3 Coluna Troca Iônica
O tanque de troca Iônica é utilizado para a abrandamento da água, isto é,
remoção de Cálcio e Magnésio. O processo de troca iônica ocorre como o próprio
nome sugere, através da troca entre íons de Cálcio por íons de Sódio. As resinas de
troca iônica possuem em sua estrutura molecular radicais que podem ser ácidos ou
básicos passíveis a troca de íons em solução. Os íons em solução são os íons que se
desejam remover e os íons da resina são os que serão liberados na solução. A resina
utilizada nesse tratamento atrai íons de Cálcio da água e libera íons de Sódio no meio,
uma vez que a resina é rica em íons de Sódio. A figura abaixo ilustra o mecanismo de
troca iônica realizado pelas resinas.
Figura 15. Mecanismo de troca iônica
3.1.4 Abrandamento de água
A água bruta a ser tratada passa por um leito de resina catiônica forte. Os íons
Cálcio e Magnésio, solúveis na água são retidos pelas resinas no grupamento de
ácido sulfônico, os íons Na+ da resina são liberados para a água. Quando todos os
íons sódio presos ao grupamento de ácido sulfônico foram trocados por cálcio e
magnésio, a resina se encontra no estado saturado e necessita então ser regenerada,
conforme ilustra as figuras 16 e 17.
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A capacidade
Abrandador Água dura Muitos litros de abrandar de água depois.... dura está
acabando....
Com material Água branda O abrandador Agora é necessária
de troca iônica contendo sódio continua a uma regeneração
carregado de em troca fornecer água com salmoura para
sódio da dureza completamente recarregar o
branda material de troca
com sódio
Figura 16. Eficiência do tanque de troca iônica nos primeiros estágios do processo.
Água contendo Ainda
dureza em descarregando Remoção do
troca do sódio água contendo exceso da
Abrandador
dureza salmoura
de água
Com o material
de troca outra
Salmoura, 15 a 20 minutos A regeneração vez pronto para
a fonte mais mais tarde.... está quase trocar sódio por
econômica completa dureza e
de sódio continuar
fornecendo água
completamente
branda
Figura 17. Eficiência do tanque de troca iônica nos estágios finais do processo
3.1.5 Fatores que afetam a capacidade do Abrandador
1- Taxa de vazão
Se menor que a especificada:
• Aumento do tempo de contato entre a água e o leito de resina
• Tendência de surgimento de caminhos preferenciais no leito, com
redução de sua eficiência.
Se maior que a especificada:
• Redução do tempo de contato entre a água e o leito de resina
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• Redução da eficiência de remoção de dureza
• Possibilidade de fuga do leito
2- Volume do leito de resina
Se menor que o especificado:
• Redução do tempo de contato entre a água e o leito de resina
• Necessidade de aumento da frequência das regenerações
• Maior eficiência alcançada na regeneração
Se maior que o especificado:
• Aumento do tempo de contato entre água e o leito de resina
• A freqüência das regenerações poderá ser diminuída
• Menor eficiência alcançada na regeneração causada principalmente
pela dificuldade de se conseguir a fluidização do leito
3- Dosagem de sal e regeneração
• É fundamental para a eficiência do Abrandador
• A dosagem de sal é o que provavelmente tem maior impacto sobre a
capacidade do Abrandador. Baixas dosagens de sal podem diminuir a
capacidade e aumentar o vazamento de dureza.
• A concentração de sal normalmente fica entre 8 e 15% (a salmoura saturada
tem 26,6%). Esta salmoura é reduzida numa corrente de diluição e passa
através do leito de resina.
3.1.5 Efeito dos elementos no Abrandador
• Ferro
A presença de ferro na água de alimentação do Abrandador pode afetar
severamente a capacidade de troca iônica da resina.
O ferro no estado ferroso (dissolvido) pode ser removido da água por resina de
troca iônica, porém este processo em geral é irreversível. O ferro penetra no núcleo
da resina que não pode ser regenerada. Porém existem resinas novas no mercados
especificas para Ferro que são capazes de adsorver e expulsar o ferro na regeneração
com salmoura. Estas resinas possuem núcleo fechado.
Se o ferro é oxidado previamente, antes que alcance o leito do Abrandador, ele
toma uma forma gelatinosa que poderá ser filtrada, sobre ou dentro do leito de resina.
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Este precipitado é muito difícil de ser removido do leito e o seu recobrimento das
partículas de resina reduzem consideravelmente a sua capacidade de troca.
• Cloro:
O cloro degrada a estrutura da partícula de resina, dissolvendo e inchando essa
estrutura. Ocorre então o desgaste da resina quando ela é lavada. Se a cloração é
usada para a oxidação do ferro, etc., deverá ser instalado um filtro de carvão para
remover o cloro antes do Abrandador.
Antes de leitos de resina devo instalar sempre um filtro com carvão ativado,
caso a água seja clorada (devido à incompatibilidade entre as resinas e o cloro);
Antes dos leitos de resina devo instalar um filtro de areia ou celulose para redução de
particulado, prejudicial a resina.
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4.0 RESULTADOS
Inicialmente a água bruta da torneira foi analisada em termos de:
• pH
• Total de sólidos dissolvidos
• Salinidade
• Condutividade Elétrica
• Concentração de Cobre
• Concentração de Cloro
• Concentração de Carbonato de Cálcio
O volume é a variável controlada, as amostras são retiradas diretamente da
torneira, após do filtro de sedimentação, Carvão ativado e ao final do processo.
4.1 Concentração de Cloro, Ferro e Carbonato de Cálcio para volumes de 1000,
2000 e 3000 L
4.1.1 Volume zero – Início do processo
Para o volume zero temos que os parâmetros analisados são:
condutividade
Amostra pH Salinidade Elétrica TDS Cloro Cobre(mg/L) Cálcio (ppt) (µS/cm) (mg/L) (mg/L) (mg/L)
Água bruta 6.66 453 921 654 1.22 0.18 157
Sedimentação 7.2 452 921 653 1.00 0.265 166
Carvão 7.27 452 921 655 0.69 0.31 150
ativado
Saída do 6.93 465 945 669 0.14 (<0.05) (<20)
processo
Tabela 5. Amostras dos parâmetros analisados para o volume igual a zero.
As concentrações de Cloro podem ser representadas graficamente por:
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Cloro - Volume Zero
1.4
1.2
1.22
1
1
0.8
0.6 0.69
0.4
0.2
0.14
0
água bruta filtro de sedimentação filtro de carbono ativado saída
Gráfico 1. Concentração de Cloro durante o processo para o volume zero
O gráfico acima mostra que a concentração de Cloro inicialmente é de 1.22
mg/L e ao após passar pelo filtro de sedimento reduz para 1 mg/L, 0.69 após do filtro
de Carvão ativado e 0.14 após o tanque de troca iônica. A tabela abaixo mostra a
remoção de cada equipamento em valor percentual.
Equipamento Percentual
Filtro de sedimentação 18%
Filtro de Carvão ativado 31%
Tanque de troca Iônica 79.7%
Remoção total ao fim do processo 88.5%
Tabela 6. Remoção de Cloro em percentual
O filtro de Carvão ativado reduz Halogênios incluindo o Cloro, contudo a análise
experimental mostrou que o tanque de troca iônica reduziu quase 80% do Cloro
enquanto o filtro de Carvão ativado reduziu em 31%.
As concentrações de Cobre podem ser representadas graficamente por:
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Concentração
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Cobre - Volume zero
0.35
0.3 0.31
0.25 0.27
0.2
0.15 0.18
0.1
0.05
0.03
0
água bruta filtro de sedimento filtro de carbono ativado saída
Gráfico 2. Remoção de Cobre ao longo dos equipamentos para o volume zero
A concentração de cobre aumentou da entrada até o filtro de Carvão ativado,
indo de 0.18 mg/L a 0.31 mg/L o que significa um aumento de 41.9% o que é explicado
pelo desprendimento de cobre da tubulação. A concentração de cobre, entretanto,
reduz em 90% do filtro de Carvão ativado ao final do processo.
Os valores numéricos obtidos na análise de Carbonato de Cálcio podem ser
representados graficamente por:
Dureza - Volume Zero
180
160 166
140 157 150
120
100
80
60
40
20
19
0
Água bruta Filtro de Sedimento F1iltro de carbono ativado Saída
Gráfico 3. Concentração de Carbonato de Cálcio durante o processo para o volume zero
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Concentração (mg/L)
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A concentração de carbonato de Cálcio reduziu em 87.9% ao final do tanque
de troca iônica, o que já é esperado uma vez que a resina iônica utilizada no tanque
é rica em íon de Sódio que são trocados por íons de cálcio, promovendo assim a
troca iônica e consequentemente o abrandamento da água.
Limites de parâmetros utilizados para classificar a água como potável via
regulamento Australiano são:
Parâmetro Limite de potabilidade
pH 6.5 – 8.5
Concentração de Cobre <1.3 mg/L
Concentração de Carbonato de Cálcio 0 – 60 mg/L
Concentração de Cloro <3 mg/L
TDS <500 ppm
Condutividade Elétrica <750 µS/cm
Salinidade <600 mg/L
Tabela 7. Limites de potabilidade
O limite de dureza em termos de Carbonato de Cálcio é classificado como:
• Água potável 0 – 60 mg/L
• Água moderadamente dura 61 – 120 mg/L
• Água dura >120 mg/L
4.1.2 Volume 1000 L
A tabela abaixo mostra os dados experimentais realizados das amostras de água
bruta, filtro de sedimentação, Carvão ativado e saída do processo após o tratamento
de 1000 L de água da torneira.
pH Salinidade Condutividade
Total Sólidos Cloro Cobre Carbonato
(ppt) Elétrica (µS/cm) Dissolvidos (TDS) (mg/L) 110(mg/L) 153
de Cálcio
(201)
Água bruta 6.66 453 921 654 1.22 0.18 157
Filtro de
Sedimento 7.2 452 921 653 1.00 0.265 166
Filtro
Carbono 7.27 452 921 655 0.69 0.31 150
ativado
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Saída 6.93 465 945 669 0.14 (<0.05) (<20)
Tabela 8. Amostras dos parâmetros analisados para o volume igual a 1000 L
A concentração de Cloro ao longo do processo pode ser representada graficamente
por:
Cloro - Volume 1000 L
1.2 1.08
1 0.93
0.8 0.72
0.6
0.4
0.2
0.03
0
Agua bruta Filtro Sedimentação Filtro de Carbono ativado Saída
Gráfico 4. Concentração de Cloro após 1000 Litros
O gráfico acima mostra que a concentração de Cloro inicialmente é de 1.08
mg/L e após passar pelo filtro de sedimento reduz para 0.93 mg/L, 0.72 após do filtro
de Carvão ativado e 0.03 após o tanque de troca iônica. A tabela abaixo mostra a
remoção de cada equipamento em valor percentual.
Equipamento Percentual de remoção
Filtro de sedimentação 13.8%
Filtro de Carvão ativado 22.5%
Tanque de troca Iônica 95.8%
Remoção total ao fim do processo 97.2%
Tabela 9. Remoção de Cloro em percentual
Conforme a literatura o filtro de Carvão ativado reduz Halogênios incluindo o
Cloro, contudo a análise experimental mostrou que o tanque de troca iônica reduziu
quase 95.8% do Cloro enquanto o filtro de Carvão ativado reduziu em 22.5%.
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A concentração de Cobre ao longo do processo pode ser representada
graficamente por:
Cobre
0.45
0.39
0.4 0.37
0.35
0.3
0.25
0.2 0.17
0.15
0.1 0.08
0.05
0
Agua bruta Filtro Sedimentação Filtro de Carbono Saída
ativado
Gráfico 5. Remoção de Cobre ao longo dos equipamentos para 1000 L
A concentração de cobre aumentou desde da entrada de água bruta no
processo até o filtro de Carvão ativado, indo de 0.17 mg/L a 0.37 mg/L, um aumento
de 45.9% o que é explicado pelo desprendimento de cobre da tubulação ao decorrer
do processo. A concentração de cobre, entretanto, reduz em 78.4% do filtro de Carvão
ativado ao tanque de troca iônica.
Os valores numéricos de concentração obtidos na análise de Carbonato de
Cálcio ao longo do processo podem ser representados graficamente por:
Carbonato de Cálcio
180 165 168 160
160
140
120
100
80
60
40 23
20
0
Agua bruta Filtro Sedimentação Filtro de Carbono Saída
ativado
Gráfico 6. Remoção de Carbonato de Cálcio ao longo dos equipamentos para 1000L
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32
A concentração de carbonato de Cálcio reduziu em 86.1% ao final do tanque
de troca iônica, o que já é esperado uma vez que a resina iônica utilizada no tanque
é rica em íon de Sódio que são trocados por íons de cálcio, promovendo assim a troca
iônica e consequentemente o abrandamento da água.
4.1.3 Volume 2000L
A tabela abaixo mostra os dados experimentais realizados das amostras de água
bruta, filtro de sedimentação, Carvão ativado e saída do processo após o tratamento
de 2000 L de água da torneira.
Condutivida TDS Cloro Carbonat
pH Salinidad de Elétrica (mg/L 110(mg/ Cobre o de e (ppt) (µS/cm) ) L) 153 Cálcio (201)
Água 6.6
bruta 6 453 921 654 1.22 0.18 157
Filtro de
sediment 70.2 449 910 647 0.82 0.36 172 o
Filtro de
Carbono 7.27 452 921 655 0.64 0.35 161 Ativado
Saída 7.06 446 919 669 0.03 0.2 169
Tabela 10. Propriedades para o volume 2000 L
A concentração de Cloro ao longo do processo pode ser representada
graficamente por:
Concentração de Cloro
1.2 1.08
1
0.82
0.8
0.64
0.6
0.4
0.2
0.03
0
Agua bruta Sediment sample Activated carbon Outlet (clean)
___________________________________________________________________________
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33
Gráfico 7. Remoção de Cloro ao longo do processo para um volume de 2000 L
O gráfico acima mostra que a concentração de Cloro inicialmente é de 1.08
mg/L e após passar pelo filtro de sedimento reduz para 0.82 mg/L, 0.64 após do filtro
de Carvão ativado e 0.03 após o tanque de troca iônica. A tabela abaixo mostra a
remoção de cada equipamento em valor percentual.
Equipamento Percentual de remoção
Filtro de sedimentação 24.1%
Filtro de Carvão o ativado 21.9%
Tanque de troca Iônica 95.3%
Remoção total ao fim do processo 97.2%
Tabela 11. Remoção de Cloro em percentual
Conforme a literatura o filtro de Carvão ativado reduz Halogênios incluindo o
Cloro, contudo a análise experimental mostrou que o tanque de troca iônica reduziu
quase 95.3% do Cloro enquanto o filtro de Carvão ativado reduziu em 21.9%.
A concentração de Cloro ao longo do processo pode ser representada
graficamente por:
Concentração de Cobre
0.4 0.36 0.35
0.35
0.3
0.25
0.2
0.2 0.17
0.15
0.1
0.05
0
Agua bruta Sediment sample Activated carbon Outlet (clean)
Gráfico 8. Remoção de Cloro ao longo do processo para um volume de 2000 L
A concentração de cobre aumentou em 52.7% da água bruta ao filtro de
sedimentação, mantendo-se ligeiramente constante do filtro de sedimento ao do
Carvão ativado. O desprendimento de cobre da tubulação no decorrer do processo
___________________________________________________________________________
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Concentração (mg/L)
34
causa a aumento da concentração de cobre do início do processo até a saída do
Carvão ativado. A concentração de cobre, entretanto, reduziu em 42.9% do filtro de
Carvão ativado ao tanque de troca iônica.
Os valores numéricos de concentração obtidos na análise de Carbonato de
Cálcio ao longo do processo podem ser representados graficamente por:
Carbonato de Cálcio
174 173
172
170 169
168
166 165
164
162 161
160
158
156
154
Agua bruta Sediment sample Activated carbon Outlet (clean)
Gráfico 9. Remoção de Carbonato de Cálcio ao longo do processo para um volume de 2000 L
A concentração de carbonato de Cálcio aumentou de 2.4 % da água bruta ao
tanque de tranque de troca iônica. O que é um indício de que as resinas de troca
iônica atingiram a saturação e precisam ser regeneradas.
4.1.4 Volume 3000 L
A tabela abaixo mostra os dados experimentais realizados das amostras de água
bruta, filtro de sedimentação, Carvão ativado e saída do processo após o tratamento
de 2000 L de água da torneira.
pH Salinidad
Condutivida TDS Cloro Cobre Cálcio
e (ppt) de Elétrica (mg/L 110(mg/(µS/cm) ) L) 153 (201)
Água 6.6
bruta 6 450 908 650 1.08 0.17 165
Filtro de
Sediment 7.2 450 914 649 0.45 0.61 152
o
___________________________________________________________________________
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Concentração (mg/L)
35
Filtro de
Carvão 7.27 448 940 645 0.4 0.55 161 ativado
Saída 9.93 455 925 655 0.02 0.17 177
Tabela 12. Propriedades para volume de 3000 Litros
A concentração de Cloro ao longo do processo pode ser representada graficamente
por:
Concetração Cloro
1.2 1.08
1
0.8
0.6
0.45
0.4
0.4
0.2
0.02
0
Água bruta Sedimento Carbono Ativado Tanque de troca
Amostra Iônica
Gráfico 10. Remoção de Cloro ao longo do processo para um volume de 3000 L
O gráfico acima mostra que a concentração de Cloro inicialmente é de 1.08
mg/L e após passar pelo filtro de sedimento reduz para 0.42 mg/L, 0.4 após do filtro
de Carvão ativado e 0.02 mg/L após o tanque de troca iônica.
Conforme a literatura o filtro de Carvão ativado reduz Halogênios incluindo
Cloro, contudo a análise experimental mostrou que o tanque de troca iônica reduziu
quase 95% do Cloro enquanto o filtro de Carvão ativado reduziu em 11%. A
concentração de Cobre ao longo do processo pode ser representada graficamente
por:
___________________________________________________________________________
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Concentração de Cloro (mg/L)
36
Concentração de Cobre
0.7 0.61
0.6 0.55
0.5
0.4
0.3
0.2 0.17 0.17
0.1
0
Água bruta Sedimento Carbono Ativado Tanque de troca
Iônica
Gráfico 11. Remoção de Cobre ao longo do processo para um volume de 3000 L
A concentração de cobre aumentou em 72% da água bruta ao filtro de
sedimentação, do filtro de sedimentação ao de Carvão ativado houve uma redução de
9.8% da concentração de Cobre. O desprendimento de cobre da tubulação no
decorrer do processo causa a aumento da concentração de cobre do início do
processo até a saída do filtro de sedimento. A concentração de cobre, entretanto,
reduziu em 69% do filtro de Carvão ativado ao tanque de troca iônica.
Os valores numéricos de concentração obtidos na análise de Carbonato de
Cálcio ao longo do processo podem ser representados graficamente por:
Carbonato de Cálcio
180 177
175
170 165
165
160
155 152 151
150
145
140
135
Água bruta Sedimento Carbono Ativado Tanque de troca
Iônica
Gráfico 12. Remoção de Carbonato de Cálcio ao longo do processo para um volume de 3000 L
___________________________________________________________________________
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Concentração Carbonate de Cálcio Concentração de Cobre
37
A concentração de carbonato de Cálcio aumentou em 7% da água bruta ao
tanque de tranque de troca iônica. O que é um indício de que as resinas de troca
iônica atingiram a saturação e precisam ser regeneradas.
4.2 Variação de concentrações para diferentes volumes
A concentração do Cloro, Cobre e Carbonato de Cálcio será analisada em
termos de volume em um único gráfico. Os dados obtidos das concentrações foram
obtidos na saída do tanque de troca iônica ou saída do processo.
O gráfico abaixo mostra a variação da concentração de Cloro na saída do
tanque para os volumes de 1000, 2000 e 3000 L.
Variação de Cloro por volume
0.16
0.14
0.14
0.12
0.1
0.08
0.06
0.04 0.03 0.03
0.02 0.01
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Volume
Gráfico 13. Variação da concentração de Cloro para os volumes de 1000, 2000,3000 L
O gráfico abaixo mostra a variação da concentração de Cobre na saída do
tanque para os volumes de 1000, 2000 e 3000 L.
___________________________________________________________________________
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Concentração de Cloro
38
Variação de Cobre com o volume
0.25
0.2
0.2 0.17
0.15
0.1 0.08
0.05 0.03
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
volume (L)
Gráfico 14. Variação da concentração de Cobre para os volumes de 1000, 2000,3000 L
O gráfico abaixo mostra a variação da concentração de Cobre na saída do
tanque para os volumes de 1000, 2000 e 3000 L.
Variação de dureza com o volume
200 177
180 169
160
140
120
100
80
60
40 23
15
20
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Volume (L)
Gráfico 14. Variação da concentração de Dureza para os volumes de 1000, 2000,3000 L
4.3 Otimização – determinação do volume de saturação de carbonato
de cálcio
___________________________________________________________________________
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Contração de Carbonato de Cálcio (mg/L)
Concentração de Cobre (mg/L)
39
A fim de regenerar as resinas de troca iônica, o sistema passou pela retro-
lavagem. Seguindo este processo, recolheram-se amostras para testar a dureza. A
concentração inicial da amostra recolhida após a regeneração estava abaixo do limite
de água mole, isto é 20 mg/L. Como é evidente a partir da tabela abaixo, após um
volume de 1000 L passar pelo sistema, a concentração de CaCO3 apresentou um
valor de 53 mg / L, considerado aceitável para o consumo segundo as normas de
potabilidade da Austrália. Amostras foram coletadas em intervalos de volume com
base na comparação de amostras anteriores. A tabela abaixo compara os padrões
de potabilidade do Brasil e da Austrália.
Classificação
Volume Concentração de CaCO3 Classificação da da Água
(L) (mg/L) Água (Austrália) (Brasil)
0 <20 Muito mole Muito mole
1000 53 Muito mole Muito mole
1100 78 Mole (branda) Mole (branda)
1300 98 Mole (branda) Mole (branda)
1400 124 dura Mole (branda)
Tabela13. Comparação da dureza da água conforme a legislação Australiana e Brasileira
O limite mínimo de dureza da água pode ser encontrado a partir da seguinte
interpolação:
++,,-. = /0-1, (Equação 2)
.-+,,, 1,-23
Volume máximo necessário para atingir a concentração de 60 mg/L:
X = 1028 L
Da mesma forma, o limite de água de dureza branda é de 120 mg / L. Para
determinar o volume necessário para atingir esta concentração foi aplicada uma
interpolação de 110 L (78 mg / L) e 1400 L (124 mg / L):
+4,,-. = +54-+5, (Equação 3)
.-++,, +5,-/0
Volume máximo necessário para atingir a dureza moderada
___________________________________________________________________________
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40
X = 1374 L
Se o processo correr mais de 1374 L sua concentração de dureza será acima de 120
mg / L, portanto, ele será considerado água dura.
A tabela abaixo mostra os volumes necessários para atingir os limites de
concentração de dureza - Água macia, Água moderadamente dura e água dura.
Status Concentração Volume (mg/L) (L)
Água mole 0-60 1028
Água branda 61-120 1374
Água dura >120 > 1374
Tabela 14. Volume de saturação para os limites de dureza
O gráfico abaixo representa a relação entre volume e concentração. Ele mostra
como o processo fica saturado com o incremento do volume.
Otimização: Dureza
180
154 159 153
160
140 124120
120
98
100
78
80 60 Limite de água branda
53
60
40
20 Limite de água mole
0
900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800
Volume (L)
Tabela 15. Limites de dureza conforma a variação de volume
5.0 ANÁLISE DE CUSTO
O custo do projeto inclui cartuchos, filtros, tubulação, mão de obra, custo com
utilitários, reagentes e calorímetro. O custo total pode ser observado na tabela abaixo:
___________________________________________________________________________
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Dureza (mg/L)
41
Cartuchos & Mão de Custo da
Filtros Tubulação obra Utilitários análise Total preço
$1.459,64 $173,13 $509,36 $8,80 $2.251,90 $4.405,49
Tabela 15. Custo total do projeto
6.0 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O resultado das análises mostra que cada componente analisado possui um
comportamento singular que precisa ser analisado individualmente. Então, temos que
para:
6.1 Cloro
A concentração de Cloro coletada ao final do processo de abrandamento
mostrou uma redução de:
• 88.5% para o volume inicial (V=0)
• 97.2% de redução após 1000 e 2000L
• 98% de redução após 3000L
O processo desenvolvido nesse trabalho foi muito eficiente para remoção de
Cloro, uma vez que o sistema obteve um percentual de redução de 98% após um
volume de 3000 Litros. O sistema não atingiu a saturação de Cloro, o que significa
que o mesmo pode ser amplamente utilizado para volumes de água superiores a 3000
Litros.
6.2 Cobre
A concentração de cobre reduziu inicialmente em:
• 83% para o volume inicial (V=0)
• 53% para o volume de 1000L
Contudo, houve um aumento da concentração de Cobre em:
• Aumentou de 15% para o volume 2000L
• Após 2000 L, a concentração manteve-se constante
___________________________________________________________________________
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42
Pode-se inferir que o sistema saturou de Cobre após 2000 Litros e manteve-se a
concentração de Cobre constante para volume de 3000 L.
6.3 Carbonato de Cálcio
A concentração inicial de Carbonato de Cálcio foi reduzida em:
• 88% inicialmente (V=0)
• 86% para o volume de 1000L
Após o volume de 2000 L, houve um aumento da dureza da água em:
• 2.4% para o volume de 2000 L
• 6.6% para o volume de 3000 L
A concentração de dureza da água variou entre 23 a 169 ppm entre os volumes
de 1000 e 2000 L. Para o volume de 3000L a concentração aumentou para 177 ppm.
Os limites de abrandamento desenvolvido nesse trabalho podem ser classificados de
acordo com o máximo de volume tratado pelo sistema em:
• Muito mole: 1028 L
• Mole (branda): 1374 L
• Água dura: acima de 1375 L
7.0 CONCLUSÃO
O projeto de abrandamento de água desenvolvido em parceria com a empresa
Australiana “All chemical Manufacturing & Consultancy” levou às seguintes
conclusões:
• O projeto mostrou-se eficaz na redução de Cloro mg/L entre os volumes de 0
a 3000 L onde alcançou uma remoção final de Cloro de 98%
• A concentração de Cobre em mg/L reduziu em 56% entre os volumes de 0 a
1000 L
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Izana Manuela A. F. de Medeiros Trabalho de Conclusão de Curso – DEQ/UFRN
43
• A concentração de Carbonato de Cálcio reduziu 85% entre os volumes de 0 a
1000 L
Para volumes superiores a 1000L não foi possível verificar aumento significativo
na redução de Cobre e Carbonato de Cálcio e para valores acima de 2000 L foi
possível constatar um aumento da concentração de Carbonato de Cálcio e Cloro,
causado pela saturação do sistema, o que significa que a regeneração deve ser
realizada logos após atingir-se volumes superiores a 2000 L.
8.0 PROPOSTA DE TRABALHOS FUTUROS
A fim de melhorar o sistema em análise uma possível mudança para os próximos
projetos está ligada a substituição de tubos de cobre por tubos de PVC, uma vez que
este não irá acarretar o desprendimento de cobre durante o processo, influenciando
assim no aumento da concentração de Cobre durante o processo.
___________________________________________________________________________
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9.0 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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